“Dei bastante valor por existir”. Rádio foi companhia em dia de apagão

O país ficou sem luz, mas a rádio continuou ligada. Perante um apagão sem precedentes e sem eletricidade ou rede de telefone, as pessoas agarraram-se de forma especial à rádio, o único meio que conseguiu chegar a todos os cantos do país e levar informação a um país sem energia.

A Renascença esteve pelas ruas de Lisboa para perceber como é que as pessoas se foram informando durante o apagão que afetou especialmente a Península Ibérica.

José, de 71 anos, garante que foi a partir da rádio que se manteve informado. O septuagenário acredita que houve falta de comunicação “da parte do Governo e da Proteção Civil.” José acrescenta que esta segunda-feira veio provar que “a rádio é cada vez mais essencial. E é importante dar continuidade a essa força que têm em termos de informação e de conhecimentos.”

Também Sandra, de 51 anos, esteve sempre agarrada à rádio, primeiro no carro e depois em casa. Aliás, depois de ter saído do trabalho a primeira coisa que fez foi abrir caixas e gavetas para procurar a rádio a pilhas que era do Pai.

Sandra diz que parece que “voltamos aos tempos antigos”, mas diz que “foi através do rádio” que conseguiu ouvir as notícias. “No momento de apagão em que não há mais nada, acaba por ser a rádio que conseguiu dar alguma tranquilidade”, disse, acrescentando que deu “bastante valor à rádio por existir naquele momento”.

Já Vicente tem uma história diferente. O jovem de 20 anos explica que quando acordou já não havia luz. Percebeu que o elevador não estava a funcionar e foram os pais que lhe explicaram aquilo que se passava. Vicente diz que o pai “estava no carro agarrado à rádio a perceber aquilo que se passava.”

Depois de descer os 11 pisos do seu prédio pelas escadas, foi até à casa dos avós para tomar banho, uma vez que a bomba que leva a água até ao apartamento em que vive não estava a funcionar devido à falta de energia. Quando chegou, deparou-se com os avós agarrados ao rádio a pilhas e aí foi sabendo aquilo que se ia passando pelo país.

Como estes testemunhos há muitos outros. Porque foi a rádio que levou a informação durante o apagão a todo o país.

O apagão para a economia e o Spotify mais caro

A informação mais relevante da Economia nacional e internacional ganha espaço na SIC Notícias. Economia Expresso é o novo programa sobre empresas, impostos, energia, finanças pessoais, bolsa, administração pública, imobiliário, entre outros temas económicos. Com Teresa Amaro Ribeiro, Gonçalo Almeida e Mariana Coelho Dias.

Sondagem mostra que quase 90% dos ucranianos não confiam em Trump

Uma sondagem esta terça-feira divulgada pelo Centro Nova Europa, um ‘think tank’ sediado em Kiev, indica que 89% dos ucranianos não confiam no Presidente norte-americano, Donald Trump, quase o dobro do valor registado antes da sua posse.

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Apenas 7,4% dos mil inquiridos entre 10 a 24 de abril responderam que confiam muito ou totalmente no líder da Casa Branca, que assinala cem dias desde a posse para um segundo mandato, em 20 de janeiro, e que tem tentado obter um acordo de paz para pôr fim ao conflito entre Rússia e Ucrânia.

“É um número demasiado elevado para ignorar. Não é apenas uma reação emocional ou irracional. Estes 90% são um apelo para que os Estados Unidos revejam a abordagem em relação à Ucrânia — uma abordagem que, por vezes, parece mais alinhada com a visão revanchista da Rússia do que com o direito internacional”, observou o Centro Nova Europa.

O resultado da pesquisa, realizada pela empresa ucraniana Info Sapiens para o Centro Nova Europa com uma margem de erro de 3,1% e que exclui regiões ocupadas na Ucrânia, é considerado inesperado, atendendo a que, na última sondagem realizada em novembro passado, 47,2% dos inquiridos manifestavam desconfiança no novo líder norte-americano.

Na altura, segundo o ‘think tank’ ucraniano, este resultado elevado era “um reflexo da deceção geral com a política hesitante” da administração norte-americana cessante de Joe Biden em apoiar a Ucrânia, bem como “as esperanças de paz baseadas nas promessas feitas pelo Presidente recém-eleito”.

No entanto, cem dias volvidos, os dados agora divulgados enviam “um sinal claro a um parceiro estratégico” de que “precisa mudar a abordagem”, alertou o Centro Nova Europa, que apontou como exemplo a falta de prioridade dada por Washington a garantias de segurança para evitar uma nova agressão russa em caso de acordo de paz.

O Centro citou a sondagem anterior, a qual concluía que a maioria dos ucranianos (64,1%) acreditava que as negociações com Moscovo não deviam decorrer sem garantias concretas de segurança por parte do Ocidente, tendo como base o raciocínio de que “a Rússia retomaria a guerra após uma breve pausa”.

Trump tem sido acusado pelos principais parceiros ocidentais de Kiev de favorecer o lado russo, sobretudo depois de ter destratado publicamente o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, num encontro na Casa Branca, e de o ter responsabilizado mais de uma vez por iniciar o conflito, apesar de ter sido a Rússia a invadir o país vizinho em fevereiro de 2022.

Mais recentemente, tem defendido que a Ucrânia terá de ceder território para alcançar um acordo com Moscovo, apontando o caso da península da Crimeia.

A Rússia ocupa parcialmente quatro regiões no sul e leste da Ucrânia – Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson – desde a invasão lançada pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

Anexou também a península ucraniana da Crimeia em 2014, após uma intervenção das forças especiais e um referendo não reconhecido por Kiev e pelo Ocidente, incluindo os Estados Unidos.

O Kremlin anunciou na segunda-feira um cessar-fogo temporário de três dias, que coincide com o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, assinalado por Moscovo a 09 de maio como o “Dia da Vitória”.

Kiev pretende, no entanto, uma pausa incondicional dos combates durante pelo menos 30 dias e Trump insistiu que a trégua deve ser permanente.

O Centro nova Europa foi fundado em 2017 em Kiev para desenvolver pesquisas, análises e conduzir projetos para promover padrões e práticas europeias na Ucrânia, bem como aumentar o apoio às perspetivas de integração na UE e na NATO.

Direção da FPF chega a acordo para saída de quatro funcionários

Agora ex-diretores haviam sido suspensos preventivamente em março

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) comunicou esta terça-feira que “chegou a acordo com os quatro funcionários que haviam sido suspensos preventivamente” em março.

Em comunicado, o organismo liderado por Pedro Proença deixou ainda uma palavra de agradecimento a Nuno Moura (Marketing), Rute Soares (Integridade e Compliance), Rita Galvão (Recursos Humanos) e Paulo Ferreira (Financeiro): “A FPF agradece a estes profissionais a diligência colocada no trabalho desenvolvido ao longo dos anos e deseja a todos eles os maiores sucessos profissionais, no futuro”, pode ler-se em comunicado no site do organismo.”

Na mesma nota, a FPF destaca que, “de acordo com o plano programático sufragado no ato eleitoral de 14 de fevereiro  trabalha para uma nova visão empresarial e de projeção da marca, assente num modelo exemplar de gestão moderna”.

Por Record

Apagão. Ministra da Saúde assegura que nenhuma chamada ficou por atender no INEM

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, assegurou esta terça-feira que não houve constrangimentos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante o apagão de ontem.

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“Correu tudo muitíssimo bem. Sem constrangimentos. O Serviço Nacional de Saúde tem uma grande resiliência e dá uma resposta muito eficaz e também muito eficiente a todos os desafios”, afirmou Ana Paula Martins, frisando que a resposta do SNS a uma situação “inédita, incerta e inesperada” foi adequada.

Quanto ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a ministra negou que o corte de comunicações tenha deixado pessoas sem assistência. “Todas as chamadas que, por alguma razão não conseguiram ser atendidas de imediato, foram depois contactadas. Não ficou nenhuma pessoa por contactar e por socorrer”, garantiu.

Estas declarações foram feitas durante uma visita ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, onde a ministra reconheceu dificuldades no acesso a cuidados de saúde obstétricos na Península de Setúbal.

“Houve pessoas que saíram, as pessoas têm a sua vida, tomam as suas opções (…). Aquilo que nós assumimos como prioridade é ajudar os nossos conselhos de administração e as equipas a encontrar uma solução de curto, médio e longo prazo”, afirmou.

Ana Paula Martins não avançou prazos concretos, mas reforçou que a situação está a ser acompanhada e que o Ministério da Saúde está empenhado em garantir assistência às grávidas da região.

Cinco mortes em Espanha associadas ao apagão

As autoridades espanholas investigam a causa de cinco mortes no país, nesta segunda-feira, que se pensa estarem relacionadas com o apagão na Península Ibérica. Uma família de três pessoas com idades entre os 56 e os 81 anos foi encontrada morta hoje em casa numa localidade de Ourense, na Galiza (norte de Espanha), por alegada intoxicação com monóxido de carbono. Segundo a autarquia local e a força policial Guarda Civil, está a ser investigada a possibilidade de a intoxicação ter sido provocada pela má combustão de um gerador de energia usado pela família durante o apagão. As mesmas fontes disseram

Martín Anselmi continua sem poder contar com trio de lesionados

Dragões prosseguiram a preparação para a receção ao Moreirense

O plantel do FC Porto prosseguiu, na manhã desta terça-feira, a preparação para a receção ao Moreirense com mais um treino no Olival.

Martín Anselmi continua sem poder contar com o mesmo trio de lesionados que falhou a deslocação ao Estrela da Amadora. Diogo Costa (tratamento), Marko Grujic (tratamento e ginásio) e Vasco Sousa (tratamento e ginásio) permanecem entregues ao departamento médico.

O grupo volta a reunir-se amanhã, às 10h30, para realizar mais um treino.

Por Record

Falta energia Podíamos aproveitar melhor os sismos (e o hidrogénio)

Um novo estudo revelou que os terramotos geram quantidades enormes de hidrogénio – uma fonte potencial de energia que tanto jeito teria dado, esta segunda-feira, na Península Ibérica. O início desta semana fica marcado por um apagão sem precedentes na Europa. Com o mundo a caminhar para a necessidade quase exclusiva de eletricidade, este foi mais um momento que fez repensar sobre a forma como produzimos e recebemos energia. O hidrogénio é uma das alternativas mais promissoras de energia sustentável. E onde podemos ir buscá-lo? Aos sismos. Um estudo que vai ser publicado na edição de junho da Earth and

Três mortos em ataque com arma de fogo na Suécia

Pelo menos três pessoas morreram esta terça-feira na sequência de um tiroteio na cidade de Uppsala, na Suécia. Está montada uma caça ao homem. Um tiroteio na tarde desta terça-feira, em Uppsala, na Suécia, a cerca de 70 quilómetros de Estocolmo, fez pelo menos três mortos. Segundo a TV4 News, o ataque, do qual resultaram ainda vários feridos, aconteceu num cabeleireiro, na praça Vaksala, por volta das 17h locais (16h em Lisboa). Segundo a imprensa sueca, o principal suspeito fugiu numa mota elétrico e continua ‘a monte’. A última atualização das autoridades suecas, às 19h55 locais, refere que a polícia

Respawn, de Apex Legends e Star Wars: Jedi, cancelou projeto e despediu cerca de 100 pessoas

A EA cancelou outro projeto em desenvolvimento no Respawn Entertainment e despediu um número ainda por apurar de funcionários das equipas de Apex Legends, Star Wars: Jedi e deste projeto.

“Estas decisões não são fáceis, e estamos profundamente gratos a todos os colegas de equipa afetados – a sua criatividade e contribuições ajudaram a tornar a Respawn naquilo que é hoje”, continua a publicação. “Estamos a oferecer apoio significativo aos afetados, incluindo a exploração de novas oportunidades dentro da EA.”

Segundo fontes citadas pela IGN, cerca de 100 pessoas foram afetadas pelas mudanças, incluindo uma mistura de programadores, editores e trabalhadores de controlo de qualidade de Apex Legends, bem como pequenos grupos de indivíduos na equipa Jedi e nos projetos de incubação. A IGN também sabe que pelo menos alguns, embora não todos, dos produtores do projeto de incubação relatado em março já foram transferidos para trabalhar em Iron Man na EA Motive, Battlefield e outros projetos. Quando questionada, a EA recusou-se a comentar o número exato de indivíduos afetados, dizendo que está a oferecer aos funcionários 30 dias para encontrarem uma nova oportunidade dentro da organização e que está a tentar encontrar funções para o maior número possível de indivíduos internamente.

Entretanto, o Respawn continua a trabalhar em Apex Legends, no próximo capítulo de Star Wars: Jedi e está a colaborar com o estúdio Bit Reactor no desenvolvimento de Star Wars: Zero Company.

Para além disto, Daniel Suarez, vice-presidente sénior de operações da Respawn, será promovido a diretor-geral do Respawn e irá responder diretamente a Vince Zampella.

De assinalar que em fevereiro, a EA revelou aos investidores que Apex Legends não estava a ir na direção desejada e que já não estava há algum tempo. O CEO Andrew Wilson disse que o Respawn está atualmente a trabalhar numa grande atualização, apelidada de “Apex 2.0”.

“A nossa expetativa é que o Apex seja também um desses franchises e que, num horizonte temporal mais alargado, haja uma atualização ainda maior e mais significativa para essa experiência de jogo mais ampla, um Apex 2.0, se quiserem. Esta não será a encarnação final de Apex”, disse Wilson na altura.

A EA continua numa maré de projetos cancelados e despedimentos, fruto de uma reestruturação que já dura há vários anos. Começou em 2023 com a eliminação de 50 postos de trabalho no BioWare e um número desconhecido adicional no Codemasters, e continuou quando a EA despediu 670 trabalhadores em toda a empresa, incluindo cerca de duas dúzias de trabalhadores do Respawn, e cancelou vários projetos. Mais recentemente, a EA reestruturou a BioWare, transferindo produtores para outros projetos e despedindo outros.


Pedro Pestana é viciado em gaming, café e voleibol, sensivelmente nesta ordem. Podem encontrar alguns dos seus devaneios no Threads ou Bluesky.