Álvaro Magalhães avalia continuidade de Dahl: «É mais um médio-ala do que um lateral de raiz»

Antigo lateral-encarnado lembra que o sueco também pode ser alternativa a Carreras

Álvaro Magalhães, antigo lateral-esquerdo do Benfica e da Seleção Nacional, concorda em absoluto com a permanência de Samuel Dahl no Benfica na temporada 2025/26, algo que jovem sueco terá admitido em conversas informais com os responsáveis do Benfica, como Record adianta esta terça-feira. O antigo futebolista congratula-se com o desejo de permanecer do lateral e sublinha o facto de tratar-se de “um belíssimo jogador”. 

Por João Lopes

Assalto a banco em pleno apagão em Leiria: levaram 70 mil euros, mas acabaram sem nada

Assalto à mão armada em banco de Maceira provocou o pânico, mas no final tudo “deu para o torto” na perspetiva dos assaltantes. Terceiro suspeito ainda a monte. Em pleno apagão total, inédito no país, uma dependência bancária em Maceira, Leiria, viveu momentos de alto pânico, pelo meio dia e meia desta segunda-feira. Três indivíduos ter-se-ão aproveitado do grande corte de energia para protagonizar um assalto à mão armada num EuroBic do Grupo ABANCA, avança o Correio da Manhã. Dois dos suspeitos entraram no banco armados, ameaçaram funcionários e clientes, e conseguiram roubar 70 mil euros, enquanto o terceiro serviu

Ronaldo e Messi, melhor que 11 equipas, Bota de Ouro e a fasquia dos 100: os 9 recordes que definem o fenómeno Gyökeres

Para ele, foi apenas mais um dia no escritório. “Noite de poker com os rapazes”, escreveu Viktor Gyökeres algumas horas depois de outro encontro em cheio com quatro golos marcados na goleada do Sporting frente ao Boavista no Bessa. “Tive várias oportunidades e podia ter marcado mais golos mas estou muito satisfeito com a minha exibição. À frente na Bota de Ouro? Não sabia mas é sinal que estou a fazer alguma coisa bem em campo. O mais importante é que ganhámos aqui mais três pontos”, comentou à SportTV depois do jogo, sempre naquele registo habitual de quem achava ser possível um pouco mais. Esse é também um dos maiores segredos do jogador da moda na Europa, que continua apostado a bater recordes atrás de recordes.

Ele continua a ser o silêncio e tanta gente no meio do ruído (a crónica do Boavista-Sporting)

“Desde que está a 100%, o Viktor tem dado uma resposta incrível. Não há adjetivos para ele. As pessoas acham que digo isto por ser nosso avançado, mas é o melhor avançado da Europa. Não dá para descrever o que dá à equipa e o que a equipa lhe dá, e no último golo é bem explícito. O Harder decidiu bem. Ele sabe que a equipa também o ajuda. Mas na individualidade, mais do que os golos, gosto de olhar e de o sentir ligado a todos os comportamentos, ofensivos e defensivos”, comentou também o técnico Rui Borges após o encontro. Faltando palavras, sobram números. Números no mínimo invulgares, espelhados de forma mais visível no rendimento conseguido nos últimos dez encontros oficiais que realizou entre Primeira Liga e Taça.

Desde o início de março, na receção do Sporting ao Estoril (3-1), o internacional sueco leva 17 golos e mais três assistências em dez partidas, com um poker, um hat-trick e três bis numa média de um golo por cada 43,9 minutos realizados entre 70% de eficácia de remate de 60 duelos ganhos. Com isso, o número 9 verde e branco bateu mais recordes, aproximou-se de outros e tem agora mais quatro encontros (três a contar para o Campeonato, seguindo-se a final da Taça) para chegar a mais alguns registos únicos no clube e na Liga.

A goleada do Sporting no Bessa com mais quatro golos de Gyökeres (o quinto, de Maxi Araújo, nasceu de uma recarga após defesa incompleta a remate do sueco) conseguiu também pulverizar quatro registos na presente edição da Liga, como detalha o Goalpoint: 2.70 de expected goals (superando um máximo que já lhe pertencia), dez remates (igualando o número máximo no Campeonato de Daniel Bragança), nove remates na área (melhorando o máximo seu e de Conrad Harder) e ainda sete remates enquadrados com a baliza.

Entre os muitos recordes de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, havia um que continuava a não ter paralelo quando olhamos para os números dos principais avançados na Europa este século: sete hat-tricks numa só temporada. Com a exibição de gala frente ao Boavista, Viktor Gyökeres conseguiu juntar-se a esse lote, com sete encontros a fazer três ou mais golos (seis pelo Sporting, um pela Suécia): Farense fora, Estrela em casa, Manchester City em casa, Azerbaijão em casa, V. Guimarães fora, Moreirense em casa e Boavista fora.

Apesar do coeficiente mais baixo do Campeonato em comparação com as principais ligas europeias (1,5 de Portugal contra dois de Inglaterra, Espanha, Itália ou Alemanha), os sete golos marcados nas duas últimas jornadas permitiram a Viktor Gyökeres ascender ao primeiro lugar da luta pela Bota de Ouro de 2025 com 57 pontos, mais um do que Mo Salah, sete do que Robert Lewandowski e nove do que Harry Kane e Retegui. O sueco tem ainda mais uma “desvantagem”, por contar com menos jornadas até ao final do que o egípcio ou o polaco, mas pode tornar-se o primeiro jogador da Liga portuguesa a vencer o troféu de melhor marcador de todos os campeonatos europeus desde Jardel em 2001/02 (neste caso, também pelo Sporting).

Luis Suárez, antigo jogador do Barcelona que se juntou agora ao amigo Lionel Messi no Inter Miami da MLS, era o jogador que ocupava o último lugar do pódio no século XXI atrás dos extraterrestres Ronaldo e Messi no número de golos entre clube e seleção numa época com 60 remates certeiros em 2015/16. À frente havia apenas seis registos: 82 em 2011/12, 69 em 2012/13 e 62 em 2014/15 do argentino, 69 em 2011/12, 66 em 2014/15 e 62 em 2013/14 do português. Com o poker frente ao Boavista, Viktor Gyökeres chegou aos 61 golos entre Sporting (52) e Suécia (nove), tendo ainda alguns jogos para “subir” nesse registo em particular.

Ao passar a fasquia dos 50 golos numa só temporada, o sueco chegou a um patamar onde só os maiores goleadores do Sporting se encontram. Para já, com 52 remates certeiros, ultrapassou o melhor registo de Héctor Yazalde quando ganhou a Bota de Ouro em 1973/74 (50), já tinha superado a temporada com mais golos de Manuel Fernandes em 1985/86 (39) e olha para os dois maiores registos tendo ainda mais quatro encontros pela frente: 55 de Mário Jardel em 2001/02 e 58 de Fernando Peyroteo em 1945/46.

Na última temporada, em que fez a estreia na Liga portuguesa, Viktor Gyökeres marcou 29 golos na prova, abaixo de todas as 18 equipas (o pior ataque foi do Desp. Chaves, com 31 golos). Agora, o cenário mudou e muito: o avançado chega à 31.ª jornada com um total de 38 golos em 30 jogos realizados, tendo mais golos sozinho do que 11 equipas do Campeonato: Santa Clara, Casa Pia, Moreirense, Rio Ave, Arouca, Nacional, Gil Vicente, Estrela, AVS, Boavista e Farense. Melhor só mesmo Benfica (80), FC Porto (57), Sp. Braga (52), V. Guimarães (44), Famalicão (40), Estoril (38 com menos um jogo) e… o Sporting (83).

Entre Brighton, St. Pauli, Swansea e Coventry, Gyökeres nunca tinha conseguido fazer um poker. Mais: nunca tinha marcado sequer três golos no mesmo jogo. Em Alvalade, essa realidade mudou e, depois dos hat-tricks feitos em 2023/24, chegou pela primeira vez ao poker em dose tripla: Azerbaijão ao serviço da Suécia (6-0), Estrela (5-1) e Boavista (5-0), números que permitem que tenha mais golos do que jogos feitos.

O poker de Viktor Gyökeres frente ao Boavista teve o condão de permitir ao sueco mais uma “ultrapassagem” nos registos históricos do clube, neste caso com a entrada no top 5 dos jogadores com melhor média de golos à frente de Héctor Yazalde (0,96). Assim, com 95 golos em 98 encontros oficiais pelo Sporting, o número 9 fica apenas atrás nesse registo de Fernando Peyroteo (1,62), Sidónio (1,48), Mário Jardel (1,06) e Puglia (1,00), sendo o segundo melhor este século superado pela marca de Super Mário entre 2001 e 2003.

Apesar de estar em praticamente todos os quadros com recordes de golos, Lionel Messi não surge num muito em específico que tem a ver com o número de encontros realizados por um clube até chegar aos 100 golos. Aí, Ronaldo, outro crónico candidato a liderar todos os recordes, partilha o topo com Erling Haaland, com a campanha do português no arranque pelo Real Madrid a ter os mesmos 100 golos em 105 jogos do norueguês no Manchester City. Nesta altura, Gyökeres leva 95 em 98 partidas oficiais, tendo ainda pela frente mais três jogos do Campeonato e um na final da Taça de Portugal para chegar a essa barreira centenária.

Bombeiros acudiram várias pessoas fechadas em elevadores. Só em Lisboa foram 83

Na segunda-feira, depois do início do apagão, os Bombeiros Sapadores de Lisboa foram chamados a resolver 83 ocorrências de pessoas fechadas em elevadores, sobretudo na zona histórica da cidade. Segundo Jorge Trindade, chefe de segunda classe da central dos Sapadores Bombeiros de Lisboa, muitas das situações acabaram por ser resolvidas pelos próprios.

“Foram situações especialmente de privados, em zonas históricas da cidade, com elevadores mais antigos, porque os modernos permitem descer até ao rés-do-chão e a retirada das pessoas”, descreveu. “Não tivemos conhecimento de pessoas em pânico, nem de pessoas feridas. Não houve situações difíceis de gerir”, adiantou.

O pico de chamadas para acudir estas situações em Lisboa ocorreu sobretudo entre as 12h e as 13h, especificou, e começou a diminuir significativamente depois disso. Sem especificar os perfis das pessoas que ficaram presas nos elevadores, referiu que a maioria eram pessoas adultas.

Já no Porto, segundo o Comando Sub-Regional de Emergência e Protecção Civil da Área Metropolitana do Porto, também a grande maioria das primeiras ocorrências foram para abertura de elevadores. Fonte oficial referiu que tinham sido “muito numerosas”, mas ainda não havia dados consolidados. “Foi tudo dentro da normalidade”, referiu, não reportando nenhuma situação de pânico.

Também no distrito de Coimbra a maioria das chamadas foram para retirar pessoas presas de elevadores, afirmou fonte do CSREPC – Comando Sub-regional de Emergência e Protecção Civil da Região de Coimbra, que não tinha ainda dados para precisar o número. Nenhuma configurou situações de pânico. O resto das ocorrências relacionadas com o apagão foram essencialmente para fornecer gasóleo para os geradores que alimentaram vários serviços, incluindo vários hospitais, adiantou.

Em Beja, de acordo com fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Protecção Civil ​do Baixo Alentejo não houve situações fora do normal relacionadas com o apagão. “De início tivemos alguns constrangimentos do corpo de bombeiros, mas foram sobretudo por não haver comunicações e Internet”, referiu. Não foram registados pedidos para retirar pessoas de elevadores.

Já há bilhetes para o Benfica-Sporting no mercado negro… a chegar aos 375 euros

Dérbi lisboeta a valer para o campeonato disputa-se a 10 de maio

Os bilhetes para o Benfica-Sporting ainda não foram colocados à venda, mas no mercado negro, e mais propriamente no site ‘Viagogo’, já há quem revenda entradas para o tão esperado dérbi lisboeta, a disputar-se a 10 de maio no Estádio da Luz. Neste momento, todos os lugares disponíveis estão a ser vendidos por mais de 200 euros. O mais caro pode custar 375.

O campeonato português está ao rubro, com Sporting e Benfica a somarem por esta altura 75 pontos cada. Mas antes desse braço de ferro, as águias deslocam-se a casa do Estoril, no sábado (20h30), enquanto os leões recebem o Gil Vicente, no domingo (20h30). 

Por Record

Supermercados abriram com prateleiras repostas

Os hiper e supermercados abriram esta terça-feira com as prateleiras repostas, um dia depois do apagão de energia que motivou uma procura inusitada de alguns produtos, mas sem que haja incidentes a assinalar, disse à Lusa o secretário-geral da APED.

Apesar da situação extremamente excecional que o país viveu na segunda-feira, a grande maioria das mais de 2.250 lojas dos associados da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) esteve aberta ao público, afirmou o seu responsável, Gonçalo Lobo Xavier, assinalando que a operação está hoje normalizada, tendo sido possível proceder ao reabastecimento dos espaços.

“Já estamos com a operação normal, conseguimos que fosse feito o reabastecimento das lojas e repor as prateleiras”, afirmou, após um dia em que se registou uma maior procura por alguns produtos, nomeadamente, água, leite e velas.

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Esta procura inusitada levou a que durante as horas do apagão de energia algumas prateleiras dos supermercados tivessem ficado vazias, com Gonçalo Lobo Xavier a assinalar, contudo, o “comportamento muito equilibrado” da população, sem atitudes de falta de civismo a assinalar.

Apagão. Saiba o que fazer com o que tem no frigorífico

O responsável da APED adiantou ainda que estão a contabilizar os impactos da falha no abastecimento de energia, admitindo que haja perdas de alguns produtos, sobretudo nos espaços onde não foi possível acomodar as exigências de segurança alimentar decorrentes da gestão da cadeia de frio.

“Serão situações residuais”, referiu, ressalvando que a APED está a trabalhar com o Governo e com a Autoridade de Segurança Económica e Alimentar (ASAE) para articular estes casos.

No balanço do “apagão”, o secretário-geral da APED sublinha o facto de ter sido possível “responder e manter as portas abertas para acomodar o consumo e necessidades repentinas da população”.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11h30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do “apagão”.

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

Maioria de parques de estacionamento e semáforos de Lisboa a funcionar, garante a EMEL

A maioria dos parques de estacionamento de Lisboa geridos pela EMEL “encontra-se já em funcionamento”, informou esta terça-feira a empresa, referindo ainda que já foram repostos 98% dos semáforos da cidade, afetados pela falha de energia registada na segunda-feira.

Num ponto de situação atualizado às 11:00, a EMEL – Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa refere que apenas oito dos 570 cruzamentos da cidade “estão com intervenções em curso”.

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Dos 37 parques de estacionamento sob a sua gestão, persistem “constrangimentos operacionais” nos de Alcântara, Alto dos Moinhos, Ameixoeira, Avenida Lusíada, Campo das Cebolas, Casal Vistoso, Colégio Militar e Universidade.

A empresa acrescenta que “a rede de bicicletas partilhadas GIRA está a funcionar”, mas 19 das 192 estações ainda não recuperaram as comunicações.

No que diz respeito à acessibilidade pedonal, o funicular e todos os elevadores estão operacionais, com exceção do de Entrecampos, “que ainda tem uma intervenção em curso”. .

A aplicação ePark e os parquímetros estão a funcionar normalmente, bem como os postos de carregamento elétrico e os controlos de acesso aos bairros históricos.

A EMEL garante que está “a desenvolver todos os esforços para restabelecer, com a maior celeridade, o normal funcionamento” de todos os seus serviços.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou Portugal e Espanha na segunda-feira, a partir das 11:30 de Lisboa, continuando sem uma explicação por parte das autoridades. .

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu esta terça-feira de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

SIRESP: Governo reconhece falhas. INEM admite problemas pontuais no accionamento de meios

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O Governo admitiu que houve falhas no Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), a rede de comunicações de emergência do Estado, nesta segunda-feira, dia em que a rede eléctrica colapsou durante longas horas em grande parte do território nacional. Em declarações à Sic Notícias na manhã desta terça-feira, o ministro das Infra-estruturas, Miguel Pinto Luz, afirmou: “O SIRESP não funcionou a 100%. Teve falhas, temos de tirar lições, mas em onze horas pusemos o país a funcionar”.

Já o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), em comunicado enviado às redacções no final da manhã desta terça-feira, admite que entre as 13h e as 15h houve “um período de maior pressão no sistema devido a falhas registadas nas redes móveis de comunicações em todo o país. O pico de chamadas em espera e desligadas na origem registou-se cerca das 14h, com um total de 100 chamadas, tendo os sistemas de callback e de atendimento automático dos CODU recuperado 100% destas chamadas. Consequência das falhas registadas nas infra-estruturas de comunicação nacionais, verificaram-se igualmente constrangimentos pontuais no accionamento de meios de emergência”, pode ainda ler-se na missiva.

Durante a tarde foram progressivamente restabelecidas as comunicações telefónicas, informa ainda o instituto, que dá conta de que o mesmo sucedeu com o acesso à internet e à rede SIRESP, verificando-se a normalização do serviço ao nível nacional pelas 23h20.

Apesar de reconhecer as referidas falhas, o INEM, que accionou o plano de contingência, assegura, ainda assim, que “todas as chamadas com origem no Número Europeu de Emergência – 112 — foram atendidas e que o tempo médio de atendimento situou-se nos 40 segundos” e garante que “manteve os seus sistemas, telefónico e informático, a funcionar com recurso a geradores que foram imediatamente accionados de forma automática”.

Segundo a mesma informação, este instituto adianta que os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) registaram um total de 4576 chamadas recebidas e 3877 meios de emergência accionados na segunda-feira. São números que estão em linha com os valores registados habitualmente às segundas-feiras, historicamente o dia da semana com maior actividade de emergência médica.

As aplicações próprias do INEM, de atendimento telefónico, triagem e processamento das chamadas, mantiveram-se sempre operacionais, não se tendo registado qualquer interrupção no seu funcionamento e consequente atendimento e triagem telefónica das chamadas recebidas. A autonomia energética dos edifícios onde estão instalados os CODU do INEM esteve sempre garantida através dos geradores próprios existentes”, afirma o instituto no comunicado, que dá conta também do reforço das equipas.

Sindicato denuncia falhas e 400 chamadas perdidas

Por seu turno, em declarações ao PÚBLICO, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), Rui Lázaro, afirma que, no caso do INEM, o SIRESP não funcionou de todo e, pelo menos, 400 chamadas de emergência terão ficado perdidas.

“Logo desde o início do apagão e uma vez que a Vodafone, que é a única rede móvel que o INEM utiliza, ficou inoperacional, ficaram sem comunicações entre as centrais e os meios. O SIRESP no INEM também colapsou, supostamente por constrangimentos nas centrais CODU. Na Protecção Civil [este sistema] aguentou-se durante a tarde toda”, assegura Rui Lázaro. “Isto fez com que os CODU perdessem contacto com muitos meios”, afirma.

Em declarações à TSF na manhã desta terça-feira, também o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, admitiu que os problemas verificados no SIRESP podem ter afectado o desempenho do INEM.

Também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, assumiu, ainda na noite de segunda-feira, que terá havido um período com maior dificuldade nas comunicações e garantiu que será feita uma avaliação ao que falhou: Todos terão de assumir a sua responsabilidade na avaliação desta situação. Se houver responsabilidades a assumir, terão de ser assumidas.” O PÚBLICO já questionou a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, que tutela o SIRESP, quanto ao seguimento que será dado às falhas que se verificaram e se vai ser aberto algum inquérito para apurar responsabilidades por parte da empresa que opera este sistema​, mas ainda não recebeu resposta.

“As ambulâncias conseguiam falar entre elas se fosse necessário, mas não conseguiam contacto com a central de emergência”, explica Rui Lázaro ao PÚBLICO. A comunicação alternativa operada pelas corporações ocorreu, por isso, através dos telemóveis dos próprios técnicos ou pelos comandos regionais, onde o SIRESP funcionava, conforme relata este responsável. Mas o dia não correu sem sobressaltos.

Por um lado, a dependência de sistemas de navegação electrónica (como o GPS) e a inexistência de mapas nas ambulâncias dificultou e aumentou o tempo de espera das populações pelo socorro. E os bombeiros viram-se mesmo obrigados a recorrer à velha técnica de perguntar aos transeuntes que caminho deviam seguir, exemplifica ainda.

Noutros casos, houve ambulâncias que só conseguiram comunicar a sua operacionalidade quando regressaram à base. Rui Lázaro fala também em, pelo menos, 400 chamadas de emergência que ficaram perdidas.

SIRESP continua com dificuldades na PSP, bombeiros e INEM

A rede SIRESP continuava na manhã desta terça-feira a funcionar com dificuldades nos comandos da PSP de Bragança, Braga, Porto, Portalegre e Coimbra, no INEM e em algumas corporações de bombeiros da região Norte, segundo fontes destas autoridades.

Fonte oficial da PSP indicou à Lusa que o SIRESP está a funcionar, mas com dificuldades naqueles cinco comandos distritais da PSP.

Fonte ligado ao INEM avançou também à Lusa que na região Norte o INEM e os bombeiros estão com problemas no acesso ao SIRESP por falta de rede. Segundo a PSP, a electricidade e os telefones estão a funcionar em todas as esquadras do país.

Também o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses disse à Lusa que a rede SIRESP entrou “em degradação” ao final da tarde de segunda-feira em determinados pontos do país, nomeadamente na cidade de Lisboa onde alguns rádios não funcionaram. com Lusa

Tina Fey, ondas de 30 metros e o chef que queria ser espião: 5 séries, dois documentários e um filme para ver esta semana

A semana não começou bem para a televisão. Mas para “celebrar” o apagão, que tal a recomendação de uma série que culmina com o dito, mais concretamente o de Nova Iorque em 2003. City On Fire (Apple TV+) é uma ótima adaptação do romance de Garth Risk Hallberg (no romance, o incidente aconteceu em 1977, também em Nova Iorque), e embora não seja sobre viver de facto um apagão, é a ficção recente de que imediatamente nos lembramos quando pensamos neste 28 de abril. Se não a conhece, ou se já esqueceu, recupere.

Senão, o que há? O Eternauta, na Netflix, adapta um clássico da banda-desenhada e pode servir de boa dose ficcional de apocalipse. Paul Feig regressa com nova comédia, a sequela de Simple Favor, agora diretamente para a Prime Video. E Tina Fey também está de regresso, com The Four Seasons. Será que serve para matarmos saudades de 30 Rock? Quinta-feira saberemos a resposta.

Filmin, terça-feira, 29 de abril

Talvez ainda não tenha reparado, mas o volume da produção audiovisual dinamarquesa tem vindo a descer, em parte porque o seu crescimento transformou-se em fenómeno — e os fenómenos são mesmo assim. Por outro lado, muitas vezes quando lemos ou percebemos que algo é uma produção dinamarquesa, a verdade conta-nos uma história bem diferente. Secrets faz parte de uma nova era, em que o orçamento é mais baixo e a escala menor e isso obriga a que se contem histórias com menos meios, eventualmente com menos espectáculo. Oito episódios, com cerca de meia-hora cada, sobre a história de dois irmãos que não têm a melhor das relações: ela é uma arquiteta, ele um músico frustrado. Ela tem de tomar conta dele, ele é um grande mimado ou, noutras palavras, tem enorme dependência emocional. Uma história sobre famílias tóxicas mas, também, sobre co-dependência.

Netflix, quarta-feira, 30 de abril

O fim do mundo não tem de ser exclusivamente norte-americano. E nem foi inventado agora. No final dos anos 1950, os argentinos Héctor Germán Oesterheld e Francisco Solano López criaram uma banda-desenhada que se viria a tornar um clássico. O Eternauta é agora adaptado para televisão, tudo vai bem em Buenos Aires, até começar a cair uma neve tóxica. É neste cenário apocalíptico que Juan Salvo (Ricardo Darín), um homem normal, à procura de sobreviver, nos vai contar a sua extraordinária história num cenário em que aquilo que aconteceu se revela muito mais do que parece primeira vista. A série já esteve para acontecer no passado, mas não foi para a frente. Agora, chega à Netflix, em seis episódios, de uma hora cada. Pode estar aqui o hit da semana.

Netflix, quarta-feira, 30 de abril

Depois de duas entradas de Turning Point dedicadas à Guerra Fria e ao 11 de setembro, a Netflix produz agora uma entrada dedicada a um tema aparentemente muito batido, mas que, tendo em conta as imensas e complexas camadas, tem sempre algo novo a ser descoberto ou aprofundado. No dia em que se assinalam os cinquenta anos da queda de Saigão, o serviço de streaming estreia uma série em cinco partes dedicada ao Vietname. Tal como as entradas anteriores de Turning Point, esta é realizada por Brian Knappenberger.

Apple TV+, quarta-feira, 30 de abril

Já aqui falámos de como o plano da Apple TV+ tem funcionado bem na qualidade mas nem por isso nos resultados — ou seja, em relação aos assinantes. E, tal como outros serviços fizeram no passado, num período de expansão, a Apple tem apostado na produção de séries que vão além do domínio norte-americano e britânico. A aposta tem dado alguns frutos, como a muito engraçada — e preocupante — produção alemã Where’s Wanda?. Agora o investimento faz-se em França, na Paris de Napoleão, e num chef, Antonin Carême (Benjamin Voisin), que ambiciona ser o mais famoso do mundo, mas que pelo meio se envolve numa carreira de espião. Comédia romântica misturada com espionagem e comida. Pode dar certo.

Netflix, quinta-feira, 1 de maio

30 Rock e Unbreakable Kimmy Schmidt deram a Tina Fey um bom currículo de criadora de comédia a confiar. Contudo, desde o fim da segunda produção aqui enunciada — em 2020 — que não a vemos a fazer algo de brilhante. The Four Seasons é uma comédia baseada no filme homónimo de Alan Alda, de 1981, mas em versão série, com oito episódios, e acompanha três casais que vão passar umas férias juntos. O elenco conta com Tina Fey, Steve Carell, Colman Domingo, Marco Calvani, Kerri Kenney-Silver, Will Forte e Erika Henningsen. Ah, E Alan Alda fará uma aparição.

Prime Video, quinta-feira, 1 de maio

Depois de no ano passado ter estreado Jackpot!, também na Prime Video, filme que era uma boa combinação entre Idiocracy e Battle Royale, Paul Feig regressa ao serviço da Amazon com um novo filme. Desta vez num caso misterioso, que envolve um casamento muito extravagante em Capri e uma morte. Anna Kendrick e Blake Lively encabeçam um elenco que também conta com Andrew Rannells, Henry Golding e Elizabeth Perkins. Another Simple Favor (em Portugal, Outro Pequeno Favor), é uma sequela do filme, também de Feig, de 2018, A Simple Favor. Se for tão bom como o primeiro, estamos bem servidos.

Max, quinta-feira, 1 de maio

A série começou com a paixoneta de Garrett McNamara e a Nazaré mas, ao fim de duas temporadas, é tempo de seguir outro caminho. Depois de mostrar os perfis de diferentes surfistas que passaram pela vila portuguesa, a série documental da Max, que continua a ser realizada por Chris Smith, aventura-se por outras grandes ondas no mundo. Foi bom enquanto durou para o português que gosta de ver Portugal na televisão; continua a ser bom para os apaixonados do surf.

SkyShowtime, domingo, 4 de maio

Narrada por Tom Hanks, The Americas é uma série documental de 11 episódios em volta da América do Norte e a América do Sul. Produção da BBC com a Universal, e com banda-sonora de Hanz Zimmer, The Americas é fruto de um trabalho ao longo de 5 anos e mais de 180 expedições para nos mostrar a natureza do que está do outro lado do Atlântico.

Chega esconde listas completas dos candidatos. “Deve haver muitos Arrudas ali pelo meio”

Estão disponíveis nos tribunais, reagiu Ventura. Não há listas completas para as legislativas, ao contrário das eleições anteriores. Todos os partidos costumam divulgar as listas completas de candidatos às eleições legislativas. Conhecemos, não só os cabeças-de-lista, mas todos os outros potenciais deputados – e por ordem, por cada círculo eleitoral. O Chega, mesmo ainda sendo um partido recente, tinha feito isso nas eleições anteriores; desta vez, não. Numa espécie de “braço-de-ferro” que já se gerou com a SIC, a redacção do canal televisivo pediu várias vezes ao Chega as listas completas de candidatos a deputados. Esses pedidos foram feitos ao