Nova série policial “Task” mostra Mark Ruffalo como ex-padre tornado agente do FBI

A nova série policial “Task”, que se estreia na HBO Max a 08 de setembro, tem Mark Ruffalo no papel principal como um ex-padre tornado agente do FBI, um tipo de detetive que “ainda não tínhamos visto”, disse o criador Brad Ingelsby.

“Quando falei com Mark disse-lhe que não havia nada de especial neste agente do FBI”, explicou o produtor executivo, numa conferência de imprensa de lançamento da série em que a Lusa participou. “Não é o primeiro a entrar em cena, não é bom com armas, não entra numa sala e começa a apanhar pistas que outros deixaram escapar”, descreveu. “Ele era um teólogo, estava à frente de uma paróquia, confessava pessoas”.

Esse é o pano de fundo para o personagem Tom Brandis, que no início da série vemos a fazer serviço de escritório e não está particularmente em boa forma. Também não parece interessado em regressar ao terreno.

“O interessante no Tom Brandis é que não é aquele detetive que leva tudo à frente, é o que procura o bom nas pessoas”, usando a sua experiência como padre e uma natureza cândida, com compaixão. “O seu superpoder é a capacidade de olhar para dentro das pessoas e ver os seus problemas e medos e aconselhá-las”, disse o produtor executivo. “Senti que ainda não tínhamos visto isso num detetive”. .

O agente é chamado a formar uma equipa especial para investigar uma série de invasões domiciliárias violentas no condado de Delaware, Pensilvânia, no mesmo subúrbio onde se passou a ação da premiada série “Mare of Easttown”, com Kate Winslet, também criada por Brad Ingelsby.

O produtor não quis usar o mesmo género de mistério sobre o culpado de um crime e optou por escrever uma história em que os dois lados da lei entram em rota de colisão. A audiência sabe desde o início quem comete as invasões domiciliárias.

“É uma tensão diferente, que pode ser igualmente potente porque nos interessamos por todos os personagens”, disse Ingelsby. “A tensão real é sabermos que eles vão colidir e o medo do que isso irá trazer”.

O antagonista de Mark Ruffalo é Tom Pelphrey, que dá corpo a Robbie Prendergrast. A série explora-o como um personagem multidimensional, não apenas um criminoso, podendo levar a audiência a simpatizar com os seus motivos sem o tentar fazer abertamente.

“Fui pai recentemente e sei que farei tudo pela minha filha, por isso para interpretar o Robbie, em que tudo o que ele faz é pelos filhos, nem precisei de piscar os olhos”, disse o ator na conferência. “Nunca senti que o Robbie estivesse muito longe de mim, de uma forma bonita”, acrescentou.

Outra personagem central que ajuda a entender os motivos de Robbie é a sua sobrinha Maeve Prendergrast, encarnada pela atriz britânica Emilia Jones, que ficou conhecida pelo papel de Ruby no filme vencedor do Óscar “CODA”.

Jones teve de aprender a falar como os nativos de Delaware, que têm um sotaque muito específico, e estudou com uma professora durante cinco meses para o efeito. “Foi difícil mas muito divertido”, contou a atriz, admitindo que em trabalhos subsequentes teve alguma dificuldade em voltar a falar com um sotaque norte-americano considerado padrão.

A sua personagem é uma jovem zangada, que se ressente do tio Robbie devido aos problemas em que se mete e tem dificuldade em lidar com a sua identidade.

“Mas o Tom tornou o Robbie tão fácil de se gostar que quase se entende porque é que ele faz o que faz, e respeitamo-lo por ter um sentimento de amor tão grande pela sua família”, afirmou Emilia Jones. “Maeve tem um grande sentido de família e isso fez-me identificar com ela”.

“Task” tem sete episódios que se vão estrear semanalmente na HBO Max Portugal.

Governo britânico descarta eleições antecipadas após demissão da número dois

O Governo do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, rejeitou este sábado a possibilidade de convocar eleições antecipadas, após a demissão forçada da número dois do executivo, Angela Rayner, que precipitou uma remodelação ministerial.

O anterior secretário de Estado do Tesouro Darren Jones, agora nomeado ministro de Estado, rejeitou que o executivo esteja em crise e garantiu, em declarações à televisão Sky News, que o Partido Trabalhista não se vai dividir nem convocar eleições antecipadas.

A antecipação das eleições legislativas foi sugerida na sexta-feira pelo líder do partido populista de direita Reform UK, Nigel Farage, na sequência da saída de Angela Rayner.

Farage disse aos seus apoiantes, durante a conferência anual do seu partido, que deveriam preparar-se para as eleições por volta de 2027, em vez da data prevista para 2029.

“Nigel Farage está errado. O Partido Trabalhista não se vai dividir e não haverá eleições antecipadas”, assegurou Darren Jones.

O membro do Partido Trabalhista afirmou que o primeiro-ministro há muito que desejava fazer mudanças no seu Governo, explicando que a saída de Rayner “simplesmente acelerou” as reformas ministeriais.

O primeiro-ministro anunciou várias mudanças na sexta-feira, após a demissão da sua vice-primeira-ministra devido a uma controvérsia sobre a sua situação fiscal.

A saída de Rayner, uma figura de destaque da esquerda, deixou vagas estratégicas que Starmer explorou para tentar fortalecer o seu projeto político face à queda do apoio ao Governo mostrada pelas sondagens.

Rayner renunciou ao cargo de ministra da Habitação e vice-líder do Partido Trabalhista após um relatório ter concluído que, embora tenha agido de boa-fé, tinha violado o código de ética ao não procurar aconselhamento jurídico adequado ao adquirir uma segunda casa, pagando, assim, impostos abaixo do devido.

Entre as principais mudanças, David Lammy, até agora ministro dos Negócios Estrangeiros, tornou-se vice-primeiro-ministro e ministro da Justiça, enquanto Yvette Cooper, que chefiava o Ministério do Interior, assumiu o cargo de ministra dos Negócios Estrangeiros.

Já Shabana Mahmood, que tutelava a Justiça, assumiu o Ministério do Interior, tendo a imigração como o seu principal desafio.

Ainda só foi executado 44% do PRR para a floresta. Governo cortou 122 milhões de apoios públicos

O Governo de Montenegro usou as verbas do PRR para justificar o corte feito ao PEPAC em 2024, mas a execução dos fundos europeus está atrasada. Do total de 577 milhões de euros contratados para as florestas no Plano de Recuperação e Resiliência, apenas 44% foram pagos até 28 de agosto, segundo dados do Portal Mais Transparência analisados pelo Expresso. Dos 564 milhões de euros aprovados, apenas 250 milhões chegaram ao terreno nos últimos quatro anos. E, embora a aquisição de meios de combate tenha avançado sem dificuldades, medidas estruturais como a transformação da paisagem, as faixas de gestão de

Richard Ríos ‘apanhado’ em concerto no Sol da Caparica na véspera de jogo do Benfica

O médio Richard Ríos foi filmado ao lado da namorada, Madu Carvalho, a assistir na noite de sexta-feira ao concerto da banda brasileira ‘Menos é Mais’ no festival ‘Sol da Caparica’. A divulgação das imagens nas redes sociais da própria namorada gerou alguma polémica devido ao facto de o Benfica defrontar o Estrela da Amadora neste sábado à noite.

O internacional colombiano, de 25 anos, chegou neste mercado à Luz proveniente do Palmeiras a troco de 27 milhões de euros e assumiu de imediato a titularidade no meio-campo dos encarnados. As imagens mostram Ríos ao lado da namorada, numa zona resguardada na lateral do palco, com o jogador de braços cruzados enquanto a companheira dançava.

O concerto dos ‘Menos é Mais’ começou antes das 21 horas e terminou pouco depois das 22 horas. Contactada por Record, fonte do Benfica garante que Richard Ríos informou o clube que iria ao referido concerto e que não há tema ou qualquer infração ao regulamento interno.

Folklore: Um clássico esquecido pelo tempo

Lançado em 2007, Folklore foi um dos jogos que destacaram a PlayStation 3 como uma plataforma inovadora, mas, apesar de sua originalidade e potencial, nunca alcançou o sucesso esperado. Este JRPG de ação, desenvolvido pela Game Republic, combinava elementos de folclore, exploração e combate em um mundo bastante peculor, mas não conseguiu conquistar um número de vendas assim tão avantajada. Vários fatores contribuíram ter ficado esquecido.

Folklore foi lançado em um período de intensa competição entre títulos de peso. Jogos como Call of Duty 4: Modern Warfare e Assassin’s Creed dominaram o mercado na altura e intensidade de shooters cinzentos e castanhos não encaixavam nada bem no lançamento de Folklore. A atenção dos jogadores estava focada em experiências mais convencionais e populares com pouco espaço para um título que, embora inovador, se afastava do que era considerado mainstream. Algo pelo qual os próprios JRPG japoneses passaram na época.

O sistema de combate de Folklore, que permitia aos jogadores capturar e controlar criaturas chamadas “Folks”, era único, mas também confuso para alguns jogadores. A mecânica de ação misturada com elementos de RPG pode não ter sido atraente para todos, especialmente numa era em que os jogos de ação mais diretos estavam em alta. Isto também condicionou o marketing de Folklore, pois não conseguiu transmitir eficazmente as suas ideias e o charme de seu enredo, que se baseava em mitologias e contos populares. A falta de uma campanha publicitária impactante resultou em também em baixa visibilidade, o que comprometeu as vendas e a popularidade do título.

Após o lançamento, a Game Republic enfrentou dificuldades internas e mudanças de direção. A falta de continuidade na equipe original de desenvolvimento e a mudança nas prioridades de mercado foram um poupo de ruptura deixando uma sequela impossível. A indústria de videojogos também começou a mudar rapidamente, dando prioridade a jogos com maior retorno financeiro e apelo comercial, ou seja, a corrida aos Call of Duty e Halos.

Por que razão não teremos então um Remake ou Sequela tantos anos depois? Embora Follkore tenha seus defensores e seja frequentemente mencionado em discussões sobre jogos esquecidos (este artigo é um bom exemplo disso), as chances de um remake ou sequela parecem remotas. Vários fatores contribuem para isso:

-Foco em Franchises Mais Lucrativas: As grandes editoras tendem a investir em franquias consolidadas e títulos com maior potencial de venda. O mercado atual, especialmente depois das últimas crises com grandes lançamentos, procura investimentos seguros, o que deixa pouco espaço para jogos menos conhecidos.

-Mudanças na Indústria: O mercado de videojogos evoluiu para se concentrar em lançamentos com uma jogabilidade mais acessível e apelo para o multiplayer (seja em consolas ou no Mobile. Por isso mesmo Folklore, com sua narrativa linear e foco em um único jogador, é um risco para muiotas companhias que ainda poderiam olhar para ele.

-Falta de Apoio da Comunidade: Embora os fãs ainda tenham carinho pelo jogo e espaços como Reddit ainda falem do jogo, o número de interessados não é suficiente para justificar um investimento significativo para um remake ou sequela. As petições e discussões online raramente se traduzem em ação por parte das editoras.

Folklore é um exemplo de como jogos inovadores podem, paradoxalmente, não dar cartas com o público, mas construir um culto em seu redor. A falta de visibilidade, aliada a um estilo de jogo único e a desafios de desenvolvimento, contribuiu para o seu fracasso comercial. Apesar de seu legado como um título cde culto, a realidade é que, no panorama atual da indústria, Folklore provavelmente permanecerá uma joia esquecida da PS3, sem perspectivas para regressar.

Daniel Silvestre
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Elevador da Glória. Edifício em que embateu elétrico com “totais condições de segurança”

O edifício em que embateu um dos elétricos do Elevador da Glória, em Lisboa, possui “totais condições de segurança”, revelou a Proteção Civil Municipal, antecipando que no domingo seja possível abrir uma via pedonal e acesso ao comércio.

“Após a verificação e inspeção pelos serviços da CML [Câmara Municipal de Lisboa] e da Proteção Civil Municipal, foi também possível aferir as totais condições de segurança do edificado atingido pelo acidente”, pode ler-se numa nota do organismo enviada à Lusa este sábado.

Segundo a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, Margarida Castro Martins, antes da total abertura da via “será ainda necessário aguardar pela secagem do pavimento para se poder iniciar a recalcetagem dos passeios, o que se espera terminar domingo ao início da tarde”.

“Será ainda necessário uma posterior intervenção no sistema de drenagem pluvial que só se poderá realizar previsivelmente na segunda-feira durante a manhã após consolidação da via”, precisou ainda.

De acordo com a responsável “é expectável que já no domingo à tarde seja possível abrir uma via pedonal e acesso ao comércio”, e que entre segunda e terça-feira, consoante o decorrer dos trabalhos, “se possa efetivar a total abertura de toda a zona afetada e a normalização de toda a zona”.

O Elevador da Glória, uma das principais atrações turísticas no centro da cidade de Lisboa, descarrilou na quarta-feira, no pior acidente dos seus quase 140 anos, provocando 16 mortes e mais de 20 feridos.

O acidente, que está a ser investigado por várias entidades, provocou 16 mortos – cinco portugueses, dois sul-coreanos, um suíço, três britânicos, dois canadianos, um ucraniano, um norte-americano e um francês -, que foram identificados pela Polícia Judiciária e pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.

O Governo decretou um dia de luto nacional, que foi cumprido na quinta-feira. A Câmara de Lisboa decretou três dias de luto municipal, entre quinta-feira e hoje.

O Elevador da Glória é composto por duas cabines elétricas motorizadas e sincronizadas por cabo, descarrilou cerca das 18:00 de quarta-feira e, cerca de cinco minutos depois, estavam no local o Regimento Sapadores Bombeiros e o INEM, que iniciaram de imediato as operações de salvamento e desencarceramento das vítimas.

O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

Mo Salah em lágrimas no final do jogo do Liverpool: egípcio ficou sozinho a ouvir cântico de Diogo Jota

Mo Salah já se tinha mostrado , mas após a partida acabou por não resistir à emoção e ficou lavado em lágrimas. O momento emocionante aconteceu quando a claque do Liverpool entoava o cântico de Diogo Jota e quando já todos os demais jogadores tinham saído. Salah ficou ali, a aplaudir e a ouvir o cântico dedicado ao seu antigo colega, enquanto a emoção tomava conta de si. Emocionante!

Anthropic paga 1,28 MME a autores por usar livros pirateados para treinar IA

O acordo histórico poderá marcar uma reviravolta nas batalhas legais entre empresas de IA e escritores, artistas visuais e outros profissionais criativos, que as acusam de violação de direitos de autor.

A empresa norte-americana concordou em pagar aos autores e editoras cerca de três mil dólares (2.560 euros) por cada um dos cerca de 500 mil livros abrangidos pelo acordo, que põe assim fim a uma ação coletiva.

“Pelo que podemos perceber, é a maior recuperação de direitos de autor já registada”, disse Justin Nelson, advogado dos autores. “É a primeira do género na era da IA”, acrescentou.

Um trio de autores — a romancista de suspense Andrea Bartz e os escritores de não-ficção Charles Graeber e Kirk Wallace Johnson — interpôs uma ação judicial em 2024.

A ação acabou por atrair um grupo maior de escritores e editoras, que acusaram a Anthropic de descarregar cópias piratas dos seus livros para treinar o seu modelo de IA, “Claude”.

Um juiz federal proferiu uma decisão mista sobre o caso em junho, concluindo que usar livros protegidos por direitos de autor no treino de modelos de IA não era ilegal, mas que a Anthropic adquiriu indevidamente milhões de livros através de sites piratas.

Os especialistas afirmam que perder o caso, após um julgamento agendado para dezembro, poderia ter custado ainda mais dinheiro à empresa.

“Estávamos a considerar uma forte possibilidade de vários milhares de milhões de dólares, o suficiente para potencialmente prejudicar ou mesmo tirar a Anthropic do mercado”, disse William Long, analista jurídico da empresa de consultoria Wolters Kluwer.

O juiz distrital dos Estados Unidos, William Alsup, de São Francisco — onde se situa a sede da Anthropic —, agendou uma audiência para segunda-feira para rever os termos do acordo.

A Anthropic afirmou, em comunicado, na sexta-feira, que o acordo “resolverá as restantes reivindicações dos autores”.

“Continuamos empenhados em desenvolver sistemas de IA seguros que ajudem as pessoas e as organizações a ampliar as suas capacidades, a promover descobertas científicas e a resolver problemas complexos”, afirmou a vice-conselheira geral da empresa, Aparna Sridhar.

Fundada em 2021 por antigos colaboradores da OpenAI, a Anthropic lançou o “Claude” no início de 2023 e afirma contar com mais de 300 mil clientes empresariais.

A empresa indicou ainda ter quase multiplicado por sete o número de utilizadores, com potencial para gerar mais de 100 mil dólares (85 mil euros) anuais em receitas.

A ‘startup’ anunciou recentemente que atingiu uma valorização de 183 mil milhões de dólares (156 mil milhões de euros), na sequência de uma nova ronda de financiamento.

Os pterossauros conseguiam voar logo ao nascer — mas tinham azar com as tempestades

Dois fósseis encontrados na Alemanha de pterodáctilos muito jovens mostram os ossos das asas, provavelmente fraturados em pleno voo, devido a violentos ciclones tropicais. Ao que tudo indica, os pterodáctilos bebés eram capazes de voar poucos dias depois de eclodirem, mas alguns deles acabavam por partir as asas em tempestades violentas, que os lançavam contra lagoas onde se afogavam. Mesmo em idades muito precoces, estes répteis alados possuíam estruturas de asa semelhantes às dos adultos, com a potência e as características aerodinâmicas necessárias para o voo. Ainda assim, os paleontólogos têm debatido durante décadas se estas crias conseguiam realmente voar,

O que mudou em Lisboa durante as férias? Um hambúrguer de pato e 9 novas mesas para experimentar

Regressar das férias não é só regressar à rotina. É encontrar uma Lisboa de novas mesas e sabores para provar enquanto ainda há lugar. Ao longo dos meses de verão, foram vários os restaurantes que abriram pelas ruas da capital, desde a zona mais oriental até São Bento. Por uns já ansiávamos há muito, como o Bica do Sapato, com o “turno zero” a aceitar já as reservas, ou o Broto, com o chef Pedro Pena Bastos longe do fine dining a partir de setembro, enquanto que por outros há ainda que esperar um pouco mais, até ao final do verão.

Se fizermos este regresso ao dia a dia a começar em Marvila encontramos por lá um Café des Épices, irmão do original, em Marraquexe. De portas abertas desde junho, veio trazer para Lisboa a essência daquela cidade marroquina, com tapetes a cobrir as paredes e grandes candeeiros a cair do teto daquele armazém junto ao 8 Marvila. Natural de Fez, a chef Soumia apresenta uma carta típica, onde as tagines são a grande especialidade: há de chakchouka (14 euros), almôndegas (16 euros), frango (18 euros), vaca (20 euros) e polvo (20 euros). Já em Alvalade, há que provar um hambúrguer artesanal 100% de pato feito com mão Michelin. Em soft opening desde julho mas com abertura marcada para dia 4 de setembro, o chef Rodrigo Castelo, com uma estrela no Ó Balcão, em Santarém, chega ao bairro lisboeta com o Quack Shack, um conceito que vem equilibrar o rigor gastronómico e acessibilidade. Aqui é o pato quem manda, num menu curto e dedicado apenas a esta ave, com apenas duas sugestões à escolha: uma mais consensual, que responde pelo nome de Quack burger (9,90 euros), com pão brioche, queijo e manteiga artesanal de leite de vaca com alho e salsa, e que tem a versão duplo, e o Quack signature (12,90 euros), mais elaborado com um pão brioche que lembra a textura de um croissant para receber depois um hambúrguer de pato mais alto, com pickles de laranja e pepino e alho francês laminado. “A única coisa que eles têm em comum é o hambúrguer de 140 gramas de carne, a manteiga de alho com salsa, que é uma manteiga caseira, e o queijo. Os produtos são todos nacionais”, esclarece o chef em conversa com o Observador.

Foi há mais de um ano que Rodrigo Castelo foi desafiado por João Seabra e Nuno Pimenta — os dois sócios do espaço — a criar um negócio tal como o conhecemos agora: uma casa só de hambúrgueres de pato. Os testes foram sendo feitos, passando pela não tão óbvia assim ligação da laranja ao pato, até chegarem ao resultado final. “Isto é 100% sustentável. Tudo o que sobra do pato vai para o croquete ou para caldos. Este pato não tem intensificadores de sabor, não tem sal, portanto nutricionalmente é um produto muito bom”, explica o chef. É esse produto que João Seabra quer que se torne no melhor hambúrguer de Portugal, confessa ao Observador, revelando ainda já terem clientes habituais no bairro de Alvalade desde a abertura em julho: “Este senhor vem todas as terças e quintas-feiras ao 12h30”.

A Santa Apolónia, já sabemos que o Bica do Sapato está de regresso, seis anos depois de ter “fechado para obras”. Desta vez, o restaurante que durante 20 anos foi tendência, e o sítio onde toda a gente queria estar, vai dividir-se em dois. Em soft opening desde agosto, o investimento imobiliário de Francisco Lacerda e Celso Assunção tem capacidade para 300 lugares, oferecendo a opção de escolher entre dois restaurantes (ou ainda o serviço de delivery), com um horário de funcionamento que deve ir do pequeno-almoço aos copos, das 10h até às duas da manhã. Cá em baixo é Milton Anes quem lidera, com um menu que se inspira na gastronomia francesa e em Trás-os-Montes. Já o andar de cima — no mezanino — onde dantes funcionava um espaço de sushi, a aposta agora é numa taberna moderna, com comidas de mão, privilegiando releituras das sandes clássicas portuguesas, como o prego, a bifana, o pão com chouriço ou a francesinha. A cozinha está ao cargo de Hugo Guerra, que já esteve na equipa do Bica do Sapato no passado. Na mesma zona, há um Almadrava para descobrir no Campo de Santa Clara. Com vista para o Panteão Nacional, esta casa — da mesma dupla da Taberna Meia Porta — abriu portas em julho com um conceito fácil de agradar: “Peixe e vinho”. Pelo meio, há ostras e cerveja Musa.

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