“Passa um ano e as emoções são as mesmas”. Aves subiu no “play-off”, agora quer salvar-se da mesma forma

O treinador do AVS, José Mota, destacou o aspeto mental e mostrou confiança na permanência da equipa na I Liga de futebol, apesar do histórico favorável às equipas da II no ‘play-off’ de permanência.

Em Ofir, onde a equipa cumpre estágio antes do ‘duelo’ com o Vizela, Mota reconheceu a exigência dos dois jogos decisivos e disse esperar que a experiência acumulada por alguns dos seus jogadores possa fazer a diferença.

“Passa um ano e as emoções são as mesmas. Temos vários atletas que participaram no ‘play-off’ da época passada. Espero que percebam os objetivos e a motivação”, referiu, sublinhando que os encontros serão “extremamente difíceis” e que “a equipa que errar menos” sairá por cima.

Embora reconheça a vantagem histórica das equipas da II Liga neste formato, o treinador do AVS quer contrariar essa tendência. “Espero que, pela primeira vez, uma equipa da I Liga se mantenha. O fator motivacional tem pesado muito: as formações da II Liga chegam num ciclo positivo, enquanto as da I vêm de fases mais negativas”, apontou.

Também por isso, nesta fase da época, o técnico considera o fator emocional determinante. “O ‘reset’ é fundamental. Quando cá chegámos, estávamos em posição de descida e agora estamos no ‘play-off’. Este estágio ajuda-nos a conhecer melhor os jogadores e a prepará-los emocionalmente para este momento”, explicou.

Na antevisão da primeira mão, que se disputa na Vila das Aves, no sábado, Mota mostrou-se confiante, acreditando que a equipa tem “condições para continuar na I Liga”, num “jogo intenso e dividido”, mas sem apontar favoritos no jogo que espera equilibrado. “Não aponto favoritos porque não os há. Tudo faremos para inverter este ciclo. Temos de ser ambiciosos, manter a concentração e dar atenção a todos os pormenores”, disse.

Sobre o Vizela, elogiou a evolução da equipa: “Conheço bem o Vizela. Passou por duas fases com dois treinadores e melhorou muito com o atual. É hoje muito mais ofensiva, com objetividade, ambição e força anímica”.

O treinador concluiu lembrando o percurso feito e o cumprimento do primeiro objetivo, que foi chegar ao ‘play-off’. “Vim com a missão de garantir a permanência. É sinal de que confiam no meu trabalho. Agora, queremos concluir o caminho com sucesso”, concluiu.

Kiki Afonso, castigado, é a única baixa confirmada no AVS. As duas equipas disputam a última vaga na I Liga de futebol, com o AVS a receber a primeira mão do ‘play-off’ no sábado, às 19h45, sob arbitragem de Gustavo Correia, da associação do Porto.

O segundo jogo realiza-se a 1 de junho, à mesma hora, em Vizela. A formação minhota foi terceira da II Liga e tenta o regresso ao escalão principal, após ter descido em 2023/24, depois de três épocas consecutivas entre os maiores.

Objetivo do título: Salvador assegura “mais investimento” mas sem entrar “em loucuras”

Na entrevista ao Expresso, António Salvador garantiu que “o Braga nunca vai ser campeão pelo investimento”. “Nunca se vai poder comparar com o FC Porto, o Benfica e o Sporting a investir nas mesmas condições para ser campeão. Isso nunca vai acontecer. Nem nunca o Braga, comigo a presidente, vai entrar nessa loucura. Nem pode. Isso será o fim do clube. Não é possível”, afirmou.

“Agora, aquilo que eu digo, que queremos ser campeões, vai por muito mais do que isso. Vai por aquilo que semeámos ao longo destes anos todos – das condições de trabalho, da organização, da liderança – e aquilo que nós queremos no futuro, além da retenção dos melhores jogadores, é haver uma marca, uma imagem e uma mudança de mentalidade cá dentro, que possamos todos acreditar que é possível sermos campeões. Mas isso tem que ser de todos dentro do clube, com todos os adeptos, todos os sócios, todas as instituições. E isso começa por todos que trabalham dentro deste clube. Qualquer funcionário aqui dentro tem que ser o primeiro embaixador do clube. Tem que ser o primeiro a acreditar que é possível a ganhar”, anotou o presidente do Sp. Braga.

“Se acreditarmos todos, estaremos mais perto de ganhar. E, obviamente, com algum investimento mais que vamos fazer, com a retenção de mais talento durante mais anos na equipa, com esta mudança de mentalidade e com a força dos nossos adeptos, das instituições, da cidade, da região, acredito que poderemos e que vamos chegar a um título de campeão nacional”, acrescentou.

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“E temos tido exemplos noutros países de equipas mais pequenas que venceram os campeonatos, e não foi pelos orçamentos. Teve o Leicester há poucos anos em Inglaterra, teve o Nápoles em Itália, teve o Bodø/Glimt na Noruega, o Genk na Bélgica. Há sempre fenómenos de clubes que vêm de uma estabilidade e que, chega um determinado momento, conseguem ultrapassar aqueles ditos crónicos candidatos”, disse ainda António Salvador.

A entrevista foi realizada antes da penúltima jornada do campeonato, quando Carlos Carvalhal ainda era o treinador. Mas, dentro do projeto rumo ao título, focou a importância de ter um treinador que “tem de acreditar que pode ser campeão nesta equipa”.

Morreu Sebastião Salgado, mestre da fotografia

[em atualização]

Sebastião Salgado, considerado o maior fotógrafo brasileiro e um dos mais importantes das últimas décadas, morreu esta sexta-feira aos 81 anos, anunciou o Instituto Terra.

O mestre da fotografia vivia atualmente em Paris. A sua obra fica marcada por um olhar especial para problemas do planeta, como a natureza, as alterações climáticas ou a exploração laboral.

Para o álbum de imagens “Gold”, fotografou o trabalho duro dos mineiros da Serra Pelada, a maior minar de ouro ao ar livre do mundo.

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“Com imenso pesar, comunicamos o falecimento de Sebastião Salgado, nosso fundador, mestre e eterno inspirador”, avança o Instituto Terra, numa mensagem publicada no Instagram.

Sebastião Salgado “foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos do nosso tempo”, sublinha a publicação.

“Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, refere o Instituto Terra.

Objectivo: aeroporto. Ucrânia tem nova estratégia de drones – para a população da Rússia “pagar”

Centenas de drones kamikaze ucranianos seguiram em direcção a Moscovo, nas últimas semanas – mas nenhum atingiu mesmo a capital. Mais de 200 encerramentos em aeroportos. A Ucrânia tem intensificado os ataques aéreos à Rússia em 2025. Em Março, por exemplo protagonizou o seu maior ataque aéreo desde que a guerra começou; foram lançados 337 drones numa madrugada. A zona de Moscovo tem sido um alvo privilegiado: só ao longo das últimas semanas, voaram dezenas de drones kamikaze ucranianos em direcção à capital. Mas nenhum chegou mesmo à cidade. O objectivo principal – e conseguido – era afectar Moscovo e

Peso de entidades que não as famílias na compra de habitação recua para 13,9% em 2024

As habitações compradas em 2024 por outras entidades que não as famílias totalizaram 21.785, representando 13,9% do total destas transações, contra 14,5% um ano antes, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo INE.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), no ano passado, os “restantes setores institucionais” compraram 21.785 alojamentos, enquanto as “famílias” foram responsáveis por 134.540 transações.

Face a 2023, registou-se um crescimento de 10,3% no número de transações no caso das aquisições pelos “restantes setores institucionais” e um aumento de 15,2% das compras de habitação realizadas pelas “famílias”.

Como resultado, o peso relativo das compras de alojamentos pelos “restantes setores institucionais” baixou 0,6 pontos percentuais, para 13,9%.

Já em valor, as vendas realizadas a “famílias” aumentaram 22,3%, para um total de 28.700 milhões de euros, sendo que nos “restantes setores institucionais” o montante de 5.100 milhões de euros correspondeu a um crescimento de 13,1% face a 2023.

Em 2024, tendo por referência as taxas de variação homólogas, o Índice de Preços da habitação (IPHab) apresentou um crescimento dos preços superior ao do índice relativo às aquisições de habitação pelos “restantes setores institucionais”.

“No caso do IPHab, o ano de 2024 caracterizou-se por um aumento do ritmo de crescimento dos preços ao longo dos vários trimestres, tendo-se registado taxas de variação entre 7,0%, no primeiro trimestre, e 11,6%, no quarto trimestre”, detalha o INE.

Já os preços das habitações adquiridas pelos “restantes setores institucionais” tiveram um aumento homólogo de 5,1% no primeiro trimestre, desacelerando para 2,7% no segundo trimestre. Na segunda metade do ano o crescimento dos preços foi mais intenso, fixando-se em 4,1% e 5,2%, respetivamente, no terceiro e quarto trimestres.

Morreu Sebastião Salgado, mestre da fotografia documental

Sebastião Salgado, considerado o maior fotógrafo brasileiro e um dos mais importantes das últimas décadas, morreu esta sexta-feira aos 81 anos, anunciou o Instituto Terra.

O mestre da fotografia a preto e branco vivia atualmente em Paris e trabalhava em parceria com a companheira Lélia Deluiz Wanick Salgado.

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A sua obra fica marcada por um olhar especial para problemas do planeta e da humanidade, como a natureza, migrações, alterações climáticas ou a exploração laboral.

Para o álbum de imagens “Gold”, fotografou o trabalho duro dos mineiros da Serra Pelada, a maior mina de ouro ao ar livre do mundo.

Em “Amazónia”, imortalizou a beleza do pulmão verde do planeta.

Sebastião Salgado percorreu o mundo para publicar “Genesis”, uma coleção de imagens de natureza muitas vezes ameaçada e de tribos em zonas remotas.

Outro dos seus trabalhos mais marcantes é o livro “Terra”, dedicado à causa do movimento camponês dos “Sem Terra”. A obra conta com a participação de José Saramago e de Chico Buarque.

“No documental houve poucos que o conseguiram igualar”

Em declarações à Renascença, Rui Lourosa, diretor do Curso Superior de Fotografia na Escola Superior Artística do Porto, considera que Sebastião Salgado foi um dos melhores de sempre, na fotografia documental.

“As marcas do Sebastião Salgado são as suas marcas pelo documental, o interesse pela descoberta de povos pelo mundo inteiro com características sui generis e sempre com visualismos diferentes. Muitas vezes também foi atrás do drama da Humanidade, mas foi sempre atrás de uma imagem forte. Era um excelente fotógrafo. No documental houve poucos que o conseguiram igualar durante o tempo que ele trabalhou”.

“Com imenso pesar, comunicamos o falecimento de Sebastião Salgado, nosso fundador, mestre e eterno inspirador”, avança o Instituto Terra, numa mensagem publicada no Instagram.


Sebastião Salgado “foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos do nosso tempo”, sublinha a publicação.

“Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, refere o Instituto Terra, liderado pelo próprio fotógrafo e pela sua esposa, que tem como missão o reflorestamento e o ensino relacionado com as questões do meio ambiente.

As raízes de Salgado e a missão reflorestação

Sebastião Salgado nasceu em Aimarés, no estado brasileiro de Minas Gerais, em 1944. Com formação superior em Economia, foi obrigado a abandonar o Brasil devido às suas posições políticas incompatíveis com a ditadura militar.

Prémio Gulbenkian para a Humanidade defende pressão aos políticos para arborizar cidades

Foi em Paris que, na década de 70 do século passado, nasceu a paixão pela fotografia, arte que estudou e aprofundou em Londres.

Trabalhou para várias agências de fotografia como a Gamma, a Sigma e a Magnum.

Foi distinguido com vários prémios, como o Eugene Smith de Foto Humanismo, em 1982, o Prémio Kodak, de 1984, o prémio Oscar Barrock de 1985, o prémio Rei de Espanha, de 1988, o World Press de Jornalismo e o Prémio Príncipe das Astúrias, em 1997.

Sebastião Salgado e a mulher Lélia Wanick Salgado também foram agraciados com o Prémio Gulbenkian para a Humanidade, em 2023, pelo seu trabalho de reflorestação de uma parte da Mata Atlântica, no Brasil.

Naquela que foi a primeira Reserva Particular do Património Natural, foram plantadas mais de 2,5 milhões de árvores em 25 anos e recuperados mais de 600 hectares de floresta com espécies autóctones.

CA Madalena confirmado no campeonato de voleibol em substituição da Fonte do Bastardo

Equipa de Vila Nova de Gaia mantém-se no escalão principal

Está confirmada a continuidade do Clube Atlântico da Madalena no campeonato nacional da 1.ª Divisão em substituição da Fonte do Bastardo, cenário que Record já tinha avançado em face do regulamento geral de provas.

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Foi o próximo Clube Atlântico da Madalena a dar conta da decisão da Federação Portuguesa de Voleibol (FPV), deixando ainda uma palavra de apreço ao contributo da Fonte do Bastardo na modalidade.

Por Record

Investigação avalia reações emocionais e níveis de ansiedade provocadas pelo apagão

Uma equipa de investigadores das universidades do Porto e da Maia apelou esta sexta-feira à participação voluntária num inquérito para avaliar as reações emocionais e níveis de ansiedade provocadas pelo apagão prolongado ocorrido em Portugal a 28 de abril. Os dados recolhidos permitirão compreender como os indivíduos lidam com este tipo de adversidade, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias de apoio psicológico em contextos de crise.

O estudo é realizado no âmbito de um projeto de investigação, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia — FCT, em parceria com o Centro de Psicologia da Universidade do Porto (CPUP) e a Universidade da Maia (ISMAI). Este trabalho está enquadrado no projeto de doutoramento da investigadora Maria Inês Moutinho, sob a orientação científica dos investigadores Carla Cunha (psicóloga, especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e professora na Universidade da Maia — ISMAI) e Tiago Ferreira (psicólogo, especialista em Psicologia do Desenvolvimento e Educação e Investigador no Centro de Psicologia da Universidade do Porto — CPUP).

Em declarações à Lusa, a orientadora Carla Cunha explicou que, no âmbito da saúde pública, o trabalho visa perceber como é que as pessoas têm reagido em termos das suas respostas emocionais e comportamentais a situações de emergência. “Quando se gerou o apagão de 28 de abril, começámos a perceber que houve um conjunto de respostas emocionais e comportamentais que considerámos muito intensas por parte de algumas pessoas. A ideia da doutoranda Maria Inês foi investigar, enquanto ainda existe memória recente desse dia, para avaliar respostas em termos da ansiedade, respostas em termos da sintomatologia depressiva e do tipo de reações comportamentais que as pessoas tiveram”, sustentou.

A participação neste estudo é voluntária e implica o preenchimento online de um conjunto de questionários, sendo solicitadas também algumas informações pessoais globais e anónimas, com vista a efetuar uma caracterização sociodemográfica e da sua saúde. “Neste momento temos já 800 resposta ao questionário”, disse. Podem participar nesta investigação pessoas com 18 anos ou mais, facultando de forma anónima, as informações que lhe serão pedidas.

Segundo os responsáveis pelo estudo, toda a informação será tratada de forma confidencial, apenas os investigadores envolvidos terão acesso aos dados, que serão “usados exclusivamente” para fins de investigação científica. No essencial, “o que queremos perceber é como é que as pessoas se foram organizando mentalmente, que perceções tiveram, que reações emocionais tiveram face ao apagão, às informações que foram chegando, como é que foram evoluindo ao longo do tempo as suas perceções e reações mediante as informações que iam recebendo”.

Os investigadores constataram que algumas pessoas ficaram imediatamente sem comunicações, sem acesso à internet, mas “houve outras pessoas que ainda mantiveram isso e, portanto, isto pode ter criado algum diferencial nestas respostas que as pessoas evidenciaram, quer emocionais, quer comportamentais”. “Queremos também perceber do que é que as pessoas sentem necessidade, em termos de se prepararem melhor para reagir perante situações de emergência. Até porque, neste momento, fruto de tudo o que está a acontecer, se calhar as pessoas tendem a encarar estas situações de uma forma negativa”, acrescentou Carla Cunha.

Rússia amplificou desinformação para passar ideia de caos nas cheias em Espanha

A Rússia aproveitou as cheias em Valência de outubro passado para “amplificar” a desinformação associada às inundações e tentar dar uma imagem de Espanha de país “afundado no caos”, segundo um relatório do Departamento de Segurança Nacional espanhol.

A propósito da crise desencadeada pelas cheias de 29 de outubro de 2024 no leste de Espanha, em que morreram mais de 230 pessoas, “o ecossistema de propaganda e desinformação pró-Kremlin, de forma oportunista, amplificou e adaptou narrativas de desinformação preexistentes em seu benefício”, lê-se no relatório relativo a 2024 do Departamento de Segurança Nacional de Espanha, entregue esta semana ao parlamento espanhol e a que a Lusa teve acesso esta sexta-feira.

Segundo o documento, “os atores pró-russos focaram-se em promover a desconfiança dos cidadãos nas instituições públicas” espanholas, “deslegitimar o apoio à Ucrânia sob pretexto da necessidade real de ajuda às zonas afetadas” pelas cheias “e em projetar uma imagem de país afundado no caos”.

“A difusão de campanhas de desinformação tem-se acentuado muito desde a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia”, iniciada em fevereiro de 2022, lê-se no documento, que acrescenta que “eventos como pandemias, processos eleitorais ou catástrofes naturais têm sido e continuarão a ser aproveitados e instrumentalizados pelo Kremlin para desenvolver campanhas de desinformação cuja finalidade última é corroer a legitimidade democrática e minar a confiança da sociedade nas instituições públicas”.

O Departamento de Segurança Nacional de Espanha sublinha que “a desinformação russa teve mudanças relevantes” nos últimos três anos.

Segundo o mesmo documento, até à invasão da Ucrânia, “o planeamento, direção e difusão” da desinformação era feita, maioritariamente, através de agências e meios de comunicação estatais, mas o Kremlin mudou este modelo, passando a dar prioridade às redes sociais, “para esquivar o efeito das sanções europeias” e para “tentar ter maior penetração e difusão das suas narrativas”.

As campanhas passaram, assim, para “canais não convencionais, com um modus operandi mais sofisticado”, que dificulta seguir-lhes o rasto para chegar à origem, sendo usados “atores e organizações” sem ligações entre si “que operam em múltiplas infraestruturas, criadas especificamente e que funcionam de forma independente”.

O Departamento de Segurança Nacional de Espanha destaca a relevância assumida pela Inteligência Artificial nas novas campanhas de desinformação da Rússia, que lhe permite uma difusão “massiva e quase instantânea” de conteúdos.

“Estes avanços colocam desafios críticos” que “exigem a definição e adoção de novas estratégias e tecnologias avançadas para a deteção, análise e resposta a estas ameaças”, lê-se no relatório do Departamento de Segurança Nacional de Espanha.

​Taxa de desemprego em mínimo histórico de 5,9% na União Europeia

A taxa de desemprego abrandou para os 5,9% em 2024 na União Europeia (UE), face aos 6,1% do ano anterior, o valor mais baixo desde o início da série cronológica, em 2009, divulga esta sexta-feira o Eurostat.

O desemprego de longa duração – também entre os 15 e os 74 anos – desacelerou para 1,9% na UE no acumulado de 2024, também um novo mínimo na série cronológica disponível, salienta o serviço estatístico europeu.

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Portugal registou, no ano passado, uma taxa de desemprego de 6,5%, estável face a 2023, e de 2,4% no de longa duração, uma ligeira redução homóloga de 0,1 pontos percentuais (p.p.).

A Espanha (11,4%), a Grécia (10,1%) e a Finlândia foram os Estados-membros com maiores taxas de desemprego no ano de referência, tendo as menores sido observadas na República Checa (2,6%), Polónia (2,9%) e Malta (3,1%).

Ao longo de cinco anos consecutivos, de 2015 a 2019, a taxa de desemprego diminuiu de forma constante, salienta o boletim.

Seguiu-se um ligeiro aumento de 0,4 p.p. em 2020. A taxa de desemprego da UE diminuiu 0,1 p.p. em 2021, 0,9 p.p. em 2022, 0,1 p.p. em 2023 e 0,2 p.p. em 2024.

Entre os países da UE, a Grécia registou a taxa de desemprego de longa duração mais elevada, com 5,4%, seguida da Espanha (3,8%) e da Eslováquia (3,5%).

Em contrapartida, os Países Baixos (0,5%), Malta (0,7%), a República Checa, a Dinamarca e a Polónia (todos com 0,8%) apresentaram as taxas mais baixas no acumulado de 2024.

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