45 Graus

O 45 Graus é um podcast para saber mais e pensar criticamente. José Maria Pimentel – economista, professor universitário e curioso por natureza – conversa sobre os grandes temas (e não só) com especialistas e pessoas cujas ideias vale a pena ouvir. São conversas sem pressa, às vezes profundas, mas sempre descontraídas. Novos episódios a cada duas semanas, sempre à quarta-feira.

Plano de intervenção permitirá gerir floresta para lá dos riscos de incêndios

O Plano de Intervenção para a Floresta 2025-2050 permitirá passar a pensar-se na gestão da floresta, deixando de se olhar apenas para o risco de incêndio, permitindo a sua proteção, considera a associação nacional de empresas florestais.

“A principal vantagem que nós vemos no plano que foi apresentado é que se passou de uma situação em que se olhava para a floresta apenas como um problema associado ao risco de incêndio, para se passar a olhar para a floresta como algo que merece ser gerido e que através dessa gestão se proteja em relação aos riscos de incêndio”, afirmou Pedro Serra Ramos.

Em declarações à Lusa, o presidente da direção da ANEFA – Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente admitiu que nesta área estão todos “de certa forma desagradados com o que se tem passado nos últimos anos na floresta”, o que levou o executivo cessante a “ter um contributo muito intenso por parte das organizações” e “dos atores do setor” para concretizar o plano.

“É uma visão diferente. A visão que estava antes e que resultou nos graves incêndios de 2017 tinha muito a ver com ‘vamos reagir’ e, portanto, vamos pensar na floresta e todos os apoios que houve para o setor florestal desde então foram muito associados à proteção em relação aos incêndios”, explicou Serra Ramos.

Nesse sentido, os agentes do setor “contribuíram e disseram ao anterior governo” que a solução seria passar “para uma visão” de “gerir profissionalmente a floresta” e, a partir dessa gestão correta e eficaz, ” conseguir que o risco de incêndio se reduza”.

“Isso não só traz uma melhoria, não só traz a proteção relativamente aos incêndios, mas traz sobretudo aquilo que é uma proteção dos ecossistemas, um aumento de produtividade, uma proteção da biodiversidade, portanto, todo um conjunto de coisas associadas a essa gestão”, acredita.

Até aqui, prosseguiu, todas as ajudas que tinham “estavam associadas à questão dos fogos”, levando a que não conseguissem “ter uma gestão da floresta”, quando muito a ter “uma gestão de risco”.

Com “uma gestão profissional da floresta”, que é o que o plano “acaba por trazer para cima da mesa”, depois se verá “em termos práticos como é que a coisa resulta”, não só fazem “a gestão dos riscos”, como fazem “a gestão de todo o ecossistema florestal no sentido de aumentar a sua produtividade e proteger o próprio ecossistema”.

O Plano de Intervenção para a Floresta, apresentado pelo Governo em 21 de março, foi elaborado após reuniões com especialistas e entidades públicas e privadas do setor, apontando para 61 ações de curto prazo, em 2025, e 88 iniciativas de médio prazo entre 2028 e 2050.

O documento decorre de uma resolução do Conselho de Ministros publicada em 27 de setembro, que mandatou o ministro da Agricultura e Pescas para apresentar, no prazo de 90 dias, em articulação com outras áreas governativas, uma estratégia “de intervenção visando criar e potenciar o valor da floresta, aumentando a produtividade e o rendimento dos produtores florestais”.

Entre as medidas previstas no plano para aumentar a resiliência aos incêndios está a “redução de carga combustível com recurso à pastorícia e atividades conexas”, a promover no âmbito do Ministério da Agricultura e Pescas.

Pedro Serra Ramos notou que a aposta na pastorícia necessita de outro olhar, pois se não se considerar “que a atividade de pastor é importante” e não se a remunerar “como deve ser, dificilmente” se irá “arranjar pastores”.

“Portanto, atividades como essa são importantes, mas do ponto de vista social há que haver um reconhecimento de que essas atividades são importantes”, frisou, acrescentando que, também com outras atividades, é preciso “levar a que as pessoas se interessem pela floresta e que os jovens comecem a se interessar por ir trabalhar para a floresta”.

“Não basta só dizer que a floresta é bonita porque para ser bonita eles vão lá ao fim de semana. Nós precisamos que eles vão lá durante a semana trabalhar. E, portanto, para isso temos que atrair as pessoas”, vincou Serra Ramos, defendendo que essas atividades “têm que ser elevadas do ponto de vista social e isso implica também uma remuneração equivalente para que as pessoas possam sentir que de facto estão a fazer um trabalho importante”.

O dirigente da ANEFA adiantou que estão abertas “linhas de projetos” no âmbito do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) para a floresta e que, “em junho, vão abrir novos projetos para arborizações ligadas ao Fundo Ambiental”, o que “demonstra já alguma intervenção e uma mudança”.

“Estamos todos cansados de politiquices, está na altura de facto de as pessoas se sentarem e começarmos a andar para a frente, que é isso que todos esperamos que aconteça a partir de agora”, rematou.

Um mês depois do apagão: “Portugal precisa de uma rede segura para comunicações de emergência”

O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), José Manuel Moura, diz que Portugal precisa de “uma rede segura de comunicações”.

“De facto, o país precisa de uma rede segura para operações de emergência, no âmbito da proteção e socorro”, diz José Manuel Moura à Renascença neste dia em que se assinala um mês do apagão ibércico que deixou o país parado

Apesar de considerar o sistema robusto, o presidente da ANEPC diz que tem um problema: está assente na rede elétrica. “Se esta falha, não havendo sustentação de um gerador, aquela antena naquele local não funciona e logo, não garante o ciclo da comunicação”, detalha.

José Manuel Moura diz que aquilo q que valeu foram as duas redes de comunicação rádio redundantes. “Já no passado isso nos valeu”, diz, referindo-se aos grandes incêndios florestais em que vários postes de comunicação foram destruídos pelas chamas, impedindo as comunicações.

“A ROB – Rede Operacional dos Bombeiros e a REPC – Rede Estratégica de Proteção Civil foram fundamentais”, então e agora, “para ativar corpos de bombeiros para emergências médicas e situações de emergência”, através destas redes analógicas dedicadas.

“Foram essas redes que permitiram manter comunicações e manter, no âmbito da proteção e socorro, que algumas ocorrências tenham funcionado minimamente bem”, explica José Manuel Moura.

Na sua página na internet, a rede SIRESP indica que, em 2018, para tornar mais robusto o funcionamento do sistema e melhorar a sua resiliência em emergências, foi implementada a redundância de transmissão em ligações alternativas via satélite, assim como o reforço de autonomia energética com geradores distribuídos geograficamente e deslocados para as estações de base em caso de falha de energia.

Mesmo assim, o sistema falhou.

“Este evento é uma oportunidade para haver processos de melhoria continua”

Desde dia 28 de abril que, seja no âmbito do Comando Nacional, no âmbito do Centro Coordenador Operacional Nacional ou no âmbito da direção da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, está a ser feito um levantamento de todas as situações vividas durante o apagão.

O Planeamento Civil de Emergência tem reunido para identificar essas falhas e corrigi-las. Na saúde, por exemplo, uma das preocupações foi a existência de geradores e armazenamento de combustível para manter os hospitais a funcionar

“Todos os Hospitais estão a fazer o levantamento de necessidades, para saber quais os que têm uma autonomia maior ou menor, os que estão adequados e os que precisam de investimento. Há sítios onde por uma questão física, não é possível ter combustível de reserva”, explica José Manuel Moura.

“O Planeamento Civil de Emergência serve para isso mesmo: para elencar os locais onde atribuir prioridade em caso de uma situação mais crítica”.

“Não posso deixar de referir a circunstância de termos decidido, hora e meia depois do início do apagão, convocar o Centro Coordenador Operacional, em que na mesma mesa estavam representadas mais de 30 entidades, o que nos deu a garantia de conseguir resolver um conjunto de situações”.

O papel da rádio

Outra das lições aprendidas prende-se com a ligação mais próxima que a ANEPC pretende ter com as rádios, que tiveram um papel fundamental na comunicação com as populações aquando do apagão. Em qualquer pequeno aparelho recetor era possível acompanhar as emissões especiais que várias rádios, sobretudo as de âmbito nacional, levaram a cabo no dia do apagão.

José Manuel Moura acredita que a Proteção Civil tem de ter uma ligação mais próxima com as estações de radiodifusão, “porque têm uma garantia de cobertura muito significativa e alguma resistência. Portanto, isso pode e tem de ser mais bem trabalhado, sobretudo quando queremos chegar á população”

Uma das críticas feitas durante e após o apagão foi não ter havido um elemento da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil a dar explicações, á população, sobre o que tinha acontecido, mas sobretudo sobre o que estava a ser feito para minorar os efeitos da falta de abastecimento de energia elétrica.

José Manuel Moura compreende a crítica, mas justifica-se: “A situação foi inédita, para todos constitui novidade. Porventura podia ter acontecido de outra maneira, mas aconteceu assim. E por isso, nós percebemos que isto são variáveis que podem ficar expostas à critica e as pessoas podem ter algo a dizer sobre isso.”

Ainda assim, diz-se de consciência tranquila. “Sobretudo agora, nos ‘debriefings’ que estamos a fazer com as comissões, o feedback que estamos a ter com os nossos parceiros é muito positivo e estão muito agradados pela forma como nós reagimos, sem que estivéssemos à espera de nenhuma outra instituição que o fizesse.”

Passageiros que aterram na Turquia multados por sair do lugar demasiado cedo

A Turquia está a multar passageiros impacientes que se levantam demasiado cedo nos aviões, para contrariar o aumento significativo de passageiros que desrespeitam “a satisfação e a prioridade de saída” dos restantes. Uma questão de etiqueta… e de segurança. É um tema controverso quando se trata de viagens aéreas: quando o avião chega à porta de embarque, qual é o momento certo para se levantar e começar o processo de desembarque? Na Turquia, os passageiros que se levantam dos seus lugares antes de o avião ter parado de circular na pista ou que enchem o corredor antes de ser a

‘The Rehearsal’ é “incrível”, mas será Nathan Fielder um bully psicopata O humorista quer impedir desastres aéreos numa das séries do ano

TOMAS ALMEIDA

Após estudar as razões de vários acidentes de aviação fatais, Nathan conclui que a chave está na comunicação entre piloto e co-piloto: têm de colocar de lado o receio de poderem ser mal interpretados, em momentos de crise, e intervir quando algo não segue os padrões de segurança. Nathan cria ensaios sucessivos, como uma experiência científica, recria o cenário de um aeroporto, contrata atores, conversa com pilotos reais, funcionários de altas organizações dos EUA. Tudo para afinar ao milímetro uma solução para o problema.

Só que Nathan Fielder não é um humorista normal. Nada é normal em “The Rehearsal”. Não sabemos o que é real, não sabemos que atalhos vão surgir, não sabemos sequer explicar bem o que é esta série. É de comédia, e talvez nem sobre isso existiam certezas. Há competições de canto estilo “Ídolos”, ensaios com cães clonados, e a reconstituição da vida de Chesley Sullenberg, o piloto que aterrou um avião no Rio Hudson, em 2009, salvando todos os tripulantes. Este episódio tem spoilers.

HBO

Logótipo do podcast Humor À Primeira Vista, com Gustavo Carvalho

Fotografia de José Fernandes; Design de Tiago Pereira Santos

Gustavo Carvalho entrevista pessoas para quem a comédia é paixão e profissão. Por vezes abre a porta a conversas sobre outros temas culturais que o entusiasmam, seja sobre teatro, música, digital, televisão ou cinema. A comédia, a arte e a cultura que estão para acontecer, todas as terças-feiras no Humor À Primeira Vista. Oiça aqui mais episódios:

Pote: «Taça de Portugal foi o troféu que me fez mais feliz porque era o único que me faltava no Sporting»

Declarações do avançado dos leões no podcast ‘Ar Livre’, do humorista Salvador Martinha

Todos os títulos são importantes, mas a conquista da Taça de Portugal vai ficar na memória de Pote, já que assim fez ‘bingo’ nos troféus nacionais. “Foi o que me fez mais feliz porque era o único que me faltava no Sporting”, admitiu, no podcast ‘Ar Livre’, do humorista Salvador Martinha. “Mentalizámo-nos que era um jogo muito importante, queríamos muito este título”, reforçou, a propósito do dérbi no Jamor.

O internacional português, de 26 anos, fechou assim com chave de ouro a semana que iniciou com a conquista do bicampeonato… e com a ressaca subsequente. “No dia a seguir tínhamos um jantar e nem fui, doía-me muito a cabeça e a barriga”, gracejou, assumindo que o golo que apontou na vitória com o V. Guimarães (2-0), jogo do título nacional, foi… “sem querer”:“Não sei como peguei na bola e ela foi para ali…”.

A festa foi, garante, um prémio merecido para um grupo que é uma “família” e que tem em Gyökeres “a estrela da companhia”. “Mas ninguém lhe diz isso, somos todos iguais”, salienta, com elogios repartidos com Esgaio, que é “muito importante” no seio dos leões. “Não merece o que muitas vezes lhe dizem porque é profissional, trabalha todos os dias para dar o melhor pelo clube e nos treinos nunca mete cara feia”, frisa.

Já de Ruben Amorim só ficam boas recordações, até porque os “elogios” do atual técnico do Man. United deixavam o atacante “mais confiante”. “Ele é completamente genuíno. Tem discurso muito bom. Éramos como cegos, seguíamos as palavras dele e íamos. O que ele dissesse, nós fazíamos”, atirou.

“Reformas abaixo do limiar de pobreza”. Metade dos pensionistas recebiam abaixo de 500 euros em 2024

Quase um milhão dos reformados da Segurança Social recebiam no final de 2024 uma pensão de velhice de até 500 euros, o equivalente a 51% do total e abaixo do limiar de pobreza fixado para aquele ano.

Com base nos dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), uma análise da CGTP assinala que “perto de 1 milhão de pensionistas de velhice da segurança social (986,2 mil) recebiam menos de 500 euros de pensão por mês”, o equivalente a 51,2% do total.

Este valor situa-se abaixo do limiar de pobreza fixado para aquele ano, que era de 542 euros, assumindo o rendimento anual dividido por 14. .

Do total de quase um milhão de pessoas que recebiam até 500 euros, quase sete em cada dez (703,5 mil, o equivalente a 68,2%) eram mulheres e 31,7% (282,7 mil) eram homens. .

Já “outros 25,8% recebiam entre 500 e 750 euros, correspondendo a perto de 497 mil pensionistas de velhice de ambos os sexos”, nota a central sindical. .

Assim, no total, quase 1,5 milhões de reformados recebiam até 750 euros, isto é, 77% do total de pensionistas da Segurança Social (1,92 milhões). .

Segundo o documento, há ainda 102.789 que ganhavam entre 1.200 euros e 2.000 euros, 26.907 que recebiam entre 2.000 e 2.500 euros, 14.872 que auferiam entre 2.500 e 3.000 euros, enquanto 26.880 recebiam 3.000 euros ou mais. .

Ou seja, cerca de 2% (41.752 mil) recebiam uma pensão de velhice igual ou superior a 2.500 euros, segundo os cálculos da Lusa, com base na análise da CGTP. .

“Na Segurança Social, que abrange a maioria dos reformados e pensionistas do país, os valores médios das pensões são muito baixos, principalmente no caso das mulheres”, alerta a CGTP.

Em dezembro do ano passado, “o valor médio das pensões de velhice era de cerca de 666 euros mensais no conjunto de todos os regimes, situando-se pouco acima do limiar de pobreza”, nota. .

“As pensões do regime geral são pouco mais elevadas (516 euros na média do conjunto dos regimes e 524 euros no regime geral), mas em qualquer dos casos são sempre mais baixas entre as mulheres (rondam os 62% do valor recebido pelos homens), devido aos seus salários serem também, em média, mais baixos e as carreiras contributivas mais curtas”, conclui a CGTP.

Esta análise insere-se num conjunto de dados que a CGTP tem vindo a realizar no âmbito da conferência nacional que a Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens — CIMH/CGTP-IN vai realizar em 05 de junho, tendo em vista debater a situação das mulheres no mundo do trabalho. .

É como montar puzzles ou fazer bolos: a tecnologia da Hovione para produzir comprimidos solúveis e de forma mais rápida

Para que um comprimido que tomamos possa ter os efeitos desejados no tratamento de um qualquer problema de saúde, é preciso que se dissolva no nosso organismo. Mas muitos componentes desse medicamento não são solúveis na sua fase inicial. Para que o sejam, a farmacêutica Hovione desenvolveu uma tecnologia conhecida como secagem por pulverização, ou spray drying na versão anglo-saxónica, que leva a que o comprimido se dissolva em água e passe a ter o efeito desejado.

José Luís Santos, diretor de negócios estratégicos da Hovione, esteve na Liga dos Inovadores, o podcast do Expresso sobre inovações desenvolvidas em Portugal, para explicar esta e outras tecnologias que levam a que a farmacêutica fundada em 1959 por Ivan Villax e por outros refugiados húngaros que vieram para Portugal esteja a dar cartas na produção de medicamentos.

José Fonseca Fernandes

A Hovione não tem medicamentos próprios: “Somos uma empresa que produz sob contrato para as grandes empresas farmacêuticas”, explica o gestor. E outra das apostas passa pela produção de comprimidos em contínuo: “Conseguimos no mesmo edifício, com uma única equipa, produzir o medicamento num tempo recorde”.

Em junho do ano passado a Hovione inaugurou uma nova linha de produção em contínuo e vai também abrir uma nova fábrica no Seixal em 2027 que terá uma enorme capacidade de expansão, a juntar às que já tem em Portugal (Loures), nos EUA, na Irlanda e na China (Macau).

As moléculas estão a tornar-se mais complexas, os desafios são cada vez mais difíceis e requerem-se soluções que ainda não sabemos quais serão

Poderíamos tomar um comprimido, o comprimido desintegrava-se, mas a substância, como não se dissolvia, entrava no nosso organismo e era expelida, sem ter a sua função terapêutica, não servia para nada. É aqui que entra a nossa tecnologia

Os nossos clientes são as grandes empresas farmacêuticas que estão sob pressão para colocar os seus medicamentos no mercado, porque normalmente estes medicamentos estão sob patente

O podcast que nos conta o que de inovador e diferenciador está a ser feito pelas empresas em Portugal. Na “Liga dos Inovadores”, Elisabete Miranda e Pedro Lima conversam com gestores, diretores e profissionais que nos contam histórias que conquistaram o mercado e vão contribuindo para a transformação económica do país e da sua imagem. Falam-nos das vitórias que os trouxeram até aqui, mas também das ansiedades, dos concorrentes que invejam, dos gestores que admiram, dos profissionais que têm e dos perfis que precisam de contratar. Todas as semanas, às quartas-feiras.

Bruno Sousa: “Comandar um veículo espacial até Marte é como atirar um grão de areia de Lisboa para Barcelona e ter de acertar em algo tão pequeno quanto um caixote do lixo”

Nuno Fox

Bruno Sousa é licenciado em Engenharia Aeroespacial pelo IST e tem uma longa carreira em operações de satélites interplanetários na ESA. Participou em missões como Vénus Express e Solar Orbiter como engenheiro de operações, Bepi Colombo e Envision como Ground Segment Manager e Juice como Flight Director para o lançamento.

Atualmente lidera uma equipa de peritos em operações que dá suporte a futuros projectos da ESA nas suas fases iniciais de desenvolvimento de conceitos, e promove pesquisa na áreas das operações, e dá consultoria para projetos especiais, tais como o SpaceRider e Moonlight.

Nuno Fox

Um panorama do que foi feito desde os anos 70: o papel da Estação Espacial Internacional, as missões científicas da ESA e a nova vaga de protagonistas, com destaque para a SpaceX. Bruno Sousa explica o que está por trás das missões que desafiam a nossa imaginação, como a Rosetta, a BepiColombo (em rota para Mercúrio) ou a JUICE (com destino a Júpiter), e partilha o que é preciso para navegar no espaço, dos sling-shots gravitacionais à arte de estacionar um satélite num ponto de Lagrange.

Sobre os riscos, como as tempestades solares, revisita-se fenómenos como o Cinturão de Van Allen, e reflete-se sobre as ambições que voltam a apontar para a Lua e para Marte. A colonização de Marte é uma fantasia ou um plano com pés na Terra?

Tiago Pereira Santos

O 45 Graus é um podcast para saber mais e pensar criticamente. José Maria Pimentel – economista, professor universitário e curioso por natureza – conversa sobre os grandes temas (e não só) com especialistas e pessoas cujas ideias vale a pena ouvir. São conversas sem pressa, às vezes profundas, mas sempre descontraídas. Novos episódios a cada duas semanas, sempre à quarta-feira.

“Raro” crustáceo supergigante pode afinal estar presente em 60% do fundo dos oceanos

Achávamos que era muito rara, mas afinal pode habitar em grande parte dos nossos oceanos. Este bizarro crustáceo parece um camarão. Só que é gigante. A A. gigantea é muito grande: pode atingir até 34 centímetros, e é a maior espécie conhecida de anfípode. Parece um camarão… mas mais esbranquiçado, e enorme. Até agora, acreditávamos que era muito rara, mas podemos ter estado enganados. “Historicamente, tem sido amostrado ou observado com pouca frequência em relação a outros anfípodes do mar profundo, o que sugere baixas densidades populacionais“, conta a bióloga molecular marinha Paige Maroni da Universidade da Austrália Ocidental e

1 38 39 40 41 42 658