“Capitão” Mateus Fernandes, a “nova fase” e a “vontade de vencer”

O médio Mateus Fernandes, agora no West Ham, faz a antevisão da partida da seleção Sub21 contra o Azerbaijão.

Primeiro estágio do novo ciclo

“É uma nova fase para muitos jogadores, para o staff, para a equipa. Queremos ganhar, impor a nossa identidade. A equipa tentou ajudar o staff, o staff tentou ajudar a equipa. Estamos muito motivados para representar a Seleção, é algo único na carreira”.

Que ambição tem esta equipa?

“Posso revelar que sou um dos capitães, tenho uma nova responsabilidade que aceitei com muito agrado. É algo que tenho vindo a trabalhar, é importante termos líderes nas equipas, tentei sempre estar perto dos capitães ao longo do meu percurso porque são pessoas que tentam ajudar nas oscilações do grupo. A equipa é completamente diferente daquela que estava no ciclo de há dois anos, cabe à malta que está há mais tempo ajudar só mais novos”.

Equipa animada para primeiro jogo?

“Claro que sim. Representar a Seleção é algo único, independentemente do escalão. É algo com que qualquer criança sonha. Para quem está lá fora é um momento para aproveitar melhor que está fora do campo, a comida, o falar português, é tudo mais sentido. Vamos ter um adversário agressivo, mas somos Portugal e acreditamos no que podemos fazer”.

Azerbaijão?

“Tivemos casos destas seleções no passado, como a Bielorrússia e a Croácia, equipas com quem foi super difícil ganhar porque não tivemos a tal paciência. Sabemos os momentos em que podemos ser mais intensos e onde estão os buracos. Temos qualidade suficiente para encontrar esses espaços. Estamos confiantes e com muita vontade de vencer”.

Inspeção ao Elevador da Glória “parece ter sido bem efetuada”. Carris tem “investido nos últimos anos fortemente na manutenção”

O presidente do conselho de administração da Carris, Pedro de Brito Bogas, diz que a empresa duplicou o investimento em manutenção nos últimos anos e que a inspeção realizada no dia do acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, “parece ter sido bem efetuada”.

“Essa matéria será apurada no âmbito do inquérito pelos peritos e pelos técnicos se efetivamente essas inspeções foram ou não bem efetuadas. Do nosso lado, Carris, avaliamos essas inspeções e a nós parece-nos que foram bem efetuadas, mas vamos ver o que se apurou no âmbito do inquérito”, declarou Pedro de Brito Bogas, em conferência de imprensa.

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A descarrilamento do Elevador da Glória, entre os Restauradores e o Bairro Alto, provocou na quarta-feira 16 mortos e 21 feridos, cinco em estado grave.

O presidente da Carris diz que “a segurança é uma prioridade absoluta da Carris há 152 anos” e a empresa de transportes públicos, responsável pelo Elevador da Glória, “será intransigente no apuramento das causas deste acidente“.

“Vimos muitos mortos debaixo da carruagem”. Os testemunhos do acidente no elevador da Glória

Inspeções periódicas mantiveram-se “sem qualquer falha”

A manutenção do Elevador da Glória e dos outros ascensores da cidade está entregue a uma empresa externa “pelo menos desde 2007”, indicou Pedro de Brito Bogas.

“Atualmente está a ser feita ao abrigo de um contrato celebrado no dia 20 de agosto, que iniciou a sua vigência a 31 de agosto”, sublinhou.

Estão alocados a este contrato “seis técnicos enquadrados por três engenheiros da empresa prestadora. Sendo que dois elementos estão em permanência na empresa 24 horas por dia, acompanhados e fiscalizados por dois técnicos especializados da Carris”.

As inspeções periódicas mantiveram-se “sem qualquer falha”, garante o presidente da Carris, e as inspeções diárias “estão devidamente registadas”.

O plano de manutenção do Elevador da Glória “foi escrupulosamente mantido”, assegura o responsável.

Neste conferência de imprensa, Pedro de Brito Bogas garante que “a Carris tem investido nos últimos anos fortemente na manutenção, como ilustra o facto de entre 2015 e 2025 os custos com manutenção terem mais do que duplicado. Sendo que de 2022 para 2025, aumentaram 25%”.

[em atualização]

Regresso à escola marcado por velhos problemas e algumas novidades

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Caro leitor,

Com o ano lectivo prestes a começar, esta newsletter está de regresso.

A partir da próxima semana voltaremos a ter falta de professores e alguns alunos com disciplinas à espera de quem as possa leccionar. Há processos de colocação a decorrer e um concurso de vinculação extraordinário previsto especificamente para as escolas mais deficitárias. Mas não é certo que se vá resolver tão cedo o problema de conseguir contabilizar quantas crianças e jovens ficam sem aulas em cada semana.

Vai estrear-se a proibição dos smartphones pelo menos até ao 6.º ano, porque se entende que esta é uma matéria que já não pode depender apenas da vontade de cada professor.

Haverá falta de mediadores linguísticos e culturais, porque os que tinham entrado no ano lectivo passado não puderem ser reconduzidos e tem de ser aberto um novo concurso. Em compensação, puderam ser reconduzidos centenas de outros técnicos, como assistentes sociais, psicólogos, terapeutas, o que é uma boa notícia.

Haverá uma renovada disciplina de cidadania e desenvolvimento — cuja discussão pública acabou já em Agosto, mas o calendário não esmoreceu os contributos da comunidade educativa e não faltou nem polémica, nem propostas de mudança a chegarem ao Ministério da Educação. 

E haverá professores a debater agora como aprovar até meados de Dezembro um plano sobre como ensinar esta nova disciplina, com que conteúdos, com que parcerias, procurando ouvir os pais, nomeadamente no que diz respeitos aos temas que podem suscitar mais questões: a saúde sexual e reprodutiva tinha sido praticamente apagada das versões colocadas em discussão pública, mas voltou. 

Nada disto é futurologia. O ministro da Educação Fernando Alexandre, que apresentou uma série de medidas para garantir mais docentes nas escolas, incluindo apoios majorados para os docentes deslocados nas escolas onde fazem mais falta, já reconheceu que haverá falhas, mas promete “máxima normalidade”. 

O Verão trouxe a este respeito um sinal positivo: um crescimento do número de alunos que escolhem para curso superior a via do ensino.

Já o tema dos mediadores tem suscitado a incompreensão dos directores escolares — segundo dados avançados pelo ministério, só este ano haverá 178 mil alunos estrangeiros no ensino não superior público.

Quanto à rapidez com que se aprovou a nova disciplina de cidadania, essa foi evidente e ninguém, nem o ministério, espera que tendo as aprendizagens essenciais sido publicadas a dez dias do arranque do ano, para entrar em vigor já, sejam de facto aplicadas no imediato. 

Entretanto, os directores andam à volta com a nova proibição dos smartphones, que foi aprovada em Julho. As orientações para aplicar a lei só seguiram a 25 de Agosto para as escolas. Mas esta é uma onda que varre a Europa. Há cada vez mais países a tomar medidas para que os equipamentos pessoais dos alunos não tenham lugar no sítio onde devem estar concentrados a aprender. Ou no recreio a brincar.

O tema de muitas das conversas de quem está ligado à Educação não deixará de ser a reforma profunda do ministério — alguns sindicatos de docentes preferem falar de “desmantelamento, bem como a nova agência que vai gerir o sistema e vai substituir as direcções-gerais que acabam de ser extintas, como a célebre Direcção-Geral da Administração Educativa, a quem compete a gestão dos recursos humanos, incluindo concursos de professores. 

A actual estrutura “não está ajustada aos novos tempos e desafios”. Tem 18 entidades com 45 dirigentes superiores, mais de dois mil trabalhadores nos serviços centrais (dos quais 500 professores) e mais de 300 aplicações informáticas, resumiu o ministro.

Na sequência destas extinções e da nova orgânica, centenas de docentes que trabalhavam nos serviços ministeriais deverão voltar às escolas. 

Enquanto isso, mais de 1,6 milhões de alunos, do pré-escolar ao secundário, no sector público e privado, preparam-se para o regresso (ou para a estreia nos bancos da escola). Não são dados muitos actualizados, porque oficialmente não foram divulgados quantos se matricularam este ano nos diferentes níveis de ensino. No ensino superior, serão mais 420 mil, entre 1.º e 2.º ciclos de formação.

Estes foram alguns dos temas que tratámos no PÚBLICO nos útimos dias de pausa lectiva (incluindo uma entrevista que fiz ao ex-ministro da Educação da Suécia, cujo sistema educativo foi durante anos inspirador para muitos parceiros europeus):

No ensino superior também há novidades, que afectam milhares de famílias:

Se é aluno, ou professor, desejo-lhe um bom regresso à escola.

Até quinta-feira

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Defesas de generais angolanos pedem 30 dias para preparar alegações finais

A audiência de julgamento dos generais angolanos “Kopelipa” e “Dino” foi remarcada para 22 de outubro, a pedido dos advogados, para melhor preparação das alegações finais face à complexidade do processo, disse à Lusa fonte da defesa.

De acordo com uma comunicação do Tribunal Supremo, a audiência estava inicialmente marcada para o dia 22 de setembro, mas foi remarcada para um mês depois a pedido da defesa.

O Tribunal Supremo está a julgar desde o dia 10 de março os arguidos Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, homens fortes do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos (já falecido).

Segundo a fonte que falou à Lusa, ficou acordado entre os advogados, na sessão do dia 18 de agosto, solicitação de 30 dias para preparação das alegações finais.

“São muitos documentos em inglês e mandarim, e [precisamos] consultar o processo para preparar as alegações, são muitos volumes. Algumas atas das audiências também ainda não estão prontas, têm que ser corrigidas e assinadas”, referiu a fonte.

O processo tem ainda como arguidos o advogado Fernando Gomes dos Santos, o cidadão chinês Yiu Haiming da China International Fund (CIF), as empresas Plansmart International Limited e Utter Right International Limited.

As empresas terão alegadamente sido usadas pelos arguidos para montarem um esquema envolvendo um acordo de financiamento entre Angola e a China para apoiar a reconstrução nacional, após a guerra civil, do qual fazia parte também a China International Fund e suas subsidiárias e a Sonangol, cujo ex-presidente Manuel Vicente é citado várias vezes na acusação.

Os coarguidos são acusados dos crimes de peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos, associação criminosa, abuso de poder, branqueamento de capitais e tráfico de influências.

“Porque há de fechar uma urgência que tem cinco médicos?”

O diretor-executivo do SNS considera preferível manter os serviços de urgência abertos mesmo quando não cumprem os rácios mínimos definidos pela Ordem dos Médicos. “Porque há de fechar uma urgência que, em vez de seis, tem cinco médicos?”, questionou Álvaro Almeida na Grande Entrevista TSF/JN.

Almeida admite que, em alguns casos, os serviços funcionam com constrangimentos, mas insiste que é melhor dar resposta parcial do que encerrar completamente. “Com cinco médicos não é possível responder ao número habitual de partos, mas é possível responder a alguns. E, quando se atinge o limite, transfere-se o paciente”, explicou.

A posição contrasta com os padrões definidos pela Ordem dos Médicos, o que promete gerar debate. O diretor-executivo sublinhou, no entanto, que “apesar das falhas”, a atividade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) “nunca foi tão elevada”.

“Estamos com mais consultas hospitalares, nos centros de saúde, mais consultas de saúde oral, de psicologia, de nutrição, mais cirurgias em 2025 do que em 2024”, enumerou.

Ministro anuncia novo sistema de listas de espera

Na entrevista, Álvaro Almeida destacou também a criação do SINAC – Sistema Nacional de Acesso a Consulta e Cirurgia, que vai substituir o atual SIGIC. O novo modelo, em fase-piloto nos próximos meses, pretende eliminar “incentivos perversos” do sistema anterior, em que os mesmos serviços que geriam as listas eram remunerados para as reduzir. “Queremos evitar abusos e garantir maior transparência”, afirmou.

Álvaro Almeida é o terceiro diretor-executivo do SNS desde a criação do cargo, em 2022, e o primeiro a não ser médico. Na entrevista, reconheceu ainda o subfinanciamento histórico da saúde: “O problema também é dinheiro, sempre foi”, disse, defendendo uma maior articulação entre Saúde e Finanças.

Morreu Giorgio Armani

Hoje, a moda veste-se de luto. O estilista Giorgio Armani morreu aos 91 anos. Trabalhou no seu “império” até aos últimos dias da sua vida. O Grupo Armani anunciou esta quinta-feira, em comunicado, a morte do seu fundador, Giorgio Armani. “O criador, fundador e força motriz da empresa, Giorgio Armani, morreu em paz, rodeado pelos seus entes queridos”, anunciou o grupo. “Trabalhou até aos últimos dias e dedicou-se à empresa que fundou, às suas criações e aos vários projetos que iniciou”, acrescentou. Giorgio Armani nasceu em Piacenza, no norte de Itália, em 1934. Decidiu construir um império no mundo da

Mandatário da candidatura do Chega à Câmara de Vendas Novas detido por suspeita de atear fogos

Um homem, de 40 anos, foi detido pela GNR por suspeitas de ter ateado focos de incêndio junto à Estrada Municipal 530 (EM530), no concelho de Montemor-o-Novo, distrito de Évora, revelou fonte da força de segurança.

O suspeito, Marco Silva, é o mandatário da candidatura do Chega à Câmara de Vendas Novas, encabeçada por Jorge Alcobia Pereira, nas próximas autárquicas, confirmou hoje a agência Lusa junto deste candidato, após circularem informações nesse sentido.

“Oficialmente, ainda é o mandatário, porque legalmente não é fácil estar a substitui-lo”, após a entrega das listas em tribunal, afirmou o candidato.

Contudo, Marco Silva “já não está a exercer o cargo” de mandatário porque “quis sair há algum tempo”, justificou, acrescentando: “Não pertencia às listas e nem temos já contacto nenhum com ele”.

Segundo o candidato do Chega à Câmara de Vendas Novas, Marco Silva informou a candidatura de que pretendia sair do partido.

Nas anteriores eleições autárquicas, realizadas em 2021, Marco Silva foi o cabeça de lista do Chega à Câmara de Vendas Novas, sem ser eleito, e também já foi coordenador daquela concelhia do partido. .

A fonte do Comando Territorial de Évora da GNR indicou à Lusa que o alegado incendiário foi detido, em flagrante delito, hoje de madrugada, junto à EM530), que liga Cortiçadas de Lavre à Estrada Nacional 380 (EN380), após ter sido detetado a sair da sua viatura e a colocar fogo na berma da estrada.

“Tinha na sua posse um isqueiro, uma garrafa de álcool e jornais”, que alegadamente utilizava para provocar a ignição, adiantou a mesma fonte.

De acordo com a fonte da GNR, os militares do Destacamento de Montemor-o-Novo da Guarda estavam a fazer diligências, desde domingo, após o surgimento de focos de incêndio, de madrugada, durante vários dias, naquela zona.

Na sequência destas ignições, “ardeu pasto e os bombeiros de Vendas Novas e Montemor-o-Novo conseguiram extinguir rapidamente os focos de incêndio”, salientou.

O detido vai ser presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Montemor-o-Novo para a aplicação de eventuais medidas de coação.

Onze detidos por tráfico de droga sujeitos a apresentações periódicas às autoridades

Onze detidos por tráfico de droga nos distritos de Leiria, Lisboa e Santarém ficaram sujeitos a apresentações bissemanais às autoridades policiais, medida de coação aplicada pelo Tribunal de Leiria, disse esta quinta-feira um dos seus advogados.

Os detidos ficaram sujeitos a apresentações periódicas duas vezes por semana e proibidos de contactar com testemunhas e consumidores, disse à agência Lusa Ricardo Serrano Vieira, advogado de dois dos arguidos.

No interrogatório, que decorreu na terça-feira e na quarta-feira, o juiz de Instrução Criminal não aplicou medidas de coação a uma mulher, que foi constituída arguida e notificada para ser presente a tribunal, mas não tinha ficado detida, explicou a mesma fonte.

A Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou na terça-feira a detenção de oito homens e quatro mulheres, com idades entre os 20 e os 56 anos, por tráfico de droga em vários concelhos dos distritos de Leiria, Lisboa e Santarém e a apreensão de 500 doses de cocaína.

Os 12 suspeitos foram detidos nos concelhos de Bombarral, Peniche (Leiria), Lourinhã, Torres Vedras, Alenquer (Lisboa), Coruche e Cartaxo (Santarém).

No âmbito da operação, cuja investigação decorria desde abril de 2024, os militares da guarda deram cumprimento a 28 mandados de busca, nomeadamente 11 domiciliárias e 17 em veículos.

Na sequência da operação, foram apreendidos nove veículos automóveis, 18 telemóveis, duas balanças digitais, 500 doses de cocaína, 68.215 euros em numerário e vários sacos de embalamento de droga.

Foram também apreendidos um LCD, um gorro passa-montanhas, uma arma artesanal feita de madeira e pregos e uma arma de fogo municiada com seis munições, 28 munições, uma caçadeira e uma espingarda de ar comprimido.

No decorrer das diligências foram ainda elaborados dois autos de contraordenação pelo Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) de Torres Vedras, relacionados com falta de higiene de cães e ausência de registo de répteis junto do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Na ação, outros três homens, entre os 19 e os 35 anos, foram constituídos arguidos pelos mesmos crimes.

Elevador da Glória. AHRESP diz que “é imperativo apurar com rigor as causas do incidente”

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) manifestou “enorme consternação e tristeza” com o acidente no elevador da Glória, em Lisboa, salientando a importância de apurar as causas do ocorrido para evitar que se repita.

“É imperativo apurar com rigor as causas deste acidente. Apenas identificando o que falhou será possível implementar as correções necessárias e evitar que situações semelhantes se repitam, garantindo que Lisboa continua a ser um lugar seguro para quem a vive e visita”, sustenta a AHRESP em comunicado.

Expressando “profundo pesar pelas perdas humanas”, a associação apresenta “sentidas condolências às famílias e amigos das vítimas” e deseja “uma rápida recuperação a todos os feridos”.

A AHRESP manifesta ainda o seu reconhecimento às equipas de socorro que atuaram no local e a sua solidariedade para com todos os afetados pelo acidente.

O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e duas dezenas de feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades. .

O Governo decretou um dia de luto nacional, nesta quinta-feira.

O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

Fidelidade, seguradora da Carris, abre linha telefónica para apoiar vítimas do Elevador da Glória. Como funciona agora o seguro?

Siga aqui o liveblog do Observador sobre o acidente no Elevador da Glória

A companhia de seguros Fidelidade, que é a seguradora contratada pela Carris, anunciou esta quinta-feira que abriu uma linha telefónica em português, inglês e francês para apoiar os feridos e os familiares das vítimas mortais que resultaram do violento acidente ocorrido na quarta-feira no Elevador da Glória, um icónico ascensor no centro da cidade de Lisboa, que fez pelo menos 16 mortos e mais de duas dezenas de feridos.

“Para apoiar as vítimas e as suas famílias, a Fidelidade enquanto seguradora da Carris, disponibilizou uma linha direta de atendimento telefónico em português, inglês e francês, tendo em conta o elevado número de cidadãos estrangeiros envolvidos, através do número (217948826), disponível 24 horas por dia 7 dias por semana, bem como equipas especializadas de apoio psicológico”, revelou a Fidelidade em comunicado.

Na mesma nota, a seguradora expressou “profundo pesar” e enviou “sentidas condolências às famílias e amigos das vítimas”, sublinhando que “a prioridade absoluta neste momento é apoiar todos os que foram afetados por esta tragédia”.

Elevador da Glória foi alvo de inspeção na manhã do acidente

“Reiteramos a nossa total disponibilidade para colaborar com todas as entidades competentes e facilitar de forma rápida e transparente os processos de indemnização e de assistência necessários”, diz ainda a seguradora. “O nosso compromisso é estar ao lado das vítimas, das suas famílias e de toda a comunidade, prestando o apoio que esta situação exige com a máxima responsabilidade, humanidade e respeito.”

Com 16 vítimas mortais e mais de duas dezenas de feridos, o acidente no Elevador da Glória está agora a ser investigado por várias entidades: internamente pela própria Carris e externamente pelo Ministério Público, pela Polícia Judiciária e pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF). Nas últimas horas têm surgido em público várias dúvidas sobre as responsabilidades por trás deste acidente — concretamente no sentido de perceber se houve ou não um problema na manutenção do equipamento. Sabe-se, por exemplo, que o concurso para a manutenção do elevador tinha sido cancelado em agosto porque as propostas ultrapassavam o orçamento da Carris — e que o equipamento tinha sido objeto de uma inspeção na manhã do dia do acidente.

Eventuais indemnizações aos feridos e às famílias das vítimas deverão ser imputadas à Fidelidade, seguradora para quem a Carris transfere a responsabilidade civil pelos acidentes que envolvem as suas viaturas.

Montenegro corrige Protecção Civil: há 16 mortes e 5 feridos graves. Moedas anuncia duas investigações: uma externa e um interna

Numa situação como estas, nos casos em que houver lugar à compensação financeira das pessoas envolvidas, poderão entrar em jogo vários seguros — mas o principal será, necessariamente, o seguro de responsabilidade civil, uma cobertura que é obrigatória e cuja contratação é da responsabilidade da empresa que detém e opera o elevador, a Carris.

Tal como sucede com os automóveis de cada um de nós, todas as viaturas que circulam na via pública têm de estar cobertas por um seguro de responsabilidade civil, que assume estas responsabilidades em nome do segurado em caso de danos provocados por um acidente envolvendo a viatura.

Com a Carris acontece o mesmo: os autocarros, e também os elétricos e ascensores, estão cobertos por seguros de responsabilidade civil, neste caso contratados à Fidelidade, que irá agora ter de assumir essa responsabilidade no caso dos feridos e mortos, mas também no que toca aos danos materiais causados pelo descarrilamento.

No caso do guarda-freio do ascensor, que foi uma das vítimas mortais e que era trabalhador da Carris, estará também em causa um seguro de acidentes de trabalho. Outros dos passageiros poderiam ter, a título pessoal, seguros de vida, seguros de acidentes pessoais ou até seguros de viagem, no caso dos turistas. Nesses casos, além de recorrerem à linha disponibilizada pela Fidelidade, as vítimas ou respetivas famílias poderão contactar as suas próprias seguradoras.

Isso mesmo confirmou ao Observador a Associação Portuguesa de Seguradores: “No caso, existem vários seguros que podem ser acionados — seguros de responsabilidade civil e de acidentes de trabalho, assim como seguros individuais dos próprios lesados, de vida, de viagem, de acidentes pessoais ou de saúde — e as seguradoras têm já mobilizados os meios necessários para responder a este trágico evento, prestando todo o apoio que a situação exija e assumindo as obrigações que lhes cabem no quadro dos contratos de seguro celebrados.”