Pacto Climático Europeu e Zero desafiam eurodeputados portugueses a defenderem as metas da COP 28

Os candidatos portugueses às eleições europeias devem comprometer-se, durante a campanha eleitoral, a defenderem as principais conclusões que a COP 28, a cimeira global do clima aprovou no Dubai.

Este é o desafio lançado pela associação ambientalista Zero e pelo Pacto Climático Europeu, uma iniciativa promovida pela União Europeia.

Em declarações à Renascença, Duarte Costa, embaixador do Pacto Climático Europeu para a ação climática e também cabeça de lista do Volt Portugal para as eleições de 09 de junho, diz que o debate político não tem refletido as preocupações ambientais.

“Eu sinto que infelizmente se fala muito em todas as questões, mas de uma forma muito superficial. Nos debates televisivos, o que vemos é uma manifestação de intenções, mas concretamente no plano das propostas, não tenho visto nada. Isso e uma falha grave. Por isso, é importante discutir a antecipação das metas de neutralidade carbónica e os instrumentos para alcançar essa essa neutralidade”, afirma.

Duarte Costa afirma que, para além da antecipação da neutralidade carbónica para 2040, a União Europeia deve mobilizar-se para reduzir 80% da dependência de combustíveis fósseis até 2030 e a eutralidade do setor energético em 2035. O responsável lembra que as decisões em Bruxelas podem responder diretamente às necessidades do país.

Pacto Climático Europeu quer zonas para crianças voltarem a brincar na rua

“Por exemplo, no setor da mobilidade precisamos de nos libertar da dependência dos combustíveis fósseis. Isso significa colocar a União Europeia a investir em linhas de alta velocidade para ligar todas as capitais europeias. Precisamos de reforçar o investimento em ciclovias para as pessoas andarem de bicicleta em segurança. Também precisamos de olhar para a agricultura e para um sistema alimentar que, neste momento, tem graves problemas de sustentabilidade, não só ambiental. Há problemas económicos porque, com as alterações climáticas, o que temos visto é que os agricultores precisam cada vez mais de subsídios para continuar a produzir”, aponta.

As questões relacionadas com o meio ambiente estão a ser discutidas, até domingo, no “Festival Ativa Ação Climática”, que decorre no centro de Lisboa, junto ao Campo dos Mártires da Pátria.

O Festival Ativa é organizado pela associação ambientalista Zero, coordenadora em Portugal do Pacto Climático Europeu, “para trazer as questões das alterações climáticas para o quotidiano de todas as pessoas” e divide-se em workshops, música, dança, documentários, debates, expressões artísticas e outras atividades desportivas como yoga, pedalada e plogging”, de acordo com um comunicado de imprensa.

Neste sábado, pelas 10h45, vão ser apresentadas as propostas dos embaixadores do Pacto Climático Europeu para os candidatos às eleições europeias.

A Iniciativa pretende desafiar toda a sociedade civil e, através dela, todos os candidatos às eleições europeias, a serem ambiciosos nos processos de descarbonização.

Decisões na última jornada da Liga 3: três galos para um poleiro

Entre os três candidatos ao 2.º lugar o Sp. Braga B é o único a depender só de si para acabar a festejar. Nesse sentido, Custódio Castro garante que “a equipa está bem e confiante” para a receçã…

Por André Gonçalves, Pedro Alves e Rui Giro

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Albuquerque recebe a equipa

Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, vai receber o Nacional na próxima terça-feira. Também a presidente da Câmara Municipal do Funchal, Cristina Pedra, irá distinguir os ‘heróis’ da subida alvinegra à 1.ª Liga, mas na quarta-feira. Entretanto, as eleições para os órgãos sociais do clube para o triénio 2024-27 irão realizar-se a 17 de junho, entre as 10 horas e as 19 horas, na sede social nacionalista, no Funchal.

Por João Manuel Fernandes

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CAC Pontinha recebe torneio de futebol para jogadores com deficiência visual

O CAC Pontinha vai organizar, entre os dias 24 e 26, no Polidesportivo de Carnide, a 1.ª edição do Carnide International Blind Football Tournament, para jogadores com deficiência visual. Além dos anfitriões, jogarão MTV Stuttgart (Alemanha), Avoy MU Brno (Rep. Checa), FC Bucharest (Roménia), Slask Wroclaw (Polónia) e Dortmund (Alemanha).

Por Record

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Insultos, Schmidt a tentar ir confrontar adeptos, a tocha que levou a uma carga policial: o tenso final após o empate do Benfica

A contestação a Roger Schmidt não é propriamente uma novidade, as palavras contra Rui Costa sendo mais raras não são novas, mas Vila do Conde voltou a assistir a uma escalada dessa tensão sobretudo em relação ao técnico alemão. Nem mesmo o facto de o Benfica ter criado inúmeras ocasiões para resolver um encontro onde não contava com Di María, Rafa ou David Neres, entre outros, serviu para atenuar um empate sofrido de penálti nos descontos que pode deixar os encarnados a dez pontos do campeão Sporting no final da Liga. Depois, regressaram os protestos. Primeiro ainda no interior do estádio, depois junto ao autocarro.

Logo após o apito final, a equipa acabou por não se aproximar dos adeptos como é habitual no final dos jogos também pelos cânticos de “Vocês são uma vergonha” e “Oh Schmidt, vai para o c******”, o que gerou ainda mais protestos por parte dos adeptos encarnados presentes em Vila do Conde. No entanto, o pior estava ainda para chegar na altura em que a comitiva dos lisboetas se preparava para deixar o estádio.

Vários adeptos do Benfica ficaram na zona próxima ao Vermelhão, que iria transportar os jogadores, técnicos e restantes membros da comitiva para Lisboa, e prosseguiram os protestos não só contra Roger Schmidt mas também contra Rui Costa, presidente dos encarnados. A chegada do alemão potenciou essas críticas.

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[Já saiu o primeiro episódio de “Matar o Papa”, o novo podcast Plus do Observador que recua a 1982 para contar a história da tentativa de assassinato de João Paulo II em Fátima por um padre conservador espanhol. Ouça aqui.]

“Foi uma época longa e ficámos em 2.º. Vamos aceitar, crescer e analisar.” O balanço de Schmidt à temporada “difícil”

A caminho da porta do autocarro, o treinador não gostou da forma como os adeptos se estavam a manifestar e tentou abordar alguns, num movimento que acabou por ser travado de imediato pelas forças policias. Assim, Schmidt acabou por entrar mesmo na viatura. Já tinham sido atiradas algumas garrafas, depois houve mesmo o lançamento de uma tocha para a zona de acesso ao autocarro, altura em que a polícia avançou para os adeptos para dispersar os aglomerados existentes e impedir que os desacatos escalassem mais, como mostram as imagens de um vídeo publicado pelo jornal Record sobre esse momento em específico.

Três turistas espanhóis mortos num ataque a tiro no Afeganistão

Três turistas espanhóis e um civil afegão foram mortos num ataque a tiro na província de Bamiyan, no centro do Afeganistão, avançam esta sexta-feira vários órgãos de comunicação social internacionais e confirmaram autoridades espanholas.

Quatro suspeitos foram detidos no local do crime, uma zona turística, enquanto decorre uma investigação aos homicídios. Até agora, não houve qualquer reivindicação imediata de responsabilidade pelo ataque. O New York Times revela que o tiroteio ocorreu por volta das 17h30, quando pelo menos um homem armado abriu fogo contra o grupo de turistas que saía de um bazar na capital da província, segundo testemunhas oculares.

Na rede social X, Pedro Sánchez, mostrou-se “chocado” com a notícia do assassinato dos cidadãos espanhóis no Afeganistão.”Estou a acompanhar de perto a situação. A Unidade de Emergência Consular está a trabalhar para prestar toda a assistência necessária”, afirmou o presidente do governo espanhol.

Desde que assumiram o controlo do Afeganistão em 2021, os talibãs prometeram restaurar a segurança e encorajar um pequeno mas crescente número de turistas a visitar o país. Como refere o The Guardian, o ataque de sexta-feira foi um dos mais graves contra cidadãos estrangeiros desde que as forças estrangeiras abandonaram o país e os talibãs assumiram o controlo.

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Estudo conclui que número de alunos no ensino profissional quadruplicou em duas décadas

O ensino profissional em Portugal cresceu exponencialmente em duas décadas, com quatro vezes mais alunos em 2016 do que em 1995, mas as mudanças no mercado de trabalho exigem o reforço da aposta, segundo um estudo esta sexta-feira divulgado.

Com 112.395 alunos inscritos no ensino profissional, entre os mais de 350 mil estudantes do secundário, Portugal quadruplicava em 2016 o número de alunos inscritos naquele via de ensino em 1995, sendo um dos países da OCDE onde o ensino profissional mais cresceu.

A conclusão é do estudo “Ensino profissionalizante: à procura do tempo perdido”, que faz parte do terceiro volume das séries históricas “O Ensino em Portugal antes e depois do 25 de Abril” promovido pelo Edulog, o ‘think tank’ para a Educação da Fundação Belmiro de Azevedo.

Da autoria de João Ferreira e Pedro Martins, professores da Universidade Nova de Lisboa, os investigadores avaliaram a evolução do ensino profissional ao longo dos últimos 50 anos e notaram que, após o início de uma procura crescente pelo ensino técnico-profissional na década de 1960, a tendência foi consolidada a partir de 2004, com a reforma do ensino secundário.

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A partir dessa altura, a aposta no ensino profissional como alternativa aos cursos científico-humanísticos foi reforçada e o objetivo tem sido caminhar no sentido de uma divisão mais ou menos equitativa dos alunos do ensino secundário entre os dois percursos e, apesar de o país continuar distante dessa meta, houve uma aproximação significativa em duas décadas.

Em 1995, entre 449.663 alunos a frequentar o ensino secundário, 26.198 estavam no profissional. Uma década depois, em 2005, o número de estudantes no secundário tinha caído para cerca de 306 mil, mas havia mais no profissional (36.765).

Em 2016, esse número era significativamente maior (112.395) e o ensino profissional representa esta sexta-feira a segunda maior modalidade de ensino secundário, refere a EDULOG em comunicado.

Além da procura crescente, a análise dos autores mostra que, por outro lado, os alunos que optam por esta via de ensino têm cada vez mais sucesso: Em 2020/2021 e em 2021/2022, cerca de 70% dos alunos conseguiram acabar o curso em três anos, mais 17 pontos percentuais face 2014/2015.

No entanto, acrescenta o comunicado, “trata-se de um crescimento mais pequeno do que o registado no período homólogo para o ensino científico-humanístico, onde se verificou uma subida de 55% para 79%”, ainda que estes possam ter sido beneficiados pelas regras excecionais de conclusão do secundário, implementadas devido à pandemia da covid-19.

Os autores olharam também para o perfil dos alunos e concluíram que, por norma, os estudantes procuram no ensino profissional uma formação “mais prática e orientada para o mercado de trabalho”, sem fecharem a porta ao ensino superior.

Por outro lado, o contexto socioeconómico parece ter algum impacto na decisão, já que os estudantes do profissional são tendencialmente de contextos mais desfavorecidos, em relação aos colegas dos cursos científico-humanísticos.

O estudo avança que, entre 2014 e 2022, cerca de 43% dos alunos do profissional eram beneficiários de ação social escolar quando estavam no 9.º ano, quase o dobro dos alunos dos curso científico-humanísticos com histórico semelhante.

Quanto aos pais tinham, em média, menos 2,5 anos de escolaridade, havendo ainda uma maior probabilidade de estarem desempregados.

Apesar da evolução positiva ao longo das últimas décadas, os autores defendem que existe atualmente um conjunto de fatores e de mudanças no mercado de trabalho que tornam mais urgente a aposta no ensino profissional, como o envelhecimento, a automação, a inteligência artificial e as migrações.

A modernização do ensino profissional deve passar pela atualização dos cursos, pela criação de novas formações, pelo encerramento de cursos desatualizados e pela atração de novos parceiros empresariais que possam criar novas oportunidades de estágio e de recrutamento.

Sismo de magnitude 2,0 na escala de Richter sentido esta sexta-feira na ilha Terceira

Um sismo de magnitude 2,0 na escala de Richter foi sentido esta sexta-feira na ilha Terceira, anunciou o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).

Segundo o CIVISA, o abalo foi registado às 19h31 locais (20h31 em Lisboa) e teve epicentro a cerca de três quilómetros a este de Serreta, ilha Terceira.

“De acordo com a informação disponível até ao momento o sismo foi sentido com intensidade máxima III (escala de Mercalli Modificada) em Serreta, Doze Ribeiras e Raminho (concelho de Angra do Heroísmo)”, referiu o CIVISA em comunicado.

O evento “insere-se na crise sismovulcânica em curso na ilha Terceira desde junho de 2022”.

De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), fortes (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).

A escala de Mercalli Modificada mede os “graus de intensidade e respetiva descrição”.

Com uma intensidade III, considerada fraca, o abalo é sentido dentro de casa e os objetos pendentes baloiçam, percecionando-se uma “vibração semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados”, revela o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na sua página da Internet.

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Autoeuropa garante 100% do salário e subsídio de turno a trabalhadores em “lay-off”

Os trabalhadores da Autoeuropa em “lay-off” nas paragens previstas para junho e julho, no âmbito de uma reestruturação para produção de novos modelos e descarbonização da fábrica, vão receber 100% do salário e subsídio de turno, foi anunciado esta sexta-feira.

Segundo um comunicado da administração da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela, no distrito de Setúbal, a empresa e a Comissão de Trabalhadores (CT) acordaram o pagamento de um “complemento da contribuição retributiva legal a 80% da remuneração base, com os restantes 20% a serem compensados com `down days’ (banco de horas)”, que, como consta do Acordo de Empresa (AE), também são pagos na íntegra pela Autoeuropa.

“Estas paragens de produção serão essenciais para iniciar um conjunto de investimentos cruciais para a produção de modelos futuros, assim como para a descarbonização da Volkswagen Autoeuropa, tendo em vista a redução do seu impacto ambiental, adaptação tecnológica e cumprimento das normas ambientais”, lê-se no comunicado.

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A empresa diz ainda que se trata do “primeiro passo para que a Volkswagen Autoeuropa reduza em cerca de 85% as emissões de CO2, alinhando-se desta forma com a estratégia ‘Zero Impact Factory do Grupo Volkswagen’”.

A Autoeuropa tinha informado a CT, no passado dia 9 de maio, de que pretendia avançar com conversações para a aplicação do “lay-off” num período de oito dias no mês de junho e de 13 dias no mês de julho, no âmbito da estratégia de modernização e descarbonização da fábrica de Palmela.

Como recorda o coordenador da CT, Rogério Nogueira, aquele órgão representativo dos trabalhadores advertiu, desde logo, a empresa, de que não iria aceitar penalizações salariais.

“A Comissão de Trabalhadores, com este entendimento, atingiu o principal objetivo que sempre defendeu, de garantir os 100% do salário dos trabalhadores. Tendo em conta o contexto da aplicação deste “lay-off”, uma reestruturação da fábrica, nunca iríamos aceitar cortes nos salários”, disse à agência Lusa Rogério Nogueira.

De acordo com um comunicado interno da CT, que também foi divulgado hoje, o pagamento do salário e subsídio de turno aos trabalhadores em “lay-off”, será assegurado com o pagamento de 46,6% do salário e subsídio de turno pela Segurança Social, e de 33,4% pela empresa, sendo os restantes 20% compensados através de “down days”, que, na prática, também são pagos pela Autoeuropa.

Schmidt, insultado, tenta confrontar adeptos do Benfica

A equipa do Benfica foi contestada à saída do estádio do Rio Ave. Roger Schmidt tentou abordar alguns adeptos e foi impedido pela polícia.

À entrada para o autocarro dos encarnados, vários adeptos da equipa da Luz lançaram insultos, especialmente, ao técnico alemão.

Confrontado com os insultos, Schmidt tentou aproximar-se de alguns adeptos, mas a polícia não o permitiu.

De recordar que o Benfica empatou 1-1 em Vila do Conde na última jornada da I Liga. Os encarnados terminaram o campeonato no segundo lugar.