Maddie: Alemanha teme desaparecimento do principal suspeito após libertação este mês

O procurador alemão Christian Wolters manifestou a sua preocupação em relação à libertação de Christian Brückner, suspeito do desaparecimento da criança inglesa Madeleine McCann no Algarve em 2007, por o considerar uma pessoa perigosa e que pode desaparecer.

Os procuradores acreditam que o suspeito de 48 anos, e que está a cumprir uma pena de prisão na Alemanha por violação, é responsável pela morte da criança inglesa no Algarve, ainda que o caso nunca tenha sido esclarecido nem encontrado qualquer corpo.

Sem provas suficientes para uma acusação, o Ministério Público alemão não pode impedir a libertação do suspeito, com um registo criminal de crimes sexuais violentos e que deve ser libertado a 17 de setembro.

Em entrevista à AFP, o procurador Christian Wolters, sublinhou que Brückner continua a ser perigoso e, segundo um exame psiquiátrico recente, “novas agressões sexuais são expectáveis”.

“Não seguiu qualquer terapia (…) na prisão e, portanto, partimos do princípio que vai reincidir”, disse Wolters.

Consequentemente, o Ministério Público alemão pediu que Brückner seja sujeito a medidas de vigilância eletrónica, mas ainda não há uma decisão do tribunal sobre o assunto.

Mas mesmo sujeito a esse tipo de vigilância, Brückner será “um homem livre”, sublinhou o procurador, que acredita que o suspeito abandonará a Alemanha, tendo em conta a atenção mediática.

Christian Brückner negou sempre qualquer ligação ao caso de Madeleine McCann, enquanto o Ministério Público alemão nunca divulgou o que consta do processo, em nome do segredo de justiça.

A libertação de Brückner a 17 de setembro tornou-se possível depois de em junho um doador anónimo ter pago uma multa que o alemão tinha em dívida.

Brückner tinha ainda uma multa de 1.446 euros pendente de uma condenação anterior em 2015 e, caso não pagasse, teria pela frente mais 56 dias de prisão.

As autoridades alemãs tinham esperança que a extensão da pena ajudasse os investigadores a ter mais tempo para apresentar novas acusações no caso Maddie.

No início de junho decorreram buscas na zona da Atalaia, em Lagos, no Algarve, pedidas pelas autoridades alemãs, no âmbito da investigação ao desaparecimento de Maddie McCann em 2007.

Durante três dias, cerca de 30 inspetores da Polícia Judiciária e igual número de elementos da polícia alemã vasculharam edifícios em ruínas, cisternas e poços abandonados em dezenas de propriedades na zona da Atalaia entre a Praia de Porto de Mós e a vila da Luz, em locais por onde terá passado Christian Brückner.

Nos trabalhos foram usados georradares, equipamentos que permitem identificar alterações no solo, roçadoras e destroçadores de mato, para limpar partes do terreno, tendo sido recolhidos vários objetos para serem analisados pela polícia alemã.

Madeleine McCann desapareceu do apartamento em que dormia com os irmãos gémeos, de dois anos, na Praia da Luz, em 03 de maio de 2007, enquanto os pais jantavam com amigos no aldeamento, a poucos metros de distância.

Em 2020, a polícia alemã declarou Christian Brückner como principal suspeito do sequestro e assassínio da criança, mas não se formalizaram quaisquer acusações.

Partidos cancelam ações no fim de semana mas PCP mantém Avante!

A maioria dos partidos com representação parlamentar cancelou ou adiou as iniciativas previstas para os próximos dias na sequência do acidente com o elevador da Glória, tendo apenas o PCP mantido as suas ações na Festa do Avante!.

Após o descarrilamento do elevador da Glória, em Lisboa, que provocou 16 mortos e duas dezenas de feridos, vários partidos começaram a anunciar o cancelamento das iniciativas previstas para os próximos dias.

O PSD cancelou a realização da sua convenção autárquica, prevista para domingo, no Porto, e o CDS-PP desmarcou a sua ‘rentrée’ política, que iria decorrer em Vale de Cambra, distrito de Aveiro.

O líder centrista, Nuno Melo, cancelou também a sua agenda partidária até segunda-feira.

O Chega adiou uma manifestação que tinha marcado para sábado, “contra o travão à lei dos estrangeiros”, após o veto do Tribunal Constitucional, bem como a apresentação do candidato à Câmara Municipal de Oeiras, que estava prevista para sexta-feira, com a presença do líder do partido.

Também o PS adiou a sua convenção autárquica, que iria decorrer em Coimbra no sábado. Além disso, o secretário-geral socialista, José Luís Carneiro, cancelou igualmente toda a sua agenda prevista para sexta-feira, nomeadamente uma visita na Póvoa de Varzim e a participação na apresentação de um candidato autárquico em Castelo Branco.

O Livre adiou para a semana seguinte o seu congresso autárquico que estava agendado para o fim de semana, no Porto, e que iria assinalar a ‘rentrée’ política do partido.

Na quinta-feira, pouco depois do acidente, o Presidente da República anunciou o cancelamento da Festa do Livro no Palácio de Belém, que iria decorrer entre quinta-feira e domingo.

O candidato presidencial Luís Marques Mendes também anunciou o cancelamento de todas as iniciativas de campanha que estavam previstas para os próximos dias.

O PCP vai manter a Festa do Avante!, a rentrée política do partido, que decorre entre sexta-feira e domingo no Seixal, com a presença do secretário-geral comunista.

Fonte oficial dos comunistas disse à Lusa que durante o evento Paulo Raimundo vai manifestar “solidariedade para com as vítimas e a exigência do apoio devido, o reconhecimento dos profissionais que intervieram no socorro, bem como do célere apuramento das causas a ele associado e das ilações que daí decorram”.

Para sexta-feira, mantêm-se no parlamento as reuniões entre o Governo e os partidos, desta vez com PS e PCP, para abordar, entre outros temas, o Orçamento do Estado para o próximo ano.

O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e duas dezenas de feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.

O Governo decretou um dia de luto nacional, que se cumpre esta quinta-feira. Já a Câmara de Lisboa decretou três dias de luto municipal, entre esta quinta-feira e sábado.

Calor nas cidades. Reforma laboral do governo “devia incluir pausa no trabalho a seguir ao almoço”

Ana Amorim-Maia, investigadora no tema na Universidade do País Basco, concorda que esta é a prioridade, mas sugere que a discussão deve ser mais abrangente e incluir mais profissões – a bem da saúde, mas também da economia.

“Há estudos que mostram que, acima de uma temperatura de 35 graus, a produtividade cai drasticamente. E nós estamos a falar de diversos tipos de trabalho, também das pessoas que trabalham em escritórios, nos seus computadores. O calor extremo representa uma ameaça, um risco muito concreto à qualidade de vida e à própria sobrevivência”, avisa.

Portugal precisa de refúgios climáticos

De acordo com um grupo de peritos que está a estudar o tema junto da Câmara Municipal de Lisboa, a capital pode vir a alcançar pelo menos 50 dias de calor extremo por ano até meados do século, se não forem tomadas medidas urgentes.

Na leitura de Duarte Costa, o país não está preparado para esta possibilidade, antes de tudo porque não tem sistemas de alerta eficientes.

“Em Portugal, o que existe é um SMS – às vezes, nem isso –, mas é preciso dizer às pessoas o que têm de fazer e garantir que conseguem fazê-lo. Não precisamos apenas que o IPMA nos diga que está muito calor. Precisamos de políticas que, nesse dia em específico, tomem medidas de contingência – por exemplo, sabemos que os idosos nem sempre conseguem ir para um sítio seguro”, defende.

Porto vota atribuir apoio de 100 mil euros a Cabo Verde após chuvas torrenciais

A Câmara do Porto vai votar, na reunião de executivo de segunda-feira, atribuir 100 mil euros à Cruz Vermelha Portuguesa para apoiar o município de São Vicente, em Cabo Verde, após as chuvas torrenciais de agosto, foi revelado esta quinta-feira.

Para além do valor atribuído à delegação do Porto da instituição de socorro, que será transferido através de um protocolo de cooperação, a autarquia quer ainda ceder um veículo de recolha de resíduos urbanos.

De acordo com a proposta, assinada por Rui Moreira, e a que a Lusa teve acesso esta quinta-feira, o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, na ilha cabo verdiana com o mesmo nome, endereçou um ofício à autarquia em que pedia ajuda na “aquisição de um camião de desobstrução dos esgotos, na aquisição de um camião de recolha de lixo ou no apoio financeiro para apoiar as famílias afetadas que ficaram sem casa, sem comida, sem roupa, sem nada”.

Rui Moreira contextualizou que o pedido de ajuda foi reencaminhado para o pelouro do Ambiente e Transição Climática que, em articulação com a administração da Empresa Municipal de Ambiente do Porto, concluiu que não seria possível ceder um camião de desobstrução de esgotos, mas era possível contribuir com um veículo de recolha de resíduos urbanos.

Na proposta, ficou escrito que a autarquia tem um acordo de geminação com o município de São Vicente, “não podendo por isso ficar indiferente à situação de emergência e calamidade que se vive no território irmão”.

A 11 de agosto, o município de São Vicente foi alvo de chuvas intensas que deixaram bairros inundados, destruíram estradas, casas, pontes e estabelecimentos comerciais, afetaram o abastecimento de energia e provocaram mortos.

O Governo local declarou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos dois concelhos de São Nicolau.

Câmara do Funchal inicia revogação de benefícios fiscais a cooperativa de habitação

A Câmara do Funchal, na Madeira, aprovou esta quinta-feira o início do processo de revogação dos benefícios fiscais municipais concedidos à cooperativa de habitação Cortel, que, segundo a autarquia, cometeu ilegalidades.

A revogação surge na sequência de uma averiguação feita por uma comissão independente, cujas conclusões foram apresentadas na terça-feira, após a coligação da oposição, liderada pelo PS, ter denunciado que existiam três frações com alojamento local autorizado no empreendimento a custos controlados designado “Residências Cortel I”.

Após a reunião de Câmara desta quinta-feira, a chefe do executivo municipal (PSD/CDS-PP), Cristina Pedra, indicou aos jornalistas que entregou a documentação aos vereadores da oposição, na qual estão demonstrados os vários incumprimentos detetados.

Os documentos serão, agora, remetidos ao Ministério Público, à Autoridade Tributária da região, à empresa pública Investimentos Habitacionais da Madeira e ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).

Cristina Pedra reiterou esta quinta-feira que os benefícios fiscais, que ascendem a 60,7 mil euros, foram atribuídos “porque estava toda a documentação certa no momento de atribuição”.

A autarca rejeitou que tenha havido falta de fiscalização, recordou que os apoios foram aprovados pela Câmara, por unanimidade, e garantiu também que não há mais casos semelhantes ocorridos, pelo menos durante esta legislatura (2021-2025).

Questionada se a Câmara iria dar conta do erro caso não fosse a oposição a fazer a denúncia, Cristina Pedra respondeu: “claro que sim, no processo final”.

“A Câmara cumpriu todos os procedimentos legais e se voltasse atrás faria tudo igual”, reforçou.

Na terça-feira, o município indicou que iria revogar os benefícios fiscais atribuídos à Cortel e retirar as licenças de alojamento local concedidas a três frações do empreendimento, construído com apoios públicos.

O edifício foi inaugurado no final de 2024 e a situação do alojamento local foi denunciada em 26 de julho pelos vereadores sem pelouro da coligação Confiança, liderada pelo PS.

A comissão de averiguação detetou “incumprimentos da lei” na atuação da cooperativa, “considerados questionáveis e eventualmente passíveis de consubstanciar ilícitos criminais”.

“Entre estes, destacam-se a não conclusão do processo de certificação como Habitação a Custos Controlados (HCC), a alienação de frações sem o registo dos ónus legais, a venda de mais do que uma fração ao mesmo cooperante e a revenda de imóveis sem respeito pelo direito de preferência da cooperativa”, referiu o município na nota emitida na terça-feira.

Na sequência destes incumprimentos, a autarquia decidiu suspender provisoriamente a autorização de novos registos de alojamento local em prédios de habitação na cidade do Funchal, por um período máximo de seis meses.

A decisão já foi aprovada em reunião de Câmara, assim como na última sessão plenária da Assembleia Municipal, na quarta-feira.

Cientistas criam trigo que produz o seu próprio fertilizante

Recorrendo a ferramentas de edição genética CRISPR, os investigadores conseguiram que as plantas de trigo produzissem maiores quantidades de um dos seus próprios compostos naturais. A descoberta pode representar uma poupança de até 10% no uso de fertilizantes. Uma equipa de cientistas desenvolveu plantas de trigo capazes de estimular a produção do seu próprio fertilizante, abrindo caminho para uma agricultura menos poluente para o ar e para a água a nível global e com custos mais baixos para os agricultores. A tecnologia, desenvolvida por uma equipa liderada por Eduardo Blumwald, investigador da Universidade da Califórnia, foi apresentada num artigo publicado

FPF anuncia minuto de silêncio pelas vítimas do elevador da Glória

A Federação Portuguesa de Futebol anunciou um minuto de silêncio em todos os jogos das competições por si organizadas, a partir de hoje e até 9 de setembro, em memória das vítimas do descarrilamento do elevador da Glória.

Numa nota divulgada na sua página oficial, o organismo “manifesta o seu profundo pesar pela tragédia ocorrida no elevador da Glória, em Lisboa”, e refere que “se associa, desta forma, ao sentimento de luto nacional, prestando a homenagem às vítimas desta tragédia”.

O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, pelas 18h04, na Calçada da Glória, provocando 16 mortos e três dezenas de feridos.

O Governo decretou um dia de luto nacional, a ser cumprido hoje.

Gerido pela Carris, o elevador da Glória liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros.

Antigo guarda-redes Helton detido por posse de arma ilegal

Helton, antigo guarda-redes do FC Porto, terá sido detido por posse arma ilegal e munições em sua casa, de acordo com o jornal “Público“.

Segundo a publicação, o ex-guarda-redes foi alvo de buscas em casa depois de uma denúncia de violência doméstica por parte de uma mulher com quem terá mantido uma relação extraconjugal durante cerca de dez anos. Terá sido a mulher que apresentou queixa que informou as autoridades que Helton teria um revólver e que o mesmo teria sido utilizado para uma ameaça.

De acordo com o auto de interrogatório, a arma foi encontrada num armário no quarto onde viviam Helton e a esposa.

Helton terá argumentado que a arma “pertencia a Mário Rui Maia”, um amigo entretanto falecido, que teria deixado o revólver em sua casa numa visita ao seu estúdio de música.

O antigo guardião foi libertado com termo de identidade e residência e o processo aguarda marcação de data.

Helton, hoje com 47 anos de idade, está desde 2002 em Portugal. Jogou no União de Leiria e mudou-se para o FC Porto em 2005, onde jogou até 2017, no qual somou 334 jogos.

Reformou-se em 2020/21 depois de uma breve passagem pela União de Leiria, três anos depois de ter saído dos dragões.

Homens armados invadiram um porta-contentores ao largo do Algarve

Homens armados invadiram um porta-contentores ao largo do Algarve, avançou esta quinta-feira o Correio da Manhã.

Duas pessoas foram feitas reféns no navio “Odysseus”. Entretanto, já terão sido libertadas.

A Marinha Portuguesa mobilizou vários meios para junto do navio, entre os quais um helicóptero, após ter recebido uma mensagem de alerta na última madrugada.

O porta-contentores, com bandeira da Libéria, partiu de Vigo, no norte de Espanha, e dirigia-se para Málaga, quando se desviou da rota, aproximando-se da costa, ao largo de Lagos.

Contactada pela Renascença, a Marinha Portuguesa promete mais esclarecimentos através de um comunicado.

Mandatário do Chega apanhado em flagrante delito a atear fogo

Marco Silva é o mandatário da candidatura do Chega à Câmara Municipal de Vendas Novas, encabeçada por Jorge Alcobia Pereira. Foi detido por suspeitas de atear focos incêndio nos últimos dias em Montemor-o-Novo. O homem, de 40 anos, foi detido em flagrante delito esta quinta-feira pela GNR. Fonte do Comando Territorial de Évora da GNR indicou à Lusa que o alegado incendiário terá ateado focos de incêndio junto à EM530, que liga Cortiçadas de Lavre à Estrada Nacional 380 (EN380), no concelho de Montemor-o-Novo, distrito de Évora.. Marco Silva foi detetado a sair da sua viatura e a pôr fogo