A despesa em investigação e desenvolvimento (I&D) atingiu em Portugal no ano passado 4900 milhões de euros, representando 1,75% do produto interno bruto (PIB), segundo dados oficiais provisórios.

Os dados constam no Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN) 2024, publicado pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC).

Em 2023, a despesa em I&D totalizou 4500 milhões de euros, o equivalente a 1,69% do PIB. Portugal fixou como meta alcançar 3% do PIB em investimento em ciência e tecnologia até 2030 para convergir o país com a Europa.

A maioria da despesa realizada em 2024 em I&D concentrou-se, à semelhança de anos anteriores, nas empresas (62,7%) e nas universidades e nos institutos politécnicos (29,6%). O Estado e as instituições privadas sem fins Lucrativos (IPSFL) foram responsáveis por 5,1% e 2,7% da despesa, respectivamente.

Quantos cientistas há?

Em 2024 havia 64.166 investigadores, a maioria a trabalhar nas universidades e nas empresas.

Os IPCTN são publicados anualmente pela DGEEC e incluem dados sobre recursos humanos e financeiros afectos a I&D.

De acordo com dados do Eurostat (gabinete de estatísticas da União Europeia) divulgados na terça-feira, Portugal ficou no quinto pior lugar, com 78,7 euros por pessoa, na tabela de dotações governamentais em I&D em 2024.

No ano passado, as dotações governamentais para I&D ao nível da União Europeia (UE) foram de 284,7 euros por pessoa, um aumento de 57,0% em comparação com 2014.

O total das dotações governamentais para I&D na UE foi estimado em 127.916 mil milhões de euros, o que equivale a 0,71% do PIB do bloco comunitário. No valor total, Portugal ficou no 13.º lugar na tabela da UE, com 837.419 milhões de euros.

Segundo o IPCTN, a despesa do Estado em I&D em 2024 foi de 23,70 euros por habitante, o equivalente a 0,09% do PIB, com as dotações a totalizarem 253 milhões de euros.

Já não é de agora, mas a tendência continua a acelerar: a Loureiro, que tem como seu solar o luminoso vale do Lima, está a entrar em grande velocidade no rol das castas brancas com que o vinho português pode impressionar o mundo. Está a entrar, ou já entrou.

Se há uma década ou duas só praticamente a Quinta do Ameal era capaz de colocar os seus Loureiros nas gamas superiores de preços dos brancos nacionais, hoje são cada vez mais os exemplares desta casta cobiçados e, por efeitos do mercado, valorizados. Citem-se como exemplo o notabilíssimo Private de Anselmo Mendes, que em 2024 foi considerado o melhor branco nacional no concurso da ViniPortugal, e acrescente-se agora este exemplar da São Salvador da Torre que, curiosamente ou nem tanto, tem também a assinatura deste enólogo conhecido pelo seu trabalho nos Alvarinho.

Não haja ilusões: nesta fase do conhecimento da Loureiro, ainda não temos brancos com a sofisticação ou a complexidade dos grandes Alvarinhos. Mas há na definição, na singeleza, na pureza dos aromas ou no frescor envolvente da Loureiro atributos que podem (devem…) ser usados na apreciação de um branco. Atributos que se encontram em abundância neste vinho. O tempero ponderado da barrica alarga-lhe o espectro sensorial, mas, no essencial, o que resulta da prova deste vinho principalmente a secura vibrante e tensa da casta.

Talvez por se perceber que o aquecimento global coloca o Vinho Verde no primeiro plano do futuro, talvez por se constatar que o potencial ampelográfico da região é enorme, há cada vez mais casas grandes do Alentejo ou do Douro a apostar nas vinhas do Noroeste. S. Salvador da Torre é uma aposta da Granvinhos, dona de Ventozelo ou da Porto Cruz.

Os seus primeiros vinhos estão a chegar a mercado e prometem – o Loureiro corrente já aqui foi apreciado e elogiado. Este topo de gama da casa é já uma certeza. Excelente para a mesa, magnífico para a época, versátil e com potencial de guarda é mais uma prova acabada do que a Loureiro vale.

Nome Quinta de S. Salvador da Torre Vinha dos Castanheiros 2023

Produtor Granvinhos;

Castas Loureiro

Região Vinhos Verdes

Grau alcoólico 12,5%

Preço (euros) 19,90

Pontuação 93

Autor Manuel Carvalho

Notas de prova Há na definição, na singeleza, na pureza dos aromas ou no frescor envolvente da Loureiro atributos que podem (devem…) ser usados na apreciação de um branco. Atributos que se encontram em abundância neste topo da Quinta de S. Salvador da Torre. O tempero ponderado da barrica alarga-lhe o espectro sensorial, mas, no essencial, o que resulta da prova deste vinho principalmente a secura vibrante e tensa da casta. Excelente para a mesa, magnífico para a época, versátil e com potencial de guarda é mais uma prova acabada do que a Loureiro vale.

Vem a caminho do território continental uma nova onda de calor, que se fará sentir entre sábado e terça-feira.

Os distritos de Beja, Braga, Castelo Branco, Évora, Portalegre e Santarém vão ter temperaturas máximas previstas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) de 40ºC, sendo que Évora e Santarém podem mesmo atingir os 42ºC.

Apenas o distrito de Aveiro não tem previsões de superar os 30ºC, sendo segunda-feira, o dia de maior calor neste distrito, com os termómetros a chegarem aos 29ºC. No entanto, a temperatura máxima que poderá ser registada em Aveiro na próxima segunda-feira é apenas ligeiramente superior à que está prevista para as noites nos distritos de Castelo Branco e Portalegre.

As duas áreas do Interior do país vão registar uma temperatura mínima de 25ºC e 26ºC, respectivamente, que originam as chamadas “noites tropicais”.

De acordo com a meteorologista do IPMA, Madalena Rodrigues, esta onda de calor deve-se à existência de um anticiclone situado a nordeste dos Açores, que faz com que a corrente mais quente e seca vinda de leste se “aloje” em pleno território continental.

“A partir de dia 3 [de Agosto], todo o continente estará sob aviso amarelo devido ao calor. Alguns distritos poderão atingir o aviso laranja”, avançou a meteorologista.

Este comportamento entre o anticiclone e a corrente de leste vão motivar temperaturas altas mesmo no litoral, como é exemplo as temperaturas máximas previstas para Braga (40ºC), Lisboa (38ºC) e Leiria (37ºC).

Na sequência das intenções anunciadas por países como a França ou o Canadá, junta-se agora Portugal com a intenção do Governo em reconhecer o Estado da Palestina em Setembro, na Assembleia Geral das Nações Unidas. Ou, na linguagem do comunicado do primeiro-ministro, “considerar efectuar o reconhecimento do Estado palestiniano”. Para isso, o executivo vai ouvir o Presidente da República – que avalia positivamente a forma como o Governo geriu este processo – e os partidos com assento parlamentar.