Jessica Athayde e o regresso de Lena Dunham: “Não sei se era possível fazer algo melhor do que ‘Girls’”

Nuno Fox

Lena Dunham trocou a HBO pela Netflix e voltou a escrever sobre si mesma. Em Too Much seguimos Jessica, uma workaholic nova-iorquina que, depois de um desgosto amoroso, decide mudar-se para Londres para ficar sozinha, até conhecer Felix, que a faz questionar se está pronta para amar outra vez. O antecipado regresso da criadora de Girls, com o seu humor desconfortável e vulnerabilidade crua, cai inevitavelmente na armadilha das comparações. Nova Iorque é trocada por Londres, momentos maravilhosamente constrangedores são substituídos por toques surrealistas, e fica a pergunta: será Lena Dunham ainda a voz da sua geração?

Nuno Fox

Apesar das expectativas construídas ao longo dos últimos 9 anos, Too Much tem recebido críticas mistas. O elenco divide opiniões, muitos apontam uma protagonista que não convence e argumentam que que Lena teria sido perfeita a dizer os diálogos que escreveu. É uma história autobiográfica inspirada na relação da própria Lena com o músico Luis Felber, mas parece haver uma distância emocional que não existia em Girls. Onde comprávamos cada relação, cada desconforto entre Hannah (Lena Dunham) e Adam (Adam Driver). Aqui, toda a gente se apaixona imediatamente por Jessica sem grande razão, de Naomi Watts a Rita Ora, e os momentos surreais nem sempre funcionam. Comparações são inevitáveis: Sex and the City para Emily in Paris; Girls para Too Much.

Nuno Fox

Para os fãs de Girls, esta nova série deixa uma sensação estranha: falta-lhe o realismo cru, o casting memorável e aquela coragem de nos deixar presos nos momentos mais íntimos e desconfortáveis. A abordagem à tecnologia também parece algo datada, com “virilidades instantâneas” pouco credíveis, longe da sensibilidade contemporânea que se esperava da criadora de Girls. Ainda assim, há curiosidade em ver como Lena se reinventa e se expõe novamente, mesmo que com outro impacto. Talvez Too Much seja apenas isso: uma série em busca da sua própria identidade, à sombra de um legado quase impossível de superar.

Tiago Pereira Santos com José Fernandes

Quantas vezes já quis saber mais sobre “aquele” último episódio? Encontrar respostas que criam mais perguntas e só o deixam a pensar quando é que estreia o próximo capítulo?

Em “No Último Episódio”, Filipa Amaro e José Paiva não trazem garantia nenhuma de tranquilizar os fãs de séries. Vêm para se juntar à festa.

Trazem histórias de bastidores, críticas do público vs críticas dos críticos e análises de cenas.

Tudo isto num podcast que se vai dedicar à melhor televisão internacional de 2025.

‘No Último Episódio’ vai para o ar todas as sextas-feiras no Expresso e em todas as plataformas de podcast.

O primeiro episódio será publicado a 25 de abril. Oiça aqui o trailer.

Angola: polícia aproveita protestos para perseguir activistas?

Luanda voltou a normalidade, após os três dias de greve dos taxistas contra o aumento do preço dos combustíveis, que obrigou a encurtar rotas e à subida das tarifas. Os protestos estão relacionados com o custo de vida.

Como escreveu no PÚBLICO o activista Hitler Samussuku, “quem convocou o povo para as ruas em Angola tem um nome antigo, um rosto conhecido e um grito que não precisa de microfone: a fome”.

Os protestos deram origem a violentos tumultos, pilhagens e confrontos, que provocaram 22 mortos, 197 feridos e mais de 1200 detenções só na província da capital.

Mas nem todos os detidos estão relacionados com o uso da violência ou da prática de pilhagens. Entre eles estão vários activistas dos direitos humanos em Angola, que têm sido perseguidos nos últimos dias.

O regime está a aproveitar a ocasião para deter e silenciar quem o critica? Este protesto social pode ter consequências políticas?

Inês Amaral, investigadora do CES, e activista que acompanha de perto a situação angolana, é a convidada deste episódio.


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Educação: Directores preocupados com “revolução” no ministério e competências que passam para as CCDR

Com “surpresa e preocupação”. É assim que os directores escolares dizem ter recebido a “revolução” que o Ministério da Educação se prepara para fazer na sua organização e que passa pelo fim de 11 dos 18 organismos que estão actualmente sob sua alçada. “É uma verdadeira revolução, comunicada no meio do Verão, quando as escolas estão a preparar o próximo ano lectivo”, nota o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira.

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Helsínquia, a capital europeia com zero mortes na estrada num ano

Há mais de um ano que a capital da Finlândia, Helsínquia, está sem mortes na estrada, um feito histórico que foi esta terça-feira reconhecido pelas autoridades municipais finlandesas.

É preciso recuar até o início de julho para encontrar a última vítima mortal devido a acidentes rodoviários em Helsínquia, ocorrido no bairro de Kontula, no nordeste da cidade.

O segredo? Há vários mas o principal são os limites de velocidade, admite Roni Utriainen, engenheiro de trânsito ao serviço da autarquia local, em declarações à televisão pública finlandesa Yle.

Mais de metade das ruas de Helsínquia têm agora um limite de velocidade de 30 km/h, uma fasquia que há 50 anos era maioritariamente de limites de 50km/h.

No início do verão, Helsínquia reduziu para 30km/h os limites de velocidade em zonas escolas, uma medida que entrará em vigor já no início do próximo ano letivo.

Além dos limites de velocidade, foram melhorados os passeios para peões e as ciclovias, foram introduzidas mais câmaras de vigilância e mais radares automáticos de controlo de velocidade. A isto, acresce um grande uso do transporte público na capital.

“O transporte público em Helsínquia é excelente, o que reduz o uso do automóvel e, com isso, o número de acidentes graves”, afirma Utriainen.

Ajuda também a evolução da tecnologia automóvel, que tornou os carros mais seguros do que nunca. No último ano, foi registado um total de 277 acidentes em Helsíquia – cerca de quatro vezes menos que os registados anualmente no final dos anos 80, quando as mortes na estrada chegavam frequentemente às 30 por ano.

Morreram 477 pessoas nas estradas portuguesas em 2024

Por comparação, na União Europeia, a Finlândia é o quarto país com menos mortes na estrada por milhão de habitanteapenas atrás de Suécia, Dinamarca e Malta. São cerca de 33 mortes por milhão de habitante, quase metade de Portugal, que em 2023 registava 61 mortes por milhão de habitante e era o 5.º país com mais mortes na estrada em relação à sua população na União Europeia.

Em 2023, morreram nas estradas portuguesas 642 pessoas. Na Finlândia, que tem metade da população de Portugal, morreram 183 pessoas nas estradas. Enquanto na Finlândia, tal traduziu-se numa descida de 20% das mortes em relação à média de anos anteriores, em Portugal a redução foi de apenas 3%.

Helsínquia aponta que o feito é o trabalho de décadas de esforço contínuo e que o feito já tinha sido alcançado em 2019, sublinhando que o mérito mérito é de todos os que circulam na via pública — automobilistas, ciclistas e peões.

Nos números de 2024 para Portugal, divulgados há cerca de duas semanas, foram registados mais acidentes nas estradas portuguesas, mas menos vítimas mortais. Ao todo, foram 38.037 acidentes com vítimas, 477 vítimas mortais, 2.756 feridos graves e 44.618 feridos leves.

Donald Trump adia a entrada em vigor das tarifas para a Europa

Afinal, só para a semana: Donald Trump adia a entrada em vigor das tarifas para 7 de agosto.

Decisão conhecida esta madrugada. Depois de ter dito por várias vezes que 1 de agosto era o prazo final e inadiável, o Presidente dos Estados Unidos assinou uma ordem executiva de última hora, travando a entrada em vigor das novas tarifas.

Fica assim adiada por uma semana a entrada em vigor do acordo com a União Europeia que fixa em 15% a tarifa sobre a importação de produtos europeus.

À Renascença, a antiga comissária Elisa Ferreira manifesta reservas quanto ao acordo entre Donald Trump e Ursula von der Leyen. Mas considera ser importante manter a porta aberta e acalmar as relações no curto prazo.

“Estamos num num daqueles casos em que se questiona se é melhor um acordo menos bom ou nenhum acordo. Com a personalidade de Trump, e com tudo o que está em jogo neste momento, manter uma porta de diálogo e manter uma negociação em aberto – que pode sempre vir a ser modificada, mas que, no curto prazo, acalma um bocadinho as relações – , penso que é preferível a entrar numa lógica de conflito aberto”, defende Elisa Ferreira, antiga comissária europeia.

Simplificar e digitalizar para servir melhor

A reforma do Estado assume um papel central no programa do Governo e na sua agenda transformadora. Este esforço teve já início no XXIV Governo Constitucional, ganhando agora um novo impulso com a criação do Ministério da Reforma do Estado.

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Rastreio ao cancro do pulmão avança em Cascais e no Santo António

O Governo vai avançar com dois projectos-piloto de rastreio ao cancro do pulmão, um em parceria com a Unidade Local de Saúde (ULS) de Santo António, no Porto, e outro com a Câmara Municipal de Cascais. São elegíveis para o rastreio as pessoas entre os 55 e os 74 anos que sejam grandes fumadores ou que tenham deixado de fumar há menos de dez anos. A intenção é que os projectos se iniciem entre o final do ano e o primeiro trimestre de 2026.

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Novo anel tem o poder de afastar o seu precioso telemóvel

Ouro e diamante mostra verde para trabalho, azul para família e roxo para social: cores sinalizam as notificações para que possa manter o “seu precioso” longe de si por mais tempo e assim, ganhar tempo. A startup francesa Spktrl desenvolveu um anel inteligente de luxo com um diamante de 1,5 quilates e elementos em ouro. O dispositivo tem como objetivo afastar o utilizador do telemóvel: pisca em cores diferentes para alertar apenas sobre notificações urgentes. O Spktrl Light Ring é alimentado por inteligência artificial (IA) com aprendizagem automática. Adapta a cor, o ritmo e o brilho das notificações com base

Interior norte e centro em perigo máximo de incêndio rural

Grande parte dos distritos de Bragança, Guarda e Castelo Branco, no interior centro, está esta sexta-feira em perigo máximo de incêndio rural, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Esta previsão estende-se também ao sul do país, a seis concelhos do distrito de Faro: Portimão, Silves, Monchique, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira.

Na região norte, o IPMA prevê perigo máximo de incêndio rural para todo o distrito da Guarda e para quase todo o distrito de Bragança, exceto Vinhais e Carrazeda de Ansiães.

Trofa, Gondomar e Valongo são os concelhos do Porto que também estão perigo máximo de incêndio rural.

A previsão abrange ainda alguns concelhos mais interiores de Viseu, Leiria, Coimbra, Santarém. Na região centro, Castelo Branco está também abrangido por esta previsão, exceto no concelho de Idanha-a-Nova.

Na área metropolitana de Lisboa, apenas o concelho de Loures está com uma previsão de perigo muito elevado, os restantes estão em perigo elevado a moderado.

O IPMA prevê para hoje céu geralmente limpo, aumentando temporariamente de nebulosidade no interior durante a tarde.

É esperada ainda uma descida da temperatura no litoral, sendo que os distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa e Faro são os únicos de fora do aviso meteorológico amarelo de tempo quente para o continente.

As temperaturas máximas previstas para hoje vão variar entre os 27 graus de Sagres e Sines e os 38 em Castelo Branco e 39 em Évora.

O IPMA alertou na quinta-feira para o “episódio de tempo quente”, previsto para entre hoje e quarta-feira em Portugal continental, que deverá ser “consideravelmente severo” pela duração e temperaturas máximas previstas, entre 36 e 44 graus Celsius.

Face a estas previsões, o IPMA já colocou todos os distritos de Portugal continental, à exceção de Faro, sob aviso laranja entre as 09h00 e as 18h00 de domingo, devido à “persistência de valores muito elevados de temperatura máxima”.

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