“Não tocar e alertar de imediato”. Dragão azul avistado em Valência após presença nas Canárias obriga a reforço de vigilância nas praias

Um dragão azul (nome científico de Glaucus atlanticus) foi avistado esta segunda-feira na praia Racó de Mar, em Canet d’en Berenguer, em Valência. O molusco marinho sem concha, raro no Mediterrâneo, foi encontrado num charco junto à areia, segundo o El Confidencial. A Câmara Municipal confirmou o caso e alertou para o risco de contacto direto com o animal, que se alimenta de medusas urticantes, como a caravela-portuguesa e retém o veneno nas suas extremidades ramificadas.

O animal, com cerca de três a quatro centímetros, flutua de cabeça para baixo (graças a uma bolsa de gás no estômago) e é facilmente identificado pela sua cor azul metálica. O toque pode causar irritação, dor, vómitos ou reações alérgicas, especialmente em crianças ou pessoas com problemas respiratórios. A recomendação do município de Canet d’en Berenguer é clara: “Não tocar e alertar de imediato os nadadores-salvadores ou a polícia local”.

Antes de chegar à costa valenciana, o dragão azul já tinha sido identificado nas Canárias. De acordo com o jornal espanhol, no domingo, a espécie foi encontrada na praia de Famara, em Lanzarote, o que levou à proibição temporária dos banhos. A praia foi reaberta na terça-feira, mas a vigilância mantém-se. Em Gran Canaria também foi detetada a presença do molusco na praia de Tasarte, onde foram colocados avisos, apesar de o acesso à água não tivesse sido restringido.

Embora seja comum nas águas de África do Sul, Austrália e Brasil, a presença do Glaucus atlanticus nas águas espanholas está a tornar-se mais comum, embora continue a ser considerada rara, especialmente em zonas como o Mar Mediterrâneo. Especialistas sugerem que estas ocorrências possam estar relacionadas com mudanças nas correntes marítimas ou fenómenos meteorológicos recentes, como temporais e aumento da temperatura da água. A possibilidade de voltar a ver dragões azuis ao longo do litoral espanhol não está descartada e as autoridades apelam à vigilância constante nas praias.

Em Portugal, o dragão azul já foi avistado após tempestades ou correntes marítimas fortes. Em 2020, na praia da Marinha, no Algarve, foi visto um conjunto destes moluscos, chamando à atenção das autoridades locais devido ao risco de contacto.

Fernando Madureira: o “excelente líder” que trabalhou “para uma ditadura” acabou derrotado na prisão

Fernando Madureira foi o grande derrotado na Operação Pretoriano, sendo o único dos 12 arguidos que enfrentará pena de prisão ao abrigo deste processo. O antigo líder da claque Super Dragões, considerado o grande mentor de um plano de intimidação que culminou em agressões numa Assembleia Geral (AG) do FC Porto, foi condenado a uma pena de prisão de três anos e nove meses, merecendo um reparo final da juíza Ana Dias, líder do colectivo que julgou o caso.

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Alemanha. Fundador de grupo negacionista da Covid-19 é condenado por evasão fiscal

Michael Ballweg, fundador do Querdenker (o grupo extremista e negacionista da Covid-19), foi considerado culpado por evasão fiscal pelo Tribunal Regional de Stuttgart, mas absolvido da acusação de fraude em larga escala, após o julgamento movido pelo Ministério Público alemão. Segundo a acusação, o empresário, de 50 anos, teria enganado os doadores do movimento sobre a forma como o dinheiro seria gerido. A sentença ainda não é definitiva.

De acordo com o Die Zeit, nas alegações finais, os procuradores do Ministério Público pediram três anos de prisão para Ballweg, acusando-o de dissimular os rendimentos ao fisco e de ter cometido fraude em larga escala por ter retirado do total das angariações (1,2 milhões de euros) cerca de 575 mil euros para fins pessoais.

O Tribunal Regional de Stuttgart sugeriu várias vezes o encerramento do processo, uma vez que as acusações não poderiam ser provadas. A defesa argumentou que Ballweg é inocente, tendo utilizado a maior parte das doações conforme a vontade dos seus seguidores. Uma parte dos fundos teria sido investida em criptomoedas com a intenção de uso futuro para a causa — nunca tendo tido a intenção de enganar os doadores.

No discurso final, a defesa de Ballweg descreveu o processo como “politicamente motivado” e disse ser alvo de uma campanha judicial por ter contestado o consenso institucional durante a pandemia. Por seu turno, o Ministério Público sustentou que a ação judicial não tinha motivações políticas, tratando-se exclusivamente de acusações relacionadas com crimes financeiros.

Apesar da proposta do tribunal para arquivar o caso por falta de provas, o Ministério Público rejeitou a decisão, alegando que, no máximo, Ballweg poderia ser condenado a uma pena leve por infrações fiscais de pequena gravidade, como o caso de uma fatura de uma manta para cães que foi declarada como despesa da organização.

O fundador do Querdenker esteve em prisão preventiva a partir de junho de 2022, tendo as autoridades justificado o facto com o risco de fuga. Durante este período, os apoiantes de Ballweg organizaram manifestações frequentes em frente à prisão, demonstrando solidariedade e contestando o processo. O empresário acabou por ser libertado em abril de 2023.

Ballweg poderá, agora, ter direito a uma indemnização pelos nove meses que passou em prisão preventiva. A defesa exige a compensação pelos 279 dias de detenção e também o acesso total aos bens que foram apreendidos durante a investigação — incluindo as contas de criptomoedas.

O movimento Querdenken surgiu em Stuttgart em 2020 na sequência dos protestos contra as medidas governamentais para conter a pandemia da Covid-19. Acabou por se espalhar por toda a Alemanha, reunindo em várias manifestações grupos ecléticos como aqueles que se opõem à vacinação, da esquerda à direita, os negacionistas da existência do vírus, os conspiracionistas e os extremistas de direita.

Penafiel. Incêndios: carro da TVI/CNN ardeu na Serra da Boneca. Jornalistas estão bem

Acompanhe o nosso liveblog sobre a situação dos incêndios em Portugal.

O carro da equipa de reportagem da TVI/CNN no incêndio em Penafiel ardeu esta quinta-feira após ter sido apanhado pelo fogo, revelou à Lusa o diretor da CNN Portugal, Frederico Roque de Pinho, confirmando estarem os jornalistas bem.

O responsável afirmou desconhecer o local e as circunstâncias em que o acidente aconteceu, mas disse saber que os jornalistas “estão bem”.

O acidente ocorreu no momento em que a equipa de reportagem, formada por uma jornalista e um repórter de imagem, fazia a cobertura do incêndio na Serra da Boneca, revelou à Lusa fonte da Câmara Municipal de Penafiel.

O carro estava estacionado e foi apanhado pelas chamas, tendo os jornalistas sido retirados do local pelos bombeiros, acrescentou.

O alerta para este fogo que teve início na freguesia de Capela, em Penafiel, foi dado às 09h26 de terça-feira.

Quase todos os concelhos de Bragança, Vila Real, Guarda, Viseu, Coimbra, Castelo Branco e Faro estão esta quinta-feira em perigo máximo de incêndio rural, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Carro da TVI/CNN ardeu no incêndio de Penafiel

O carro da equipa de reportagem da TVI/CNN ardeu esta quinta-feira no incêndio que lavra em Penafiel.

Os jornalistas não sofreram ferimentos e estão bem, disse à Lusa o diretor da CNN Portugal, Frederico Roque de Pinho.

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O incêndio que arde desde terça-feira em Penafiel continua ativo esta quinta-feira.

Peças 17h45, combatiam as chamas 226 operacionais, apoiados por 65 viaturas e dois meios aéreos.

Um Canadair que estava envolvido nas operações foi obrigado a realizar uma amaragem de emergência no rio Douro, após um problema técnico. Ninguém ficou ferido.

​Lucro do Novo Banco sobe 17,4% na primeira metade do ano, para 435 milhões

O Novo Banco fechou o primeiro semestre de 2025 com um aumento dos resultados de mais de 17%, face ao período homólogo, para 434,9 milhões de euros.

Em comunicado, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco justifica o aumento dos resultados com “um sólido e diversificado modelo de negócio, impulsionado pelo robusto ‘franchising’ de crédito a empresas e de crédito habitação de baixo risco e pela elevada adoção do digital”.

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A margem financeira do banco, a diferença entre os juros cobrados nos créditos e os juros pagos nos depósitos, caiu para 558 milhões de euros, o que compara com os 594 milhões dos primeiros seis meses de 2024.

Já as comissões aumentaram 11,1%, para 179 milhões de euros, “suportadas pelo ‘franchising’ do Novo Banco e pela dinâmica na execução de iniciativas para aumentar as receitas de comissões, visível em todas as suas categorias”.

O presidente executivo (CEO) do Novo Banco, Mark Bourke, destaca um “marco importante” no primeiro semestre, o acordo com o BPCE, o segundo maior banco de França e quarto maior banco europeu, para a venda do Novo Banco por 6.400 milhões de euros.

Ainda na primeira metade do ano, o crédito a clientes chegou a 30.182 milhões de euros, uma subida de 7,4% face ao mesmo mês do ano passado e de 4,0% em relação a dezembro.

No final do semestre, o Novo Banco tinha 4.132 trabalhadores, menos 107 face a junho de 2024 e menos 63 do que no final de 2024.

Novo Banco compra Unibanco

O Novo Banco chegou a acordo para a compra do negócio de crédito ao consumo da Unicre, avaliado em 262 milhões de euros

Em comunicado, o banco explica que o negócio inclui cartões de crédito, consolidação de crédito, crédito pessoal e a marca Unibanco.

A operação deverá estar concluída no início de 2026 e aumentar a carteira do crédito ao consumo do Novo Banco em cerca de 15%.

[notícia atualizada às 18h03]

Os países não vão aguentar partidos como o Chega, diz Marçal Grilo

Rui Rio quis entendimentos entre PSD e PS, António Costa nunca quis. “Perdeu-se uma grande oportunidade, Portugal lucraria muito”. O recém-criado Conselho Estratégico do PS tem diversas personalidades ligadas à política. Uma delas é Marçal Grilo, que foi Ministro da Educação nos tempos de António Guterres. Analisando a política actual em Portugal, Marçal Grilo lembra que há mais de 30 anos que defende entendimentos entre PS e PSD, com “análise detalhada em questões fundamentais para o país”. Portugal “lucraria muito” se houvesse esses entendimentos, considera. Em entrevista à RTP, o antigo ministro sublinha: “Não podemos comparar o PS com o

Juros dos depósitos a prazo caem pelo 18.º mês consecutivo

É a 18.ª queda consecutiva dos juros pagos nos depósitos a prazo dos particulares. De acordo com os dados publicados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, a remuneração dos novos depósitos a prazo está em 1,43%, o valor mais baixo desde maio de 2023, altura em que era de 1,39%.

A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo caiu de maio para junho 0,06 pontos percentuais, o que compara com 2,66% do mesmo mês do ano anterior.

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No final de junho, as famílias tinham em novos depósitos a prazo 10.648 milhões de euros, menos 2.445 milhões de euros do que em maio e 474 milhões acima do valor homólogo.

A taxa de juro média dos novos depósitos até um ano baixou 0,07 pontos percentuais, entre maio e junho, para 1,43%. Este continua a ser “o prazo com a remuneração média mais elevada e representou 95% dos novos depósitos em junho”, diz o supervisor.

Entre os países da área do euro, a taxa de juro média também diminuiu de maio para junho, para 1,81%. Portugal mantém a quarta taxa de juro mais baixa nos países do euro.

Para as empresas, a remuneração média para depósitos a prazo passou de 1,84% em maio para 1,71% em junho. Os novos depósitos somam 8.368 milhões de euros (menos 733 milhões de euros em cadeia, mas mais 890 milhões em termos homólogos).

Embaixada da Palestina considera “corajosa” intenção do Governo português

A embaixada da Palestina considera uma “posição corajosa” a intenção anunciada pelo Governo português, esta quinta-feira, de reconhecer o Estado da Palestina, após consultar o Presidente da República e os partidos políticos.

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Expatriados congratula-se com o anúncio feito hoje, quinta-feira, pelo Primeiro-Ministro português, Luís Montenegro, da intenção do seu país em reconhecer o Estado da Palestina”, apontou a embaixada, “considerando esta uma posição corajosa, consistente com o direito internacional e as resoluções das Nações Unidas, e que irá contribuir para o alcance da paz”.

A representação diplomática da Palestina em Portugal volta a apelar “aos Estados que ainda não reconheceram o Estado da Palestina para que tomem a iniciativa e escolham o lado certo da história para pôr fim à injustiça infligida ao nosso povo”.

Portugal pode reconhecer Palestina em setembro. Governo vai ouvir Marcelo e partidos

A Palestina pede ainda que “todos os Estados assinem e adotem a Declaração de Nova Iorque e assumam as suas responsabilidades na contenção do genocídio, da deslocação forçada e da anexação, e na proteção da solução de dois Estados, alcançando assim segurança, estabilidade e prosperidade para os povos e países da região e do mundo”.

A Declaração de Nova Iorque, resultado da mais recente conferência das Nações Unidas sobre a questão da Palestina, estabelece um plano por fases para pôr fim ao conflito de quase oito décadas e a guerra em Gaza, culminando com uma Palestina independente e desmilitarizada, ao lado de Israel, e a eventual integração deste país na região do Médio Oriente.

O Governo português anunciou, esta quinta-feira, que vai ouvir o Presidente da República e os partidos políticos para “considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano” em setembro, na próxima Assembleia Geral das Nações Unidas.

Num comunicado, o gabinete do primeiro-ministro considera que estão “verificadas” e “largamente validadas” pelos países presentes na conferência da ONU as “condições preenchidas pela Autoridade Palestiniana”, consistindo na condenação das ações do Hamas e exigência do desarmamento, exigência de libertação incondicional dos reféns de Gaza, reforma institucional interna, organização de eleições, aceitação de Estado palestiniano desmilitarizado e reconhecimento do Estado de Israel.

Passadiços do Paiva encerrados por tempo indeterminado

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Incêndio volta a atingir os Passadiços do Paiva que levou ao seu encerramento.

O grande incêndio que deflagrou na região de Arouca voltou a atingir os Passadiços do Paiva, uma das mais emblemáticas infraestruturas de turismo de natureza do país. A extensão exata dos danos ainda não foi determinada, mas sabe-se que a estrutura se encontra atualmente encerrada.

Este não é, infelizmente, um caso isolado. Os Passadiços do Paiva já foram várias vezes afetados por fogos florestais, obrigando a intervenções de reparação e à interrupção temporária do acesso ao percurso. Com cerca de 8,7 quilómetros ao longo do rio Paiva, o percurso é amplamente reconhecido pelo seu valor paisagístico e ambiental, tendo mesmo sido distinguido internacionalmente.

As autoridades locais estão no terreno e acompanham de perto a situação, aguardando-se para breve uma avaliação técnica que permita compreender o impacto real do fogo na estrutura de madeira. Até lá, os Passadiços vão permanecer encerrados ao público.

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