Fãs dos Oasis angariam mais de 18 mil euros para ajudar a família do homem que morreu em concerto da banda em Wembley

Foi criada uma página na plataforma online GoFundMe, com vista a recolher fundos para ajudar a família do homem que morreu durante um dos concertos da banda no Estádio de Wembley, em Londres.

O incidente ocorreu no passado sábado, quando um fã caiu de uma das bancadas superiores do estádio durante o espetáculo. Apesar dos esforços das equipas de paramédicos, o homem não resistiu aos ferimentos, tendo sido declarado morto no local.

Sabe-se agora que se tratava de Lee Claydon, um jardineiro de 45 anos, originário de Bournemouth. Em declarações ao jornal “The Guardian”, o seu pai, Clive, afirmou que tudo “não passou de um acidente”. “Ele era muito trabalhador, amava o seu filho, adorava estar com a família. Tudo lhe corria bem. Estou desolado”, acrescentou.

A página na plataforma GoFundMe foi criada pelo irmão de Lee, Aaron, com os fundos recolhidos a serem entregues à namorada deste, Amanda, e ao filho, Harry. Os fãs dos Oasis responderam à chamada, tendo angariado, à data, mais de 16 mil libras – cerca de 18 mil euros. A meta definida é 20 mil libras (cerca de 23 mil libras).

Em comunicado, os Oasis afirmaram-se “chocados e tristes”: “Estendemos as nossas sinceras condolências à família e amigos da pessoa envolvida”, pode ler-se.

Tigeladas, praias fluviais e trilhos para descobrir em Proença-a-Nova

O Festival da Tigelada, em Proença-a-Nova, tem início este sábado, dia 9 de agosto, e prolonga-se até ao último dia do mês. Para a realização deste evento, a autarquia irá oferecer aos restaurantes aderentes caçoulos personalizados e alguns brindes a distribuir por todos os que provarem esta sobremesa típica, considerada “a rainha da doçaria do concelho”. Há ainda o sorteio de uma mochila piquenique a quem apresentar o talão de refeição no Posto de Turismo. Este ano, o Festival da Tigelada conta com 22 restaurantes aderentes.

Atualmente, a maioria dos restaurantes tem a Tigelada nas suas ementas durante todo o ano e um dos pontos de venda é a marca Proença-a-Nova Origem, em que pode encomendar para levantar em Proença-a-Nova ou na loja o Sítio Certo, no Mercado de Benfica, em Lisboa.

Nova Estação Náutica

Canoagem em Proença-a-Nova

CM Proença-a-Nova

A Estação Náutica de Proença-a-Nova é a mais recente desta rede na região Centro de Portugal. Foi oficialmente certificada em abril e anuncia-se como “uma porta de entrada para uma nova e emocionante aventura em águas interiores no rio Ocreza e nas ribeiras de Pracana, do Alvito, da Isna e da Fróia”. A partir da Estação Náutica é possível explorar as águas calmas das praias fluviais e das zonas balneares através de atividades como: descidas de rio, canoagem, stand-up paddle e atividades aquáticas. A partir da barragem da Pracana, na zona do Padrão, são organizadas regularmente descidas do rio Ocreza em canoa.

Desta forma, os visitantes de Proença-a-Nova podem “combinar as atividades náuticas com a descoberta das paisagens circundantes, das aldeias de xisto, dos percursos pedestres e cicláveis e o rico património cultural, criando assim uma experiência completa e imersiva”, anuncia a autarquia. Integrada no território está a Aldeia do Xisto de Figueira. Outro local a não perder é o Centro de Ciência Viva da Floresta.

Águas frescas e cristalinas

Alojamento junto à Praia Fluvial de Aldeia Ruiva

Aldeias do Xisto

Ponto central da oferta são as cinco praias fluviais “valorizadas pela moldura natural e servidas por equipamentos construídos com a preocupação de preservar a identidade dos locais, recorrendo a materiais como o xisto e a madeira”. A apenas 5 km de Proença-a-Nova, a Praia Fluvial de Aldeia Ruiva usufrui das águas da ribeira da Isna e, além de um parque de campismo rural, dispõe de bungalows e área de caravanismo. Existem diversos equipamentos de apoio, como aluguer de canoas, e até um campo para desportos na areia. Ao lado, dispõe ainda de uma piscina biolõgica.

Alimentada pela mesma ribeira, a Praia Fluvial do Malhadal, dispõe de caiaques e gaivotas, piscina flutuante e ainda o Fluvifun, um equipamento composto por diversos insufláveis na água. Existem zonas de descanso e, nas redondezas, é possível visitar uma ponte filipina e diversos moinhos.

Cascatas e BTT

Praia Fluvial da Fróia

Aldeias do Xisto

Encaixada num vale, na nascente da ribeira que lhe dá o nome, a Praia Fluvial da Fróia é considerada a mais bonita de Proença-a-Nova. Moinhos recuperados, duas pequenas cascatas, dispõe ainda de passeio, onde se podem estender as toalhas. Existe uma zona de areal, com um pequeno parque infantil, e ainda bar e esplanada. Junto à praia está instalado o Centro de BTT de Fróia. Em alternativa, existe um percurso pedestre circular ao longo da ribeira de águas cristalinas. Nas proximidades encontram-se as aldeias típicas de Pedreira e Oliveiras, onde um artesão trabalha ao vivo em verga.

Inaugurada em 2007, a Praia Fluvial de Alvito da Beira está situada num vale verdejante, à entrada da aldeia. Na margem direita da ribeira do Alvito, é também ponto de partida de um percurso pedestre através de antigas levadas. O passeio conduz até à Cova do Alvito, povoação sem habitantes permanentes mas bem preservada. A curta distância fica também a Praia Fluvial da Cerejeira. Gerida pela Associação Desportiva, Cultural e Recreativa da Cerejeira, dispõe de zona de areia, sombra e bar. É também possível alugar embarcações. Oferece ainda boas condições para campismo e para a prática de pesca desportiva.

Rotas de Proença e Via Ferrata

BTT em Proença-a-Nova

CM Proença-a-Nova

Para descobrir a beleza das paisagens naturais, miradouros e geossítios, bem como a fauna e flora, no município estão devidamente identificados sete percursos de Pequena Rota, que podem ser consultados na página Rotas de Proença, onde também estão referenciados trilhos pedestres, de BTT e para veículos motorizados. Outro destaque é a Grande Rota da Cortiçada – GR39, com mais de 130 km de extensão. O ponto de partida localiza-se no centro da vila seguindo em direção à montanha, proporcionando vistas magníficas.

Já em pleno Geopark Naturtejo, que abrange Proença-a-Nova, destaca-se a recentemente inaugurada Torre de Vigia da Serra das Talhadas, junto ao Cruzeiro. Concebida pelo Arquiteto Siza Vieira, tem 16 metros de altura, à base de metal e vidro. É a partir da Torre de Vigia que se podem iniciar várias atividades radicais na natureza. Aqui, começam as pistas de Enduro BTT, seis no total e, ao lado, uma rampa para prática de desportos como parapente e a mais recente e extensa Via Ferrata do país. Com cerca de 2 km e 11 setores, este caminho de escalada, conta ainda com uma ponte Himalaia de 15 metros e outra suspensa de 40 metros. O equipamento, entre paredes rochosas de montanha, é de utilização livre por praticantes habilitados.

Para outros voos, considere o Sky Fun Center, no Aeródromo Municipal de Proença-a-Nova, onde pode reservar saltos em queda livre assistido (Salto Tandem).

Torre de Vigia da Serra das Talhadas

BCBM

“Aconteça o que acontecer…”: adeptos juntam-se no Dragão para homenagear Jorge Costa

Dezenas de pessoas colocaram adereços do FC Porto no mausoléu improvisado a Jorge Costa junto ao Estádio do Dragão, onde, a partir das 15h00, podem prestar a última homenagem ao dirigente que morreu na terça-feira.

O FC Porto colocou as bandeiras do clube a meia haste e é precisamente nessa zona frontal do seu estádio que os adeptos se têm concentrado, pousando bandeiras, cachecóis, pósteres, velas ou mensagens a celebrar a memória do antigo capitão portista.

Nos ecrãs gigantes do estádio permanece a fotografia de Jorge Costa, com uma das suas célebres frases: “Aconteça o que acontecer, faço parte da história do meu clube do coração”. Dentro do estádio, todos os painéis de publicidade têm somente a inscrição “Jorge Costa 1971-2025”.

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Às 15h00, os portões do parque um do Estádio do Dragão abrem para que os adeptos e a cidade se possam despedir de um dos maiores símbolos do clube, perspetivando-se um perímetro de circulação no interior do recinto, já que o calor que se faz sentir na Invicta desaconselha que o corpo esteja exposto no exterior.

Além das partilhas de sentimentos nas redes sociais, extensíveis a várias figuras e instituições nacionais e internacionais e do mundo do futebol, entre elas FIFA e UEFA, os adeptos portistas – e não só – começaram as homenagens públicas na noite de terça-feira, nas imediações do Estádio do Dragão, no referido mausoléu improvisado.

O último adeus ao eterno capitão vai decorrer até às 22h00, sendo que, na quinta-feira, pelas 10h30, vai decorrer o funeral na igreja do Cristo Rei, na Foz, em cerimónia reservada a familiares e amigos mais próximos.

Jorge Costa, um dos capitães mais emblemáticos dos dragões, venceu tudo o que era possível pelo clube do seu coração, tendo no seu pecúlio 21 troféus, entre os quais a Liga dos Campeões e a Taça Intercontinental, em 2004, um ano após vencer a Liga Europa.

Os seus êxitos desportivos aliados a um forte perfil de liderança, uma extensão do treinador em campo, tornaram-no num dos pilares da mística do FC Porto, o paradigma do capitão que contribuiu para levar o clube e o seu ADN aos quatro cantos do Mundo.

Jorge Costa, de 53 anos, entrou na terça-feira em “paragem cardiorrespiratória na sala de emergência” do Hospital São João, para onde foi transportado, depois de se ter sentido mal no centro de estágios do clube, no Olival, em Vila Nova de Gaia.

O antigo jogador representou os dragões em 383 jogos oficiais, entre 1992 e 2005, e capitaneou o emblema durante várias épocas, tendo conquistado uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA, uma Taça Intercontinental, oito títulos de campeão nacional, cinco Taças de Portugal e cinco Supertaças.

O FC Porto solicitou à Liga Portuguesa de Futebol Profissional o adiamento do jogo de estreia no campeonato, tendo o mesmo passado de sábado às 20h30 para segunda-feira às 20h45, no Estádio do Dragão.

Incêndio que consome loja de material elétrico em Felgueiras dominado

Um incêndio deflagrou esta quarta-feira numa loja de material elétrico na zona da Várzea, no concelho de Felgueiras, encontrando-se pelas 14h00 dominado, disse à Lusa fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Tâmega e Sousa.

De acordo com a mesma fonte, o estabelecimento localiza-se na Avenida Doutor Ribeiro de Magalhães, na União das Freguesias de Margaride, Várzea, Lagares, Varziela e Moure.

O alerta foi dado às 13h01 e, pelas 14h00, estava já dominado.

No local encontravam-se no combate às chamas 26 operacionais, apoiados por nove meios.

Segundo fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Tâmega e Sousa, envolvidos neste combate ao fogo estão elementos dos bombeiros de Felgueiras e dos bombeiros da Lixa.

Kremlin apelida de “construtivo” o encontro de Witkoff com Putin

O encontro desta quarta-feira entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, foi “útil e construtivo”, de acordo com o assessor de política externa russo, Yuri Ushakov.

A reunião durou quase três horas e foi dominado pelo conflito na Ucrânia e a forma de melhorar as relações entre Moscovo e Washington, disse ao site de notícias Zvezda, o antigo embaixador da Rússia nos EUA.

A dois dias do prazo estipulado por Donald Trump para Putin concordar com a paz na Ucrânia, caso contrário a Rússia sofrerá novas sanções por parte dos EUA, Ushakov afirmou que o Governo russo recebeu determinadas “sinalizações” do Presidente norte-americano e o chefe de Estado russo enviou mensagens em resposta.

Guia essencial do SonicBlast, a Meca do rock pesado: tudo o que precisa de saber sobre o festival de Âncora

Arranca esta quinta-feira a edição de 2025 do festival SonicBlast, dedicado sobretudo ao rock pesado, sobretudo na sua vertente stoner. O festival, que se mudou de Moledo do Minho para Âncora, em 2022, decorre na Praia da Duna do Caldeirão até sábado e conta ainda com um dia de aquecimento, esta quarta com nomes como Daily Thompson e Castle Rat. Por ali passarão alguns dos nomes mais emblemáticos do género, como os Fu Manchu e os Atomic Bitchwax, assim como pesos-pesados do psicadelismo, como os Earthless. Dois dos maiores destaques, no entanto, fugirão à “regra”: os Circle Jerks, nome cimeiro do punk hardcore norte-americano, e os Molchat Doma, banda bielorrussa de pós-punk que, nestes últimos anos, angariou estatuto de culto. Em seguida, o guia completo do festival.

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Líder da oposição israelita reúne com Netanyahu: “Povo de Israel não está interessado nesta guerra”

Após reunião com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o líder da oposição em Israel, Yair Lapid, voltou a manifestar-se de forma contrária ao plano de ocupação integral da Faixa de Gaza.

“Eu disse a Netanyahu: ocupar Gaza é uma péssima ideia. não se embarca em tal movimento a menos que a maioria da população o apoie. O povo de Israel não está interessado nesta guerra. Pagaremos um preço muito alto por isso”, disse ao deixar o encontro.

Lapid faz referência a sucessivas sondagens que apontam que a maioria da população quer o fim da guerra e o retorno imediato dos reféns israelitas mantidos em cativeiro pelo Hamas desde 7 de Outubro de 2023. A última sondagem mostra que 74% dos israelitas querem que o governo encerre a guerra e traga os reféns de volta.

Netanyahu, no entanto, voltou a dizer que não abre mão de nenhum dos três objetivos que estabeleceu: a derrota completa do Hamas, a libertação dos reféns e a garantia de que a Faixa de Gaza não irá representar qualquer ameaça à segurança de Israel.

Para além das sondagens internas que mostram o desgaste da própria população, Netanyahu também enfrenta questões de ordem prática. Conforme informação obtida pela Renascença, há um défice de entre dez mil e 12 mil soldados no Exército de Israel.

“O discurso político fala em expandir objetivos, mas não em expandir o exército. É hora de dizer a verdade: sem expandir o círculo de recrutados, não seremos capazes de cumprir as tarefas que o Estado de Israel assume. Quer conquistar Gaza? Comece a recrutar”, diz ao N12 a advogada Rotem Avidar Tsalik, fundadora e CEO de uma organização em defesa dos cidadãos recrutados pelo exército.

Ao mesmo tempo, há um debate intenso também sobre a continuidade da isenção do serviço militar aos judeus ultraortodoxos, grupo que compõe cerca de 13% do total da população israelita. O governo ainda não conseguiu aprovar uma lei que seja satisfatória à demanda da população mais ampla por igualdade na divisão das responsabilidades – neste caso específico, igualdade em relação às obrigações com o serviço militar.

Ventura diz respeitar inquérito do Ministério Público e está confiante que será arquivado

O líder do Chega disse esta quarta-feira respeitar a abertura de um inquérito por parte do Ministério Público e manifestou-se convicto de que será arquivado, por considerar que se trata de uma questão de “liberdade política”.

Em conferência de imprensa na sede nacional do Chega, em Lisboa, André Ventura disse que ainda não foi informado pelo Ministério Público da abertura do inquérito, por ter divulgado, na Assembleia da República, nomes de crianças imigrantes matriculadas numa escola de Lisboa, mas manifestou “respeito pela justiça portuguesa”.

“Estou confiante de que chegaremos ao fim e perceberemos que esta é uma questão de liberdade política, de ação política e de discurso político”, afirmou, salientando que, em casos parecidos como este, incluindo em processos que o envolveram, a Justiça concluiu que estava “na linha da liberdade de expressão”.

André Ventura disse lamentar, contudo, que a justiça esteja a “perder tempo a olhar para o parlamento”, considerando que é tempo “que se podia estar a gastar num inquérito a crimes de violação, de corrupção, de branqueamento de capitais” ou a incendiários.

O líder do Chega referiu que ainda não sabe o que motivou a abertura do inquérito, mas disse suspeitar que foi devido a denúncias de associações ou movimentos cívicos, considerando que se está a criar uma “nova forma de fazer política, que é criminalizar políticos, procurar que tudo o que eles digam seja alvo de crime”, deixando um apelo a essas associações.

“Nós não devemos entupir a justiça criminal porque não gostamos de um político, porque queremos vê-lo atrás das grades porque não os conseguimos combater”, disse.

O Ministério Público confirmou esta quarta-feira a abertura de um inquérito ao presidente do Chega, André Ventura e à deputada do partido Rita Matias, sobre a divulgação de nomes de crianças imigrantes matriculadas numa escola de Lisboa.

Em resposta enviada à Lusa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) adiantou que “confirma-se a instauração de inquérito relacionado com a matéria”.

André Ventura mencionou a lista de nomes na Assembleia da República, durante o debate parlamentar às alterações da lei da nacionalidade, no início de julho, e Rita Matias divulgou os nomes completos num vídeo partilhado nas redes sociais.

“Estes senhores são zero portugueses”, disse André Ventura, perante os aplausos de pé da sua bancada.

Aldeia paralímpica e centros de inovação: o plano de Israel para duplicar a população à volta de Gaza

“A verdadeira vitória chegará quando os poucos inimigos que restam do outro lado da fronteira olharem para o lado israelita e disserem a si próprios: ‘A região da terra que queríamos atingir e eliminar está a crescer, a florescer e a desenvolver-se’”. O Governo israelita aprovou esta segunda-feira um plano para o desenvolvimento das comunidades no oeste do deserto do Negev, que, segundo o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, visa duplicar a população das localidades junto da Faixa de Gaza. “Vamos abrir e acolher Ofakim, Netivot, Meerhavim, Eshkol, Sahar Negev e Sdot Negev. Pretendemos desenvolver zonas industriais, promover centros de

Bullying a funcionários, segredos sexuais e informações vendidas aos serviços secretos. Mais revelações do novo livro sobre o príncipe André

Cerca de uma semana antes do lançamento de Entitled: The Rise and Fall of the House of York, o livro do historiador britânico Andrew Lownie sobre o príncipe André, novas revelações vêm à tona, incluindo episódios de bullying a funcionários do palácio, relatos de encontros sexuais e a alegada intenção de Jeffrey Epstein de vender informações deste membro da realeza a serviços secretos.

Andrew Lownie publicou um excerto do livro este fim de semana no Daily Mail, onde fala de uma alegada luta entre o duque de Iorque e o sobrinho, o príncipe Harry, que já veio entretanto negar as afirmações. Agora a imprensa internacional avança com novos relatos, que corroboram a reputação já manchada do filho da rainha Isabel II, que se afastou das funções oficiais como membro da realeza em 2019, diante da polémica relação com Jeffrey Epstein.

O autor de Entitled: The Rise and Fall of the House of York alega que materiais comprometedores do príncipe André terão sido oferecidos à Mossad, às autoridades da Arábia Saudita e aos serviços secretos líbios sob o comando de Kadhafi. As informações do livro são baseadas no documentário feito pelo jornalista canadiano Ian Halperin, que de acordo com Lownie, terá ouvido “muitas fontes íntimas de André” que confirmaram as negociações com agências do Médio Oriente.

Em 2020 Halperin escreveu sobre o duque de Iorque no livro Controversy: Sex, Lies and Dirty Money by the World’s Powerful Elite, onde relata uma conversa que alegadamente terá tido com Epstein em 2001, em que este diz que a família real britânica é “completamente brilhante” por serem “os filhos da mãe mais ricos do mundo”, enquanto coletam dinheiro dos contribuintes britânicos. Andrew Lownie diz ao The Times que “não acredita em tudo” o que Halperin escreveu no livro, mas que foi capaz de “verificar” algumas das informações.

No livro, o autor diz ainda que “outras fontes” alegam que Epstein tinha conexões no Kremlin e pode ter sido um “agente de influência” para Vladmir Putin. Lownie cita que o empresário norte-americano condenado por fraude Steven Hoffenberg afirmou que Epstein pretendia vender segredos de André à Mossad. “O príncipe era um idiota útil que dava respeito e acesso a líderes políticos e oportunidades de negócios. Epstein achava-o fácil de explorar”, escreve Lownie no seu livro.

Lownie faz ainda um retrato cruel do príncipe André para com os seus empregados. Num episódio relatado no livro, o duque de Iorque terá chamado imbecil a um funcionário. A ofensa terá sido proferida depois de uma tempestade no norte da Irlanda em 2005, quando o príncipe André perguntou ao responsável pelo castelo de Hillsborough, uma das propriedades da realeza na região, se havia sido registado algum dano. “Sim, senhor. A árvore que foi plantada pela rainha Mãe”, terá respondido David Anderson, que terá sido interpelado pelo príncipe, a zombar: “Está a falar da rainha Elizabeth, a rainha Mãe?”

“Perguntou ao pobre homem há quanto tempo trabalha para a família real. Anderson respondeu: ‘juntei-me em 1984, senhor’. ‘E ainda não sabe como se referir propriamente à minha avó? Seu imbecil, saia“, terá dito o príncipe André, de acordo com o livro de Lownie. Outro funcionário do palácio, Colin Burgess, descreve André como um “homem muito desagradável”. A trabalhar por muitos anos para a rainha Mãe, Burgess diz que sempre foi tratado com desdém pelo duque de Iorque, diferente da forma como Carlos, William e Harry o tratavam. Já Wendy Berry, uma empregada de limpeza de Highgrove cujo filho trabalhou no Palácio de Buckingham, diz que para André os funcionários eram “praticamente invisíveis, estavam lá para servir, não para questionar”.

Entretanto, no excerto que Lownie publicou no Daily Mail no fim de semana, o autor dá grande destaque aos relatos de encontros sexuais e às acusações de assédio contra o príncipe. O autor alega que o príncipe André terá tido relações sexuais com mais de mil mulheres ao longo da vida, e relata vários encontros e alegados episódios de assédio sexual protagonizados pelo membro da realeza.

Entre os vários episódios relatados, uma correspondente da Reuters terá afirmado que André recebeu mais de 40 mulheres no seu quarto de hotel em Bangcoque em 2006, quando o príncipe viajou ao país para representar a rainha Isabel II nas celebrações do jubileu de diamante do Rei da Tailândia. Uma modelo que alega ter tido encontros com André em 1980 diz que o príncipe tinha um “casamento aberto” com Sarah Ferguson. Uma ama que trabalhou no palácio alega que deixou o emprego por causa das abordagens do príncipe. A massagista Emma Gruenbaum, que trabalhava num clube de golfe frequentado pelo príncipe, relata que André insistia em estar nu, apesar das suas objeções, e que as massagens decorriam no quarto, onde ele tentou abraçá-la e fez perguntas de cunho íntimo. O autor escreve mesmo que o duque de Iorque espiava bailarinas atraentes do Royal Ballet e fazia um funcionário enviar-lhes convites para o conhecerem depois do espetáculo. Lownie afirma que uma fonte terá dito que André “gosta de ter mulheres entregues numa bandeja e quanto mais curta a saia melhor”.

O retrato de um príncipe arrogante, egocêntrico e com compulsão sexual criado por Andrew Lownie neste livro, vem das entrevistas do historiador a cerca de 300 pessoas, das mais de três mil que o autor alega ter contactado, incluindo amigos de infância, colegas de trabalho, antigos funcionários, diplomatas, jornalistas, entre outros. “Abordei os Iorque para que pudessem ajudar a construir a narrativa ao encorajar amigos e associados a falarem comigo, mas decidiram não cooperar. Durante anos foi criada uma narrativa cuidadosa do casal, protegida por um exército de advogados e relações públicas. A equipa do casal foi forçada a assinar acordos de não divulgação”, escreve Andrew Lownie. O livro será publicado a 14 de agosto no Reino Unido e ainda não há previsão de quando será traduzido para o português.

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