Multimilionários americanos aumentam fortunas em 365 mil milhões

No Economia Expresso de hoje, exploramos o crescimento colossal das fortunas dos bilionários americanos, com Elon Musk a liderar o aumento. Analisamos o atraso na entrega de casas em Portugal, os prejuízos históricos do Banco de Portugal e a importância da estabilidade política. Ainda, destacamos a maior entrada em Bolsa do ano, a CATL, as novidades da Google em IA e o sucesso da empresa portuguesa Addvolt no mercado global

Marcelo recebe PCP, CDS e BE na quinta-feira

O Presidente da República vai ouvir na quinta-feira o PCP, o CDS-PP e o BE, prosseguindo as audiências aos partidos políticos que obtiveram representação parlamentar nas legislativas antecipadas de domingo sobre a formação do novo Governo.

De acordo com uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa irá receber o PCP às 11h30, o CDS-PP às 15h00 e o BE às 17h00 de quinta-feira.

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Na terça-feira, o chefe de Estado recebeu o PSD, o PS e o Chega, e anunciou que voltará a ouvir os três maiores partidos na próxima semana, quando forem conhecidos os resultados dos círculos da emigração, que elegem quatro deputados.

Esta quarta-feira, às 11h30, o Presidente da República ouviu a IL, e depois o Livre, às 15h00.

Ficam a faltar audiências aos restantes dois partidos com assento parlamentar: PCP, CDS-PP, BE, PAN e JPP.

Nos termos do n.º 1 do artigo 187.º da Constituição, “o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”.

A AD (PSD/CDS-PP), liderada pelo atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas antecipadas de domingo, com mais de 32% dos votos, sem maioria absoluta. Em coligação, os dois partidos elegeram 89 deputados, dos quais 87 são do PSD e dois do CDS-PP – mais de um terço dos 230 lugares do parlamento, mas longe da maioria absoluta.

Quando falta contabilizar os votos e atribuir os mandatos dos círculos da emigração, o PS é o segundo mais votado, com 23,38% dos votos, e 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor votação, 22,56%.

De acordo com os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, segue-se a IL, em quarto lugar, com 5,53% dos votos e nove deputados, e depois o Livre, com 4,2% e seis eleitos.

A CDU (PCP/PEV) obteve 3,03% dos votos e elegeu três deputados, todos do PCP. O BE, com 2%, e o PAN, com 1,36%, elegeram um deputado cada um, assim como o JPP, da Madeira, que teve 0,34% dos votos em termos nacionais.

Sir Alex Younger junta-se aos convidados que vão estar no evento que assinala o primeiro aniversário do NOW

Alguns dos nomes já conhecidos são António Costa, Presidente do Conselho Europeu; Dmytro Kuleba, o mais jovem ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, e Devin Nunes, ex-congressista, Presidente do Trump Media & Technology Group e Presidente do Conselho Consultivo para a Informação da Casa Branca

Sir Alex Younger é outro dos nomes já confirmados para a , que assinala o primeiro aniversário do NOW.  O evento, que conta com Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia e antigo primeiro-ministro de Portugal, como curador, terá a participação do profissional que durante 30 anos foi oficial de carreira dos serviços secretos britânicos, o MI6.

Sir Alex Younger serviu na Europa, no Médio Oriente e no Afeganistão. Foi também nomeado Diretor da Luta contra o Terrorismo de 2009 a 2012, Chefe de Operações de 2012 a 2014 e depois Chefe do Serviço de 2014 a 2020. Antes de ingressar no SIS, serviu no exército britânico como oficial de infantaria. Além disso, frequentou a Universidade de St Andrews, onde estudou informática, entre outras disciplinas. 

Recorde-se que a  ocorre a 16 de junho, em Lisboa, no Four Seasons Hotel Ritz e o tema central será “A Europa e as Relações Transatlânticas”.Ao longo dos próximos dias irão ser revelados vários especialistas e líderes internacionais que também vão marcar presença no evento. 

Alguns dos nomes já conhecidos são António Costa, Presidente do Conselho Europeu; , o mais jovem ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia; Devin Nunes, ex-congressista, Presidente do Trump Media & Technology Group e Presidente do Conselho Consultivo para a Informação da Casa Branca e , antigo chefe do MI6.Enrico Letta, antigo primeiro-ministro de Itália; , antigo primeiro-ministro francês; Bruno Maçães, Secretário de Estado dos Assuntos Europeus; , antigo primeiro-ministro francês e , antiga primeira-ministra do Reino Unido, são outras das personalidades já confirmadas. 

Artista vai distribuir dinheiro na rua em Santa Maria da Feira. É uma experiência social

É já esta semana que pode testar a sua submissão ao capitalismo — consegue resistir a um isco feito de notas? Um artista suspenso a 20 metros de altura vai distribuir dinheiro real no Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira, mediante desafios lançados aos espectadores para testar o seu grau de submissão ao capitalismo. Integrado no evento que de 22 a 25 de maio levará 43 companhias à referida cidade do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, o espetáculo em causa é “Acts of Liberation / Atos de Libertação” e tem

Pode um papa influenciar as leis laborais?

Caro leitor(a),

Quem está menos familiarizado com os preceitos da eleição de um papa pode pensar que a escolha do nome que vai usar durante o seu pontificado é uma questão de gosto. Não só não é assim, como o novo líder da Igreja Católica, eleito a 8 de Maio, assumiu um nome de peso.

Robert Prevost recuperou o nome de Leão, usado pela última vez por Leão XIII. Trata-se do autor da encíclica Rerum Novarum (das coisas novas) – documento publicado a 15 de Maio de 1891, que lançou os alicerces da doutrina social da Igreja, ajudou a travar os abusos do liberalismo do século XIX e influenciou o direito do trabalho daí em diante.

Num contexto de grandes transformações sociais causadas pela Revolução Industrial e pelo liberalismo capitalista, Leão XIII colocou o foco na “condição dos operários”, em particular na exploração a que estavam sujeitos, nas condições desumanas em que viviam, na importância de se poderem associar para defenderem os seus interesses ou na necessidade de o Estado intervir para proteger os “fracos” e “indigentes”.

Esta encíclica acabou por influenciar o direito do trabalho um pouco por todo o mundo, impulsionando a definição do que é um salário justo, legitimando os sindicatos e dando corpo ao que hoje designamos de Estado social.

Apesar de terem mais de um século, os princípios postulados na Rerum Novarum continuam actuais. O recém-eleito papa Leão XIV, no primeiro discurso dirigido ao Colégio de Cardeais, deixou claro que está em curso uma “nova revolução industrial” a que a Igreja tem de dar atenção. O conflito entre patrão e trabalhador faz-se agora noutros campos, com o contributo da inteligência artificial e dos algoritmos, deixou perceber.

Aliás, do enorme caderno de encargos do novo papa, faz parte o pedido explícito de publicar uma nova encíclica social que deverá versar, precisamente, sobre temas como a inteligência artificial e o trabalho.

Luís Gonçalves da Silva, professor na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que tratou o tema na sua tese de doutoramento, destaca o papel que a encíclica de 1891 teve na forma como os Estados responderam aos problemas da classe trabalhadora, mas alerta que em certa medida continua por cumprir.

“Evidentemente que tenho que a situar no século XIX, mas não posso dizer que esteja completamente anacrónica. A encíclica ainda tem muito para cumprir, principalmente nos países subdesenvolvidos, com o trabalho infantil, com o trabalho feminino, que devido à sua violência muitas vezes põe em causa a própria maternidade”, diz-nos.

Se olharmos para alguns dos alertas deixados por Leão XIII, percebemos que há problemas que persistem, embora com outras roupagens. Seja a precarização e “uberização” do trabalho, a fragmentação da classe trabalhadora, o enfraquecimento dos sindicatos tradicionais ou o aumento das desigualdades.

E embora a Rerum Novarum não trate, obviamente, as questões da evolução tecnológica, as preocupações expressas há mais de um século continuam actuais quando se analisa o risco de a automação e de a inteligência artificial deixarem para trás os trabalhadores mais vulneráveis e as minorias, obrigando a um esforço para que os benefícios da adopção destas tecnologias cheguem a todos.

Sabia que…

Em Portugal uma empresa não pode fechar total ou parcialmente por vontade do empregador como forma de pressão face às reivindicações dos trabalhadores? O artigo 57.º da Constituição da República Portuguesa que garante o direito à greve proíbe expressamente o lockout. Esta indicação foi importada para o Código do Trabalho que, no artigo 544.º, proíbe “a paralisação total ou parcial da empresa ou a interdição do acesso a locais de trabalho a alguns ou à totalidade dos trabalhadores e, ainda, a recusa em fornecer trabalho, condições e instrumentos de trabalho que determine ou possa determinar a paralisação de todos ou alguns sectores da empresa, desde que, em qualquer caso, vise atingir finalidades alheias à normal actividade da empresa, por decisão unilateral do empregador”.

Mas nem sempre foi assim. A primeira lei da greve, publicada em 1910, reconhecia o direito à greve e legitimava o direito ao lockout. A situação mudou em 1927, quando a greve e o lockout foram proibidos, e, só em Agosto de 1974, no pós-25 de Abril, foi reposto o direito à greve, permitindo-se ao mesmo tempo o lockout “defensivo” para responder a uma greve ilícita ou com ocupação. Com a Constituição da República Portuguesa de 1976 proibiu-se esta prática.

Trabalho extra

Controlos mais rígidos na fronteira dos EUA levam empresas a repensar viagens de negócios

Com Donald Trump de regresso à Casa Branca, muitos executivos, académicos e funcionários governamentais na Europa e noutras regiões estão a encarar viagens aos Estados Unidos da América (EUA) com cautela. Os controlos fronteiriços mais agressivos — que podem incluir a verificação e até a cópia de dados dos dispositivos e, por vezes, a recusa de entrada — estão a levar muitas organizações a reavaliar os riscos e os protocolos associados às viagens de trabalho, mesmo as mais rotineiras. Advogados especializados em imigração, ouvidos pelo Financial Times, alertam que contactos, e-mails, mensagens e publicações em redes sociais podem ser inspeccionados durante a entrada nos EUA. E aconselham a os viajantes a não terem quaisquer dados nos seus dispositivos seja o telefone ou o computador. Leia mais aqui.

Contact centers congelam recrutamento e preferem máquinas

Em França, os contact centers estão a congelar o recrutamento de pessoal e a introduzir ferramentas de inteligência artificial (IA) que estão a deixar os trabalhadores receosos. O jornal Le Monde cita o barómetro anual realizado pela EY para o Sindicato dos Profissionais dos Centros de Contacto (SP2C), dando conta de uma “aceleração generalizada da utilização de tecnologias baseadas em inteligência artificial” em 2023 e 2024. O sindicato alerta que o recrutamento de trabalhadores para o sector “está congelado”, dando conta de mudanças significativas na forma de trabalhar por causa da IA e de receios de, a longo prazo, os trabalhadores serem substituídos por bots

Um quarto dos empregos mundiais expostos à IA, alerta OIT

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), em conjunto com o Instituto Nacional de Investigação da Polónia, analisou cerca de 30.000 tarefas em actividades profissionais e conclui que um em cada quatro empregos em todo o mundo está potencialmente exposto à inteligência artificial (IA) generativa. Em causa estará sobretudo a transformação dos empregos e não a sua substituição.

O relatório conclui que 25% do emprego mundial corresponde a categorias profissionais potencialmente expostas à IA generativa, com destaque para os países mais ricos; que a exposição à IA é mais elevada nas mulheres; e que as actividades administrativas são as que sofrerão os maiores impactos, devido a automatização de muitas das suas tarefas. Contudo, alerta, os sectores altamente digitalizados e relacionados com tarefas cognitivas, nomeadamente os media, o desenvolvimento de software e as finanças, também sofrerão impactos consideráveis.

Cinco vinhos especiais para brindar aos 25 anos da Fugas (ou noutra ocasião à altura)

Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 1013

Um grande vinho é sempre também o contexto e a circunstância e, por isso, o vinho que talvez me tenha sabido melhor foi um Frei João bebido há uns 30 anos, em Manaus. No regresso à cidade depois de duas semanas de incursão pela floresta amazónica, aquele tinto, mesmo com peixe grelhado, nunca o vou esquecer. O melhor vinho é sempre aquele que nos sabe melhor!

Podia escolher o emocionante Grandjó de 1925, provado quase um século depois, um Barca Velha ou Legado, os vinhos quase-perfeitos da Sogrape, os finos tintos da Casa Rosado Fernandes (Alentejo) da década de 1970, que ainda vivem, a riqueza, elegância e complexidade do Quinta da Gaivosa 1995, ou um dos majestosos Czar do Pico.

Marcados na memória estão também dois tintos muito especiais: o poderoso Kompassus Baga 1991 e o delicado Villa Oliveira tinto 2014, edição 125 anos, dois vinhos monumentais só possíveis pela acção do tempo, mas elejo um branco, o Quinta das Bágeiras Garrafeira 1013, que não será difícil e encontrar ainda a preços acessíveis e pode, assim, ser partilhado com os leitores.

Um branco sólido, cheio de sabor e harmonia, intenso na frescura e complexidade, e que confirma também a Bairrada como grande região de brancos — e temos andado demasiado absorvidos com os tintos. Mas sobretudo porque é daqueles vinhos que trás consigo a consistência do tempo, a vinha velha (mais de 70 anos) que fornece as uvas (Bical e Maria Gomes), as antigas técnicas e tonéis da fermentação, e, fundamentalmente, o tempo que nos obriga a esperar por ele. Ou seja, um branco que nos exige respeito e não se deixa moldar. José Augusto Moreira

Verdelho de João Silva, Criação Velha, Pico

Há uns bons anos, numa viagem ao Pico, em passeio pela Criação Velha, um dos pólos da paisagem vinhateira protegida da ilha, descobri um pequeno viticultor que produzia um Verdelho “passado” dos antigos. Um vinho sem aguardente mas com o álcool de um fortificado, por excesso de madureza das uvas. Julgo que o produtor se chamava João Silva. Não estava em casa, foi a mulher que me atendeu e me deu a provar um Verdelho de uma pipa já meio vazia, colheita do ano anterior. Um outro vinho qualquer estaria morto. Mas aquele estava soberbo. Comprei alguns garrafões e passei o vinho para garrafas.

Paguei o preço que me foi pedido, uma ridicularia, face aos preços absurdos a que são vendidos vinhos similares, e até piores. Beber rótulos, e a fama do produtor, nunca foi uma atitude muito inteligente. Por vezes, encontramos a felicidade na adega do mais humilde produtor. Foi o meu caso. Pedro Garcias

Quinta do Crasto Porto Tawny 50 Anos

É um dos melhores vinhos que temos provado nesta categoria de tawnies criada há três anos. Com um perfume intenso a iodo, nozes, mel de cana e casca de laranja cristalizada, encanta pelo equilíbrio entre doçura e frescura. Tem uma acidez vibrante, que sentimos primeiro, textura aveludada e a complexidade de um vinho feito de ingredientes muito antigos, e por isso também muito concentrado, mas sofisticado.

“A essência” deste 50 Anos, como lhe chama o enólogo Manuel Lobo de Vasconcellos, é um tawny com mais de 100 anos, dos stocks da casa Constantino de Almeida, que o Crasto engarrafou em tempos como Honore Porto, mas do qual guardou uma pequena quantidade. É um vinho harmonioso, fresco e verdadeiramente um vinho fino. Apesar de a escolha cair nesta categoria quando o que se está a celebrar conta meio século de vida, escolhemo-lo para brindar à Fugas e desejar: venham mais 25! Ana Isabel Pereira

Pedras Brancas Espumante 2020

A recomendação deste espumante para celebrar o aniversário da Fugas é um piscar de olhos aos leitores açorianos (e um tique de vaidade de quem assina o texto, pronto). Qualquer cidadão terá o direito de provar o primeiro espumante alguma vez foi feito na ilha da Graciosa, mas a realidade é tramada: só há 850 garrafas deste Pedras Brancas 2020 Brut Nature. Se os graciosenses (4100 almas) decidissem provar o vinho, não saía da uma única da ilha.

Cá está um vinho peculiar que, feito de Verdelho e Arinto dos Açores e assinado pelo picoense Paulo Machado (Insula Atlantis) e pelo bairradino José Carvalheira (Carvalheira Wine Creators), tem aromas e sabores que podem baralhar os distraídos ou aqueles que estão habituados a espumantes frutadinhos. A partir de um vinho que esteve 40 meses sobre borras temos notas marinhas (algas, iodo e maresia), fruta madura e sabores salgados, com ligeira sensação doce e uma mousse com persistência mediana na boca. Os graciosenses têm orgulho nas suas queijadas, nas meloas, nos alhos (IGP) e nos vinhos brancos tranquilos. Podem agora, com galhardia, acrescentar este espumante, notoriamente vulcânico. Edgardo Pacheco

Duas Quintas Reserva Especial 1995

Um vinho intemporal. Em 1995 o enólogo João Nicolau de Almeida decidiu recuperar a memória de Rui Fernandes escrita em 1532 para descrever a região de Lamego e as qualidades do seu “vinho de pé”. Fez então um vinho com pisa prolongada seguindo a receita com mais de 500 anos. Tinha nascido o Duas Quintas Reserva Especial que, quando foi lançado, era um vinho duro, tânico, difícil. Era preciso esperar por ele.

Há uns dez anos, escrevi sobre esse vinho num texto para a Fugas. O tempo tinha-lhe limado as arestas. O que era duro e adstringente tinha evoluído para um volume de boca sumptuoso e uma complexidade impressionante. Ainda mais recentemente, voltei a prová-lo com um grupo de amigos. O vinho crescera. Ganhara mais fineza e elegância, sem deixar de ser grandioso, imponente e com uma extraordinária palete de aromas e de sabores.

Há uma lição deste vinho que justifica uma reflexão. A que nos convoca para o valor do tempo nestes dias dominados pela pressa. Beber um tinto com 30 anos e notar que só agora está a chegar à sua melhor forma é mais do que uma experiência sensorial: é uma exaltação do Douro e uma lição de vida. Manuel Carvalho

Nome Pedras Brancas Espumante 2020

Produtor Adega e Cooperativa Agrícola da Ilha Graciosa;

Castas Verdelho e Arinto

Região Açores

Grau alcoólico 12%

Preço (euros) 60

Pontuação 92

Autor Edgardo Pacheco

Notas de prova É o primeiro espumante alguma vez foi feito na ilha da Graciosa e só há 850 garrafas deste Pedras Brancas 2020 Brut Nature. É um vinho peculiar, feito de Verdelho e Arinto dos Açores e assinado pelo picoense Paulo Machado (Insula Atlantis) e pelo bairradino José Carvalheira (Carvalheira Wine Creators). Tem aromas e sabores que podem baralhar os distraídos ou aqueles que estão habituados a espumantes frutadinhos. Esteve 40 meses sobre borras e tem notas marinhas (algas, iodo e maresia), fruta madura e sabores salgados, com ligeira sensação doce e uma mousse com persistência mediana na boca. Um espumante notoriamente vulcânico de que os graciosenses também podem orgulhar-se.

Nome Quinta do Crasto Porto Tawny 50 Anos

Produtor Quinta do Crasto;

Castas Mistura de castas

Região Douro

Grau alcoólico 21%

Preço (euros) 390

Pontuação 97

Autor Ana Isabel Pereira

Notas de prova Com um perfume intenso a iodo, nozes, mel de cana e casca de laranja cristalizada, encanta pelo seu equilíbrio entre doçura e frescura. Na boca, sentimos-lhe primeiro a sua acidez vibrante e depois então uma textura aveludada e toda a complexidade de um vinho feito de ingredientes muito antigos, e por isso também muito concentrado, mas sofisticado. Este Quinta do Crasto Porto Tawny 50 Anos é harmonioso, fresco e verdadeiramente um vinho fino. Especial, para ocasiões igualmente especiais.

Do pilates ao azeite, isto está tudo ligado

Como relaxar

À pergunta “O que é a contrologia?” talvez calhem poucas respostas, mas se perguntarem “O que é o pilates?” é possível que se chegue a uma resposta, nem que seja porque está na moda e o assunto anda nas bocas do mundo.

Criado por Joseph Pilates e frequentemente associado à imagem de “pessoas em boa forma, empoleiradas nuns aparelhos com ar de instrumentos de tortura”, assim escreve Madalena Haderer, o médoto de exercício físico é muito mais do que isso, relevando-se como um sistema completo de conexão entre o corpo e a mente, uma espécie de “meditação em movimento”.

Na lista de relaxamento temos também os tratamentos personalizados do Porto Urban Spa.

E ainda uma nova abordagem à tarefa de arrumar a casa que, tal como a filosofia de Marie Kondo, está a tomar conta das redes sociais. É um pouco infantil, traz uma carga de asco e dá pelo sugestivo nome de “regra do cocó“.

Por onde andar

Sobre apontamentos curiosos e jogos de contrastes, vale a pena acompanhar a viagem de Humberto Lopes pelo Vietname, a bordo do “Expresso da Reunificação”, onde a lentidão tanto pode ser um busílis como um encanto.

Por terras lusitanas, o caminho aponta para uma Festa de Caminhadas na Arrábida, o Festival Islâmico de Mértola, a Bienal de Fotografia do Porto, o Festival Mental em Lisboa e um Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira com o Progresso à cabeça, entre outras propostas.

O que comer

O sonho comanda a vida e para a comida não há excepções. Ainda faltam alguns meses para saborear a segunda edição do festival de comidas do mundo É Um Encontro, na Amadora, mas os preparativos já estão em marcha e a expectativa é que já possa ter serventia do restaurante que vai abrir na cidade e dar trabalho a pessoas em situação de sem abrigo.

Nos entremeios, temos Campo Maior a ir aos azeites com a Feira Nacional de Olivicultura, que regressa depois de um pousio de quase 20 anos e vem temperada com o primeiro Congresso Nacional do Azeite.

O que beber

Beber vinho pode, afinal, ser uma boa decisão para a saúde. De acordo com o estudo publicado no Canadian Journal of Cardiology – que “pode ser um bálsamo para a deprimida indústria vinícola”, refere Pedro Garcias –, as contas fazem-se mais ou menos assim: “beber vinho branco e espumante é a terceira melhor receita para prevenir um ataque cardíaco, beber tinto é a quarta”. Isto fazendo a coisa com moderação e sem desconsiderar, claro está, os riscos conhecidos e associados ao consumo de bebidas alcoólicas.

Venha também esse património brasileiro que dá pelo nome de cachaça, as notas do novo Vinha da Ponte da Quinta do Crasto, os vinhos “complexos e leves” da Herdade dos Cardeais e a festa da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, que está a celebrar os 20 anos do primeiro enoturismo do Douro.

O que ver

A época dos blockbusters de Verão está a chegar e para já ficamos com as habilidades de Tom Cruise no seu papel de Ethan Hunt em Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final, o oitavo filme da saga. É uma das estreias em cartaz nesta semana. Temos também a Breve História de Uma Família, um drama com assinatura de Lin Jianjie que explora o impacto social e cultural da política do filho único na China.

Na televisão há Duster, um thriller criminal baseado na história da primeira negra no FBI, com a típica fórmula em que dois opostos têm de trabalhar juntos.

O que ler

Um Open Weekend com a literatura de viagens a acertar o passo entre Vendas Novas e Cabrela; o Maia BD com as tiras apontadas aos 40 anos de carreira de Luís Louro e à banda desenhada francesa sobre Portugal; o Festival Literário de Bragança com uma nona edição dedicada à gastronomia; e o debutante Festival Literário Mulheres que Escrevem, em Cascais. Estas são algumas das propostas em banca, a que se juntam outros títulos.

O importante é promover os hábitos de leitura, ferramenta que pode ser considerada de sobrevivência quando se trata de navegar “na imensidão de informação, na tecnologia e na correria dos nossos dias”. É o que defende o escritor Juan Villoro em Não Sou Um Robô, com conceitos a transmitir também aos mais novos, em parelha com Nós, o último título da colecção Missão: Democracia. Uma história que fala sobre a vida das pessoas que fazem parte da União Europeia e sobre como, no fundo, estamos todos ligados.

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Ana Martins vai assumir cargo de deputada pelo Chega/Açores na República

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A engenheira Ana Martins vai assumir o cargo de deputada do Chega à Assembleia da República pelo círculo dos Açores, anunciou o líder do partido na região, José Pacheco, nesta quarta-feira.

As pessoas votaram no Chega, votaram na nossa lista. Mas, para ficarem descansados e evitarem especulações, quem vai é a senhora engenheira Ana Martins [terceira candidata], uma pessoa responsável, com bom currículo, da nossa confiança, que vai integrar o grupo parlamentar de 60 deputados e que vai representar muito bem os Açores”, explicou o dirigente do Chega, em conferência de imprensa, na Horta.

Assim, não será nem o cabeça de lista do Chega pelo círculo dos Açores, nas eleições legislativas nacionais de domingo, Francisco Lima, nem a número dois, Olivéria Santos, que vão assumir a função de deputado no parlamento nacional.

Francisco Lima substituiu Miguel Arruda, acusado de roubar malas no aeroporto, enquanto cabeça de lista. O veterinário, empresário na área dos produtos químicos e deputado no parlamento regional açoriano, vai rumar a Lisboa na nova legislatura.

O Chega foi a terceira força política mais votada nos Açores nas legislativas nacionais de domingo, obtendo 22,85% dos votos dos eleitores açorianos (15,76% nas eleições do ano passado), elegendo um dos cinco deputados pelo círculo dos Açores à Assembleia da República.

José Pacheco explicou aos jornalistas que não pode prescindir de Francisco Lima, nem de Olivéria Santos (atuais deputados à Assembleia Legislativa dos Açores), não só pelo trabalho que desempenham no parlamento regional, mas também porque está a contar com ambos para encabeçarem as listas de candidatos do Chega nas próximas eleições autárquicas.

“Eu espero ganhar Ponta Delgada. É com este intuito que me vou candidatar. Como espero que a Olivéria vença na Lagoa e o Francisco Lima na Praia da Vitória”, adiantou o líder do Chega nos Açores.

José Pacheco admitiu que o partido possa a vir a ter o mesmo problema se estes candidatos vencerem as eleições nos respetivos concelhos, “mas não será um drama”.

Questionado sobre a razão de o partido ter escolhido dois deputados para os dois primeiros lugares na lista de candidatos pelo círculo dos Açores ao parlamento nacional, sabendo de antemão que não iriam ocupar os cargos, o líder do partido na região explicou que o que estava em causa era a falta de experiência da candidata.

“É uma boa pergunta e eu vou responder com toda a verdade. A própria candidata achou que seria muito mais razoável, por uma questão de protagonismo e de visibilidade pública, que devia ser outra pessoa, com mais experiência, que ela não tem ainda, mas que vai ter, e esperamos que seja uma mais-valia para o Chega”, justificou.

O Chega tem cinco deputados à Assembleia Legislativa dos Açores, que têm sido determinantes para fazer aprovar os principais diplomas do Governo Regional de coligação (PSD/CDS-PP/PPM), liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, que não tem maioria absoluta no parlamento regional.

Sporting investiga ação da PSP que cegou adepto durante festejos e admite tomar “medidas adequadas”

O Sporting CP informou, esta quarta-feira, que está a investigar o caso do adepto que ficou cego de um olho devido a uma bala de borracha disparada pela Polícia de Segurança Pública (PSP) durante os festejos do campeonato no último sábado. Através de um comunicado, o clube admite adotar as “medidas adequadas”.

De Alvalade ao Marquês e de rezas viradas para Meca a uma benfiquista em cadeira de rodas. Festejos do Sporting tiveram tudo

“Relativamente ao caso que veio a público envolvendo o adepto Bernardo Topa, e face à gravidade das consequências associadas, o Sporting CP informa que, para além do contacto já estabelecido com o próprio, está a encetar todas as diligências possíveis e necessárias junto das autoridades competentes, com vista à investigação da ocorrência e à adopção das medidas que se revelem adequadas”, escreveram num comunicado. Ainda assim, elogiam “todos os intervenientes que tornaram possível a extraordinária celebração do Bicampeonato”.

A PSP confirmou ao Observador que numa intervenção da Unidade Especial de Polícia houve “necessidade de utilização de meios coercivos por parte da PSP, incluindo o emprego de arma antimotim com recurso a bagos de borracha”.

PSP abre inquérito após adepto do Sporting ter ficado cego de um olho devido a bala de borracha disparada nos festejos

A atuação policial desta noite — que a PSP descreve, inicialmente, como “tranquila e positiva” — contemplou ainda agressões de um agente a um adepto algemado (já tendo sido aberto um procedimento disciplinar) e a perseguição a um grupo que roubou a taça da Liga dos Campeões feminina.

Para evitar novos desacatos, nas vésperas do dérbi da Taça de Portugal que coloca, pela primeira vez desde o jogo do very light, Sporting e Benfica frente a frente no Jamor, os leões apelam “a todos para que adotem uma postura responsável, contribuindo para que o espetáculo seja isso mesmo — um espetáculo — dentro e fora das quatro linhas”.

Entretanto, a polícia instaurou um processo de inquérito aos “polícias intervenientes na reposição da ordem pública na Praça Duque de Saldanha”, onde Bernardo Topa foi atingido.

A polícia é chamada a uma casa após uma queixa por ruído. Quando chegam, os agentes encontram uma festa de aniversário de arromba. Mas o aniversariante, José Valbom, desapareceu. “O Zé faz 25” é o primeiro podcast de ficção do Observador, co-produzido pela Coyote Vadio e com as vozes de Tiago Teotónio Pereira, Sara Matos, Madalena Almeida, Cristovão Campos, Vicente Wallenstein, Beatriz Godinho, José Raposo e Carla Maciel. Pode ouvir o 1.º episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music.]

o zé faz 25 — imagem para link nos artigos

O adepto tem 28 anos e é natural do Porto, de onde veio para celebrar o primeiro bicampeonato do Sporting em mais de 70 anos. Bernardo trabalha como comissário da TAP, foi nadador-salvador durante uma década e chegou a estagiar na SportingTV, revela o Record.

Inicialmente, segundo o MaisFutebol, as autoridades acreditavam que o sportinguista tinha sido atingido com pirotecnia, já que tinham rebentado vários petardos na zona. No entanto, o relato feito pelo adepto permitiu à polícia relacionar esse ferimento com uma “limpeza de área” que terá culminado na bala perdida que o atingiu.

Bernardo admite processar a PSP e o Estado português por negligência, depois de uma bala ter destruído o seu olho. “Saí dali a correr desesperado com dores e a escorrer sangue”, descreveu ao Record.

Lucros da Sonae aumentam 77% no primeiro trimestre para 43 milhões

Os lucros da Sonae cresceram, no primeiro trimestre deste ano, 77,2%, em termos homólogos, para 43 milhões de euros, adiantou o grupo em comunicado divulgado nesta quarta-feira.

Este resultado reflete uma melhoria na “rentabilidade operacional dos negócios e revalorizações dos ativos do grupo”, disse a empresa, apontando ainda a “melhoria do desempenho operacional” que compensou “o impacto do aumento das amortizações e dos custos financeiros associados à expansão do portefólio”.

Por outro lado, o volume de negócios consolidado da Sonae aumentou 23% em termos homólogos para 2,6 mil milhões de euros nos primeiros três meses do ano, “impulsionado por um forte crescimento orgânico nos principais negócios e pela integração de empresas recentemente adquiridas, incluindo a Musti e a Druni”. No retalho alimentar as vendas subiram 7%, apesar dos efeitos “desfavoráveis de calendário (uma vez que 2024 foi um ano bissexto e este ano a Páscoa ocorreu apenas em abril).”

Em comunicado, Cláudia Azevedo, presidente do grupo, é citada realçando “o sólido desempenho do grupo no início de 2025”, e acrescenta: “Todos os nossos negócios cresceram e reforçaram as suas quotas de mercado, em setores muito competitivos e num contexto marcado por elevada volatilidade.”

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