O Parque Tejo já se chama Parque Papa Francisco. “É um gesto profético pela paz”, diz patriarca

D. Rui Valério alinhou-se com as palavras do Papa e considerou que a homenagem a Francisco é um “gesto profético” – por um lado, porque relembra o “momento bonito” que mostrou que “o ser humano não é só material, é também espiritual” e, por outro, porque mostra que os apelos à paz de Francisco continuam na ordem do dia.

“Ao mesmo tempo que celebra um acontecimento belo, de verdade, de beleza, de encanto, de paz, também denuncia todas aquelas situações que atualmente estão a acontecer, seja na Ucrânia, seja em Gaza, seja em tantos em tantas geografias do mundo onde a paz ainda não existe e, por isso, é um acontecimento muito importante”, afirmou em declarações aos jornalistas.

O patriarca de Lisboa recordou a JMJ como uma altura em que “a diversidade não foi motivo, de conflitualidade, de desentendimento” e, por isso, tem a esperança de que, daqui para a frente, o parque continue a ser utilizado para promover a comunhão entre as pessoas que o frequentam.

“É um parque que está aqui para estar ao serviço dos grandes acontecimentos da proximidade das pessoas. Vai ser muito importante em termos de ser uma alavanca para uma cultura de proximidade, para uma cultura de acolhimento”, anteviu.

Incêndio em loja corta trânsito e causa sobressalto em Alcântara

Um incêndio que deflagrou esta quinta-feira à noite na Rua Luís de Camões, em Lisboa, obrigou ao corte do trânsito nesta via e nas ruas dos Lusíadas e 1º de Maio, mas não há feridos, segundo os Bombeiros Sapadores e a PSP.

“O trânsito encontra-se cortado no cruzamento da Rua dos Lusíadas com a Rua Luís de Camões, nos dois sentidos, e ainda na Rua 1º de Maio”, afirmou à Lusa o comissário de dia ao Comando Nacional da PSP.

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Para o efeito, a PSP tem no local quatro carros de patrulha, adiantou a mesma fonte.

O edifício onde fica situada a loja foi evacuado. Os bombeiros não sabem quantas pessoas foram retiradas.

No combate a este incêndio, estão no local oito viaturas dos Bombeiros Sapadores e uma dos bombeiros voluntários bem como 30 operacionais, disse uma fonte dos Bombeiros Sapadores de Lisboa.

O alerta foi dado às 21h21 pelo 112 e por populares, e não “não há registo de feridos”.

Ventura critica recurso de Marcelo ao Tribunal Constitucional e alerta para “caos” na imigração

O presidente do Chega criticou esta quinta-feira a decisão do Presidente da República de pedir ao Tribunal Constitucional (TC) a fiscalização preventiva da proposta de revisão da lei de estrangeiros e alertou para “um caos” na imigração.

Esta posição foi transmitida por André Ventura em reação à decisão do Presidente da República de submeter ao TC o decreto do parlamento que altera o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, aprovado por PSD, Chega e CDS-PP.

Marcelo Rebelo de Sousa pediu a fiscalização preventiva da constitucionalidade das normas sobre direito ao reagrupamento familiar e condições para o seu exercício, sobre o prazo para apreciação de pedidos pela Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) e o direito de recurso.

André Ventura referiu que só na sexta-feira se pronunciará de forma mais detalhada sobre a decisão do chefe de Estado de recorrer ao TC, mas criticou as consequências desta opção, considerando que vai parar e atrasar uma revisão da lei de estrangeiros que considera urgente.

“Corremos o risco de isto se tornar semelhante a outros processos legislativos que nunca entraram em vigor ou que ficaram pelo meio. Se o Presidente da República tem dúvidas de natureza constitucional, têm de ser clarificadas. Mas espero que isto não seja um motivo para que o controlo de fronteiras continue sem existir”, declarou.

Para o presidente do Chega, “o sistema político tem de ter noção de que o atraso na lei de estrangeiros pode significar um caos ainda maior no descontrolo da imigração“.

Perante os jornalistas, André Ventura disse também acreditar que o Presidente da República também poderá em breve submeter ao TC a revisão da lei da nacionalidade, outro diploma onde também há dúvidas de constitucionalidade, mas que só terá votação final global no parlamento em setembro.

“Se não fosse líder do Chega e estivesse a analisar esta situação, diria que se esta lei [de estrangeiros] foi para o TC, então, com 99,9% de certeza, a proposta de lei da nacionalidade também irá”, comentou.

O presidente do Chega deixou igualmente advertências políticas sobre a eventual necessidade de uma revisão da Lei Fundamental no parlamento, ainda nesta legislatura, caso estes dois diplomas não passem no TC. E defendeu também mudanças ao nível do próprio Tribunal Constitucional.

André Ventura preveniu que iria “dizer uma coisa que talvez não seja bem compreendida, mas que é importante meditar sobre ela”.

“O TC é um tribunal com características específicas no país e temos de garantir que aplica e interpreta a Constituição sem pender para a esquerda ou para a direita”, referiu.

Depois, neste contexto, fez uma alusão indireta ao próximo processo no parlamento para a substituição de vários juízes do TC, o que exige uma maioria de dois terços dos deputados.

“Vamos ter uma redefinição do TC e é importante que nessa redefinição os valores da maioria representativa também estejam presentes para que o país tenha uma justa representação nos valores de defesa da vida, de luta contra a corrupção e de luta contra a imigração – e não apenas o enviesamento da presença de esquerda nestas instituições, algo que sempre tivemos”, acrescentou.

O novo regime, que limita os vistos para procura de trabalho ao “trabalho qualificado”, restringe o reagrupamento familiar de imigrantes e altera as condições para concessão de autorização de residência a cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

PS, Livre, PCP, BE, PAN e JPP votaram contra, enquanto a IL se absteve na votação final global do texto de substituição, elaborado a partir de uma proposta do Governo PSD/CDS-PP e de um projeto de lei do Chega.

As alterações incluem a limitação dos vistos para procura de trabalho ao “trabalho qualificado” — para pessoas com “competências técnicas especializadas”, e a restrição do reagrupamento familiar de imigrantes, com mais direitos nesta matéria para quem tenha certos tipos de autorização de residência, como os chamados “vistos gold”.

Quanto à concessão de autorizações de residência a cidadãos provenientes da CPLP, e abrangidos pelo respetivo acordo de mobilidade, o novo regime impõe como condição a posse prévia de um visto de residência — quando atualmente basta um visto de curta duração ou uma entrada legal em território nacional.

CDS-PP aguarda “com serenidade” apreciação do Tribunal Constitucional sobre lei dos estrangeiros e defende diploma

Acompanhe o nosso liveblog sobre Política.

O líder parlamentar do CDS-PP disse esta quinta-feira aguardar “com serenidade” a apreciação do Tribunal Constitucional ao decreto que altera o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do país, manifestando-se convicto na sua constitucionalidade.

“Aguardamos com serenidade a apreciação do Tribunal Constitucional, mas estamos convictos que o reforço destas regras de imigração é fundamental para pôr controlo no descontrolo que recebemos dos governos socialistas. E estamos também convictos que esta lei está conforme com as normas constitucionais e com as normas europeias”, defendeu Paulo Núncio, em declarações aos jornalistas, em Sintra.

O centrista falava à margem do jantar que assinala o 51.º aniversário do partido, que contará com a participação do presidente, Nuno Melo, e reagia ao facto de o Presidente da República ter submetido esta quinta-feira ao Tribunal Constitucional o decreto do parlamento que altera o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, aprovado por PSD, Chega e CDS-PP.

Interrogado sobre alguns reparos feitos pelo chefe de Estado, nomeadamente quanto à forma como o processo legislativo decorreu, Paulo Núncio disse respeitar a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa mas discordou desta.

“Achamos que todas as regras foram cumpridas, todas as diligências e procedimentos regimentais e legais foram cumpridos. O importante é referir que esta lei é verdadeiramente urgente para o país. Nós temos que pôr controlo na imigração, nós recebemos uma situação completamente descontrolada por parte do Partido Socialista e esta regra e estas normas são absolutamente decisivas para que Portugal volte a ter regras claras, objetivas e que possam regular a imigração”, insistiu.

O deputado centrista salientou que para o CDS-PP “é muito importante que haja mais rigor na entrada para depois poder haver mais humanismo na integração”.

Apesar de considerar que o diploma é conforme a lei, Paulo Núncio afirmou que, caso o TC considere o decreto inconstitucional, o partido estará disponível para resolver a questão no parlamento.

O Presidente da República contestou esta quinta-feira as alterações ao reagrupamento familiar introduzidas no regime de entrada de estrangeiros no país, invocando o princípio da união familiar e o superior interesse da criança, e pediu urgência ao Tribunal Constitucional.

Marcelo Rebelo de Sousa fixa em 15 dias o prazo para pronúncia urgente do Tribunal Constitucional sobre o decreto aprovado no parlamento com votos a favor de PSD, CDS-PP e Chega, a abstenção da IL e votos contra de PS, Livre, PCP, BE, PAN e JPP.

Na carta enviada ao Tribunal Constitucional, Marcelo Rebelo de Sousa menciona ainda que “o presente processo legislativo foi tramitado na Assembleia da República de forma urgente, não tendo havido – efetivas – consultas e audições, nomeadamente audições constitucionais, legais e/ou regimentais – obrigatórias ou não -, ou, quando solicitadas, foram-no sem respeito pelos prazos legalmente fixados e/ou, em prazos incompatíveis com a efetiva consulta”.

O chefe de Estado salienta que “algumas dessas audições estão consagradas como obrigatórias em preceitos legais”, como a audição ao Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e as consultas ao Conselho Superior da Magistratura, à Ordem dos Advogados e ao Conselho Superior do Ministério Público.

No seu entender, além dessas, “outras audições e consultas haveria de organizar”, mesmo não sendo legalmente obrigatórias, “como forma de garantir a legitimidade democrática da lei aprovada e de antecipar problemas na sua aplicação”.

Mulheres juristas contestam omissão da educação sexual nas novas aprendizagens

Doze associações encabeçadas pela Associação Portuguesa de Mulheres Juristas (APMJ) contestaram esta quinta-feira a omissão de referências à educação sexual nas novas aprendizagens essenciais para a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

Numa carta dirigida ao ministro da Educação, Fernando Alexandre, as associações subscritoras (ligadas à defesa dos direitos humanos e das mulheres) pronunciam-se sobre as propostas de alteração à Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania e às Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento, em consulta pública até 1 de Agosto.

As associações consideram que “a exclusão” da educação sexual “enfraquece de forma gravosa o debate de conceitos e a promoção de comportamentos associados ao consentimento e responsabilidade no contexto da saúde sexual e reprodutiva”.

“Sendo esta uma componente essencial do desenvolvimento de qualquer ser humano não se julga ser concebível uma tal omissão”, criticam.

Citando o regime de aplicação da educação sexual nas escolas, de 2009, as organizações realçam que esta temática é “essencial à realização dos direitos humanos em matéria de sexualidade, reprodução e bem-estar, incluindo a necessária prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (a crescer entre a população jovem), da gravidez adolescente e não desejada e da violência e abusos sexuais (maioritárias em contexto familiar e grupo de pertença)”.

“Estas realidades revelam fragilidades na informação e na prevenção, reflectidas também nos contextos escolares”, aponta a carta, defendendo a educação sexual como “espaço de ensino-aprendizagem” que inclua matérias como o respeito, o consentimento, a autonomia corporal, os limites, a identidade, a empatia, a saúde, a menstruação, a saúde sexual e reprodutiva, o autocuidado, a prevenção da violência e a legislação e os direitos humanos.

Na missiva, as organizações consideram ainda que “a redacção dos textos em análise deveria ser reformulada por forma a obedecer aos ditames relativos à utilização de uma linguagem inclusiva“, instando o ministro “a determinar a inclusão das matérias atinentes à igualdade de género no conjunto das temáticas da disciplina Cidadania e Desenvolvimento”.

“É imprescindível não persistir na indicação do masculino como expressando o universal e o geral e o feminino como o particular e o específico, pois que tal legitima todo o discurso de subordinação e hierarquização social”, assinala a missiva, acrescentando que a sociedade é formada por mulheres e homens, “titulares da mesma dignidade”.

Além da APMJ, assinam a missiva a P&D Factor – Associação para a Cooperação sobre População e Desenvolvimento, a Feministas Em Movimento, a Akto Direitos Humanos e Democracia, a Associação para o Planeamento da Família, a Cooperativa SEIES, a Fundação Cuidar o Futuro, a Inspiring Girls – Associação Portugal, a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, a Com Alma – Associação Não Governamental pelos Direitos Humanos, a Associação Corações Com Coroa e o Núcleo Feminista da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Na quarta-feira, questionado pelos jornalistas sobre as alterações à disciplina de Cidadania e Desenvolvimento e após críticas dos partidos da oposição e associações da sociedade civil, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, assegurou que os conteúdos relacionados com a educação sexual não vão desaparecer dos currículos, apesar da redução nas novas aprendizagens essenciais para a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

Num comunicado enviado posteriormente, o Ministério da Educação esclareceu que a educação sexual está inserida nas aprendizagens essenciais da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, nomeadamente na dimensão “Saúde”, embora não apareça a palavra sexual ou sexualidade.

Na segunda-feira, data de início da consulta pública das propostas de alteração da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania e das Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento, o ministro da Educação referiu, cingindo-se à identidade de género, que estas matérias ficaram excluídas das novas aprendizagens para a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento devido à sua complexidade.

“A igualdade de género, essa cultura do respeito, é muito importante. Outra questão muito mais complexa é a questão da identidade de género. De facto, não faz parte das aprendizagens essenciais”, afirmou Fernando Alexandre.

​Benfica District? “O meu clube é Lisboa”, diz Moedas

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, não vê razão nas críticas que recebeu por marcar presença na apresentação do projeto “Benfica District”.

Carlos Moedas foi uma das figuras a assistir, na última terça-feira, ao plano de renovação do Estádio da Luz, promovido por Rui Costa.

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Em vésperas de eleições no Benfica e também de autárquicas, o presidente da Câmara de Lisboa foi acusado pela oposição de ser parcial.

Esta quinta-feira à tarde, na inauguração do Parque Papa Francisco, o recandidato social-democrata rejeitou as críticas.

“Eu como presidente da Câmara estou sempre presente em projetos grandes para a cidade. Não vou aumentar uma polémica em algo que não tem polémica nenhuma”, afirmou.

“Sei de outros presidentes de câmara que estiveram em listas”

Em declarações aos jornalistas, Carlos Moedas – sem dizer nomes – aproveitou para atacar antecessores.

“Eu não fiz parte, nem nunca farei, de nenhuma campanha em nenhum clube de futebol. Sei de outros presidentes de câmara que estiveram em listas, fizeram parte de comissões de honra e eu nunca fiz. Estou muito à vontade porque estive sempre muito imparcial. O meu clube é Lisboa”, garantiu.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, falava esta quinta-feira à tarde após a inauguração do Parque Papa Francisco, o antigo Parque Tejo, construído em 2023 para acolher a Jornada Mundial da Juventude.

Titanic, Oppenheimer, 007. Quando a censura chega ao grande ecrã

Enquanto muitos filmes de Hollywood são simplesmente banidos, outros têm cenas “problemáticas”, cortadas ou alteradas no estrangeiro. Cinéfilos indianos, russos ou chineses passam a vida irritados. Cinéfilos na Índia indignaram-se ao descobrir que um beijo de 33 segundos no Super-Homem foi transformado num simples “chocho” pela censura do país. Apesar de o filme estar classificado para maiores de 13 anos, o Comité Central de Certificação Cinematográfica da Índia (CBFC) achou necessário suavizar a aproximação “demasiado sensual”. Quando o CBFC foi criado, em 1952, a sua função oficial era classificar os filmes de acordo com as faixas etárias. Mas desde então,

Ventura critica recurso de Marcelo ao TC e alerta para “caos” na imigração

O presidente do Chega criticou esta quinta-feira a decisão do Presidente da República de pedir ao Tribunal Constitucional (TC) a fiscalização preventiva da proposta de revisão da lei de estrangeiros e alertou para “um caos” na imigração.

Esta posição foi transmitida por André Ventura em reação à decisão do Presidente da República de submeter ao TC o decreto do parlamento que altera o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, aprovado por PSD, Chega e CDS-PP.

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Marcelo Rebelo de Sousa pediu a fiscalização preventiva da constitucionalidade das normas sobre direito ao reagrupamento familiar e condições para o seu exercício, sobre o prazo para apreciação de pedidos pela Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) e o direito de recurso.

André Ventura referiu que só na sexta-feira se pronunciará de forma mais detalhada sobre a decisão do chefe de Estado de recorrer ao TC, mas criticou as consequências desta opção, considerando que vai parar e atrasar uma revisão da lei de estrangeiros que considera urgente.

“Corremos o risco de isto se tornar semelhante a outros processos legislativos que nunca entraram em vigor ou que ficaram pelo meio. Se o Presidente da República tem dúvidas de natureza constitucional, têm de ser clarificadas. Mas espero que isto não seja um motivo para que o controlo de fronteiras continue sem existir”, declarou.

Para o presidente do Chega, “o sistema político tem de ter noção de que o atraso na lei de estrangeiros pode significar um caos ainda maior no descontrolo da imigração”.

Marcelo envia lei dos estrangeiros para o Tribunal Constitucional

Perante os jornalistas, André Ventura disse também acreditar que o Presidente da República também poderá em breve submeter ao TC a revisão da lei da nacionalidade, outro diploma onde também há dúvidas de constitucionalidade, mas que só terá votação final global no parlamento em setembro.

“Se não fosse líder do Chega e estivesse a analisar esta situação, diria que se esta lei [de estrangeiros] foi para o TC, então, com 99,9% de certeza, a proposta de lei da nacionalidade também irá”, comentou.

O presidente do Chega deixou igualmente advertências políticas sobre a eventual necessidade de uma revisão da Lei Fundamental no parlamento, ainda nesta legislatura, caso estes dois diplomas não passem no TC. E defendeu também mudanças ao nível do próprio Tribunal Constitucional.

André Ventura preveniu que iria “dizer uma coisa que talvez não seja bem compreendida, mas que é importante meditar sobre ela”.

“O TC é um tribunal com características específicas no país e temos de garantir que aplica e interpreta a Constituição sem pender para a esquerda ou para a direita”, referiu.

Depois, neste contexto, fez uma alusão indireta ao próximo processo no parlamento para a substituição de vários juízes do TC, o que exige uma maioria de dois terços dos deputados.

“Vamos ter uma redefinição do TC e é importante que nessa redefinição os valores da maioria representativa também estejam presentes para que o país tenha uma justa representação nos valores de defesa da vida, de luta contra a corrupção e de luta contra a imigração – e não apenas o enviesamento da presença de esquerda nestas instituições, algo que sempre tivemos”, acrescentou.

O novo regime, que limita os vistos para procura de trabalho ao “trabalho qualificado”, restringe o reagrupamento familiar de imigrantes e altera as condições para concessão de autorização de residência a cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

PS, Livre, PCP, BE, PAN e JPP votaram contra, enquanto a IL se absteve na votação final global do texto de substituição, elaborado a partir de uma proposta do Governo PSD/CDS-PP e de um projeto de lei do Chega.

As alterações incluem a limitação dos vistos para procura de trabalho ao “trabalho qualificado” — para pessoas com “competências técnicas especializadas”, e a restrição do reagrupamento familiar de imigrantes, com mais direitos nesta matéria para quem tenha certos tipos de autorização de residência, como os chamados “vistos gold”.

Quanto à concessão de autorizações de residência a cidadãos provenientes da CPLP, e abrangidos pelo respetivo acordo de mobilidade, o novo regime impõe como condição a posse prévia de um visto de residência – quando atualmente basta um visto de curta duração ou uma entrada legal em território nacional.

Luan Santana falta menos de um mês para os concertos em Portugal

Falta menos de um mês para o início dos concertos do fenómeno brasileiro Luan Santana em Lisboa, e depois de esgotar cerca de 60.000 bilhetes em tempo record, restam agora apenas alguns bilhetes para a primeira de quatro noites épicas no MEO Arena.  

A data extra, 21 de agosto, anunciada após a explosão da procura por bilhetes, está quase a esgotar, e a trinta dias do concerto, esta é mesmo a derradeira oportunidade para experienciar a magia de Luan Santana, ao vivo. 

Depois do sucesso estrondoso da sua passagem por Lisboa em 2022, o artista regressa com a promessa de superar todas as expectativas. Sucessos como “Meteoro”“Chuva de Arroz”“Morena” e “Abalo Emocional” fazem parte da banda sonora de milhares. Prova disso são três datas esgotadas em Lisboa, onde Luan apresentará o espetáculo “Luan Ao Vivo na Lua”, um concerto inovador e envolvente, que já marcou o panorama musical brasileiro e que, em Portugal, tem vindo a confirmar-se como um dos eventos mais aguardados do ano. 

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​Patriarca de Lisboa: Reagrupamento familiar de imigrantes é “indispensável”

O patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, pede atenção ao tema do reagrupamento familiar na lei dos estrangeiros.

À margem da inauguração do Parque Papa Francisco, em Lisboa, D. Rui Valério disse não conhecer a fundo o diploma enviado pelo presidente da República para o Tribunal Constitucional, mas confessou-se preocupado com alguns pontos.

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“Quando nós assinalamos que uma das condições indispensáveis para que o próprio fenómeno do migrante ocorra com integração, acolhimento, estabilidade, é a presença da família, eu acho que esse é um dos itens a ter em conta. É um dos que mais me preocupa, sem dúvida nenhuma”, afirma o patriarca de Lisboa.

Ainda no plano do acolhimento aos imigrantes, D. Rui Valério defende a necessidade de “proporcionar ao migrante todas as condições para uma integração plena”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou esta quinta-feira a lei dos estrangeiros para apreciação do Tribunal Constitucional (TC).

O pedido de fiscalização preventiva foi feito com “carácter de urgência”, no prazo de 15 dias.

Entre outras normas, o chefe de Estado pediu a fiscalização preventiva da constitucionalidade das alterações ao reagrupamento familiar e condições para o seu exercício.

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