Legislativas. PCP defende que este é o momento de ver quem apoia ou se opõe a Governo da AD

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O secretário-geral do PCP defendeu nesta quinta-feira que chegou o momento de “clarificar os que apoiam, são coniventes ou se opõem” ao rumo da AD e assegurou que o seu partido não deixará passar o programa do Governo “sem contestação”.

“Aos que afirmam que é cedo para avançar com a rejeição do programa do Governo, nós dizemos que sabemos bem o que aí vem e é agora o momento para clarificar os que apoiam, os que estão coniventes, os que se opõem ao rumo que está em curso e à agenda que está em preparação”, afirmou Paulo Raimundo num discurso durante um comício nos Bombeiros Voluntários de Queluz, em Sintra.

O secretário-geral do PCP defendeu que é agora o momento de as forças políticas clarificarem se são favoráveis, “sim ou não ao desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), ao assalto à Segurança Social, às alterações às leis laborais e a mais precariedade, às privatizações”.

“É tudo isto que está em causa e é sobre isto que cada um vai ter de optar. E fazê-lo agora: não é depois do mal feito que se vêm lamentar, é agora que tudo temos de fazer para travar o que está em curso”, avisou.

Paulo Raimundo garantiu que, com o PCP, “um programa cuja política se conhece, independentemente da composição do Governo, não passará sem contestação”.

“Com o PCP, cada um vai ser obrigado a se clarificar. A iniciativa do PCP é um sinal de combate, mas é também uma perspetiva de luta e abrir um caminho de esperança para o nosso povo e para os trabalhadores. É isso que está em causa com a nossa iniciativa”, referiu Paulo Raimundo, recebendo o aplauso das centenas de militantes que sobrelotaram o salão dos Bombeiros Voluntários de Queluz, com várias pessoas a ouvirem o discurso de pé e algumas a terem de ficar fora da sala.

Num discurso sobretudo de mobilização, em que insistiu que este é o momento de “resistir e combater”, Paulo Raimundo frisou que os resultados das legislativas, com o aumento do PSD, Chega, IL e CDS, foram “uma evolução negativa” e comportam “riscos e perigos sérios da intensificação da agenda reacionária”.

“Uma realidade perante a qual não é aceitável entendimentos com a direita, com as suas conceções reacionárias, retrógradas e antidemocráticas, nem muito menos dar suporte à sua política antipopular. O que se impõe, neste momento, é resistência, determinação e combate”, vincou, com os apoiantes a entoarem o cântico “a luta continua”.

Entre as várias críticas que deixou ao que considerou ser o projeto da direita, Paulo Raimundo disse que “eles querem pôr a mão na Segurança Social“, querem que os trabalhadores trabalhem “mais horas e mais anos”, “arrasar com o SNS” e “fazer negócio com tudo”.

Depois, numa alusão ao projeto de revisão constitucional anunciado pela Iniciativa Liberal (IL), Paulo Raimundo acusou a direita de querer “dar o golpe” na lei fundamental, contraponto que “o que o povo precisa é que cada artigo da Constituição tenha uma tradução na vida de todos e de cada um”.

“Nós não precisamos de rever. Nós precisamos é de cumprir e fazer cumprir a Constituição na vida de todos nós”, frisou.

[A polícia é chamada a uma casa após uma queixa por ruído. Quando chegam, os agentes encontram uma festa de aniversário de arromba. Mas o aniversariante, José Valbom, desapareceu. “O Zé faz 25” é o primeiro podcast de ficção do Observador, co-produzido pela Coyote Vadio e com as vozes de Tiago Teotónio Pereira, Sara Matos, Madalena Almeida, Cristovão Campos, Vicente Wallenstein, Beatriz Godinho, José Raposo e Carla Maciel. Pode ouvir o 1.º episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music.]

o zé faz 25 — imagem para link nos artigos

Sobre o resultado eleitoral da CDU — que elegeu três deputados, menos um do que há um ano –, Paulo Raimundo disse que “contrariou os vaticínios” dos que antecipavam que o PCP ia desaparecer e foi um “sinal de resistência” num “quadro de uma profunda ofensiva ideológica”.

Numa alusão ao Chega, que nunca referiu diretamente, Paulo Raimundo criticou as forças que “se alimentam das angústias, das dificuldades da vida, das incertezas, da precariedade, das promessas e más promessas que são eternamente adiadas e que nunca são concretizadas”.

“Forças para quem vale tudo: a mentira, a encenação, a demagogia ou o golpe. Tudo serve para enganar e tentar impor a sua agenda reacionária. São o pior que o sistema produz”, criticou, acusando-os de “fomentar a guerra entre trabalhadores para favorecer aqueles que se acham donos disto tudo”.

Olav Kooij vence 12.ª etapa do “Giro” ao sprint, Isaac del Toro segue líder

O ciclista neerlandês Olav Kooij (Visma-Lease a Bike) venceu nesta quinta-feira ao sprint a 12.ª etapa da Volta a Itália, na qual o mexicano Isaac del Toro (UAE Emirates) conservou a liderança da classificação geral individual.

Kooij, que tinha sido segundo classificado na quarta etapa, cumpriu os 172 quilómetros entre Módena e Viadana em 3:55.40 horas, batendo sobre a meta o compatriota Casper van Uden (Picnic PostNL), segundo, e o britânico Ben Turner (INEOS), terceiro.

Na liderança da geral, Del Toro, de 21 anos, vai conservar a camisola rosa durante mais um dia, tendo bonificado durante a etapa para ter agora 33 segundos de vantagem sobre um companheiro de equipa, o espanhol Juan Ayuso, no segundo lugar, e 1.09 minutos para o italiano Antonio Tiberi (Bahrain-Victorious), terceiro.

Na sexta-feira, a 13.ª etapa liga Rovigo a Vicenza em 180 quilómetros, com três contagens de montanha de quarta categoria no percurso e uma chegada em subida.

Léo Cordeiro termina contrato e está de saída do Estrela da Amadora

O médio brasileiro, de 29 anos, contabilizou 63 encontros e quatro golos pelos tricolores em duas épocas

O médio brasileiro Léo Cordeiro termina contrato com o Estrela da Amadora e está de saída após duas épocas no clube, anunciou esta quinta-feira o conjunto da 1.ª Liga, através do sítio oficial.

“O Estrela da Amadora informa que o médio Léo Cordeiro está de saída do clube, após o término do seu contrato. A todos os níveis, o Estrela da Amadora agradece o empenho e compromisso demonstrados e deseja os maiores sucessos pessoais e profissionais para o futuro”, escreveram os amadorenses, na nota publicada.

Léo Cordeiro, de 29 anos, contabilizou 63 encontros e quatro golos pela camisola tricolor, em duas épocas, tendo chegado à Reboleira proveniente do Mafra, após jogar por Vilafranquense, Lusitânia de Lourosa, Gil Vicente e Sporting de Espinho.

No Brasil, o centrocampista representou também Tricordiano, EC Água Santa, Rio Claro e Rio Branco-SP, no início da carreira, antes de rumar ao futebol português.

O Estrela da Amadora terminou a edição 2024/25 da I Liga portuguesa de futebol na 15.ª posição, com 29 pontos, garantindo a manutenção na derradeira jornada.

Por Lusa

Grandes intérpretes, músicas do mundo e concertos participativos na “Gulbenkian 2025/26”

Os pianistas Grigory Sokolov, András Schiff e Elisabeth Leonskaja, o maestro Jordi Savall, o ensemble Il Pomo d’Oro, os quartetos Belcea e Casals estão entre os “grandes intérpretes” da Temporada Gulbenkian Música 2025/26, apresentada nesta quinta-feira em Lisboa.

Mitsuko Uchida, Christian Zacharias e Alexander Melnikov, Piotr Anderszewski e Javier Perianes, Isabelle Faust, Peter Mattei e os quartetos Leipzig, Modigliani e Quiroga são outros nomes, para os ciclos de Piano, Grandes Intérpretes e Música de Câmara.

Numa programação com mais de 120 espectáculos, em que o Coro e a Orquestra Gulbenkian são “os pilares”, constam ainda os Concertos Participativos, que reúnem músicos amadores a profissionais, num trabalho recorrente, e o ciclo Músicas de Mundo, com testemunhos do Afeganistão, Arménia, Bulgária, Índia, Senegal e das tradições corsa e persa.

O Ciclo de Piano abre com a estreia portuguesa do pianista japonês Mao Fujita, em 19 de outubro, no Grande Auditório da Palhavã. Revelação internacional dos últimos anos, Fujita interpretará em Lisboa compositores como Beethoven, Wagner, Alban Berg, Mendelssohn, Schönberg, Brahms e Liszt.

O cartaz deste ciclo conta ainda com os “regulares” Elisabeth Leonskaja (24 de maio), Arcadi Volodos (26 de abril), Nikolai Lugansky (16 abril), Grigory Sokolov (23 de março), Piotr Anderszewski (9 de março), András Schiff (28 de fevereiro) e Javier Perianes (7 de dezembro).

A pianista Mitsuko Uchida atuará no âmbito do Ciclo de Grandes Intérpretes, em 10 de maio, num recital cujo programa adianta a Sonata para piano em sol maior, D.894, de Franz Schubert.

Este ciclo também inclui o barítono Peter Mattei, com o pianista Daniel Heide, em O Canto do Cisne, o derradeiro ciclo de canções composto por Schubert (1 de fevereiro), a violinista Isabelle Faust com o cravista Kristian Bezuidenhout (12 de abril), com as Seis Sonatas BWV 1014-1019, de Bach, e o violoncelista Nicolas Altstaedt, em obras de Dutilleux, Kodály e Bach (21 de outubro).

Nos Grandes Intérpretes encontra-se igualmente o músico Jordi Savall, que regressará à Gulbenkian, em 22 de fevereiro, com as suas formações Hespèrion XXI e Orpheus 21, no projeto “Um Diálogo de Almas”, reunião de músicos cristãos, judeus e muçulmanos, em torno da música do Mediterrâneo e do Oriente, à semelhança do seu álbum de 2023.

No âmbito deste ciclo serão ainda apresentadas, no dia 13 de outubro, versões semi-encenadas das obras Il Ballo delle Ingrate, Il Combattimento di Tancredi e Clorinda, de Claudio Monteverdi, pelo ensemble Il Pomo d’Oro, sob a direção de Francesco Corti, com a participação das sopranos Ana Quintas, Carlotta Colombo e Jin Jiayu.

O Ciclo de Música de Câmara inclui os quartetos Casals, com o pianista Alexander Melnikov, que interpretará o Quinteto op. 57, de Dmitri Chostakovitch (4 de novembro); Leipzig, com o pianista Christian Zacharias, em Gade, Brahms e no Quinteto de Robert Schumann (27 de novembro); Modigliani, com o clarinetista Pablo Barragán, em Kurtág, Haydn e Brahms (2 de fevereiro); Quiroga e As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz, de Haydn (23 de fevereiro); e o Belcea, com o Quarteto Das dissonâncias, de Mozart, o 2.º Quarteto, de Benjamin Britten, e o Quarteto op. 135, de Beethoven (4 maio).

O Quarteto para o Fim dos Tempos, de Olivier Messiaen, escrito no campo de concentração nazi Stalag XIII, em Gorlitz, e aí estreado em 1941, durante a II Guerra Mundial, será interpretado por Sharon Kam, em clarinete, Liza Ferschtman, em violino, Christian Poltéra, violoncelo, e Enrico Pace, em piano, no dia 7 de abril, cerca de 85 anos após a primeira audição. O quarteto composto por Messiaen como “um grande ato de fé” será acompanhado por obras de Erwin Schulhoff e Béla Bartók.

O ciclo dedicado às Músicas do Mundo apresentará, no Grande Auditório da Palhavã, tradições musicais de diferentes geografias, das Memórias do Afeganistão, pelo Ustad Daud Khan Ensemble, em rubab, sarinda, delruba e tabla (25 de outubro), ao Mistério das Vozes Búlgaras (15 de novembro) e à revisitação de três séculos de música arménia, com o Gurdjieff Ensemble, sob a direção artística de Levon Eskenian (23 de maio).

Neste ciclo incluem-se ainda a dupla franco-senegalesa Ablaye Cissoko & Cyrille Broto (29 de novembro), música tradicional persa, pela voz de Sara Eghlimi, acompanhada por tarm, santour e tombak (21 de março), a música clássica indiana em sarod (11 de abril), e cantos da Córsega, pelo ensemble A Filetta (9 de maio).

Os Concertos Participativos, nos quais coralistas amadores se juntam ao Coro e à Orquestra Gulbenkian, trabalham este ano a Paixão Segundo São Marcos, de Osvaldo Golijov, que terá apresentação pública em 12 de janeiro, sob a direção do maestro Jean Paul Buchieri.

Esta obra, composta em 2000, foi uma das quatro “Paixões” encomendadas pela International Bach Academy, para assinalar os 250 anos da morte do Mestre de Leipzig.

A Temporada Gulbenkian Música 2025/26 começa a 6 de setembro, com um concerto ao ar livre, na Vale do Silêncio, nos Olivais, em Lisboa, e tem o primeiro concerto no Grande Auditório dois dias depois, com a abertura do ciclo dedicado a Pierre Boulez, no ano do centenário do compositor — um recital, de entrada gratuita, com a pianista Tamara Stefanovich, que conjuga a 2.ª Sonata para piano de Boulez, com obras para instrumentos de tecla, desde o Barroco até à primeira metade do século XX.

A programação completa da temporada fica disponível no site da fundação.

Excremento de pinguins pode ajudar a reduzir efeitos das alterações climáticas na Antártida

A acumulação de excrementos de pinguins liberta amoníaco que contribui para aumentar a formação de nuvens, podendo assim ajudar a reduzir os efeitos das alterações climáticas na Antártida, indica um estudo divulgado esta quinta-feira.

A análise, que tem por base medições da concentração de amoníaco no ar a alguns quilómetros de uma colónia de pinguins-de-adélia (Pygoscelis adeliae), é publicada na revista Communications Earth & Environment, segundo um comunicado da editora de revistas científicas Springer Nature.

Espécie-chave no ecossistema antártico, os pinguins são, juntamente com outras aves marinhas, os principais emissores de amoníaco na região.

O amoníaco pode aumentar a formação de nuvens ao reagir com outros gases que contêm enxofre multiplicando assim a criação de aerossóis, partículas que dão ao vapor de água uma superfície para condensar, levando à formação de nuvens, refere o comunicado.

Degelo está a matar milhares de crias de pinguins-imperadores

As nuvens resultantes podem atuar como camadas isolantes na atmosfera, ajudando muitas vezes a reduzir as temperaturas da superfície, cujo aumento causa o derretimento e redução do gelo marinho.

Os autores do artigo Matthew Boyer e Mikko Sipilä, ambos do Instituto de Investigação Atmosférica e do Sistema Terrestre (INAR), da Universidade de Helsínquia, na Finlândia, juntamente com outros cientistas realizaram medições da concentração de amoníaco no ar num local próximo da Base Marambio, na Antártida, entre 10 de janeiro e 20 de março de 2023.

Observaram que, quando o vento soprava da direção de uma colónia de 60.000 pinguins-de-adélia a cerca de oito quilómetros de distância, a concentração de amoníaco aumentava para até 13,5 partes por mil milhões, mais de mil vezes superior ao valor de referência (menos de 10,5 partes por bilião).

Mesmo depois de os pinguins terem migrado da área no final de fevereiro, a concentração de amoníaco ainda era mais de 100 vezes superior ao valor de referência, porque o guano (acumulação de excrementos) destas aves deixado no local da colónia continuava a emitir o gás.

Tarifas para pinguins. Trump taxa ilhas antárticas desabitadas

“Para confirmar que o aumento da concentração de amoníaco afetava a concentração de partículas de aerossol, os autores registaram várias medições atmosféricas adicionais num único dia”, verificando que, quando o vento soprava da direção da colónia de pinguins, “o número e o tamanho das partículas de aerossol registadas no local aumentavam acentuadamente”.

Cerca de três horas após a mudança do vento, os investigadores observaram “um período de nevoeiro”, que consideram ser “provavelmente o resultado do aumento da concentração de partículas de aerossol”. .

Segundo o comunicado, a interação específica entre os pinguins e o clima do continente mais a sul da Terra ainda não é bem compreendida, procurando o artigo “Guano de pinguim é uma importante fonte de partículas de aerossol relevantes para o clima na Antártida” contribuir para colmatar essa lacuna.

Os ecossistemas antárticos estão a enfrentar pressões significativas devido às alterações climáticas provocadas pela atividade humana, incluindo uma tendência recente de diminuição da área coberta pelo gelo marinho, o que coloca em risco o “habitat” dos pinguins.

Num relatório divulgado em março, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) assinala que a situação nos polos é preocupante, indicando que as três menores extensões de gelo marinho na Antártida ocorreram nos últimos três anos.

Trump proíbe Universidade de Harvard de receber estudantes estrangeiros

A Casa Branca de Donald Trump removeu, esta quinta-feira, a possibilidade de a Universidade de Harvard inscrever estudantes internacionais, e está a forçar os alunos estrangeiros atualmente inscritos a pedir transferência para outras universidades — caso contrário, podem ver o seu estatuto legal a ser removido pelo governo federal, que ameaça ainda alargar a proibição a outras instituições.

A líder do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem, deu ordens ao departamento para pôr fim à certificação do programa de Harvard que permitia a inscrição de alunos estrangeiros. Noem acusou a universidade de “fomentar a violência, o antisemitismo e coordenar com o Partido Comunista Chinês”.

Harvard acusou a administração Trump de tomar uma decisão ilegal e de retaliar depois de a universidade ter recusado fornecer ao governo informação que Noem tinha exigido sobre estudantes estrangeiros detentores de visto.

Trump ameaça Harvard. Universidade pode vir a ser considerada "entidade política"

“A ação do governo é ilegal”, afirmou a universidade, declarando que “a ação retaliatória ameaça causar sérios prejuízos à comunidade de Harvard e ao nosso país, e mina a missão académica e de investigação de Harvard”.

No ano letivo 2024/25, Harvard tem cerca de 6.800 estudantes universitários. O número representa 27% do total de alunos, de acordo com as estatísticas da própria universidade. Em 2022, o maior grupo de alunos estrangeiros era o da China, com 1.016 alunos. Seguiam-se os alunos do Canadá, Índia, Coreia do Sul, Reino Unido, Alemanha, Austrália, Singapura e Japão.

Harvard sublinhou estar “completamente empenhada” em educar alunos estrangeiros, e que está a produzir diretrizes para os estudantes afetados.

Obama elogia Harvard por resistir a pressões de Trump

Num processo judicial sobre os esforços da administração Trump em terminar o estatuto legal de centenas de estudantes estrangeiros nos Estados Unidos, um juiz federal decidiu, também esta terça-feira, que a administração não pode remover o estatuto legal destes estudantes sem seguir os procedimentos regulamentares.

Kristi Noem confirmou, numa entrevista à Fox News, que está a equacionar agir da mesma forma sobre outras universidades, como a Universidade de Columbia, em Nova Iorque.

Donald Trump tem estado em confronto com as universidades da Ivy League, com Harvard como alvo principal, criticando o que alega serem “ideologias radicais de esquerda” e a contratação de políticos do Partido Democrata para as funções de professor, assim como de liderança da universidade.

Harvard processou a administração Trump depois de a Casa Branca ter congelado cerca de três mil milhões de dólares de financiamento federal.

Papa Leão XIV nomeia religiosa como secretária de órgão da Cúria

Leão XIV nomeou esta quinta-feira a irmã Tiziana Merletti, antiga superiora geral das Irmãs Franciscanas dos Pobres, como secretária do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, anunciou o Vaticano.

A religiosa italiana, nascida a 30 de setembro de 1959, é formada em Direito e Direito Canónico, sendo docente da Universidade Pontifícia Antonianum.

A 6 de janeiro de 2025, o Papa Francisco tinha nomeado a irmã Simona Brambilla, das Missionárias da Consolata, como nova prefeita do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, que se tornou assim a primeira mulher a exercer um cargo deste nível, na Cúria Romana.

Já a 9 de maio, Leão XIV reconduziu nos respetivos cargos todos os membros da Cúria Romana, de forma provisória.

Os responsáveis dos diferentes organismos da Cúria Romana tinham colocado os seus lugares à disposição no início da Sé Vacante, com a morte de Francisco, a 21 de abril, segundo as normas em vigor.

Papa confirma a Meloni disponibilidade para acolher conversações sobre a Ucrânia

A 19 de março de 2022, o anterior Papa promulgou a nova constituição para a Cúria Romana, os serviços centrais de governo da Igreja Católica, depois de uma reforma interna com a ajuda de um inédito conselho consultivo de cardeais, representando os cinco continentes.

A constituição apostólica ‘Praedicate evangelium’ (Pregai o Evangelho) propõe uma Cúria mais atenta à vida da Igreja Católica no mundo e à sociedade, rejeitando uma atenção exclusiva à gestão interna dos assuntos do Vaticano.

Uma das novidades é o fim da distinção entre Congregações e Conselhos Pontifícios, passando os vários “ministérios” da Santa Sé a assumir a denominação de Dicastérios.

Francisco determinou que os leigos possam assumir funções de governo da Cúria Romana, por decisão pontifícia: o Dicastério para a Comunicação tem como prefeito o jornalista italiano Paolo Ruffini.

Já a 1 de março deste ano, a irmã Raffaella Petrini tomou posse como presidente da Comissão Pontifícia para o Estado da Cidade do Vaticano e do Governatorato do Estado, sendo a primeira mulher a exercer estas funções, tradicionalmente confiadas a um cardeal.

Fernando Medina e Mariana Vieira da Silva não serão candidatos à liderança do PS

O ex-ministro das Finanças de António Costa, Fernando Medina, assumiu nesta quinta-feira à noite que ponderou candidatar-se à liderança do Partido Socialista, mas decidiu não fazer porque discorda do caminho que está a ser trilhado para esse processo interno. “Não serei candidato a secretário-geral do Partido Socialista”, afirmou o ainda deputado socialista no canal Now, onde tem um espaço de comentário semanal, quando questionado se já tinha decidido o que vai fazer.

Fernando Medina contou que tomou essa decisão depois de ter conversado com Mariana Vieira da Silva, Duarte Cordeiro e Ana Catarina Mendes, e afirmou que também nenhum deles irá avançar com uma candidatura – o que PÚBLICO confirmou entretanto junto de fontes socialistas. “É um processo que não será disputado por nenhuma das principais figuras com quem eu tenha falado”, admitiu. Com esta tomada de posição, ganha corpo uma candidatura única de José Luís Carneiro, adversário de Pedro Nuno Santos nas últimas eleições internas, que já assumiu a disponibilidade para avançar.

“Eu defendi, depois das eleições de domingo, que o PS deveria fazer uma reflexão profunda e muito lúcida e fria sobre os resultados eleitorais, sobre o novo quadro político que se coloca e que é particularmente exigente para o PS e para a democracia portuguesa. Isso implicava que o partido tivesse um tempo dilatado de debate, conversa e análise sobre a situação, sobre o que aconteceu, a razão [do mau resultado] e qual a melhor forma de [o partido] servir o país”, descreveu.

O passo já dado por José Luís Carneiro foi considerado por Medina ― sem o nomear directamente ― como precipitado, ao argumentar que “o lançamento de uma candidatura imediatamente na segunda-feira iniciou um processo interno de contagem de espingardas que inviabiliza que esse debate profundo se faça antes de uma eleição directa”.

Fernando Medina era um dos nomes mais apontados para uma possível candidatura ao lugar de secretário-geral que Pedro Nuno Santos anunciou, na noite eleitoral, que deixaria livre o mais depressa possível. Isso irá acontecer na reunião nacional deste sábado, na qual os socialistas vão discutir e votar a proposta do presidente Carlos César para que as eleições directas se realizem em finais de Junho ou no primeiro fim-de-semana de Julho.

Fernando Santos foi para o Mundial no Qatar já com a rescisão assinada

Fernando Santos esteve no Mundial 2022, como selecionador de Portugal, no Qatar, já com a rescisão de contrato assinada. A notícia é avançada pelo Expresso.

Segundo o semanário, o treinador, que recebeu uma indemnização de oito milhões de euros da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), partiu para o Médio Oriente já com a rescisão de contrato assinada, ainda que a oficialização da saída só tenha acontecido a 15 de dezembro, poucos dias após a saída de Portugal do Mundial, derrotado por Marrocos nos quartos de final.

Fernando Santos, que como selecionador de Portugal foi substituído por Roberto Martínez, anunciado em janeiro do ano seguinte, foi entretanto selecionador da Polónia e é, atualmente, treinador do Azerbaijão.

Netanyhau acusa Macron, Starmer e Carney de encorajarem o Hamas

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O primeiro-ministro israelita acusou nesta quinta-feira os dirigentes de França, Reino Unido e Canadá de encorajarem “os assassinos do Hamas” para continuarem a combater, depois de terem denunciado as “ações escandalosas” do seu governo na Faixa de Gaza.

A declaração comum, publicada na segunda-feira, pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e os primeiro-ministros britânico, Keir Starmer, e canadiano, Mark Carney, mostra que “querem que Israel baixe os braços e aceite que o exército de assassinos de massa sobreviva, se reorganize e recomece uma e oura vez o massacre de 07 de outubro”, afirmou Netanyahu, em declaração gravada em vídeo.

Com o seu comunicado, disse, aqueles dirigentes “pensam que fazem avançar a paz. Mas não. Apenas encorajam o Hamas a continuar a combater”.

Netanyahu acrescentou que, como seu texto, Mácron, Starmer e Carney “dão esperança ao estabelecimento de um Estado palestiniano, a partir do qual o Hamas procurará destruir o Estado judeu“.

[A polícia é chamada a uma casa após uma queixa por ruído. Quando chegam, os agentes encontram uma festa de aniversário de arromba. Mas o aniversariante, José Valbom, desapareceu. “O Zé faz 25” é o primeiro podcast de ficção do Observador, co-produzido pela Coyote Vadio e com as vozes de Tiago Teotónio Pereira, Sara Matos, Madalena Almeida, Cristovão Campos, Vicente Wallenstein, Beatriz Godinho, José Raposo e Carla Maciel. Pode ouvir o 1.º episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music.]

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Apesar de reconhecerem o direito de Israel a “defender-se” contra “o terrorismo” e exigirem ao Hamas que “liberte imediatamente os últimos reféns que mantém, de forma tão cruel, desde 07 de Outubro de 2023”, Macron, Starmer e Karney avisaram que “não iriam ficar de braços cruzados” perante as “ações escandalosas” do governo israelita na Faixa de Gaza.

“Opomo-nos firmemente à extensão das operações militares israelitas em Gaza”, afirmaram, considerando “intolerável o nível de sofrimento humano” na Faixa de Gaza.

“Se Israel não acabar com a nova ofensiva militar e não levantar as suas restrições sobre a ajuda humanitária, vamos tomar medidas concretas em resposta“, ameaçaram, sem mais precisões, mas acrescentando que estão “determinados a reconhecer um Estado palestiniano, enquanto contribuição para a realização de uma solução” de paz duradoura.

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