Flotilha humanitária. A caminho de Gaza, Mariana Mortágua denuncia “sabotagem burocrática da missão” e “presença de drones”

Acompanhe o nosso liveblog sobre o conflito israelo-palestiniano

A líder e deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, relatou esta terça-feira, nas redes sociais, as dificuldades enfrentadas pela flotilha humanitária com destino a Gaza, na qual participa, destacando a “sabotagem burocrática da missão” e a “presença de drones” a circular perto dos barcos.

“Saímos de Barcelona e estamos a entrar no segundo dia de viagem para atravessar o Mediterrâneo. Ultrapassamos o primeiro obstáculo, que é a sabotagem burocrática da missão”, escreveu a deputada portuguesa. “Assim continuaremos, até Gaza”, rematou.

Mortágua denunciou, ainda, a presença de drones a sobrevoar os barcos da flotilha, que navegavam a poucas milhas náuticas da ilha de Menorca. “São navios humanitários. Porque nos vigiam?”, questionou a dirigente bloquista.

A viagem integra uma iniciativa internacional de solidariedade que pretende levar ajuda humanitária à população palestiniana da Faixa de Gaza, cercada e sob bloqueio israelita.

Integram a Global Sumud Flotilla (“sumud” é uma palavra árabe que significa “resiliência”) centenas de pessoas de 44 países. Para além de Mariana Mortágua, estão também nesta missão o ativista português Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício. A organização prevê que a viagem até Gaza leve perto de duas semanas.

Outra das participantes é a ativista sueca Greta Thunberg, que apelou “à resistência” dos cidadãos face “ao fracasso” dos governos para enfrentar “o genocídio” perpetrado por Israel em Gaza.

Se tiver uma história que queira partilhar sobre irregularidades na sua autarquia, preencha este formulário anónimo.

Rita Carvalho Pereira

Rita Carvalho Pereira

Jornalista

É formada em Ciências da Comunicação – Jornalismo e Artes da Escrita, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e em Storytelling, pela Escola Superior de Comunicação Social. Começou no jornalismo em 2016, na Visão e Visão Júnior. Da imprensa escrita rumou à rádio. Teve a TSF como casa durante sete anos, tendo integrado, primeiro, a equipa de Multimédia e, depois, na antena, a de Política. É, desde abril de 2024, jornalista da SIC Notícias Online.

“Sweet Home Alabama”: Trump anuncia mudança da sede do Comando Espacial

Para a sua primeira aparição em público no espaço de uma semana, Donald Trump prometeu um grande anúncio. E o mesmo é a transferência da sede do Comando Espacial norte-americano do Colorado para o Alabama, contrariando uma decisão estabelecida por Joe Biden no mandato anterior.

Destacando o seu bom resultado no estado sulista nas últimas eleições, o presidente dos Estados Unidos criticou as práticas eleitorais do Colorado e lembrou a sua margem de vitória em Alabama. “Nós adoramos o Alabama. Só venci aqui por cerca de 47 pontos. Mas não acredito que isso tenha influenciado a minha decisão”, afirmou Trump na Sala Oval da Casa Branca, em Washington DC.

O Comando Espacial, inaugurado em 2019 por Trump, é responsável pelas operações militares para lá da atmosfera da Terra e também está encarregue de defender os satélites norte-americanos de potenciais ameaças.

A mudança de sede significará custos de centenas de milhões de dólares e poderá levar três a quatro anos a ser concluída, estando implicados cerca de 1.700 funcionários.

O problema do Colorado, segundo Trump, está não no Comando Espacial em si, mas no sistema de votação do estado: “O problema que tenho com o Colorado, um dos grandes problemas, é que fazem voto por correspondência. Eles adotaram o voto por correspondência, então eles automaticamente vão ter eleições fraudulentas”, disse. No entanto, ao contrário do que disse o presidente norte-americano, no Colorado é possível votar em pessoa.

A nova sede do Comando Espacial será em Huntsville, onde está localizado o Centro de Voos Espaciais George C. Marshall da NASA e onde está localizada uma base operacional da Lockheed Martin, empresa fabricante de produtos aeroespaciais.

Médio Oriente. Repórteres Sem Fronteiras querem levar segurança de jornalistas em Gaza à ONU

Acompanhe o nosso liveblog sobre o conflito Israelo-palestiniano.

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) quer levar à ONU os problemas de segurança dos jornalistas em Gaza, onde já morreram mais de 200 profissionais desde 2023, após um protesto mundial que reuniu cerca de 270 meios de comunicação.

Em declarações à Lusa, Louise Alluin Bichet, diretora de projetos da RSF, disse que a entidade iria solicitar “uma reunião urgente à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a questão da proteção dos jornalistas em Gaza e a clara violação da Resolução 2222, que protege os jornalistas durante conflitos armados”.

Na segunda-feira, a RSF, o movimento de campanhas Avaaz e a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) organizaram um protesto mundial, que em Portugal contou com a participação da Lusa e do Público, totalizando mais de 270 meios de comunicação de mais de 70 países diferentes, segundo o balanço final da responsável da RSF.

“Este resultado demonstra a mobilização dos media e dos jornalistas e a indignação que sentem em relação à situação catastrófica da informação em Gaza e, mais especificamente, aos crimes cometidos contra jornalistas palestinianos por Israel”, indicou, salientando que é preciso “ampliar ainda mais a mobilização da media, que pode e deve demonstrar” a sua “rejeição à situação”.

Questionada sobre o impacto do protesto, Louise Alluin Bichet disse que a organização está “em discussões com diferentes Estados” sobre as questões que defende.

“Certamente esperamos mudanças muito concretas, particularmente dos Estados que apoiam ativa ou passivamente Israel, isso faz parte das mensagens dos últimos dois anos”, salientou.

Segundo a responsável, a RSF tem “uma série de operações”, tendo a ação de segunda-feira sido “realmente importante”, para “mobilizar a comunidade mediática em todo o mundo e permitir que expressassem a sua raiva e rejeição da situação”.

A organização continua ainda atividades como “defesa, monitorização, investigação, publicações”, entre outras e apoia “concretamente os jornalistas dentro de Gaza”, reconhecendo que “embora não seja fácil, é crucial” e garantindo que continuará a fazê-lo.

O número de jornalistas mortos em Gaza ultrapassa os 210 desde 7 de outubro de 2023, segundo dados da RSF, o que faz deste “o conflito mais letal para repórteres nos tempos modernos”.

Os ataques mais recentes contra jornalistas em Gaza ocorreram em 25 de agosto, quando forças israelitas bombardearam o complexo médico al-Nasser – um conhecido ponto de encontro de repórteres – matando cinco jornalistas. Duas semanas antes, outros seis jornalistas foram mortos num único ataque.

Câmara do Funchal denuncia ao MP incumprimentos por parte da cooperativa de habitação Cortel

A Câmara do Funchal vai denunciar ao Ministério Público incumprimentos cometidos pela cooperativa de habitação Cortel, anunciou esta terça-feira a autarquia, indicando que vai revogar os benefícios fiscais que lhe atribuiu e retirar-lhe as licenças de alojamento local concedidas.

Em causa está um empreendimento designado “Residências Cortel I”, construído com apoios públicos, com três apartamentos com licença para alojamento local (AL).

O edifício foi inaugurado no final de 2024 e a situação do alojamento local foi denunciada em 26 de julho pelos vereadores sem pelouro da coligação Confiança, liderada pelo PS.

A Câmara do Funchal apresentou esta terça-feira as conclusões do processo de averiguação conduzido pela comissão de averiguação criada para analisar o caso, é indicado numa nota de imprensa.

De acordo com a autarquia, liderada pela coligação PSD/CDS-PP, a Câmara “foi totalmente correta, tendo sido cumpridos todos os trâmites legais e regulamentares, com a devida instrução e aprovação do processo, a concessão dos benefícios fiscais previstos e o registo do procedimento em reunião pública da Câmara realizada a 26 de janeiro de 2023”.

Na mesma nota, a Câmara do Funchal realça que a comissão de averiguação detetou “incumprimentos da lei” na atuação da cooperativa, “considerados questionáveis e eventualmente passíveis de consubstanciar ilícitos criminais”.

“Entre estes, destacam-se a não conclusão do processo de certificação como Habitação a Custos Controlados (HCC), a alienação de frações sem o registo dos ónus legais, a venda de mais do que uma fração ao mesmo cooperante e a revenda de imóveis sem respeito pelo direito de preferência da cooperativa”, refere o município.

A autarquia funchalense diz que também está previsto no regulamento interno do condomínio a possibilidade de alojamento local “em clara desconformidade com o regime aplicável à habitação cooperativa”.

A Câmara vai, assim, enviar o relatório elaborado ao Ministério Público, à Autoridade Tributária, à empresa pública Investimentos Habitacionais da Madeira e ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).

O município decidiu revogar os benefícios fiscais atribuídos à cooperativa, que ascenderam a 60,7 mil euros, ao abrigo do regime de habitação a custos controlados, cancelar as três licenças de alojamento local existentes no edifício “Residências Cortel I”, bem como suspender provisoriamente a autorização de novos registos de AL no concelho.

O relatório da comissão de averiguação vai ser apreciado na próxima reunião camarária, na quinta-feira.

Em declarações aos jornalistas no dia 31 de agosto, o vice-presidente da Câmara do Funchal disse que, em termos genéricos, o executivo municipal não concorda com AL em prédios de habitação a custos controlados.

“Isso para nós é uma situação de afronta, tendo em conta aquilo que é a dificuldade que existe no mercado de habitação”, disse, reforçando: “Nós recebemos diariamente dezenas de famílias [com dificuldades], nós temos a noção do problema da habitação”, afirmou Bruno Pereira.

Maior iceberg do mundo “está no fim da sua vida útil” e poderá desaparecer nas próximas semanas

Quase quatro décadas depois de se ter soltado da plataforma de gelo da Antártida, o maior iceberg do mundo, conhecido como A23a, está a desintegrar-se nas águas mais quentes do Atlântico Sul, podendo desaparecer definitivamente nas próximas semanas, noticia o The Guardian.

Segundo imagens de satélite analisadas pela AFP em colaboração com o observatório europeu Copernicus, a plataforma de gelo mede agora 1.770 quilómetros quadrados — menos de metade do seu tamanho original — e apresenta 60 quilómetros de largura no seu ponto mais extenso. Nas últimas semanas, enormes fragmentos, alguns com cerca de 400 quilómetros quadrados, têm-se soltado e pedaços mais pequenos (suficientemente grandes para representar perigo à navegação) têm-se espalhado pelo oceano.

“O iceberg está a fragmentar-se de forma bastante dramática à medida que deriva para norte”, explicou o oceanógrafo físico Andrew Meijers, do British Antarctic Survey, ao jornal britânico. O investigador sublinhou que o bloco “está em plena decomposição por baixo” e que “a água é demasiado quente para que se mantenha íntegro”.

Formado em 1986, o A23a já pesou cerca de mil milhões de toneladas e foi considerado maior do que toda a Área Metropolitana de Lisboa. Desprendeu-se da plataforma de gelo antártica, mas ficou encalhado durante mais de 30 anos no mar de Weddell (região disputada entre o Reino Unido e a Argentina), passando a ser uma espécie de “ilha de gelo”. Em 2020 libertou-se e, desde aí, tem feito uma lenta viagem para norte, conhecida por “iceberg alley”.

No início deste ano, o iceberg encalhou nas águas rasas próximas da ilha remota de Geórgia do Sul, tendo gerado preocupações entre cientistas, uma vez que poderia dificultar a alimentação de colónias de pinguins e focas adultas. Contudo, em maio, acabou por se soltar e continuar o seu percurso. “Chegou a ser uma ameaça, mas felizmente moveu-se”, recordou Meijers.

Maior icebergue do mundo trava avanço e encalha a 70 quilómetros de ilha rica em fauna

À medida que se desloca em direção ao norte, o iceberg enfrenta grandes ondas e águas cada vez mais quentes — fatores que aceleram a sua fragmentação. “Diria que está no fim da sua vida útil. Esperamos que, dentro de poucas semanas, já não seja realmente identificável”, afirmou o cientista ao Guardian.

“A maioria dos icebergs não chega tão longe. Este é realmente grande, por isso durou mais e foi mais longe do que outros”, observou Meijers, acrescentando que “uma vez que saem da proteção gelada da Antártida, [os icebergs] estão condenados”.

Carlos Alcaraz e Jessica Pegula são os primeiros semifinalistas do US Open

O ténis checo continua em destaque no US Open. O país das antigas campeãs Martina Navratilova, Hana Mandlíkova e Petra Kvitova (que se despediu neste Open) colocou quatro jogadores, três mulheres e um homem, nos quartos-de-final, num feito inédito na sua participação em majors: Karolina Muchova, Barbora Krejcikova, Marketa Vondrousova e Jiri Lehecka. Contudo, dois deles foram eliminados esta terça-feira.

Lehecka (21.º mundial) teve a “sorte” de defrontar Carlos Alcaraz (2.º) e confirmou o favoritismo do espanhol a estar presente na final de domingo, ao sair do Arthur Ashe Stadium ao fim de três sets: 6-4, 6-2 e 6-4. Sem perder o sorriso, o espanhol de 22 anos mostrou-se muito focado nos seus objectivos e chega aos quartos-de-final sem perder um set – e só com um break cedido em quatro rondas.

Actuação semelhante teve Jannik Sinner, na véspera, diante de Alexander Bublik (24.º). Na antevisão do embate com o líder do ranking, o cazaque tinha previsto “perder um par de jogos de serviço”, o que ainda não acontecera neste torneio, e foi o que sucedeu logo nos primeiros dois jogos em que serviu… e mais seis vezes, até Sinner fechar, ao fim de 1h21m, com um triplo 6-1. Só uma vez o italiano tinha ganhado num major por um resultado tão desnivelado – no último Roland-Garros, frente a Lehecka (6-0, 6-1 e 6-2).

Ainda na terça-feira, Barbora Krejcikova, campeã em Roland-Garros em 2021 e em Wimbledon no ano passado, ressentiu-se das três horas passadas na ronda anterior – onde salvou oito match-points para vencer Taylor Townsend – e, nos quartos-de-final, não conseguiu igualar Jessica Pegula em intensidade de jogo, cedendo em menos de hora e meia: 6-3, 6-3.

Pegula, finalista em 2024, volta a encontrar a melhor forma em Nova Iorque, depois de ter vencido só cinco encontros nos outros três majors que disputou este ano, e imita Chis Evert e Serena Williams na lista de tenistas dos EUA que disputaram as meias-finais do US Open em anos consecutivos após completarem 30 anos.

Marketa Vondrousova tem encontro marcado com Aryna Sabalenka para esta noite e Karolina Muchova, cabeça de série nº 11, terá que enfrentar Naomi Osaka – depois de vencer a ucraniana Marta Kostyuk, por 6-3, 6-7 (0/7) e 6-3, atingindo os quartos-de-final do US Open pelo terceiro ano consecutivo. Por seu lado, Osaka (24.ª), campeã em 2018 e 2020, deu uma lição de ténis a Coco Gauff (3.ª), não enfrentando qualquer break-point na vitória, por 6-3, 6-2.

Iga Swiatek (2.ª) foi igualmente expedita na segunda-feira. Ao cabo de 1h04m, a polaca ultrapassou Ekaterina Alexandrova (12.ª), por 6-3, 6-1. Nos quartos-de-final, Swiatek defronta pela primeira vez uma jogadora da casa, Amanda Anisimova (9.ª), que protagonizou outro arraso. A recente finalista de Wimbledon somou 27 winners em 1h15m e encerrou o percurso da brasileira Beatriz Haddad Maia (22.ª): 6-0, 6-3.

Entretanto, Francisco Cabral (26.º no ranking mundial de pares) e o parceiro austríaco Lucas Miedler (28.º) foram eliminados na segunda ronda. Os cabeças de série n.º12 cederam diante do checo Adam Pavlasek e do polaco Jan Zielinski, em dois sets, 6-4, 6-4.

Ucrânia reivindica captura de localidade em Donetsk à Rússia

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia reivindicou, esta terça-feira, 2 de Setembro, a captura da localidade de Udachne, na região de Donestsk um raro avanço, enquanto Kiev continua sobretudo à defesa e aguarda nova ofensiva do invasor.

“Durante duas semanas, as unidades de ataque ucranianas varreram gradualmente, casa a casa, e hastearam a bandeira ucraniana sobre a aldeia”, afirmou um porta-voz militar num vídeo divulgado pelas forças ucranianas, mostrando também dois soldados a hastear a bandeira da Ucrânia no topo de um edifício danificado.

Soldados do 425.º Regimento Skelia, adiantou a mesma fonte, destruíram todas as posições russas na localidade do leste do país.

Udachne fica a cerca de 10 quilómetros a oeste de Pokrovsk, uma cidade estratégica que se tornou uma das áreas da linha da frente mais ferozes do leste da Ucrânia.

O anúncio foi feito apenas um dia depois de o exército ucraniano ter anunciado a libertação da aldeia vizinha de Novoekonomichne. Nos últimos meses, as forças ucranianas têm estado sobretudo na defensiva, perante contínuos assaltos de tropas russas, que segundo Kiev deixaram 291 mil soldados russos mortos ou feridos desde a primavera.

Apesar de alguns ganhos russos, a linha da frente não se movimentou significativamente, e com a chegada das chuvas outonais tornam-se mais difíceis as condições para movimentos ofensivos de tropas e blindados, até à chegada do inverno gélido.

Nas próximas semanas, afirmou na segunda-feira o porta-voz do 11.º Corpo de Exército ao canal televisivo ucraniano Suspilne, a Rússia deverá lançar novos ataques contra a cidade de Siversk, na região de Donetsk, num esforço para estabelecer uma posição na área.

As forças russas avançaram na região de Donetsk durante o Verão em direcção a Dobropillia, concentrando os seus principais esforços nas cidades de Pokrovsk e Kostiantynivka.

No entanto, a Rússia não conseguiu consolidar as suas posições nem obter ganhos territoriais significativos, capturando apenas alguns pequenos povoados rurais, segundo o Kyiv Independent.

Segundo o grupo de monitorização ucraniano DeepState, a ofensiva russa abrandou 18% em Agosto, com as forças russas a ocuparem 464 quilómetros quadrados de novo território.

Siversk, o novo potencial alvo da Rússia, fica a cerca de 10 quilómetros a oeste da aldeia ocupada de Verkhniokamianske, na região de Donetsk, e tem actualmente cerca de 400 habitantes, 20 vezes menos do que no início da invasão russa em Fevereiro de 2022.

“Na direção de Siversk, o inimigo continuará a tentar operações de assalto com equipamento (pesado) até ao início das chuvas de outono. Esperamos outro ataque em grande escala”, disse Dmytro Zaporozhets, porta-voz do 11.º Corpo de Exército, citado pelo Suspilne.

As forças russas, acrescentou o porta-voz, pretendem garantir uma posição perto de Siversk antes que o Inverno se instale, permitindo-lhes lutar pelo controlo da cidade ou contorná-la durante nos meses mais gélidos.

Segundo Zaporozhets, a intensificação dos bombardeamentos a norte de Siversk está a permitir que as forças russas avancem destruindo posições ucranianas com artilharia, e o número de ataques de mísseis russos na direcção de Lyman quase triplicou.

“A escala dos bombardeamentos de artilharia nesta área aumentou quase três vezes recentemente. Se antes havia 80-90 bombardeamentos por dia, hoje podem ser 190 ou 200”, disse o porta-voz.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou no sábado que a Rússia pode estar a preparar uma nova ofensiva em grande escala em Pokrovsk, na região de Donetsk.

Rúben Neves orgulhoso por usar 21 de Jota e com o desejo de conquistar o Mundial pelo amigo

O internacional português Rúben Neves reconheceu, esta terça-feira, que usar a camisola 21, que pertencia a Diogo Jota, na seleção portuguesa de futebol é “um orgulho” e conquistar o Mundial2026 passou a ser um objetivo maior.

“É um orgulho para mim. Pedi à família se podia ser eu, enquanto aqui estiver, a usar o número dele e poder levá-lo para o campo connosco. Aceitaram e tenho de agradecer-lhes imenso, e também à federação, a oportunidade de me deixar jogar com o 21. Era algo que gostava muito e quero continuar a levá-lo para dentro do campo, não só nos nossos pensamentos, mas um bocadinho da presença”, disse.

O médio dos sauditas do Al Hilal foi o porta-voz da seleção portuguesa na homenagem prestada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) a Diogo Jota e Jorge Costa, na Cidade do Futebol, em Oeiras. “O Mundial2026 era um dos títulos que o Diogo sonhava, portanto passou a ser um grande objetivo. Já era, mas agora ainda com mais força para todos nós, como seleção, tentarmos conquistar esse título com ele também”, sublinhou o médio.

A equipa das “quinas” iniciou esta terça-feira a primeira concentração da fase de qualificação para o Campeonato do Mundo, na primeira reunião sem a presença de Diogo Jota, mas Rúben Neves, que tatuou o amigo numa perna, garantiu o plantel com força.

“Vamos buscar forças ao que era o Diogo. Era o que nos transmitia todos os dias e é aí que temos ido buscar as nossas forças. Sabemos a vontade que tinha de aqui estar e a paixão que tinha por representar a seleção. É nisso que temos de focar e cada um ir buscar um bocadinho do Diogo, colocando em prol da seleção“, frisou.

O diretor da FPF Domingos Paciência afirmou que Diogo Jota e Jorge Costa “deixam saudade” no futebol e acompanhou a ideia de Rúben Neves na necessidade de ir buscar forças aos exemplos dos jogadores.

“São dois jogadores que atingiram um patamar de excelência. Estão nesse leque de jogadores que marcam o futebol português. Temos de fazer destes momentos forças e construir um futuro melhor. Pode ser uma força extra para nós pensar e ambicionar ganhar um Mundial”, afirmou o antigo internacional luso e treinador.

Diogo Jota, aos 28 anos, e André Silva, aos 25, perderam a vida no dia 03 de julho, num acidente de viação, enquanto Jorge Costa, aos 53 anos, em 05 de agosto, sentiu-se mal no centro de treinos do FC Porto, clube no qual desempenhava as funções de diretor para o futebol profissional, entrando em paragem cardiorrespiratória.

Europeu. Portugal perde com a França e é último do grupo

A seleção de Portugal perdeu esta terça-feira com a França na segunda jornada da fase de grupos do Europeu de hóquei em patins por 3-1, em Paredes.

Depois de uma derrota frente à Itália por 3-2, na segunda-feira, Portugal voltou a perder.

O primeiro golo foi marcado pela França, por Marc Rouzé, aos 15 minutos, com Portugal a empatar a partida aos 25 minutos, por Rafa, a apenas 14 segundos do fim.

Na segunda parte, a França voltou a adiantar-se por Roberto di Benedetto, aos 38 minutos, e estendeu a vantagem já perto do final, com o irmão Carlo di Benedetto a marcar aos 48 minutos.

Com o apuramento para os quartos de final já assegurado, Portugal irá jogar o terceiro e último jogo da fase de grupos frente à tricampeã Espanha, já sabendo que irá ficar no último lugar do grupo A – e, por isso, defrontando o primeiro do grupo B, que atualmente é Andorra.

1 16 17 18 19 20 613