Governo de Trump abre inquérito à capacidade de Harvard poder fazer intercâmbios

O governo de Donald Trump prossegue os seus ataques à Universidade de Harvard, abrindo esta quarta-feira um inquérito à manutenção da sua elegibilidade para participar em um programa de troca de visitantes.

O secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou a abertura do inquérito, para ver se Harvard “está conforme com todas as regulamentações, em particular cumprindo os programas de uma maneira que não prejudique os objetivos da política externa ou não comprometam os interesses da segurança nacional dos EUA“.

O inquérito do Departamento de Estado “vai permitir garantir que os programas (que patrocina) não vão contra os interesses da nossa nação”, acrescentou, em comunicado.

Desde que regressou à Casa Branca, em janeiro, Donald Trump tem acusado esta universidade de não ter protegido suficientemente os estudantes judeus ou israelitas durante as manifestações no seu espaço que exigiam um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

O governo já congelou a Harvard mais de 2,6 mil milhões de dólares em subvenções federais e revogou a sua certificação ao principal sistema pelo qual os estudantes estrangeiros são autorizados a estudar nos EUA.

Sedeada nas proximidades de Boston, no Estado do Massachusetts, a universidade contestou estas decisões no tribunal, braço-de-ferro este que também serve de teste para outras instituições de ensino superior na mira de Trump, como Columbia, em Nova Iorque.

Na segunda-feira, quando se abriu a primeira audiência, em um tribunal federal local, Trump recorreu à sua rede social para acusar a universidade de ser “antissemita, anticristã e anti-América”.

Candidato do Chega ao Porto diz que habitação pública existente é suficiente

O candidato do Chega à Câmara do Porto defendeu esta quarta-feira que a habitação pública existente na cidade é suficiente para quem precisa dela e propõe retirar das casas quem nelas trafica droga.

No discurso de apresentação da sua candidatura, Miguel Corte-Real, afirmou também querer canalizar a receita proveniente da taxa turística para pagar o conforto de quem vive na cidade, recusando que possa servir para a construção de habitação para quem vem de fora.

O candidato do Chega, em vez de um leilão de construção de mais habitação pública, defende o alargamento da renda apoiada à classe média do Porto. No capítulo da Cultura, o gestor, ex-dirigente da JSD e ex-militante do PSD, quer canalizar os 10 milhões de euros “gastos anualmente nos 72 funcionários da empresa Ágora” para o setor.

Quanto à mobilidade, Miguel Corte-Real quer parar “o disparate de obras na cidade”, argumentando que “muitas delas não servem para rigorosamente nada”, exigindo que estas decorram “com a cidade, em seu torno, a funcionar” para além de terem de “ser rápidas e as estritamente necessárias”.

Sobre a Via de Cintura Interna prometeu, na próxima semana, quando apresentar as medidas da sua candidatura, para retirar desta via “boa parte do transporte de mercadorias”.

Concorrem à Câmara Municipal do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU), Nuno Cardoso (movimento Porto Primeiro), Aníbal Pinto (Nova Direita), Pedro Duarte pela coligação “O Porto Somos Nós” (PSD/IL/CDS-PP), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (movimento Fazer à Porto), António Araújo (movimento Porto à Porto), Alexandre Guilherme Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre) e Miguel Corte-Real (Chega).

O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

As eleições autárquicas estão marcadas para 12 de outubro.

Aluno apanhado com cábulas agride duas professoras na Faculdade de Direito

Um aluno universitário agrediu duas professoras e um aluno durante um exame de Direito Comercial 2 na Faculdade de Direito da Univerisdade de Lisboa (FDUL), depois de ter tido a prova suspensa por suspeita de cábulas.

Em comunicado, a FDUL confirma que o caso de fraude académica aconteceu esta terça-feira e que, no final da prova, o aluno em causa “voltou à sala e – de forma inesperada – agrediu as docentes, que ficaram feridas e em estado de choque”.

Segundo o Público, um dos alunos que tentou conter os ataques foi também agredido com uma mordida no braço.

O jornal escreve que uma das docentes foi empurrada e foi-lhe puxado o cabelo, tendo batido com a cabeça e sido levada para urgências. O ataque visava a professora que identificou a cábula do aluno, que fez com que o exame fosse anulado.

A prova de recurso seria a última oportunidade dos alunos passarem à cadeira neste ano letivo, com o aluno a ter revelado que esta seria a sua última disciplina para concluir o curso e que estaria há cinco anos para a concluir, enquanto confrontava a professora.

A faculdade avança que “foram imediatamente realizadas todas as participações e diligências”, tanto no plano criminal como no plano disciplinar.

“Foi aberto o competente procedimento disciplinar, com a imediata suspensão preventiva do aluno de todas as atividades escolares, com os efeitos inerentes”, refere o instituto de ensino superior, que refere que se irá constituir como assistente no caso.

A FDUL manifesta ainda solidariedade para com as docentes agredidas e descreve-se como “intransigente em relação a este tipo de comportamentos”.

Fogo que veio de Espanha e ativo em Vilar de Perdizes vai obrigar a reforço de meios

Um incêndio, que começou em Espanha e se propagou esta quarta-feira à tarde a Vilar Perdizes, Montalegre, vai “obrigar ao reforço de meios” esta noite, embora não haja populações em risco, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.

Neste momento, estão no local a combater o fogo, “com duas frentes ativas”, em zona de mato, 110 operacionais e 35 viaturas, afirmou José Rodrigues do Comando Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Mas “por causa do vento e difíceis acessos vai haver reforço de meios esta noite”, assegurou, receando-se a propagação do incêndio, apesar de uma das frentes estar a ceder aos esforços dos bombeiros no combate às chamas.

Este incêndio veio de Espanha e quando passou a fronteira as autoridades do reino espanhol alertaram a Proteção Civil portuguesa, explicou o mesmo responsável.

Além disso, ajudaram a combatê-lo, inclusive “com sete meios aéreos espanhóis”, informou.

Ao todo, esta tarde estavam no local 13 meios aéreos, 15 viaturas de combate a incêndios e 71 operacionais, como constava na página oficial da Proteção Civil às 16:21.

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Omercado de transferências 2025/26 já mexe. Neste artigo, em actualização permanente, podes acompanhar o top das maiores transferências da época, acompanhadas dos detalhes, analytics e vídeos recomendados, sobre os protagonistas. O melhor mesmo é guardares nos favoritos e seguir também o nosso acompanhamento permanente dos principais rumores e confirmações do mercado.
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Última actualização: 24.Jul.2025

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INEM já transferiu 9,7 milhões de euros para bombeiros e liga quer garantias do pagamento em falta

O INEM pagou esta semana 9,7 milhões de euros de dívidas do serviço de emergência pré-hospitalar, anunciou esta quarta-feira a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), que pretende garantias do pagamento dos 3,7 milhões em falta às associações.

Os montantes foram adiantados à Lusa pelo presidente da LPB, após uma reunião com o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) sobre a liquidação dos serviços de transporte de doentes prestados nos últimos meses pelos corpos de bombeiros, no âmbito do sistema pré-hospitalar gerido pelo instituto.

A reunião decorreu depois de a liga ter exigido no sábado o pagamento até ao momento das dívidas do serviço de emergência pré-hospitalar referentes aos últimos meses, ameaçando suspender, na próxima sexta-feira, o transporte de doentes com as ambulâncias do INEM.

Segundo António Nunes, o INEM transferiu esta quarta-feira seis milhões de euros para os corpos de bombeiros, que se somam aos 3,7 milhões que já tinham sido pagos na terça-feira, mas estão ainda em falta 3,7 milhões de euros.

“O que nós concluímos é que o dinheiro existe, mas que está a haver alguma dificuldade para que essas verbas entrem no orçamento do INEM para poderem ser transferidas para os corpos de bombeiros”, adiantou o responsável da liga, salientando que em causa estão processos administrativos.

Perante isso, a LBP pretende ter a garantia nas próximas horas de que a verba que falta transferir para os bombeiros será paga até final deste mês.

“Estamos a aguardar que a senhora ministra ou o INEM nos digam que sim, que têm condições para poder pagar até ao final da próxima semana. Se não o fizerem, na sexta-feira vamos prosseguir com o nosso protesto para chamar a atenção da opinião da pública que os bombeiros estão em dificuldades” por assegurarem uma despesa antecipada deste serviço, salientou António Nunes.

O presidente da LBP reconheceu ainda que o INEM “fez um esforço esta semana” ao transferir os 9,7 milhões de euros para as associações de bombeiros e garantiu que o socorro à população não está em causa, caso avance o protesto na sexta-feira.

Na prática, os corpos de bombeiros pretendem responder as chamadas do INEM de emergência pré-hospitalar com as suas próprias ambulâncias e não com as do instituto, o que resultará num aumento de custos para o Estado de “mais ou menos o dobro”

Os corpos de bombeiros, que fazem o transporte de cerca de 1,2 milhões de doentes por ano, por mobilização do INEM, são uma das entidades que integram o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), coordenado pelo instituto.

Governo francês irá restringir condições de deslocação a “dignitários argelinos”

O ministro francês do Interior, Bruno Retailleau, está “a restringir” as condições de deslocação em França de “um certo número de dignitários argelinos”, disse esta quarta-feira a porta-voz do Governo francês, Sophie Primas.

A medida surge num momento de grave crise diplomática com a Argélia, após a recusa em readmitir no seu território 120 cidadãos sujeitos a uma “Obrigação de deixar o território francês” (OQTF, sigla em francês).

“Os dados de que dispomos indicam que 120 pessoas com OQTF, com os seus documentos em ordem (para regressar à Argélia), não foram aceites pelas autoridades argelinas”, declarou Primas durante o resumo da reunião do Conselho de Ministros, sem especificar uma data.

Segundo o jornal francês Le Figaro, 53 argelinos expulsos foram devolvidos a França no período entre março e 22 de julho, incluindo quatro nos últimos dias, enquanto Bruno Retailleau renovava os apelos para endurecer a posição do país face a Argel.

Segundo Sophie Primas, “o ministro do Interior está cada vez mais determinado a tomar medidas mais firmes, nomeadamente em relação à diplomacia argelina”, com a qual está “relação de força”.

“É isso que está a fazer, particularmente em relação a um certo número de dignitários argelinos, cujas condições para se deslocarem em França serão agravadas e tornar-se-ão mais difíceis”, sublinhou, referindo-se a altos funcionários do Governo e representantes diplomáticos da Argélia.

Além disso, a França exige a libertação do escritor franco-argelino Boualem Sansal, condenado a cinco anos de prisão por “atentado à unidade nacional“, e do jornalista desportivo francês Christophe Gleizes, condenado a sete anos de prisão por ‘apologia de terrorismo’, de acordo com a porta-voz do Governo francês.

Bruno Retailleau voltou a criticar, numa entrevista na sexta-feira ao Le Figaro, as autoridades argelinas, acusando-as nomeadamente de emitirem passaportes a “clandestinos”, e afirmou então a sua intenção de dificultar a circulação dos “membros da nomenclatura” responsáveis por “denegrir a França”.

O líder dos Republicanos (direita tradicional) defendeu ainda que “a diplomacia dos bons sentimentos falhou”, referindo-se ao Presidente francês, Emmanuel Macron, que o receberá na quinta-feira no Palácio do Eliseu, após uma fria troca de palavras entre ambos durante a reunião do Conselho de Ministros, segundo informações recolhidas pelo canal francês BFMTV junto de várias fontes concordantes.

Noutra entrevista publicada na terça-feira pela revista Valeurs Actuelles, Retailleau afirmou que “o macronismo terminará com Emmanuel Macron”, numa alusão ao fim do seu mandato presidencial em 2027, o que provocou uma forte indignação do campo presidencial, que denunciou declarações “inaceitáveis”.

Foi um ataque direto ao chefe de Estado francês, amplamente condenado pelo partido Renascimento (Renaissance, em francês) na rede social X, que considerou que “estas declarações são, mais uma vez, inaceitáveis para um ministro nomeado pelo Presidente da República num governo de coligação”.

“Ser membro do governo sob a autoridade do Presidente da República é uma responsabilidade particularmente exigente, que não tolera nem provocações, nem pequenos cálculos políticos”, escreveu o partido do Presidente.

Também a ministra da Educação Nacional, Élisabeth Borne, contestou a afirmação de Bruno Retailleau, defendendo que “o macronismo é uma ideologia e um partido político”, apelando ao colega de Governo para que não “tente dividir a base comum” e com “respeito mútuo”.

Autárquicas. Santana Lopes encabeça coligação PSD/CDS-PP na Figueira da Foz

O atual presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, será o cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP nas autárquicas, que terá como nome o movimento independente pelo qual venceu as eleições de 2021.

Ao contrário do anunciado em fevereiro pelo movimento Figueira a Primeira (FAP), Pedro Santana Lopes não será recandidato pelo movimento, mas antes candidato independente que encabeça a coligação do PSD/CDS-PP, segundo nota de imprensa da comissão política concelhia do CDS, dando nota do acordo formalizado entre aquelas forças políticas.

O acordo entre CDS-PP e PSD “estabelece que ambos os partidos concorrerão coligados às eleições autárquicas de 2025, apresentando listas conjuntas à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e a todas as assembleias de freguesia do concelho da Figueira da Foz“, tendo como candidato à liderança do município Pedro Santana Lopes, afirmou a concelhia em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

Segundo a mesma nota, o acordo foi aprovado pelo Conselho Nacional do CDS-PP, a 21 de julho, depois de em fevereiro a Comissão Política Nacional do PSD ter aprovado o apoio à recandidatura do antigo primeiro-ministro à Câmara da Figueira da Foz.

De acordo com o CDS-PP, a coligação terá como nome Figueira a Primeira, designação igual ao movimento independente pelo qual Pedro Santana Lopes conquistou o município da Figueira da Foz, em 2021.

A lei impede que movimentos independentes integrem coligações partidárias às eleições autárquicas.

Questionado pela Lusa, Pedro Santana Lopes disse que a composição das próprias listas ainda não está fechada, mas assegurou que terá “carta branca” para fazer a equipa que concorre à Câmara Municipal.

“Até pode haver elementos de todos os partidos, mas não tem de haver. Na Câmara, não há qualquer condição”, esclareceu.

Questionado sobre o porquê de optar por encabeçar uma coligação e não voltar a candidatar-se pelo movimento Figueira a Primeira, Pedro Santana Lopes disse que tal será esclarecido quando a sua recandidatura for apresentada.

Esta será a primeira vez que Pedro Santana Lopes concorrerá pelo PSD desde que deixou o partido em 2018, depois de o ter liderado entre 2004 e 2005, altura em que foi também primeiro-ministro.

O antigo primeiro-ministro governa o município figueirense desde 2021, pela segunda vez, depois de ter sido presidente de Câmara duas décadas antes, entre 1997 e 2001.

Nas últimas autárquicas, foi eleito como independente sem maioria absoluta, com 40,39% dos votos e quatro mandatos, os mesmos que o PS (38,39%), que liderava anteriormente aquele município do distrito de Coimbra.

Face à composição do executivo (nove vereadores), Pedro Santana Lopes fez um acordo com o então líder local do PSD, Ricardo Silva, único vereador social-democrata eleito na Câmara da Figueira da Foz, para garantir a maioria do executivo, a partir de junho de 2023.

Na altura, o PSD teve 10,83% dos votos, já o CDS-PP foi a força menos votada no concelho, com 1,16%.

Nova sondagem coloca Gouveia e Melo em empate técnico com Marques Mendes e Seguro

Há nova sondagem para as presidenciais do início do próximo ano e Henrique Gouveia e Melo surge em empate técnico com Luís Marques Mendes e António José Seguro numa eventual segunda volta.

Segundo o barómetro da Aximage para a TVI, a CNN Portugal e o Nascer do Sol, Gouveia e Melo surge com 26% das intenções de voto, à frente de Marques Mendes, que tem 19%, e de Seguro, que tem 14%.

No caso de uma segunda volta, Gouveia e Melo vence, mas está em empate técnico com ambos.

No frente a frente entre o almirante e o candidato apoiado pelo PSD, Gouveia e Melo reúne 41% das intenções de voto e Marques Mendes 36%. Frente ao candidato socialista, consegue 42% das intenções de voto e Seguro 36%.

No caso de um frente a frente entre Marques Mendes e Seguro numa segunda volta, as presidenciais seriam ainda mais renhidas – 37% contra 36%.

A sondagem foi realizada entre os dias 11 e 21 de julho e tem uma margem de erro de +/- 3,1%, tendo sido inquiridas 1000 pessoas.

Duas famílias de vítimas do acidente aéreo na Índia terão recebido os corpos errados, diz advogado

Depois da queda do voo 171 da Air India no passado dia 12 de junho na cidade indiana de Ahmedabad, as famílias das 52 vítimas mortais britânicas esperavam a transladação dos corpos de quem lhes era próximo. Porém, de acordo com o advogado de cerca de vinte famílias, alguns dos restos recebidos foram identificados erradamente como sendo dos seus familiares.

Como avançou o advogado John Healy-Pratt ao tabloide britânico Daily Mail esta terça-feira, pelo menos dois corpos dos 12 já repatriados terão sido mal identificados e entregues às pessoas erradas. “Houve uma família que acreditou que tinham acompanhado um ente querido no regresso da Índia, onde foram para fornecer amostras de ADN para a identificação. Porém, depois, foram informados de que os restos no caixão não tinham nada ver com eles”, referiu Healy-Pratt, que também falou à CBS News, contando que os corpos foram entregues à médica-legista londrina Fiona Wilcox para uma nova verificação.

A médica terá feito esse procedimento aos “dois primeiros caixões” que chegaram ao país. Wilcox, conta o representante, verificou “a autenticidade e a identidade” dos corpos, levando à descoberta de que “o ADN tinha sido misturado num dos caixões”.

Ao Daily Mail, o advogado contou que uma família não conseguiu fazer o funeral do familiar porque “era a pessoa errada no caixão”. “E se não for um parente deles, a questão é: quem está naquele caixão? Presumivelmente, é outro passageiro e os seus familiares receberam os restos mortais errados“, acrescentou Pratt-Healy, falando num “trauma psicológico duplo”.

“Uma coisa é perder um ente querido, mas depois vai-se à Índia, senta-se num hotel, dá-se o ADN, reza-se a Deus para haver uma correspondência de ADN. Depois dizem-lhe que há. Garantem-lhe que está tudo bem e certificado. Volta e dizem-lhe que há mais restos mortais no caixão além dos do seu ente querido ou que não há restos deles apesar de terem sido certificados“, contou.

As “elevadas temperaturas” a que o avião ardeu, como explicou o diretor do laboratório forense na Índia onde as amostras estão a ser analisadas, H.P. Sanghvi, citado pelo New York Times, leva a um processo “muito complexo” de identificação das 260 vítimas, já que as “altas temperaturas afetam o ADN presente em várias partes do corpo“.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano respondeu à notícia dada pelo Daily Mail num comunicado publicado na rede social X, garantindo que estão a “trabalhar de perto com o Reino Unido” desde que foram informados sobre este assunto.

“Na sequência do trágico acidente, as autoridades competentes procederam à identificação das vítimas, de acordo com os protocolos e requisitos técnicos estabelecidos. Todos os restos mortais foram tratados com o máximo profissionalismo e com o devido respeito pela dignidade dos falecidos“, garantiu o porta-voz.

Para o advogado, esta resposta “simplesmente não é suficiente“, porque não explica de forma detalhada “a cadeia de custódia dos restos mortais, desde o momento da identificação até à correspondência do ADN e à colocação nos caixões”.

Corte fatídico de 10 segundos no fornecimento de combustível ditou queda do avião da Air India

As famílias querem “garantias” das autoridades indianas, explicou Healy-Pratt, para que seja garantido que não há “mais restos de cidadãos britânicos a não serem identificados ou mal identificados na Índia”.

Só estas certezas, disse, é que dariam um “ponto final no sofrimento emocional” das famílias das vítimas, tendo pedido aos primeiros-ministros do Reino Unido e da Índia, Keir Starmer e Narendra Modi, para que abordem este assunto no encontro que terão esta semana, em Londres.

Pratt-Healy avisou ainda que as famílias vão avançar para os tribunais de forma a tentarem ter “justiça financeira” pelos danos que o acidente lhes causou. Para além de uma ação contra a Air India, há a hipótese de um processo contra a própria Boeing, visto que o relatório preliminar que indica que os interruptores de corte de combustível podem ter estado na origem da queda. 

[É sábado. No lobby de um hotel de Albufeira um assassino misterioso espera junto ao bar por um convidado especial: representa a Organização para a Libertação da Palestina. Quando o vê entrar, o terrorista dispara quatro tiros e foge. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o primeiro episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music.]

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