Homem morre em Mirandela enquanto trabalhava em zona de corta-fogos. É a terceira vítima mortal dos incêndios deste verão

Acompanhe o nosso artigo em direto desta quarta-feira sobre os incêndios

Um homem que trabalhava numa zona de corta-fogos do incêndio em Mirandela morreu esta terça-feira, confirmaram o Comando Regional da Proteção Civil e o autarca do município ao Observador. Vítor Correia explicou ao Observador que a morte ocorreu quando a vítima “foi colhida pela máquina que operava, no processo de entrada ou saída da mesma”.

O acidente aconteceu quando o homem de 65 anos operava uma máquina de rasto, durante os trabalhos de uma equipa numa zona de corta-fogo, que tem como objetivo criar impedimentos ao avanço das chamas. “Estava a fazer um trabalho excecional, mas o acidente aconteceu”, disse o autarca.

“O homem de 65 anos, operador de uma máquina de rasto de uma empresa privada contratada pela autarquia de Mirandela, faleceu pouco antes da meia-noite”, disse à Lusa o comandante Paulo Santos, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

O comandante dos bombeiros de Mirandela, Luis Soares, adiantou à agência Lusa que o homem morreu atropelado pela própria máquina quando estava a criar uma faixa de contenção do fogo rural em Freixeda. “As circunstâncias em que tudo aconteceu ainda são desconhecidas”, disse, acrescentando que o caso foi entregue à GNR.

De acordo com o presidente da Câmara de Mirandela, o episódio aconteceu, quando, após uma paragem para a coordenação dos trabalhos, a máquina em causa terá entrado em movimento de forma inadvertida. O autarca disse que os pormenores do sucedido ainda estão a ser apurados.

Vítor Correia disse ainda que, de momento, o incêndio em Mirandela está ativo com um foco localizado numa zona de mato na zona do Vale de Sancha, entre as localidades de Vila Verde, Freixeda e Caravelas. “Não está com grandes proporções, mas está ativo. É uma zona de difícil acesso para viaturas e esperamos os meios aéreos porque só através deles é que o conseguimos combater”, disse o autarca.

Marcelo Rebelo de Sousa apresentou hoje as condolências à família da terceira vítima mortal dos incêndios florestais deste verão, de acordo com uma nota oficial publicada no site da Presidência da República.

“O Presidente da República apresenta os sentidos pêsames à Família do Operacional da Câmara Municipal de Mirandela vitimado por um acidente relacionado com o combate a um incêndio, estendendo as suas condolências ao Município na pessoa do seu Presidente”, lê-se no comunicado.

Incêndio em Mirandela faz um morto. Câmara Municipal confirma acidente mortal

Bob Vylan atuam em Lisboa em outubro após serem acusados de terrorismo no festival de Glastonbury

Os ingleses Bob Vylan atuam em Portugal no próximo mês de outubro, anunciou esta quarta-feira a promotora I Want More.

A dupla de Londres, composta pelo vocalista/guitarrista Bobby Vylan e pelo baterista Bobbie Vylan, toca no Lisboa ao Vivo, em Lisboa, a 8 de outubro.

Combinando punk com grime, hip-hop e hardcore, os Bob Vylan são conhecidos pelas letras reivindicativas e pela energia dos seus concertos. Este ano, atuaram no festival de Glastonbury, em Inglaterra, espetáculo que lhes valeu uma investigação por parte da polícia britânica, à semelhança do que aconteceu com os irlandeses Kneecap.

Em causa estiveram os mesmos motivos: mensagens de apoio à Palestina e críticas a Israel. No caso dos Bob Vylan, apelaram ao público que entoassem as frases “libertem a Palestina” e “morte à IDF”, as Forças de Defesa de Israel.

Os Bob Vylan tinham passagem marcada por Lisboa e Porto, também em outubro, na primeira parte dos concertos dos Gogol Bordello. Porém, esta banda acabou por retirar os londrinos da sua digressão, na sequência da polémica que se seguiu ao festival de Glastonbury.

Os bilhetes para o primeiro concerto em Portugal dos Bob Vylan, cujo último disco, “Humble as the Sun”, saiu em 2024, já estão à venda e custam 25 euros.

Número de beneficiários do CSI cresce 58% face a 2024: Reformados alertam para pensões baixas

O número de pessoas que recebem o Complemento Solidário para Idosos (CSI) continua a aumentar de forma significativa. No mês passado, mais de 228 mil idosos beneficiavam deste apoio, o que representa um crescimento de quase 58% face a julho de 2024, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo jornal Público.

Este aumento deve-se, sobretudo, às alterações introduzidas pelo anterior Governo de Luís Montenegro, que elevaram os valores de referência para acesso ao CSI e deixaram de contabilizar os rendimentos dos filhos no cálculo do complemento. A expectativa era que a medida abrangesse mais 24 mil beneficiários, mas o número acabou por ultrapassar largamente essa estimativa, o que poderá levar a um novo desvio face ao valor inicialmente orçamentado.

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Para Maria do Rosário Gama, presidente da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe!), o crescimento no número de beneficiários é “sintomático” de um problema estrutural: pensões demasiado baixas, que obrigam muitos idosos a depender deste apoio.

“A boa notícia seria que os aumentos das pensões evitassem que existisse este suplemento solidário. Porque isso significa que muitas pessoas têm pensões muito baixas, inferiores a 6.608 euros por ano, isto é uma coisa absolutamente dramática, é um valor muito baixo por mês. É claro que, para quem recebe pensões muito baixas, é bom, mas o ideal seria que não houvesse necessidade deste complemento solidário para idosos.”

A dirigente da APRe! alerta ainda para as dificuldades crescentes enfrentadas pelos reformados, cujas pensões não acompanham o aumento do custo de vida.

“Os valores são muito baixos. Por exemplo, o limite para receber o complemento é uma pensão anual inferior a 6.608 euros, o que corresponde a cerca de 550 euros por mês considerando 12 meses. Porém, as pensões são pagas em 14 meses, então na prática o valor mensal é ainda menor. Com o salário mínimo a mais de 800 euros e a inflação alta, as pessoas têm cada vez mais dificuldade em poder ter uma vida digna.”

Incêndios: Fogo em Castelo Branco mantém duas frentes ativas

O incêndio que lavra desde segunda-feira em Castelo Branco continua com duas frentes ativas, uma no Louriçal do Campo/Torre e a outra em direção à ribeira de Eiras, na freguesia de Almaceda, informou o presidente da Câmara.

Em declarações à agência Lusa, pelas 9h20, Leopoldo Rodrigues explicou que a noite “foi muito melhor” do que a anterior.

“Felizmente, a noite foi melhor do que a anterior. A temperatura desceu e houve um aumento da humidade, o que provocou uma progressão mais lenta das chamas”, disse.

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O autarca adiantou que o dia de hoje também já permite a operação dos meios aéreos, pelo que o objetivo principal passa por tentar, pelo menos, circunscrever o fogo.

“Vamos tentar com os meios aéreos – que não foi possível utilizar na segunda e na terça-feira – pelo menos limitar o fogo”.

Este incêndio entrou em Castelo Branco a partir do concelho do Fundão, tendo origem em Arganil, no distrito de Coimbra, onde deflagrou na quarta-feira, pelas 5h00.

Este incêndio já se estendeu também aos concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã (Castelo Branco).

A Câmara de Castelo Branco ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil ao final da noite de domingo.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.

Segundo dados oficiais provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.

Fardos, flocos e farinha de plástico: fomos conhecer uma unidade de reciclagem

Os fardos de plástico formam parte da paisagem da unidade de reciclagem da Micronipol Becomes Veolia, em Freixianda, no concelho de Ourém: são estruturas altas, com uma geometria algo rectangular, de diferentes aspectos, conforme o tipo de plástico que agregam. Alguns são formados por embalagens – detergentes vários, iogurtes, boiões – esmagadas e apertadas entre si. Outros fardos parecem ser feitos de sacos de plástico. Outros são um amontoado de redes de pesca, sem grande forma.

Quem caminha ao lado destas estruturas apercebe-se do seu carácter comprimido, onde objectos individuais se diluem numa nova textura, embrulhada em sujidade e cheiro, que revela algo sobre a materialidade artificial do plástico, o uso banal que os humanos fazem de muito deste material e o problema incómodo deste resíduo enquanto poluente em massa.

Só em 2023, o mundo produziu 374,2 milhões de toneladas de novo plástico (mais 140 milhões de toneladas do que em 2000) e 36,2 milhões de toneladas de plástico reciclado através de técnicas mecânicas (as mais usadas), o equivalente a 8,75% do total de plástico produzido. Para se ter uma ideia da evolução da reciclagem nos últimos anos, entre 2018 e 2023 houve mais 6,2 milhões de toneladas de plástico reciclado produzido. No entanto, durante o mesmo período, produziram-se mais 34,8 milhões de toneladas de novo plástico, não reciclado. Ou seja, a distância entre o que é produzido e o que é reciclado vai sendo cada vez maior.

Fardos de plástico prontos para irem para a reciclagem
MIGUEL A. LOPES/Lusa

Estes números mostram algo sobre o desafio de travar a poluição por plástico, um problema que foi discutido na segunda parte da 5.ª sessão do Comité Intergovernamental de Negociação das Nações Unidas (INC-5.2, na sigla em inglês) para a elaboração de um tratado sobre os plásticos, que se realizou em Genebra, na Suíça, entre 5 e 14 de Agosto. No entanto, os países não atingiram um consenso sobre o tratado.

Uma nova vida

Mas os fardos à nossa volta integram um esforço que quer fazer parte da solução. À sua frente, estará um processo de lavagem, trituração e extrusão, que vai dar uma nova vida a este material.

“Cada quilo de plástico que reciclamos é um quilo que não está algures no ambiente”, resume Sandra Silva, directora de resíduos da Veolia Portugal, dando o tom à visita dos jornalistas feita há alguns meses àquela unidade. A visita foi promovida pela Electrão, entidade gestora de resíduos.

A Veolia é uma empresa de gestão de água e de resíduos, e de serviços de energia. Nascida em França, a multinacional tem várias sucursais, incluindo a portuguesa que foi criada em 1992. Em 2024, a sucursal portuguesa comprou a Micronipol, que agora se chama “Micronipol Becomes Veolia”. “A aquisição da Micronipol veio pôr a Veolia em Portugal no mapa do ciclo fechado do plástico da Veolia a nível do grupo e reforça a posição da Veolia em termos de mercado europeu”, diz Sandra Silva.

Naquela unidade, são reciclados três dos vários tipos de plásticos existentes: o polietileno de alta densidade, mais resistente e usado para produzir vários tipos de embalagens, de champôs a detergentes; o polietileno de baixa densidade, de onde vêm os sacos de plástico; o polipropileno, que serve para produzir canos e tampas de garrafa, por exemplo.

“Produzimos anualmente do nosso produto granulado cerca de 15 mil toneladas por ano, 40% é para exportação”, explica aos jornalistas Paulo Ferreira, director comercial da Micronipol Becomes Veolia. A origem destes resíduos vem do sector urbano – neste caso, a empresa compra às entidades gestoras de resíduos, como a Electrão –, e do sector não urbano, como a indústria e o comércio.

Lixo em português

Em 2023, os portugueses produziram 5,34 milhões de toneladas resíduos urbanos, dos quais 10,8% são plástico, o equivalente a 576 mil toneladas, de acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente. Já o sector não urbano produziu no mesmo ano 15 milhões de toneladas de resíduos, adianta Sandra Silva.

“Isto significa que, por cada tonelada de resíduos urbanos que produzimos, deixamos na produção e comercialização dos produtos que deram origem aos nossos resíduos três vezes aquilo que vai sair da nossa produção de resíduos”, aponta a responsável. “Temos atrás de nós uma pegada de resíduos que foram necessários para a produção dos produtos que nós temos.”

A nível pessoal, cada cidadão em Portugal produz em média 505 quilos de resíduos urbanos por ano, cerca de 50 quilos serão plásticos. Em 2024, entraram 100.552 toneladas de embalagens de plástico nos ecopontos, segundo o sistema integrado de gestão de resíduos de embalagens (SIGRE), o equivalente a 13 quilos por capita. Ou seja, longe de todos os resíduos urbanos de plástico produzidos.

“A nossa posição é de incentivo à reciclagem. Quanto mais reciclagem tivermos, menos matéria-prima virgem é reintegrada [na nova produção de plástico]”, defende Sandra Silva.

O som da reciclagem

Na unidade da Micronipol, os processos que o plástico atravessa para ser reciclado são mecânicos e térmicos. Ocorre a fragmentação do plástico, a lavagem, o aquecimento para ele se fundir, mas não há uma alteração química. Ou seja, as moléculas que compõem o plástico não são transformadas em novas moléculas.

Dentro da unidade, o resultado imediato daqueles processos é um ruído constante de máquinas a fazerem o seu trabalho ao longo de vários salões. O material começa por passar primeiro numa guilhotina, para ser cortado em pedaços mais pequenos, e de seguida no tromel, que é um crivo rotativo que deixa cair pedras e outros materiais pesados. A seguir vem a triagem manual, em que são retirados outros materiais contaminantes: papel, cartão, metais e plásticos de outras categorias que não vão ser reciclados.

Estes passos são importantes, é necessário evitar ao máximo que o plástico reciclado esteja contaminado com outros materiais. É dessa forma que se garante a sua qualidade e pureza, para se poder transformar em algo novo. Justamente por nunca ser 100% puro, o plástico reciclado tem de ser usado numa determinada percentagem com plástico novo quando é usado na produção de muitos dos objectos.

Depois da descontaminação, o material passa pela primeira lavagem e sofre um processo de decantação: os polietilenos são menos densos do que a água e sobrenadam, podendo ser retirados. Nos passos seguintes, os polietilenos passam por uma moagem, uma segunda lavagem (foi recordado aos jornalistas que não é necessário lavar os plásticos antes de serem colocados na reciclagem, já que eles são lavados durante o processo) e são desidratados, para entrarem na segunda fase.

Plástico, poesia e poluição

Após a secagem, uma mangueira comprida deixa cair um amontoado de pequenos flocos numa passadeira rolante. Alguns deles, brancos, voam para fora e caem leves como se fossem neve, numa poesia misteriosa e descontextualizada da paisagem sonora envolvente.

A materialidade do plástico reveste-se desse mistério que chama a atenção para uma contradição. Ao longo da visita, os objectos sujos e empilhados são transformados em diferentes formas: cortados em pedaços, depois moídos em flocos, moldados como se fossem uma massa (já lá vamos), cortados em granulado. Parte deles é micronizada – ou seja, moída em grãos microscópicos. É assim que fica pronta para ser moldada, de novo, em objectos.

Assim, o plástico vai-se parecendo com neve, com contas, com farinha, como se fizesse parte dos grandes ciclos da natureza. Mas permanece imutável na sua constituição molecular, possibilitando uma vantagem plástica, um potencial prático, que permitiu que se tenha introduzido em todos os recantos do mundo dos objectos humanos. No entanto, é essa mesma resistência que o torna um composto não degradável. O plástico fragmenta-se, sim, transformando-se em microplástico, mas tem uma enorme dificuldade em se integrar na constituição natural da vida. E por isso vai penetrando nos ecossistemas da Terra, da Antárctida ao cérebro humano, poluindo e causando danos, sem qualquer poesia.

Os flocos de plástico já passaram por um processo de limpeza e corte, agora estão prontos para a fase de extrusão
MIGUEL A. LOPES/Lusa

É esse problema que muitos países querem começar a resolver com um tratado sobre os plásticos, que está a ser discutido desde Novembro de 2022, sem grande sucesso. Na Conferência do Oceano das Nações Unidas, ocorrida em Junho, na França, 95 países assinaram a Declaração de Nice, numa tentativa para pressionar a redução global da produção e consumo de plásticos para níveis sustentáveis e eliminar progressivamente químicos problemáticos durante aquela produção, entre outras demandas. Esta vontade vai contra a indústria petrolífera e muitos países produtores de petróleo, que querem apenas regular os resíduos. Em Agosto, perante o bloqueio dos Estados Unidos e de outras nações produtoras de petróleo, as negociações para um tratado vinculativo voltaram a falhar.

Equilíbrio ambiental

Sandra Silva defende a importância dos plásticos para muitas situações, como na manutenção das condições sanitárias dos hospitais. “Não queremos andar para trás neste progresso”, defende, adiantando que o problema pode ser enfrentado com novas formas de plástico, como o biológico. Mas não é uma solução linear.

“Temos de arranjar materiais alternativos que não sejam piores para o ambiente, porque temos de ter sempre um compromisso entre de onde é que vem a matéria-prima para fazer este novo plástico” e o impacto que tem no ambiente, diz. “Não podemos começar a ocupar campos agrícolas para produzir plástico biológico em vez de alimentos”, exemplifica a empresária.

Este equilíbrio estreito, que se estende a outros tipos de consumo, como o da energia e de alimentos, não parece fácil de ser alcançado num planeta com mais de oito mil milhões de humanos. De qualquer forma, no caso da poluição por microplásticos, a Veolia acredita que a tecnologia pode dar respostas.

“Uma das barreiras que podemos ter para evitar que os microplásticos cheguem ao ambiente é no saneamento e nas águas residuais”, defende Sandra Silva. “A probabilidade de os microplásticos entrarem numa ETAR [estação de tratamento de águas residuais] é elevadíssima. Estamos a trabalhar em investigação e desenvolvimento para, ao nível do tratamento dos efluentes, conseguir fazer a retenção dos microplásticos.”

Diferentes cores

Voltando à unidade de reciclagem, o amontoado de flocos de plástico na passadeira rolante destina-se ao processo de extrusão, onde é submetido a uma temperatura em que o plástico se torna pastoso. No caso do polietileno de baixa densidade, a temperatura atinge os 140 graus Celsius, no de alta densidade, tem de ir até aos 260 graus.

O estado pastoso permite o material ser empurrado por uma fieira, como se fosse esparguete, para depois atravessar uma estrela com lâminas, que transforma “o esparguete” no tal granulado. Por fim, o granulado é arrefecido com água para solidificar e é centrifugado para retirar o excesso de água.

Enquanto o plástico de polietileno de baixa densidade é branco, o de alta densidade é de várias cores e é possível separá-las durante o processo. Há granulado azul, vermelho, roxo, amarelo, preto e branco. Já o polipropileno é só de cor preta. Estas variações podem ter importância para o destino final deste material.

Depois, o material está pronto para ser usado, nas suas variadas formas, entrando de novo no ciclo do consumo e evitando alguma produção de plástico novo. “Os nossos clientes fazem os sacos do lixo de resíduo hospitalar, cordas, os vasos, os tubos de rega gota a gota, embalagens, detergentes”, enumera Paulo Ferreira, exemplificando algumas das finalidades do plástico produzido ali. “As embalagens já não têm aquela cor branca, branca. Já começam a ser um bocadinho acinzentadas – porque têm a integração de material reciclado.”

“Tenho informações bastante preocupantes”. Luís Filipe Vieira é candidato à presidência do Benfica

O ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, vai voltar a candidatar-se à presidência das águias, para tentar salvar o “legado” que deixou e diz estar a ser destruído. Em 2022 tinha dito que não voltaria ao cargo, “nem que Cristo descesse à terra”. “Vou ser candidato. Tem tudo a ver com o legado que eu deixei no Benfica. Deixei um legado muito importante no Benfica, um legado que ninguém igualou. Deixei o clube com um património como nunca teve. Deixei o património pago. Deixei um clube com uma estrutura profissional devidamente organizada, que era admirada em termos europeus. Deixei uma

Google integra conteúdos da agência de notícias australiana para reforçar e melhorar respostas do Gemini

A agência de notícias Australian Associated Press (AAP) vai fornecer os seus conteúdos à Google para melhorar as respostas do Gemini, modelo de inteligência artificial (IA) da tecnológica, anunciaram hoje as empresas sem revelar o valor do acordo.

“Estamos muito satisfeitos com a parceria com a Google para que nosso jornalismo sirva como um mecanismo para garantir a rapidez e e a precisão das informações fornecidas pelos seus produtos”, disse Emma Cowdroy, diretora-geral da agência noticiosa australiana, fundada há 90 anos.

“Este é um claro testemunho da nossa reputação como uma organização de notícias líder e confiável”, salientou.

Nic Hopkins, responsável local de parcerias da tecnológica Googlena área dos media, congratulou-se com o acordo que irá fornecer “informação em tempo real para aprimorar as respostas” fornecidas pelo Gemini.

Esta é mais uma empresa de media que assina contratos com um dos maiores ‘players’ da área de IA Generativa.

Em meados de janeiro, a Agence France-Presse (AFP) firmou uma parceria com a ‘startup’ francesa Mistral para permitir a integração das suas notícias às respostas fornecidas pelo seu ‘chatbot’, programa de conversação assente em IA.

Outros media entraram em ações judiciais contra empresas de IA por alegado uso de conteúdo protegido por direitos de autor, um tema que está a assumir relevância com o desenvolvimento da inteligência artificial generativa.

Bob Vylan estreiam-se mesmo em Portugal em outubro

O duo britânico de punk-rap Bob Vylan estreia-se em Portugal a 8 de outubro no LAV – Lisboa Ao Vivo, anunciou esta manhã a promotora I Want More Live.

O conjunto natural de Ipswich — formado pelo vocalista/guitarrista Bobby Vylan e pelo baterista Bobbie Vylan — já vinha a criar reputação pelo pendor político e ativista da sua música e das suas atuações, mas ficou nas bocas do mundo após a sua passagem pelo festival Glastonbury a 28 de junho.

Essa ocasião ficou marcada pela entoação de cânticos pela “Palestina Livre” e de “Morte às IDF” — referindo-se assim ao Exército israelita — pela própria banda, incentivando o público a fazer o mesmo.

Tais atos motivaram uma onda de controvérsia no Reino Unido, gerando inclusive a abertura de um inquérito criminal — ainda a decorrer — à atuação, com as autoridades a encararem o sucedido como um “incidente de ordem pública”.

A atuação também levou os EUA a revogar os vistos à dupla, acusando-a de “discurso de ódio”, e a sua integração na digressão europeia dos norte-americanos Gogol Bordello ficou comprometida “devido a complicações logísticas”. Originalmente, os Bob Vylan deveriam fazer os concertos de abertura dessa banda no dia 11 de outubro, no LAV-Lisboa ao Vivo, e no dia 12 de outubro, no HardClub, no Porto.

No entanto, a par desse cancelamento, a banda fez também saber que estava a trabalhar em marcar outras datas na Europa, o que agora se veio a confirmar.

Os bilhetes para este concerto já se encontram à venda pelo valor de 25 euros.

Terceira vítima mortal dos incêndios; conduzia uma máquina de rasto

Homem morreu em Mirandela durante esta madrugada. Cinco operacionais da proteção florestal feridos no Sabugal. Um homem morreu na última madrugada em Mirandela enquanto ajudava combater um fogo. É a terceira vítima mortal dos incêndios em Portugal neste ano. Vítor Correia, presidente da Câmara Municipal de Mirandela, explicou na TSF que a vítima estava a conduzir uma máquina de rasto, que prepara o terreno para os bombeiros, em zona de corta-fogos. “Teve um acidente numa máquina, na operação de entrada e saída da máquina. Terá caído da máquina e provocou um acidente mortal. É de lamentar”, comentou o autarca. Marcelo

Viver em grandes altitudes pode previnir a obesidade (o sétimo andar não conta)

Um novo estudo revelou que viver em grande altitude é um protetor contra a obesidade, o que pode dever-se ao efeito da altitude no metabolismo e apetite. Mas atenção… o sétimo andar não conta; só da Serra da Estrela para cima. As crianças parecem ter menos probabilidade de serem obesas se viverem em grande altitude. É a principal conclusão de um estudo publicado recentemente na medRxiv. A descoberta encaixa-se com a evidência existente de que grandes altitudes ajudam a afastar a condição, talvez porque os nossos corpos queimem mais energia quando expostos a níveis mais baixos de oxigénio. Como a

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