PS recandidata autarca Luís Rosinha à Câmara de Campo Maior

O atual presidente da Câmara de Campo Maior, no distrito de Portalegre, Luís Rosinha, recandidata-se ao cargo pelo PS, em busca do 2.º mandato consecutivo, revelou, esta segunda-feira, o próprio à agência Lusa.

O autarca, de 42 anos, que é engenheiro técnico civil de profissão, afirmou que se recandidata para “dar continuidade” ao projeto que lançou no atual mandato.

O “principal alvo” de Luís Rosinha passa pelo crescimento económico do concelho: “Já é um concelho de referência nesta área, mas queremos mais”, frisou.

Caso vença as eleições autárquicas de 12 de outubro, os setores da habitação e da regeneração urbana são outras áreas que disse pretender continuar a desenvolver nos próximos anos.

Luís Rosinha indicou ainda que vai apostar na área do ambiente, nomeadamente no setor do tratamento de resíduos.

“Nós temos muito trabalho feito, mas há muito mais para fazer ainda nestas áreas”, acrescentou.

Esta é a segunda candidatura oficializada à Câmara de Campo Maior, após CDU ter já anunciado que a sua lista é liderada pelo professor Pedro Reis, de 61 anos.

O executivo da Câmara de Campo Maior é formado por três eleitos do PS e dois da CDU.

As eleições autárquicas estão marcadas para o dia 12 de outubro.

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Mondlane quer partido a participar no diálogo político em curso em Moçambique

O político moçambicano Venâncio Mondlane manifestou, esta terça-feira, a pretensão de o seu partido, Anamola, participar do diálogo político em curso em Moçambique, afirmando ter ideias a submeter para reformas no Estado e do sistema eleitoral.

“Temos interesse e não só dizemos isso hoje, como também nas duas sessões que nós tivemos com o Governo atual, nós fizemos questão de repisar esta questão: queremos contribuir, temos ideias a submeter”, disse Mondlane, durante a primeira sessão extraordinária do partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (Anamola), aprovado há menos de uma semana pelo Ministério da Justiça moçambicano.

Em 5 de março, o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, os principais partidos políticos de Moçambique e algumas formações extraparlamentares assinaram, em Maputo, um acordo focado em reformas estatais, no âmbito do diálogo político para o fim da crise pós-eleitoral no país.

Na altura, o chefe de Estado disse que o acordo político assinado abre “novas perspetivas” face às reformas estatais, defendendo que “não é sobre pessoas”, mas que assinala uma “nova era” face à crise após o escrutínio.

Na primeira sessão extraordinária do Anamola, Venâncio Mondlane fez também menção à necessidade de reformas no sistema eleitoral moçambicano, propondo a concretização de um modelo de “apuramento parcial ‘online’” da votação, para aumentar a confiança pública nos resultados.

O ex-candidato presidencial referiu também que Moçambique precisa “mudar as regras de jogo”, sugerindo que se crie uma Constituição, além de uma reforma fiscal, que permita uma maior descentralização.

“Para a existência de um Estado, na perspetiva do Anamola, justiça social é fundamental. Se não há oportunidades igualitárias para todos, então há um problema existencial desse mesmo Estado”, acrescentou.

[Governo decide que é preciso invadir a embaixada para pôr fim ao sequestro. É chamada uma nova força de elite: o Grupo de Operações Especiais. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. Ouça no site do Observador o quinto episódio deste podcast plus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui e o quarto aqui]

O Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos de Moçambique aceitou, em 15 de agosto, o pedido de registo do partido de Venâncio Mondlane, que deu entrada em abril, disse à Lusa o seu mandatário judicial, Mutola Escova.

O político anunciou em 07 de agosto que alterou a designação do seu partido, passando de Anamalala para Anamola, após pedido do Governo moçambicano, que considerou que a anterior sigla carregava “um significado linguístico”.

Anamalala significa “vai acabar” ou “acabou”, expressão usada por Venâncio Mondlane durante a campanha para as eleições gerais de 09 de outubro de 2024 – cujos resultados não reconhece – e que se popularizou durante os protestos por si convocados nos meses seguintes.

Moçambique viveu desde as eleições gerais de 09 de outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas por Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais que deram vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder.

Segundo organizações não-governamentais que acompanham o processo eleitoral, morreram cerca de 400 pessoas em confrontos com a polícia, conflitos que cessaram após dois encontros entre Mondlane e Chapo, com vista à pacificação do país.

Incêndios: Marcelo defende ministra e pacto de regime

O Presidente da República considera que “há coisas a mudar e a melhorar” no combate e prevenção de incêndios, apoia um pacto de regime e defende a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral.

Marcelo Rebelo de Sousa falava esta terça-feira aos aos jornalistas, em Vila Franca do Deão, na Guarda, após o funeral do ex-autarca Carlos Dâmaso.

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O chefe de Estado partilha a necessidade de um pacto de regime. “Acho que é fundamental que todos façam o melhor em conjunto para encontrar um sistema que vá aprendendo com as lições. E já há muitas lições que podemos aprender”, sublinhou.

Incêndios: Um ferido grave com queimaduras no Sabugal

Marcelo Rebelo de Sousa defende uma reflexão quando terminar a temporada de incêndios, mas diz que há coisas a melhorar.

“Terminada esta época, é evidente que há reflexões a fazer, porque aprende-se com a nossa experiência e com a do estrangeiro. Com a nossa experiência aprende-se e há coisas a mudar e a melhorar. Não é este o tempo ainda.”

Ministra “acaba de chegar”

A ministra da Administração Interna foi criticada pela falta de respostas aos jornalistas, autarcas e populações. Marcelo Rebelo de Sousa defende Maria Lúcia Amaral, antiga provedora de justiça que está há poucos meses no Governo.

“É natural que as pessoas queiram respostas imediatas, admito que quem acaba de chegar há dois meses esteja a descobrir os problemas e as respostas a dar“, afirmou o Presidente, recordando que também ele ouviu “coisas muito mais violentas” no passado.

257 bombeiros morreram em serviço nos últimos 45 anos

Questionado se a ausência de respostas da ministra não deixa as populações mais perdidas, Marcelo Rebelo de Sousa responde que “isso também se aprende”.

“Eu próprio aprendi e estava muito ligado ao meio da comunicação social. Aprendi muito que é um papel fundamental o da comunicação social, o do esclarecimento, informação atempada, fazer as pessoas acreditarem nos responsáveis, no sistema. E nem sempre quem está perante situações de sufoco é capaz de perceber isso e responder em conformidade”, sublinhou.

Perante as críticas dos autarcas sobre a falta de meios e de populações a combater o fogo sozinhas, o Presidente diz que, em comparação com 2017, ano do dramático incêndio de Pedrógão Grande, foram retiradas lições, mas admite que poderá não ter sido suficiente.

“Aprendeu-se uma parte, até agora felizmente não tivemos 100 mortos, mas basta haver um morto nas circunstâncias como esta para fazer refletir no sistema e fazer refletir para o futuro. Na sequência de 2017 houve uma grande reflexão e houve mudanças. A conclusão a que poderá chegar-se no futuro é que as mudanças não foram suficientes e que há coisas a ir mais fundo em termos de mudanças”, sublinhou.

Luís Filipe Vieira anuncia candidatura ao Benfica

Luís Filipe Vieira anunciou esta terça-feira, em entrevista à CNN Portugal, que vai ser candidato à presidência do Benfica nas eleições de outubro. Confirma-se a notícia avançada pela Renascença, no início de julho.

“As circunstâncias mudaram todas e vou ser candidato à presidência do Benfica“, afirmou Luís Filipe Vieira, que em 2022 disse que não voltaria à liderança do Benfica nem que Jesus Cristo descesse à terra.

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O candidato diz que vai avançar porque teve “informações preocupantes” e o seu legado está a ser destruído pelo atual presidente, Rui Costa.

“Tem a ver muito com o legado que eu deixei. Deixei um legado muito muito grande no Benfica, um legado que nunca ninguém o fez, deixei o Benfica com património como nunca teve, com uma estrutura profissional admirada em termos europeus. Deixei uma casa como nunca ninguém a deixou. Ao longo destes quatro anos, tudo foi destruído menos o património, mas mesmo assim o património não teve manutenção e está deteriorado”.

Luís Filipe Vieira considera que o Benfica está sem liderança e acusa Rui Costa de “falta de carácter”, por o ter ignorado quando deixou a presidência dos encarnados ao fim de 18 anos.

O candidato decidiu avançar porque vê nuvens negras no futuro próximo do clube: “Tenho a noção que o Benfica vai passar por problemas gravíssimos. Basta ver o que se fez neste momento ao Benfica sem planeamento algum gastaram-se milhões, milhões e milhões”.

O Benfica “não tem projeto, não tem gestão” e tudo é feito em função da campanha eleitoral, acusa Vieira, que critica o projeto Benfica District, apresentado por Rui Costa.

“Sou inocente”

Questionado sobre os casos de justiça, Luís Filipe Vieira considera que é inocente e tem toda a legitimidade para ser candidato.

“Sou um cidadão como outro qualquer, tenho os mesmos direitos, posso candidatar-me e confio plenamente na justiça e naquilo que eu fiz. Não fiz nada. Sou inocente. Vamos aguardar. As pessoas não se precipitem, ninguém me vai julgar publicamente.”

O antigo líder das águias diz que em momento algum vai fugir da justiça e que “não lesou o Estado em lado nenhum”.

[em atualização]

Euromilhões desta terça-feira: Veja a chave de 250 milhões

A chave vencedora do Euromilhões desta terça-feira, 18 de agosto de 2025, é composta pelos números 24 – 31 – 34 – 41 – 43 e pelas estrelas 6 e 8.

Em jogo no primeiro prémio está um “jackpot” de 250 milhões de euros.

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Os prémios atribuídos de valor superior a 5 mil euros estão sujeitos a imposto do selo, à taxa legal de 20%, nos termos da legislação em vigor.

A chave constante neste artigo não dispensa a consulta do site do Departamento de Jogos da Santa Casa.

Desde o início do Euromilhões, já saíram em Portugal um total de 79 primeiros prémios.

“Uma busca mortal”: 1.857 palestinianos mortos à procura de comida em Gaza, diz a ONU

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Agente do ChatGPT pode controlar o seu computador; mas como funciona e qual é a ideia

Com novas ferramentas e maior autonomia, o chatbot de IA de referência da OpenAI está mais capaz (e potencialmente mais perigoso) do que nunca. O ChatGPT agent é uma nova atualização ao modelo principal de inteligência artificial (IA) da  que o equipa com um computador virtual e um conjunto de ferramentas integradas. Estas novas ferramentas permitem ao agente fazer tarefas complexas, em múltiplas etapas, que versões anteriores do ChatGPT eram incapazes de fazer, como controlar o nosso computador e fazer tarefas por nós. Esta versão mais poderosa – que, ainda assim, continua a ser altamente dependente da entrada e supervisão

Quarta na TV: Uma Noite de Jogo com O Homem Invisível e Amanda Knox

CINEMA

Noite de Jogo
Star Movies, 18h22

Para escaparem à rotina, Max e Annie juntam-se semanalmente a outros casais para uma noite de jogos. Cada semana, um deles organiza um evento. Num desses serões, Brooks, irmão de Max, decide elevar as coisas a outro nível e organiza uma festa sob o tema “assassinato mistério”. O jogo que, tal como o próprio nome indica, terá assassinos e assassinados, promete ser tão entusiasmante que ninguém chegará a perceber onde acaba a ficção e começa a realidade. É então que, a meio da explicação de Brooks, a casa é invadida por dois homens que o atacam, amordaçam e levam consigo. Os seis amigos, convencidos de que tudo faz parte da brincadeira, entram no jogo e iniciam a investigação. Tudo parece correr como o esperado até que, no meio de tantas peripécias e cenas verdadeiramente arriscadas, eles começam a ter sérias dúvidas sobre se estarão apenas a divertir-se ou realmente a lutar pela vida… Uma comédia negra de 2018 realizada por John Francis Daley e Jonathan Goldstein. Com Jason Bateman, Rachel McAdams, Billy Magnussen, Sharon Horgan, Lamorne Morris, Kylie Bunbury, Jesse Plemons, Michael C. Hall e Kyle Chandler.

O Homem Invisível
TVCine Action, 19h15

Há já vários anos que Cecilia Kass se vê aprisionada a um relacionamento disfuncional com Adrian Griffin, um cientista brilhante mas com comportamentos de sociopata. Apesar de todas as tentativas de terminar a relação, ela nunca se conseguiu libertar. Um dia, contra todas as expectativas, ele suicida-se, deixando-lhe muito dinheiro. Depois de uma calmaria inicial, Cecilia depara-se com uma série de situações inexplicáveis que a fazem suspeitar de que a morte de Adrian tenha sido encenada. Desesperada com o que lhe possa acontecer, ela pede ajuda, sem que ninguém acredite nas suas palavras ou faça algo para a proteger. Consciente de que agora enfrenta um inimigo invisível, e portanto muito mais perigoso, ela vai ter de encontrar coragem de o enfrentar sozinha. Com Elisabeth Moss, Aldis Hodge e Storm Reid, um filme de Leigh Whannell (argumentista da saga Saw e realizador de Upgrade ou Insidious: Capítulo 3), que se inspira no romance homónimo de H. G. Wells tantas vezes adaptado ao cinema.

SÉRIES

Ronja, a Filha do Ladrão
TVCine Edition, 22h10

Estreia. Em 1981, a sueca Astrid Lindgren publicou Rónia, Filha de Ladrão, um livro de fantasia para crianças de grande sucesso. Ao longo dos anos, teve várias adaptações, incluindo um filme sueco poucos anos depois, dois musicais e uma série anime japonesa em 2014. No ano passado, ganhou novo fôlego nesta minissérie de imagem real. A segunda temporada é a última e tem, como a anterior, seis episódios. É a história de uma rapariga que cresce no seio de um grupo de ladrões chefiado pelo seu pai. Um dia, salva o filho de um clã rival e fica amiga dele, o que a lança numa aventura.

O Estranho Caso de Amanda Knox
Disney+, streaming

Estreia. Em 2007, a americana Amanda Knox foi estudar para Perúgia, na Itália. Foi viver com três outras raparigas, uma delas a britânica Meredith Kercher. Menos de dois meses depois, Kercher foi encontrada assassinada e Knox foi acusada desse homicídio, chegando a ser presa. Foi depois provado que não era ela a assassina. Esta minissérie, criada por K.J. Steinberg e com Grace Van Patten no papel principal, conta essa história. A estreia faz-se com dois episódios.

DOCUMENTÁRIOS

As Ilhas Chagos – A Esperança dos Recifes de Coral?
RTP2, 16h26

O arquipélago de Chagos, que fica no Oceano Índico, longe de tudo, a 1500 km do sítio continental mais próximo, só é habitado há dois séculos e é uma das maiores áreas de conservação marinha do mundo. É largamente intocado, sendo um dos últimos sítios selvagens que existem na terra. Este documentário acompanha uma expedição científica que explora a zona.

A Última Sessão
RTP2, 23h08

Às portas da reforma, Bernard Guyonnet é um homem gay parisiense na casa dos 60 anos que, em novo, viu dois parceiros morrerem de sida. Este documentário assinado por Gianluca Matarrese em 2021 é um retrato dele, numa conversa sobre vários temas relacionados com a sua vida queer. Passou na edição desse ano, a 78.ª, do festival de Veneza, tendo ganhado o prémio Queer Lion.

Fogo lavra com “grande intensidade” em Seia que tem dez aldeias confinadas

O incêndio no concelho de Seia, no distrito da Guarda, continua a lavrar “com grande intensidade”, numa altura em que o vento “está muito forte”, afirmou esta terça-feira ao final da tarde o presidente do município, que tem neste momento dez aldeias confinadas devido às chamas.

“O incêndio [naquele concelho do distrito da Guarda] continua a lavrar com grande intensidade porque o vento está muito forte e, até ao final da tarde, vai continuar muito forte”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Seia, Luciano Ribeiro.

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Segundo o autarca, o incêndio dirige-se para o parque eólico da Serra da Alvoaça, numa zona de pinhal extenso, que preocupa as autoridades.

Caso o vento não vire de direção, o incêndio poderá “bater na zona queimada do lado da Covilhã”, notou.

Luciano Ribeiro mostrou também preocupação com as localidades situadas no vale do Alvoco, nomeadamente Vasco Esteves de Baixo e Fontão.

Incêndios: Um ferido grave com queimaduras no Sabugal

De momento, o município tem dez aldeias confinadas: Cabeça, Barriosa, Frádigas, Muro, Teixeira de Cima, Teixeira de Baixo, Vasco Esteves de Cima, Vasco Esteves de Baixo, Outeiro de Vinha e Alvoco da Serra.

“A maioria das aldeias foi abrangida pelos programas de Condomínio de Aldeia e Aldeia Segura e o procedimento tem sido o confinamento”, explicou o presidente da Câmara de Seia.

Para Luciano Ribeiro, a estratégia passa por aguentar “estas horas de vento mais intenso” e planear o combate durante a noite, estando a reparar e recuperar as máquinas de rasto para tentar atacar nesse período.

No entanto, esse tipo de estratégia “é cada vez mais difícil porque os operacionais estão cada vez mais cansados e debilitados”, notou.

Segundo o presidente da Câmara de Seia, notam-se dificuldades entre a identificação de necessidades no combate e a resposta efetiva.

“Entre a necessidade, o processo de comunicação, a análise, a tomada de decisão e a intervenção perdem-se as oportunidades todas em que os meios eram úteis”, constatou, referindo que não tem sido possível nem consolidar a cauda do incêndio nem suster a sua frente.

O incêndio que lavra em Seia teve origem no Piódão, Arganil, na quarta-feira.

Além destes dois concelhos, o fogo estendeu-se à Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra) e Castelo Branco, Fundão e Covilhã (Castelo Branco).

Armas de fogo usadas em mais de 70% dos casos de violência sexual em conflitos

Armas de fogo foram utilizadas em 70% a 90% dos 4.600 casos de violência sexual em conflitos registados em 2024, indicou esta terça-feira a ONU, alertando para o impacto da proliferação de armas de pequeno porte nesse tipo de crime.

Os dados foram transmitidos esta terça-feira ao Conselho de Segurança da ONU pela representante especial para a Violência Sexual em Conflitos, Pramila Patten, que garantiu que a proliferação de armas de pequeno porte e de armamento ligeiro continua a alimentar a violência sexual, apesar do Tratado sobre o Comércio de Armas exigir que os Estados-membros suspendam a transferência de armamento para atores implicados em violência de género.

Ao longo de 2024, e segundo um relatório apresentado esta terça-feira junto do Conselho de Segurança, foram documentados mais de 4.600 casos de violência sexual relacionada com conflitos, incluindo como tática de guerra, tortura, terror e repressão política, marcando um aumento de 25% em relação a 2023.

Contudo, segundo Pramila Patten, os números mostram apenas os casos passíveis de verificação pela ONU, admitindo existir uma “subcontagem crónicaque não representa a escala e magnitude dos incidentes reais.

O relatório de 2024 identifica 21 situações preocupantes para a ONU, sendo que o maior número de casos se registou na República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Haiti, Somália e Sudão do Sul.

As Nações Unidas alertaram para o impacto desproporcional desta violência nas mulheres e raparigas, que representam consistentemente mais de 90% dos casos verificados (92% em 2024).

O relatório regista ainda violações contra vítimas com idades compreendidas entre apenas 1 ano e os 75 anos de idade, incluindo pessoas com deficiência.

Também a violência sexual contra crianças aumentou (35% no último ano), com os incidentes de violação coletiva a aumentar drasticamente, “causando danos duradouros e geracionais”, disse a representante da ONU no debate do Conselho de Segurança.

Perante dezenas de países que participaram no debate – incluindo Portugal -, Patten aproveitou ainda para criticar os cortes de financiamento humanitário decretados por vários Estados e que se têm sentido em organizações como a ONU, incluindo na luta contra a violência sexual.

“Enquanto estamos reunidos aqui (…), algo de fundamental está a desaparecer silenciosamente debaixo dos nossos pés. Os abrigos para sobreviventes estão a ser encerrados, os fornecimentos médicos para vítimas de violação estão a esgotar-se, as missões de paz estão a ser reduzidas e as clínicas estão a fechar as suas portas”, criticou.

“Ao mesmo tempo, as portas desta câmara estão a ser lentamente fechadas aos sobreviventes e à sociedade civil devido à escassez de recursos, às restrições nas viagens e ao risco crescente de represálias”, acrescentou a advogada oriunda das Maurícias.

Sem referir nenhum país em concreto, a representante da ONU questionou os diplomatas sobre os custos reais dos cortes de financiamento humanitário.

“Quanto nos custam os cortes e os retrocessos na ajuda humanitária? Como medimos isso? Em rubricas orçamentais? Ou em vidas, dignidade e confiança neste Conselho e na paz que pretende preservar? Podemos dar-nos ao luxo de minar a cooperação multilateral numa altura em que (…) o tempo está a ser atrasado em relação aos direitos das mulheres?”, questionou, garantindo que o “preço será mais caos e hostilidade”, que “apagará décadas de desenvolvimento”.

A representante especial reconheceu que houve progressos nas últimas décadas em termos de legislação e trabalho de campo, como clínicas móveis fornecidas pela ONU.

Mas, em termos de responsabilização, frisou a representante especial, quase não houve progresso.

“Devemos garantir que políticas de tolerância zero não se traduzam em zero consequências”, defendeu.

Na semana passada, por ocasião do lançamento do relatório anual da ONU sobre violência sexual relacionada a conflitos, a ONU alertou a Rússia e Israel para uma possível inclusão na lista de países e grupos armados envolvidos em violência sexual em períodos de guerra.

No relatório, que enumera 63 países ou entidades que recorreram a violações ou outras formas de violência sexual em conflitos armados, o secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou que estava a colocar a Rússia e Israel sob vigilância.

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