Faculdade da U. Porto alerta que negar educação para a sexualidade compromete saúde

A Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) alertou esta quinta-feira que negar aos jovens “uma educação para a sexualidade baseada na evidência científica, crítica e ética” é comprometer o seu desenvolvimento e saúde.

“Negar a jovens o direito a uma educação para a sexualidade baseada na evidência científica, crítica e ética, que aborde os corpos, os afetos, os limites, o consentimento e a diversidade, é comprometer o seu desenvolvimento afetivo-sexual e, fundamentalmente, a sua saúde”, sustentam os órgãos de gestão da FPCEUP e da associação de estudantes daquela faculdade, num comunicado sobre a “importância da educação para a sexualidade”.

Para a faculdade e para os seus estudantes, “a sociedade não se pode demitir desta discussão”, porque “lutar por uma educação para a sexualidade é lutar por uma sociedade mais livre, mais justa, mais informada e mais feliz”.

“Reivindicar informação adequada a cada faixa etária, ministrada por profissionais capacitados e ancorada na ciência e nas melhores práticas internacionais, é não apenas uma exigência política, mas um dever coletivo“, sustentam.

A posição surge no momento em que decorre, até 05 de agosto, a consulta pública sobre a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC), onde o novo guião da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento dá menos atenção a temas como a sexualidade ou bem-estar animal e mais à literacia financeira ou ao empreendedorismo.

Para a FPCEUP e para os seus estudantes, “educação para a sexualidade é uma ferramenta poderosa na construção de vivências sexuais mais conscientes, responsáveis e respeitosas”.

“Ajuda a desconstruir padrões disfuncionais que inibem a expressão emocional, alimentam desigualdades e perpetuam diferentes formas de violência, que afetam todas as pessoas jovens”, sustentam.

Por outro lado, dizem, “a saúde sexual é um direito humano fundamental e uma dimensão central do bem-estar físico, emocional, mental e social, como tem sido amplamente demonstrado pela evidência científica acumulada ao longo das últimas décadas”.

“Enquanto elemento estruturante da saúde pública e fator promotor de igualdade, inclusão e desenvolvimento, a saúde sexual integra os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU”, afirmam.

Assim, “educar para a sexualidade é, antes de mais, garantir o acesso ao conhecimento sobre os corpos e os seus limites, sobre as vivências e os afetos, sobre a diversidade e o risco, entre outros temas”.

Esse conhecimento “é uma forma de proteção contra doenças sexuais e gravidezes não desejadas, mas também um meio de prevenção da violência e um instrumento de autoempoderamento face a situações de vitimização sexual”, acrescentam.

Na ausência dessa educação, “crianças e jovens tornam-se mais vulneráveis a mensagens simplistas e enganosas, disseminadas nas redes sociais e em discursos populistas, mensagens essas que nem sempre as figuras parentais conseguem reconhecer, acompanhar ou contrariar”.

A FPCEUP diz ser “igualmente urgente garantir uma educação para o consentimento”.

“Saber identificar os próprios limites e os das outras pessoas, e ter a confiança e segurança para os comunicar de forma clara e assertiva, é fundamental para prevenir situações de violência no namoro e noutros relacionamentos afetivo-sexuais”.

O Governo divulgou este mês a nova Estratégia Nacional para a Educação para a Cidadania e as Aprendizagens Essenciais para a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, cujo guião dá menos atenção a temas como a sexualidade ou bem-estar animal e mais à literacia financeira ou ao empreendedorismo.

O ministro da Educação garantiu, entretanto, que “não é verdade” que a Educação Sexual tenha sido excluída, tanto de Cidadania e Desenvolvimento, como dos currículos escolares em geral”.

Antigo deputado municipal do CDS concorre pelo Chega à Câmara de Aveiro

O antigo deputado municipal do CDS-PP Diogo Machado vai candidatar-se à presidência da Câmara de Aveiro pelo Chega, nas autárquicas de outubro, anunciou esta quinta-feirs o partido.

Em declarações à Lusa, o candidato disse que concorre à autarquia para apresentar “uma alternativa séria, transparente e rigorosa aos mesmos protagonistas de sempre”, referindo-se às candidaturas da coligação PSD/CDS/PPM e do PS.

Um dos principais projetos da sua candidatura é a construção de um novo Hospital de raiz, em parceria com a Universidade de Aveiro e entidades privadas, e que, segundo o mesmo, deverá estar pronto a funcionar no final do mandato.

“Será um hospital central e universitário a construir na zona do Parque Desportivo de Aveiro”, explicou Diogo Machado, adiantando que esta é a melhor localização para um equipamento que se quer definidor do futuro da cidade.

Outras das apostas são a criação de uma grande zona industrial intermunicipal, entre as Autoestradas A17 e A1, em parceria com os municípios vizinhos, e a implementação de um sistema de videovigilância na cidade de Aveiro.

O candidato promete ainda criar um departamento municipal para disponibilizar, em qualquer altura, todas as informações sobre contratos, projetos, licenciamento, investimentos, assumindo um compromisso com o rigor, as contas certas e a transparência.

“A transparência financeira, dos licenciamentos, dos contratos e dos ajustes diretos tem de ser total”, afirmou Diogo Machado, assumindo que a sua primeira ação, se vier a ser eleito, será solicitar à Inspeção Geral das Finanças a realização de uma auditoria às contas da Câmara de Aveiro.

Diogo Machado, de 56 anos, chegou a ser deputado do CDS-PP na Assembleia Municipal de Aveiro durante dois mandatos, de 1994 a 2001. Foi diretor-geral da empresa municipal de capitais mistos Aveiro Expo e atualmente é empresário.

Ao nível partidário foi vice-presidente da concelhia do CDS-PP, tendo-se demitido do cargo em junho de 2013, alegando discordâncias na estratégia autárquica local, depois do anúncio da reedição da coligação com o PSD. Acabaria por se desfiliar do partido em 2014. É presidente da secção local do Chega desde 2024.

Além de Diogo Machado (Chega), também já foram anunciadas as candidaturas à Câmara de Aveiro de Alberto Souto Miranda (PS), Luís Souto Miranda (PSD/CDS/PPM), João Moniz (Bloco de Esquerda), Miguel Gomes (Iniciativa Liberal), Isabel Tavares (CDU) e Bruno Fonseca (Livre).

Atualmente, a Câmara de Aveiro é liderada pelo social-democrata Ribau Esteves, que completará o seu terceiro mandato e, por esse motivo, não pode recandidatar-se.

Nas autárquicas de 2021, a coligação PSD/CDS-PP/PPM elegeu seis mandatos e o PS/PAN elegeu três. O Chega tem atualmente um eleito na Assembleia Municipal de Aveiro.

As eleições autárquicas vão realizar-se em 12 de outubro.

Max Verstappen vai manter-se na Red Bull em 2026

O neerlandês Max Verstappen, tetracampeão mundial de Fórmula 1, revelou esta quinta-feira que vai conduzir para a Red Bull em 2026, colocando um fim às especulações de que iria se transferir para a Mercedes.

“Penso que é tempo de colocar um ponto final nesses rumores, está bastante claro para mim que continuarei“, declarou Verstappen aos jornalistas presentes no circuito de Hungaroring, onde vai decorrer no próximo fim de semana o Grande Prémio da Hungria.

As dúvidas quanto à manutenção do neerlandês na Red Bull foram crescendo nas últimas semanas, depois deste não ter mostrado claramente a intenção de se manter na atual equipa e numa altura em que esta revela grandes dificuldades para responder ao domínio dos McLaren no Mundial.

“Ainda não tinha dito nada em relação a isso porque estava a concentrar-me unicamente com a equipa na melhoria das nossas performances, nas ideias para o futuro e no próximo ano”, explicou.

Com 27 anos, Verstappen está ligado contratualmente com a Red Bull até 2028, sendo atualmente o terceiro classificado do Mundial de pilotos, logo atrás dos dois corredores da McLaren, o australiano Oscar Piastri, líder, e o britânico Lando Norris, segundo.

Ao serviço da Red Bull, Max Verstappen conquistou 65 grandes prémios e quatro campeonatos do mundo de pilotos (2021, 2022, 2023 e 2024).

Estudo aponta “problema sistémico de controlo de tensão” como causa do apagão

A principal causa do apagão de 28 de abril terá sido um “problema sistémico de controlo de tensão”, da responsabilidade da Red Eléctrica Española (REE), de acordo com um estudo encomendado pela associação espanhola de empresas do setor Aelec.

Neste trabalho, efetuado pelo português INESC TEC e pela consulta Compass Lexecon, aponta-se “como principal causa do apagão um problema sistémico de controlo da tensão, da responsabilidade da REE, agravado por manobras anteriores – especialmente na Andaluzia – que geraram um excesso de potência reativa superior à capacidade técnica do único grupo de ciclo combinado que estava ligado na zona e, portanto, incompatível com a estabilidade do sistema”.

Num comunicado divulgado esta quinta-feira, a associação indicou que o estudo deu conta de um “aumento das sobretensões e insuficiência dos mecanismos de controlo da tensão”, sendo que “o número de horas de sobretensão na rede de transporte tem aumentado de forma preocupante nos últimos anos”.

Segundo o estudo, houve “avisos anteriores” após os quais as anomalias não foram corrigidas. “Já tinham sido detetadas flutuações significativas de tensão nos dias 16, 22 e 24 de abril, especialmente no dia 22 de abril, sem que tivessem sido implementadas medidas corretivas, e as condições de risco repetiram-se no dia 28 de abril”, lê-se num comunicado da associação.

Por outro lado, registou-se uma “distribuição inadequada e mal planeada da produção convencional”, sendo que, no dia 27 de abril, “o mercado de restrições técnicas não estava concluído e, no dia do apagão, os recursos hídricos disponíveis não foram ativados e a produção convencional no sul não foi reforçada a tempo”.

O estudo detetou ainda “desvios não reconhecidos”, garantindo que entre as 10:00 e as 12:00 do dia 28 de abril, “houve avisos de desvios de tensão que não foram reconhecidos pela REE, apesar da documentação disponível”.

De acordo com o trabalho, foram ainda realizadas “manobras contraproducentes”. Assim, “entre as 12:00 e as 12:30, a REE reconetou 11 linhas de transmissão no sul, reduzindo a margem de controlo de tensão imediatamente antes do colapso”.

O estudo apontou também “desconexões adequadas por parte das centrais elétricas”, assegurando que “o relatório não identifica comportamentos anómalos por parte das centrais elétricas pertencentes a empresas associadas da Aelec”, bem como a recuperação do sistema. “Desde o reforço da produção convencional, não se registaram mais problemas de controlo de tensão”, salientou.

De acordo com o trabalho, há ainda falta de acesso a dados fundamentais, detidos pela REE.

No comunicado, a associação critica as conclusões do grupo de peritos da Rede Europeia de Operadores de Transporte de Eletricidade (ENTSO-E).

“O relatório técnico da ENTSO-E omite dados técnicos como a não substituição de uma unidade crítica de ciclo combinado na Andaluzia, sinais anteriores de instabilidade no controlo da tensão e confusão sobre os limites de tensão aplicáveis em Espanha, omissões e erros de análise que enfraqueceram a segurança do sistema antes do apagão”, salientou.

A Aelec integra a Iberdrola, Endesa e EDP, entre outras.

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ALN // EA.

Lusa/Fim.

O pior início de uma era pós-Gyökeres: Sporting perde nos 90 minutos e não marca pela primeira vez em provas nacionais com Rui Borges

Apesar de nunca mais ter conseguido voltar a ter o fulgor ofensivo do arranque da época 2024/25 quando o treinador era ainda Ruben Amorim, e passando por cima do período falhado de João Pereira ao longo de seis semanas no comando da equipa, o Sporting tinha números que se tornavam quase uma imagem de marca da equipa: podiam ser mais, podiam ser menos, podia ser só um mas, com Rui Borges, nunca os leões ficaram em branco nos compromissos nacionais (na Champions não foi assim). E é aí que entronca em grande parte aquele que será o principal desafio na nova temporada, que começou com a derrota na Supertaça.

Naquele que foi o primeiro encontro de uma nova era sem Viktor Gyökeres (que fez a estreia durante pouco mais de 15 minutos pelo Arsenal, que perdeu em Hong Kong o dérbi londrino com o Tottenham), o Sporting ficou pela primeira vez em branco num jogo a contar para o calendário nacional desde que Rui Borges assumiu o comando, depois de um total de 25 encontros oficiais (19 para o Campeonato, quatro na Taça de Portugal e dois na Taça da Liga) a marcar sempre um ou mais golos. No entanto, entre a titularidade de Conrad Harder e a entrada no segundo tempo de Suárez, o técnico não deixou de ver bons apontamentos.

Em paralelo, e com essa falta de golos, Rui Borges sofreu também a primeira derrota no tempo regulamentar em provas nacionais desde que assumiu o comando do Sporting, sendo que até este momento tinha apenas vitórias e empates apesar do desaire na final da Taça da Liga diante dos encarnados mas que aconteceu no desempate por grandes penalidades, depois de uma igualdade no final dos 90 minutos.

Em paralelo, esta foi também a primeira vez em que o Sporting não conseguiu conquistar a Supertaça após ter ganho a dobradinha, algo que não acontecia há 37 anos quando o FC Porto também perdeu a competição. Ao todo, foram apenas cinco as equipas que, após vencerem Campeonato e Taça de Portugal, não ganharam depois a Supertaça entre Benfica em 1981, 1983 e 1987 e o FC Porto nesse ano de 1988.

Junta quer menos carros e limite de velocidade de 30 km /hora na Baixa de Lisboa

Lisboa, 31 jul 2025 (Lusa) – O presidente da Junta de Santa Maria Maior apresentou esta quinta-feira uma proposta de mobilidade para esta freguesia lisboeta, que prevê uma redução diária de 40 mil carros e a diminuição do limite de velocidade para 30 quilómetros hora.

A proposta de Plano de Mobilidade para o Centro Histórico foi uma iniciativa da Junta, que ouviu moradores, comerciantes e especialistas, e foi hoje apresentado pelo autarca Miguel Coelho (PS) na Assembleia Municipal de Lisboa como “uma estratégia para incentivar o debate público e influenciar as próximas decisões da Câmara Municipal”, entidade que tem competências na mobilidade.

O objetivo é dar prioridade aos residentes, melhorar a sua qualidade de vida e do ambiente, além da segurança na zona, tornando mais segura a circulação nos espaços, com proteção do estacionamento para moradores e comerciantes e aumento do número de ruas pedonais.

Entre as medidas principais, o Plano prevê que na freguesia, que já é uma Zona de Emissões Reduzidas (ZER), possam apenas circular veículos elétricos ou híbridos, além das exceções previstas, o que reduzirá o transito automóvel nesta área em cerca de 40.000 carros diários (atualmente passam em Santa Maria Maior entre 130 a 140.000 carros diários).

Nas contas apresentadas por Miguel Coelho, esta redução permite diminuir a emissão de gases com efeitos de estufa em 60.000 toneladas anuais.

O plano estabelece ainda que toda a freguesia seja uma zona com limite de velocidade máxima de 30 km por hora, controlada por radares e com sinais luminosos de aviso.

Os participantes na consulta pública sugeriram também que na Baixa, entre a Rua do Ouro e a Rua da Madalena, seja ainda mais restrita, com a criação de uma ZAAC – Zona de Acesso Automóvel Condicionado, entre a Rua da Madalena e a Rua do Ouro.

Segundo a proposta, a criação da ZAAC reduziria em dois terços o tráfego automóvel na Rua da Madalena. Em alternativa, esta Rua também poderá ser interditada (assegurando as exceções), se foram criados dois sentidos de trânsito na Rua do Ouro.

A criação da ZAAC prevê também que sejam estabelecidas duas arteiras laterais de acesso condicionado aos parques de estacionamento e às colinas, nomeadamente à colina do Chiado, através da Rua do Ouro, e à colina do Castelo, através da Rua dos Fanqueiros.

Nesta zona mais restrita, as Ruas dos Sapateiros, Douradores e, parcialmente, a Rua do Comércio (entre a Rua dos Fanqueiros e a Rua do Ouro) poderão passar a ser pedonais, apesar de algumas exceções.

Para a Rua da Prata prevê-se um “eixo verde”, dedicado às mobilidades suaves, mas admitem-se intervalos horários para circulação de residentes.

Também foi proposta a criação de bolsas de estacionamento exclusivas para residentes com dístico de zona na Rua dos Fanqueiros, Rua da Madalena e Rua do Crucifixo, e para cargas e descargas de veículos devidamente autorizados.

As exceções previstas para circulação na ZER de Santa Maria Maior são os residentes (com dupla validação pela Junta e pela EMEL) e pessoas com mobilidade reduzida, veículos para aceder aos parques de estacionamento, veículos de socorro e emergência e forças de segurança, operações de carga e descarga, transportes públicos e táxis (apenas com emissões reduzidas), veículos da Junta e da Câmara e veículos de animação turística.

Os veículos de animação turística, como “tuk tuk” e TVDE, foram considerados pelos intervenientes como “fontes de perturbação e poluição” e esperam uma regulamentação própria, mas é proposto que tenham zonas de operação definidas para tomada e largada de passageiros, que não ultrapasse os 15 minutos, para o quarteirão entre a Rua da Madalena, Rua do Comércio, Rua dos Fanqueiros e Rua da Alfândega.

“Isto é um processo, e os processos são sempre prolongados e sabemos muito bem que não se esgotam num único mandato. Mas nós achamos que no próximo mandato, esteja quem tiver, há todas as condições para se achar um plano de mobilidade para a freguesia e, quiçá, para o centro histórico da cidade de Lisboa”, disse Miguel Coelho, que está no último mandato como presidente da Junta de Santa Maria Maior.

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RCS // RBF.

Lusa/Fim.

Calcemos as galochas. Estamos a atravessar a lama

Procuram um retrato fiel dos tempos que atravessamos, lúcido na identificação dos males e mobilizador na convocação para a ação? Leiam a entrevista de Lídia Jorge, conduzida por Margarida Davim, publicada na revista Visão. O pretexto para a conversa foi, ainda, o discurso luminoso do 10 de junho: um olhar para o passado — evocando os 500 anos de Camões e a forma como essa memória, no lugar concreto de Lagos, se entrelaça com a descoberta recente de uma vala comum com esqueletos de escravos, trazidos de África no século XV — de olhos postos no futuro.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue – nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para [email protected].

Agosto pode ser uma boa altura para apurar as carências de descanso: “Se estiver de férias e sem despertador, observe quantas horas dorme”

A higiene do sono, a terapia cognitivo-comportamental ou a restrição do tempo de sono: há que dormir sobre todos estes assuntos. Dormir sobre o assunto, um dos aforismos populares que, a par da cama ser boa conselheira, não só resistiram ao tempo como até foram comprovados pela ciência.

O quarto episódio desta série narrativa vai focar-se nos fatores de risco da insónia, na higiene do sono, nas alternativas mais saudáveis à toma diária de comprimidos e nos efeitos destes na qualidade do repouso. Ouça aqui o último episódio do podcast ‘O Divórcio do Sono’.

‘O Divórcio do Sono’ é um podcast narrativo da SIC Notícias com texto de Amélia Moura Ramos, sonoplastia de Salomé Rita e capa de Carla Gonçalves. A coordenação é de Joana Beleza e João Martins e a direção de Bernardo Ferrão. O tema deu também origem a uma Grande Reportagem com o mesmo nome que pode ver no site da SIC Notícias e na OPTO.

Todas as segundas-feiras até ao final de março, mês da consciencialização sobre o sono, será publicado um novo episódio. Se não lhe parecer interessante, talvez seja útil. Com sorte, deixa-se dormir. Pode ouvir aqui a série completa ou na sua plataforma de podcasts preferida.

Bons sonos!

Rui Borges viu qualidade, alegria e superioridade. Perdeu um título, não a ambição: “Acreditamos muito que o Sporting pode ser tricampeão”

Antes do jogo, a calma que transbordava na antevisão ao encontro alargava-se à primeira vez que pisou o relvado do Estádio do Algarve para passar por uma zona de entrevistas rápidas a uma hora do início da final da Supertaça. Agradeceu o apoio, ainda tirou uma fotografia, reviu amigos como o antigo jogador que é hoje treinador Fernando Ferreira, seguiu para o balneário. Estava assim antes, foi-se mostrando assim durante sempre em conversa com os adjuntos que recebiam informações de uma zona mais alta do recinto, também não deixou de estar depois. E foi com esse espírito que Rui Borges abordou a derrota do Sporting, relativizando a perda do primeiro título da temporada para projetar aquilo que será a época para a frente.

“Estou muito convencido do que a equipa foi capaz de fazer, não teve a sorte que o Benfica teve ao longo do jogo. Fomos claramente superiores a todos os níveis. Não entrámos tão bem nos primeiros minutos da segunda parte mas o adversário acabou por ser feliz numa perda de bola nossa com saída em transição. Fomos atrás do resultado, a mandar no jogo, com calma e tranquilidade. Fiquei feliz por aquilo que a equipa foi capaz de fazer”, começou por dizer na zona de entrevistas rápidas, voltando a fintar o comunicado do Benfica: “Foi um jogo bem disputado, teve a sorte o Benfica de ser feliz numa lance de finalização”.

Ainda nessa primeira abordagem, Rui Borges passou ao lado da ausência de Viktor Gyökeres. “O Sporting entrava sempre 0-0 nos jogos. Tivemos oportunidades, o Harder esteve muito bem, o Suárez entrou muito bem. Acabámos por não ser felizes, só isso… Se acredito num Sporting campeão? Acreditamos muito que o Sporting pode ser tricampeão. É por isso que vamos lutar. Se mantivermos este nível de concentração, de alegria, qualidade, com toda a certeza que teremos um final feliz”, atirou ainda na flash interview.

“Queríamos a vitória obviamente, lutámos até ao fim. Eles foram mais felizes. O que faltou? Foi muito pela falta de eficácia. Trabalhámos muito durante o jogo, não criámos muitas ocasiões de golo e acho que é por aí a falta de eficácia. Gyökeres? Chegou há poucos dias um novo avançado. Temos de trabalhar com toda a equipa, trabalhar todos os aspetos de jogo. Magoado com ele? Não, já esclarecemos tudo. Queremos continuar assim ao longo da época, todos juntos”, frisou também Gonçalo Inácio em declarações à SportTV.

Em atualização

Patrões pedem a Montenegro despedimentos facilitados e mais horas de trabalho

O anteprojeto de alteração ao Código do Trabalho apresentado pelo Governo aos parceiros sociais, já depois de o ter aprovado em Conselho de Ministros, modifica mais de 100 normas da atual lei laboral, com o objetivo de “flexibilizar” o regime. A proposta, que ainda terá de ser negociada com patrões e sindicatos, deixa na lei muito pouco do que foi introduzido há dois anos por António Costa, no âmbito da chamada “Agenda do Trabalho Digno”. Do lado dos sindicatos, a CGTP fala num “assalto aos direitos dos trabalhadores” e a UGT não promete viabilizar a proposta; entre os patrões, as alterações são positivas, havendo quem considere que deveriam até ir mais longe. É o caso da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que defende uma revisão dos fundamentos para o despedimento, que passe a integrar “a necessidade de renovação do quadro das empresas” e da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), que defende um aumento do período de trabalho.

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