Trump impõe novas tarifas, de 10% a 41%. E adia entrada em vigor para 7 de Agosto

O Presidente Donald Trump assinou, na quinta-feira, uma ordem executiva que impõe tarifas de 10% a 41% sobre as importações americanas provenientes de dezenas de países e economias estrangeiras. No caso do Canadá, as tarifas escalaram de 25% para 35% em todos os produtos não abrangidos pelo acordo comercial entre os EUA, o México e o Canadá, informou a Casa Branca.

Já os produtos desviados para outro país para evitar as novas tarifas estarão sujeitos a uma taxa de 40%, de acordo com um comunicado da Casa Branca.

A medida — que Washington associou em parte ao que considerou ser a incapacidade do Canadá de impedir o contrabando de fentanil — é o mais recente golpe numa guerra tarifária que dura há meses e que Trump iniciou logo após assumir o poder.

O anúncio, que aponta para a “contínua inacção e retaliação” do Canadá, chegou depois de Trump ter dito que o primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, entrou em contacto antes do prazo final de 1 de Agosto, mas que não houve nenhuma conversa entre os dois.

Nesta sexta-feira, Carney reagiu, afirmando-se desapontado com a decisão de Trump. “Embora continuemos a negociar com os Estados Unidos a nossa relação comercial, o Governo canadiano está totalmente focado no que podemos controlar: construir um Canadá forte”, disse Carney numa publicação no X.

Além do Canadá, as tarifas, que deverão entrar em vigor daqui sete dias, incluem 25% sobre os produtos indianos que entram nos EUA, 20% sobre os produtos de Taiwan e 30% sobre os da África do Sul. Dois dos países mais pobres da Ásia, Birmânia e Laos, enfrentam tarifas de 40% sobre as suas exportações para os EUA, enquanto a Síria enfrenta a taxa mais elevada de 41%.

No seu despacho, Trump afirmou que alguns parceiros comerciais tinham concordado ou estavam prestes a concordar com acordos comerciais “para remediar permanentemente as barreiras comerciais (…) e para se alinharem com os Estados Unidos em questões económicas e de segurança nacional”.

A União Europeia espera que a tarifa única de 15% fixada pelos EUA para as importações dos produtos europeus entre em vigor esta sexta-feira — mesmo que o Presidente Donald Trump não assine um decreto executivo, nem seja publicada a declaração conjunta que os dois parceiros transatlânticos continuam a negociar para formalizar o acordo político alcançado no domingo para as suas trocas comerciais.

Homem entregou cabeça do corpo decapitado em Lisboa e confessou o crime

Suspeito transportou a cabeça do cadáver numa mochila até ao Hospital de São José, onde a quis entregar. Mais tarde, confessou o assassinato à PJ. Ter-se-á tratado de um encontro amoroso que correu mal. A Polícia Judiciária (PJ) deteve um cidadão estrangeiro de 29 anos, suspeito de ter assassinado e decapitado outro homem, também estrangeiro, de 34 anos, na zona do Rossio, num crime que chocou a capital esta semana. Depois de ter sido encontrado um cadáver sem cabeça, no Pátio Salema, ninguém conhecia a identidade do homem decapitado, mas o suspeito agora detido carregou voluntariamente a cabeça da vítima

Os jacarés comem pedras. A razão é surpreendentemente inteligente

Uma teoria aponta que os jacarés comem pedras para aguentarem mais tempo debaixo de água quando estão a caçar. Os jacarés são conhecidos pelas suas dietas diversas e, por vezes, chocantes, consumindo de tudo, desde peixes e aves a tartarugas e, ocasionalmente, mamíferos. Mas um dos itens mais invulgares encontrados nos seus estômagos não é animal nem sequer vegetal — são pedras. Estas pedras engolidas, chamadas gastrólitos, há muito que intrigam os cientistas. Alguns animais utilizam-nas para triturar alimentos, extrair minerais ou até mesmo para se livrarem de parasitas. Mas, para os répteis aquáticos como os jacarés, novas investigações sugerem

Quase metade dos lares fiscalizados pela Segurança Social estão ilegais

A fiscalização da Segurança Social detetou a existência de 1.605 lares em situação ilegal de 3.504 fiscalizados, entre janeiro de 2020 e junho de 2025.

Ao todo, 45% das instituições fiscalizadas não cumpriam a lei e operavam sem licença. Foram detetados, em média, 24 lares ilegais por mês.

Segundo estes dados, citados pelo Expresso, Portugal é dos países com os piores resultados e em sentido contrário com outros do sul da Europa

Muitos lares ilegais surgem em zonas rurais, devido ao isolamento dos mais velhos, e em locais onde as famílias têm mais dificuldades financeiras.

Cerca de 85% dos lares do setor lucrativo foram fiscalizados nos últimos cinco anos. Apenas 15% do setor social é que foi inspecionado.

Ao todo, a Segurança Social encerrou 128 instituições ilegais imediatamente.

“Fui para Inglaterra apanhar fruta, mas estava a chover e acabei numa fábrica a separar pedras de feijões”

No dia em que completou 70 anos, numa conversa em roda livre com Luís Guerra, Rui Reininho, dos GNR, recordou a infância no Porto, as primeiras extravagâncias, as viagens pela Europa, as aventuras na estrada (e além-fronteiras) da banda de sempre, não se furtando a uma grande variedade de “impressões digitais”, nomeadamente quando olha com particular acutilância para as parvoíces de um mundo que, apesar de cão, não quer deixar tão cedo.

Foi uma das edições do Posto Emissor mais ouvidas de 2025: recordamo-la agora que chegamos à pausa de agosto do podcast da BLITZ.

Portugal regista mortes em excesso nos últimos dias de julho

Portugal registou muitas mortes em excesso nos últimos dias de julho, uma semana marcada por muito calor, com grande parte do país sob aviso amarelo e perigo máximo de incêndio.

Segundo o “Jornal de Notícias”, os dias 29 e 30 de julho contaram com 88 óbitos a mais face ao previsto. A maioria registou-se na região Norte e na faixa etária acima dos 85 anos.

Terça-feira – 29 de julho – foi o dia da semana com mais excesso, baixando ligeiramente na quarta-feira. Segundo a plataforma eVM, que vigia a mortalidade em tempo real, esta quinta-feira não houve mortalidade em excesso.

Neste ano, o país conta 31 dias com excesso de mortalidade, com o maior período a ocorrer entre os dias 30 de junho e 10 de julho.

As temperaturas vão voltar a aumentar a partir de domingo e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera deve ativar o aviso laranja em grande parte do país.

O aviso laranja, o segundo mais grave numa escala de três, é emitido pelo IPMA sempre que existe “situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo, o menos grave, quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

Além disso, acrescenta o IPMA, preveem-se “noites tropicais na generalidade do território”, com temperaturas mínimas a variar aproximadamente entre 20 e 25 graus Celsius a partir de segunda-feira.

O vírus do feijão-frade deixa-nos mais fortes e previne o cancro de uma forma nunca antes vista

Vírus encontrado em feijões frade pode revolucionar tratamento contra o cancro: treina o sistema imunitário, para combater células cancerígenas. Um vírus que normalmente infeta os feijões-frade (ou, em inglês, black-eyed peas, como a banda pop), curiosamente, não nos deixa mais fracos como a maioria dos vírus: deixa-nos até mais fortes e pode vir a ser uma forte arma contra o cancro, segundo investigadores da Universidade da Califórnia em San Diego. O vírus, denominado CMPV, que afeta a mancha anelar do feijão-frade, estimula de uma forma nunca vista o nosso sistema imunitário, sem causar doença. Ao contrário de outros vírus vegetais,

Suprema Corte abre caminho para derrubar restrições à cidadania italiana

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A Corte Suprema di Cassazione da Itália, equivalente ao Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, abriu caminho para rejeitar as mudanças aprovadas pelo Parlamento do país que restringem o acesso à cidadania italiana. O indicativo veio por meio de uma decisão sobre nacionalidade, cuja sentença foi publicada nesta quinta-feira (31/07). A Corte mandou o Governo conceder cidadania italiana a uma pessoa que comprovou ser descendente de um italiano que vivia na Itália em 17 de março de 1861, dia em que o país foi formado. A Suprema Corte vai analisar a legislação que saiu recentemente do Legislativo.

A decisão sobre esse caso específico renovou as esperanças de cerca de 30 milhões de pessoas de origem italiana que vivem no Brasil e que, por conta das mudanças na legislação que trata da nacionalidade propostas pelo governo da primeira-ministra Giorgia Meloni e avalizadas pela Câmara e pelo Senado, perderam o direito de requererem a cidadania italiana.

Com as alterações na lei, só têm direito a pedir a nacionalidade italiana os descendentes diretos de nascidos na Itália. Ou seja, filhos e netos de italianos nascidos no Brasil ou nos Estados Unidos perderam o direito à nacionalidade. Logo após a aprovação das mudanças pelo Parlamento italiano, os consulados do país espalhados pelo mundo suspenderam imediatamente os processos de nacionalidade em andamento.

Para a advogada Ana Filomeno, diretora da Associação Brasileira de Advogados da Itália, a sentença publicada pela Corte di Cassazione é “um soprinho de justiça no meio do caos”. Segundo ela, a decisão dos magistrados seguiu a Constituição. “O tribunal não está fazendo política”, afirma. Ela conta que 254 advogados, dos quais muitos brasileiros, se uniram para argumentar contra a nova legislação junto à mais alta Corte da Itália.

O caso agora sentenciado começou a tramitar em fevereiro, depois de o Tribunal de Bolonha questionar a constitucionalidade da lei que estabelece o jus sanguinis, que garante o direito à cidadania a quem tiver descendência italiana, independentemente de onde o ascendente tenha nascido. O Tribunal de Bolonha pretendia que fosse fixado um limite temporal para a nacionalidade, o que foi recusado pela Suprema Corte.

Processos parados

Na avaliação de Ana, a decisão da Corte di Cassazione indica que não se pode tirar um direito de alguém que já o tem. Isso indica que, caso as modificações para a concessão da nacionalidade italiana sejam acatadas pelos magistrados, as novas regras deverão valer apenas para aqueles que tiverem nascido após a promulgação da lei. Aos demais, valerá o direito adquirido.

Por conta do envio das alterações na lei que trata da nacionalidade para análise da Suprema Corte, vários tribunais italianos de instâncias inferiores deixaram de atribuir a cidadania aos requerentes, esperando pela sentença que ainda não tem prazo para sair, mas que servirá de jurisprudência. Segundo Ana, são os casos dos tribunais de Brescia, Milão e Roma e de Bolonha.

A advogada reforça que a decisão da Suprema Corte publicada nesta quinta-feira não diz respeito às mudanças na lei aprovada em junho deste ano, que retira o direito de filhos de italianos nascidos no exterior terem a nacionalidade dos pais e aumenta o valor a ser pago pelo processo de nacionalidade para 600 euros (R$ 3.800) por indivíduo. “Não é sobre essa lei, mas a sentença de agora traz uma indicação de como a Corte di Cassazione deve votar”, avalia. Ela prevê que a decisão sobre as mudanças na lei da nacionalidade sairá até o fim de 2026.

Semelhanças com Portugal

Para Fábio Knauer, CEO da Aliança Global Group, que trabalha com imigração, a posição da Suprema Corte é favorável aos descendentes de italianos nascidos fora da Itália. “É uma excelente notícia. O parecer foi favorável à manutenção do direito à cidadania sem limite de gerações. Foi mantida a lei que vigorava antes do decreto aprovado pelo Parlamento”, observa.

Ele acredita que haverá reações por parte do Executivo italiano. “Vamos ver como reagirá o Governo Meloni, que tem a maioria no Parlamento. Pode querer dar uma resposta para fazer valer o que foi aprovado por deputados e senadores”, diz. O Governo quer, de todo jeito, fechar as portas para a concessão de cidadania italiana.

Knauer compara a situação italiana com a portuguesa. No entender dele, na Itália, “apesar de a lei ser claramente inconstitucional, o Presidente Sergio Matarella assinou do jeito que estava”. Em Portugal, “no caso do pacote anti-imigração que alterou a Lei de Estrangeiros, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa enviou o decreto que saiu da Assembleia da República para a análise do Tribunal Constitucional, o que é uma vitória para a manutenção da democracia”, conclui.

Em setembro, será a vez de a Assembleia da República de Portugal analisar a segunda parte do pacote anti-imigração, que trata de mudanças na Lei da Nacionalidade. O Governo do primeiro-ministro Luís Montenegro propôs ampliar de cinco para sete anos o tempo mínimo de residência legal em território luso para que cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) peçam a cidadania e de cinco para 10 anos, no caso dos demais estrangeiros.

Há lar e lar, há abrir e fechar. Metade dos lares de idosos são ilegais

A população portuguesa tem envelhecido, as famílias são mais pequenas e há pouca disponibilidade para manter os idosos em casa com cuidadores familiares, muitas vezes os filhos já não residem no mesmo concelho dos pais, às vezes é possível financeiramente contratar ajuda externa outras não e a última solução é colocar os idosos num lar com as devidas condições. Mas aí não há vagas e a alternativa que surge é, muitas vezes, demasiadas vezes, um lar ilegal.

Tiago Pereira Santos

Neste podcast diário, Paulo Baldaia conversa com os jornalistas da redação do Expresso, correspondentes internacionais e comentadores. De segunda a sexta-feira, a análise das notícias que sobrevivem à espuma dos dias. Oiça aqui outros episódios:

Máfias do aluguer de férias estão a operar em Espanha. Enganam, alegam urgência, não gostam de internet

O apartamento não existia. A vista para o mar e as férias também não. Havia apenas uma conta bancária, uma transferência de 780 euros e silêncio. “Queria voltar a Santander com os meus netos, mostrar-lhes a praia de Sardinero, repetir o que fazíamos quando os meus filhos eram pequenos”, recorda Carmen, que supostamente estaria em Santander nestas férias de Verão. Não está porque foi enganada. A TVE chama-lhe “máfia do aluguer de férias”, que opera em Espanha todos os Verões. Os interessados olham para um anúncio, parece fiável – mas era um golpe. Os “vendedores” são cordiais, transmitem confiança, sugerem

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