Entidade Reguladora da Saúde. Prestadores devem dar toda a informação aos utentes sobre custos na saúde

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) alertou esta quarta-feira os prestadores de cuidados dos setores privado, cooperativo e social para a necessidade de facultar aos utentes, de forma clara, toda a informação relativa aos custos previstos.

O alerta de supervisão da ERS emitido esta quarta-feira surge depois de o regulador ter tomado conhecimento de um “volume significativo” de reclamações de utentes dos serviços de saúde relativas à não transmissão, ou à transmissão incorreta ou insuficiente, das implicações financeiras e administrativas dos cuidados prestados.

No alerta emitido esta quarta-feira, a ERS sublinha que esta situação tem um “claro prejuízo para a liberdade de escolha dos utentes”.

A informação que os prestadores devem dar ao utente — de forma antecipada, completa, adaptada à capacidade de compreensão de cada pessoa e pró-ativa —, deve incluir uma previsão de custos correta sobre a totalidade dos cuidados a prestar, designadamente exames, consumíveis e fármacos.

Quando não for possível fazer tal previsão, o regulador sublinha que o utente deve ser claramente informado dessa impossibilidade e, sempre que possível, advertido da relevância que os elementos em falta poderão ter no custo total.

Lembra ainda que, no caso dos tratamentos prolongados, os utentes deverão ser informados do custo global de todo o tratamento e não apenas de alguns dos atos incluídos.

Devem ainda ser informados sobre todos os aspetos essenciais da prestação de cuidados de saúde, “incluindo as suas implicações administrativas, logísticas e financeiras”.

No âmbito da prestação de cuidados de saúde ao abrigo de uma convenção ou acordo com uma entidade terceira (Serviço Nacional de Saúde, subsistema de saúde ou companhia de seguros), o regulador diz que devem ser prestadas ao utente todas as informações relativas aos cuidados abrangidos e os respetivos preços, as responsabilidades financeiras de todas as partes e as autorizações necessárias, como, por exemplo, no caso dos seguros.

No caso específico do acesso a cuidados de saúde ao abrigo de seguros e planos de saúde, os utentes devem ser informados sobre os custos a suportar pela prestação de cuidados, incluindo os da totalidade da intervenção proposta, “salvo quando a respetiva entidade prestadora, justificadamente, não dispuser dos elementos necessários à prestação dessa informação”, acrescenta.

Trump impõe sobretaxa adicional de 25% a produtos da índia

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou esta quarta-feira uma ordem executiva que acrescenta uma sobretaxa de 25% sobre os produtos da Índia “em resposta à compra de petróleo russo”.

Esta sobretaxa, anunciada pela Casa Branca na rede social X, vem juntar-se à taxa de 25% que deverá entrar em vigor na quinta-feira, perfazendo um total de 50% de taxa sobre as importações indianas.

Esta nova medida que vem punir a Índia por comprar e distribuir petróleo russo, uma fonte de receitas fundamental para a máquina de guerra russa, deve entrar em vigor daqui a 21 dias, a 27 de agosto.

“Acredito que a imposição de direitos aduaneiros, tal como aqui descrito, além de outras medidas tomadas para responder à emergência nacional, será mais eficaz na gestão desta ameaça”, acrescentou Trump no texto da ordem executiva.

No entanto, estas isenções aplicam-se a produtos que estão sujeitos a direitos aduaneiros sectoriais específicos, como o aço ou o alumínio, ou que estarão em breve, como os produtos farmacêuticos, uma indústria importante na Índia.

Esta medida destina-se a reduzir a capacidade de Moscovo para financiar o conflito na Ucrânia, descrito no decreto como “uma ameaça invulgar e extraordinária à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos”.

A Índia, o terceiro maior importador de petróleo bruto do mundo, adotou uma posição neutra e pragmática na guerra da Ucrânia, passando de importar menos de 2% do seu petróleo da Rússia para mais de um terço, fazendo de Moscovo o seu principal fornecedor, aproveitando os descontos oferecidos pelo Kremlin.

Apesar da crescente pressão de Washington, o governo indiano defende a importação de petróleo russo como uma decisão de “interesse nacional” e uma ação que contribui para a estabilidade energética global.

Trump deu ao Kremlin um ultimato até sexta-feira para declarar um cessar-fogo na Ucrânia, caso contrário aplicará novas sanções a Moscovo e a países secundários que compram o petróleo russo

Google pode lançar um novo assistente para fotografias, o Camera Coach

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Chama-se Camera Coach e promete dar indicações fotográficas em tempo real.

Com a chegada dos equipamentos da série Google Pixel 10, de acordo com o portal Android Headlines, a Google deverá incluir uma nova funcionalidade chamada Camera Coach, concebida para oferecer sugestões durante a captura de fotografias, com base no sistema Google Gemini. Mas não é claro, para já, se será exclusiva à nova linha de smartphones ou se será suportada por outros equipamentos Pixel mais antigos.

O Camera Coach servirá de moleta durante a captura de fotos analisando a cena e apresentando, no próprio ecrã, indicações sobre enquadramento, ângulo, iluminação e outros ajustes, procurando ajudar os utilizadores a otimizar as imagens. Nada de verdadeiramente interessante ou inovador face a ferramentas já existentes, sendo o seu fator diferenciador, a promessa de um tempo de resposta mais imediato e eficaz, especialmente em situações em que a captura rápida é essencial.

A comprovar-se esta adição, esta é uma das poucas novidades conhecidas da nova linha de smartphones Google Pixel 10, que será oficialmente revelada, já no dia 20 de agosto, juntamente com o lançamento dos primeiros equipamentos, os Pixel 10, Pixel 10 Pro e Pixel 10 Pro XL. De fora deste calendário ficam o Google Pixel 10 Pro Fold, e os acessórios Pixel Watch 4 e Pixel Buds 2a, que chegarão mais tarde, lá para outubro.

Estudo. ChatGPT fornece informação sobre comportamentos prejudiciais a jovens

O ChatGPT é capaz de fornecer informações e instruções sobre comportamentos prejudiciais para jovens, como o uso de drogas ou distúrbios alimentares, concluiu uma pesquisa do Centro de Combate ao Ódio Digital citado pela Associated Press (AP).

O estudo analisou mais de três horas de interações entre o chatbot e investigadores que se fizeram passar por adolescentes vulneráveis, sendo que, embora o modelo de IA tenha emitido avisos contra atividades arriscadas, continuava a fornecer planos detalhados sobre comportamentos prejudiciais.

Os investigadores do Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH — Center for Countering Digital Hate, em inglês) repetiram as suas perguntas em grande escala, classificando mais de metade das 1.200 respostas do ChatGPT como perigosas.

Neste contexto, a fabricante do ChatGPT, disse estar a trabalhar para refinar a forma como a ferramenta pode “identificar a responder adequadamente em situações delicadas”. “Algumas conversas com o ChatGPT podem começar de forma benigna ou exploratória, mas podem mudar para um território mais delicado”, referiu a empresa num comunicado citado pela AP.

Apesar disso, a OpenAI não abordou diretamente a forma como o ChatGPT afeta os adolescentes, mas disse estar focada em “acertar este tipo de cenários”, através de ferramentas para “detetar melhor sinais de sofrimento mental ou emocional”.

O estudo publicado esta quara-feira surge num momento em que cada vez mais pessoas estão a recorrer a chatbots de Inteligência Artificial (IA) para obter informações, ideias e companhia, com cerca de 800 milhões de pessoas, ou aproximadamente 10% da população mundial, a usar o ChatGPT.

A OpenAI afirmou ainda que o modelo é treinado para incentivar as pessoas a procurarem profissionais de saúde mental ou pessoas de confiança se expressarem pensamentos de autoflagelação.

Apesar disso, quando o ChatGPT se recusou a responder a perguntas sobre assuntos prejudiciais, os investigadores conseguiram facilmente contornar essa recusa e obter informações alegando que era “para uma apresentação” ou para um amigo.

No mês passado, o presidente executivo (CEO) da OpenAI, Sam Altman, disse que a empresa está a tentar estudar a “dependência emocional excessiva” da tecnologia, descrevendo-a como “algo muito comum” entre os jovens.

Top Fase 5 do UCM – Do melhor ao pior

O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos tem registado bons resultados de box office desde o fim de semana de estreia, arrecadando cerca de $371 milhões de dólares globais até ao momento e representando oficialmente o início da Fase Seis do UCM – uma fase que contará apenas com quatro filmes. Sim, menos dois do que as Fases Um e Quatro, inclusive.

Podia argumentar-se que a Fase Cinco foi a mais fraca do UCM, com a Fase Quatro a oferecer um pouco mais de qualidade. Black Widow e Shang-Chi podem ter sido prejudicados pela pandemia, mas a Fase Quatro começou em força com WandaVision, Loki e Hawkeye, que se revelaram conteúdos ideais para o confinamento. Na Fase Cinco, no entanto, a Saga do Multiverso começou a parecer vazia e sem direção. Eternals, da Fase Quatro, pode ter sido o primeiro filme do UCM classificado como “podre” no Rotten Tomatoes, mas foi a queda de Ant-Man and the Wasp: Quantumania, o filme de arranque da Fase Cinco, e a crise real com o ator de Kang, que causaram maior impacto. Adicionalmente, o desastre que foi Secret Invasion poucos meses depois agravou toda a situação.

Isto não quer dizer que a Fase Cinco não tenha tido momentos memoráveis, mas também apresentou o pior conteúdo já produzido pelos Marvel Studios. Mas não vamos focar apenas no negativo. Apesar de filmes que ficaram aquém das expectativas e séries engavetadas demasiado tempo – vítimas de um 2021 em que tudo foi aprovado – houve alguns destaques. Convidamos-vos a percorrer a lista de seguida, ou a galeria em cima, para um apanhado do melhor e do pior deste período particularmente difícil da Marvel.

Aviso: Obviamente, inclui spoilers para os filmes e séries da Fase Cinco do UCM…


14. Secret Invasion

Simplesmente terrível. É uma pena termos esperado tanto tempo para ver Nick Fury em destaque – e numa história baseada num icónico arco de banda desenhada – para acabar tão mal. Em teoria, não havia nada de errado. Mas agora, Secret Invasion é a única série canónica que os fãs da Marvel preferiam esquecer. O quê? Maria Hill ainda está viva? Ótimo. E depois? O Rhodey afinal não era um Skrull durante Infinity War e Endgame? Perfeito. E G’iah não tem os poderes combinados dos Vingadores, dos Guardiões da Galáxia e da Captain Marvel, tornando-a o ser mais poderoso da Terra? Fantástico! Se houvesse um “Dip” estilo Roger Rabbit para apagar Secret Invasion da existência, encheríamos os super-soakers com prazer.

Nota: Desde Secret Invasion, o UCM já introduziu mais duas personagens com poderes praticamente ilimitados – Sentry e Franklin Richards. Mas a diferença é que existem planos claros para ambos nos próximos filmes dos Vingadores (e o Sentry até vem com um “botão de emergência”, por assim dizer). G’iah absorver o Harvest pareceu um exagero que a Marvel nunca teve intenção de explorar.

13. Capitão América: Admirável Mundo Novo

É importante reconhecer o enorme fosso de qualidade entre Brave New World e Secret Invasion. Apesar do filme do Capitão América estar em penúltimo lugar, existe um abismo entre os dois.

Brave New World é apenas um erro normal, com alguns elementos decentes, mas cuja existência é difícil de explicar. O maior problema é que o arco principal de Sam e os seus melhores momentos ocorreram em The Falcon and the Winter Soldier, e aqui o filme foca-se essencialmente no Presidente Ross (o que é ainda mais triste, já que William Hurt não chegou a interpretar o papel). Ross teve o percurso emocional, enquanto Sam foi apenas o tipo que passou de “não quero reconstruir os Vingadores” para “ok, vamos lá reconstruir os Vingadores”.

Também é evidente que Red Hulk funcionaria melhor como uma surpresa no terceiro ato, com o público a tentar adivinhar o plano de Samuel Sterns (quem leu os comics estava em vantagem). No entanto, o marketing focou-se tanto em Red Hulk, que parecia que este aparecia a meio do filme e não só nos últimos 10 minutos.

Refilmagens não significam, necessariamente, que um filme será mau. Nem um guião a ser reescrito durante as filmagens. Muitos bons filmes surgem nestas condições. Mas quando um filme falha, é fácil olhar para uma produção caótica como Brave New World (linhas narrativas e personagens cortadas, etc) e perceber porque é que pareceu tão incompleto. Dito isto, foi fantástico rever Tim Blake Nelson como Sterns – a ponta solta original do UCM que ninguém acreditava que seria resolvida.

12. Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

Quantumania iniciou a Fase Cinco e, apesar de uma estreia em grande, sofreu uma queda de 70% de box office na segunda semana – a maior quebra de sempre numa segunda semana da história do UCM. O trailer gerou imensa expectativa e a ideia de Kang como novo Thanos entusiasmou os fãs (sobretudo por ser um viajante do tempo e de ter sido estabelecido como ameaça multiversal na 1.ª temporada de Loki). Então o que correu mal?

Um conjunto de fatores, sendo o principal o facto de os fãs esperarem que o filme fosse um ponto de viragem na Saga do Multiverso. Não precisava de ser um novo Empire Strikes Back, mas precisava de mudar alguma coisa. No final, Kang foi derrotado (com muitos a gozar por ter sido o Homem-Formiga a vencer o Conquistador) e tivemos mais uma promessa vazia de caos multiversal. Loki e Spider-Man: No Way Home abriram caminho, Doctor Strange in the Multiverse of Madness perdeu o embalo, e Quantumania voltou a abrandar tudo.

Finalmente, a tentativa de fazer M.O.D.O.K. funcionar foi um desastre. Foi uma aposta… falhada. Mas tentaram. No geral, Quantumania não é tão mau como parece, mas também não avançou nada de relevante numa altura em que os fãs ansiavam por uma linha narrativa clara da Saga do Multiverso.

11. Echo

Muitas das séries na Fase Cinco lidaram com personagens que pareciam promissoras noutras séries, mas que acabaram em produções esquecidas. A primeira é Echo, centrada na chefe do crime surda-muda nativa americana Maya Lopez, introduzida em Hawkeye. Echo foi a primeira série sob a nova marca Marvel Spotlight – dedicada a histórias independentes, ao nível das ruas, que não afetam o UCM no geral – tendo sido lançada de uma só vez. Ou melhor, “despejada”, já que todas as outras séries Marvel no Disney+ tiveram campanhas de lançamento semanais.

Mas o panorama do streaming era outro. As marés mudaram e os Marvel Studios ainda tinha séries na gaveta. Echo não foi um fracasso criativo total, apesar da sua apresentação pouco digna. Alaqua Cox brilhou e tanto Echo como Hawkeye trouxeram de volta Wilson Fisk ao UCM. No fim, no entanto, Echo ficou-se por uma oferta mediana, uma personagem perdida num mar de histórias de origem banais e séries que se tornam cansativas por parecerem filmes demasiado longos.

10. What If…? Temporada 2

A 1.ª temporada de What If…? foi uma boa surpresa no início da Saga do Multiverso. Os Marvel Studios tinham usado a animação apenas para spin-offs de humor e conteúdo infantil, mas este projeto mostrou que podiam contar histórias alternativas com profundidade e seriedade. A 2.ª temporada, infelizmente, não teve o mesmo impacto. Apresentada em episódios diários durante as férias de dezembro de 2023, a temporada foi recebida com entusiasmo inicial, mas rapidamente caiu no esquecimento.

Existem bons episódios, como o de Hela, o de Happy Hogan estilo Die Hard e a aventura de Peter Quill com seu pai Celestial, Ego. No entanto, no geral esta temporada pareceu menos conectada, com menor desenvolvimento emocional e menos surpresas. Com uma 3.ª temporada já em produção e uma nova série animada (Marvel Zombies) a caminho, a Marvel continua a apostar na animação – embora What If…? precise urgentemente de histórias mais marcantes e uma razão clara para existir no panorama atual.

9. As Marvels

The Marvels acabou por ser o maior desastre de bilheteira da história do UCM. E é uma pena. A questão com este filme é que não é nada mau. Só que também não é marcante. É uma comédia leve com ação cósmica que acaba por ser divertida, mas esquecível. Tinha potencial para muito mais, especialmente com três protagonistas femininas fortes e carismáticas: Carol, Monica e Kamala. Kamala Khan, aliás, continua a ser um dos maiores trunfos da Marvel na nova geração de heróis.

O maior problema foi a falta de investimento do público no enredo – sobretudo porque o filme exige conhecimento prévio de duas séries do Disney+: WandaVision e Ms. Marvel. A vilã Dar-Benn não ajuda, com motivações e presença pouco desenvolvidas. Ainda assim, o filme tem ritmo, momentos divertidos e uma energia leve que faz lembrar os Guardians of the Galaxy, mas sem o mesmo coração.

8. Ironheart

Ironheart foi lançada com pouco alarido diretamente no Disney+ e quase sem marketing – o que por si só diz muito. Riri Williams foi introduzida em Black Panther: Wakanda Forever como uma jovem génio criadora de uma armadura ao estilo de Iron Man. A série prometia continuar esse legado, mas acabou por não convencer totalmente.

Há boas ideias em Ironheart, incluindo o confronto entre ciência e magia representado por Riri e o vilão The Hood. A série até toca em temas relevantes como identidade, legado e o peso de ser uma jovem negra num mundo que espera perfeição. No entanto, a execução é desigual, com efeitos especiais inconsistentes, narrativa dispersa e uma falta de impacto emocional. Ainda assim, Dominique Thorne tem potencial para brilhar no futuro do UCM – especialmente se tiver um guião mais sólido à sua volta.

7. Your Friendly Neighborhood Spider-Man

Há uma razão para Peter Parker/Homem-Aranha ter sido o principal protagonista da Marvel durante 25 anos nos cinemas (e 70 anos na banda desenhada). A luta aparentemente interminável de Peter para equilibrar a sua vida como um adolescente genial que gosta de uma colega de turma específica, e as suas perigosas escapadelas como um vigilante que rasteja pelas paredes e lança teias, tornou-se basicamente um modelo para as histórias de super-heróis.

Com uma animação de destaque e ajustes divertidos à fórmula do Aranha (o seu melhor amigo é Nico Minoru, anda na escola com Tombstone, Harry Osborn é um influenciador, etc.), Your Friendly Neighborhood Spider-Man encaixa perfeitamente no canto What If…? da Saga Multiverse, dando-nos novas reviravoltas e, ao mesmo tempo, abraçando o que as pessoas adoram no personagem, na sua essência. É reconhecidamente uma série que funciona melhor se já conhecermos os “maiores sucessos” do Homem-Aranha, mas nesta altura a maioria das pessoas, ou pessoas suficientes, já conhecem.

6. Loki: Temporada 2

O facto de os fãs continuarem entusiasmados com a segunda temporada de Loki, apesar da polémica em torno de Jonathan Majors e da enxurrada de complicações tecnológicas da TVA (toda a temporada parece uma versão sobrecarregada de Star Trek) é um testemunho da popularidade de Tom Hiddleston e do amor contínuo pelo Deus da Mentira. Nesta temporada, com o multiverso inteiro em crise, Loki tem de tomar decisões sobre o seu próprio destino. O variante traiçoeiro, que em tempos via a TVA como um novo trono, encontra um “propósito glorioso” através do auto-sacrifício, aprendendo finalmente o significado do amor e da amizade.

Loki foi a primeira série do MCU no Disney+ a receber uma segunda temporada oficial. Não foi tão divertida e irreverente como a primeira — com o emocional final a destacar-se entre os episódios algo irregulares — mas ainda assim foi uma sequela satisfatória para uma das personagens mais icónicas do UCM. Quem a ignorou pode ficar muito surpreendido quando Loki regressar em Avengers: Doomsday. Se for o mesmo Loki da série. Ou se Hiddleston estiver mesmo a interpretar o Loki… ou outra pessoa qualquer.

5. Agatha All Along

O único projeto sobrevivente da Era “Criar Mais Conteúdo™” que não foi tratado como um segredo embaraçoso foi Agatha All Along.

Este grandioso e encantador spin-off de WandaVision, escrito por Jac Schaeffer (também de WandaVision), teve direito a lançamento semanal, tornando a marcha traiçoeira pela Estrada das Bruxas numa experiência verdadeiramente hipnotizante. Agatha All Along foi sombria, misteriosa e excêntrica nos momentos certos. O seu formato mágico de “eliminações” criou uma mistura única de surpresa e suspense, permitindo que Agatha fosse simultaneamente ridícula e sinistra. Isto também ajudou a que se sentisse como uma verdadeira série de televisão, em vez de um filme esticado. E com Kathryn Hahn de regresso como a maquiavélica Agatha Harkness, não admira que esta série tenha sido uma das mais bem avaliadas das últimas duas fases do MCU.

Agatha All Along é a segunda parte de uma trilogia não oficial que terminará com Vision Quest. Depois dos eventos de Multiverse of Madness, foi excelente termos uma continuação espiritual da história da Scarlet Witch e também a revelação do astuto Billy Maximoff. Wanda “perdeu a vida” sabendo que os seus filhos existiam, aparentemente, em todos os outros universos… mas Agatha All Along tornou um deles real na Terra-199999. E também ajudou o facto de Aubrey Plaza interpretar a Morte — personagem que tinha sido sugerida logo na Fase 1.

4. Deadpool & Wolverine

A estreia oficial de Deadpool no UCM foi, na verdade, mais um elogio fúnebre de um super-herói da 20th Century Fox, trabalhando para fechar os livros sobre heróis do passado que nunca mais veríamos através da ameaça do “universo” de Wade Wilson ser eclipsado pela TVA. Mas o mais importante é que foi o êxito de mil milhões de dólares de que os Marvel Studios precisavam desesperadamente.

Deadpool vai sempre levar as pessoas ao cinema. Não falta quem deseje ver mais Deadpool mesmo que não siga os filmes do UCM. Mas o bilhete vencedor de um bilião de dólares foi o regresso de Hugh Jackman ao papel de Wolverine e o seu desempenho feroz e emocional, depois de anos de brincadeiras entre Jackman e Ryan Reynolds, na sequência do desastroso Deadpool de Reynolds em X-Men Origens: Wolverine, de 2009. Não importava que Jackman tivesse dito que não voltaria a desempenhar o papel depois de Logan. Era tudo demasiado pateta para não ficar duplamente entusiasmado. E depois, ver Jennifer Garner, Wesley Snipes, Dafne Keen e Chris Evens (como Johnny Storm) regressarem foi a cereja no topo do bolo.

John Krasinski a interpretar Reed Richards em Doctor Strange in the Multiverse of Madness foi um aceno inspirador para a Internet, mas não foi nada comparado com ver Channing Tatum vestir o fato e a gabardina do Gambit, cumprindo assim um sonho prometido. Isto, para não falar sobre um certo Cavillrine.

3. Daredevil: Born Again

Apesar do fracasso de Iron Fist, que de certa forma arruinou a vibe de todo o universo dos Defensores na Netflix, ainda existe muito carinho por estas personagens e pelos atores que lhes deram vida. Há dez anos não sabíamos quais eram os planos finais, mas assumíamos que Charlie Cox, Kristen Ritter, Mike Colter, Jon Bernthal e os restantes heróis de rua das cinco séries da Netflix (e uma minissérie) iriam continuar de alguma forma, em filmes ou outros projetos. No entanto, com o fim da Marvel Television como entidade separada e os Marvel Studios a criar séries para o Disney+, tudo ficou bastante incerto (apesar da participação especial de Cox em Spider-Man: No Way Home). Pouco a pouco, Cox e Vincent D’Onofrio começaram a regressar (She-Hulk: Attorney at Law, Hawkeye, etc.), reacendendo a esperança.

A verdadeira viragem que nos trouxe o excelente Daredevil: Born Again (que foi massivamente refeito, regravado e repensado de forma algo insana) aconteceu quando a Marvel abandonou a ideia de que tudo tinha de estar interligado e de que tudo tinha de ter o mesmo “tom Marvel”. Daredevil pôde assim voltar a ser mais sombrio e ousado, tal como era no Netflix. Born Again é uma sequela trágica e crua das três temporadas originais de Daredevil, agora passada numa Nova Iorque controlada pelo Mayor Wilson Fisk. Os acontecimentos da série, e tudo o que se passa em NYC, não terão impacto no resto do UCM — mas agora isso não importa. Chegámos a um ponto em que quase preferimos ter as coisas separadas. Born Again é livre para ser brutal, sangrento e corajoso, à medida que Matt Murdock lida com perdas pessoais e enfrenta o seu arqui-inimigo, agora uma figura pública adorada.

2. Thunderbolts*

O mais aclamado pela crítica da Fase Cinco, Thunderbolts*, deu aos fãs o grande filme de equipa que desejavam desde Endgame. Só que não foi com os Avengers. Pelo menos, não com os antigos Avengers, certo? Foi um conjunto emocionante e comovente que preencheu o vazio deixado pelos Vingadores, pelos Guardiões… e pelo próprio vazio. Foi profundo e reflexivo, com mensagens inesperadamente emocionais sobre saúde mental e o poder da comunidade. E teve tanto sucesso criativo que o realizador Jake Schreier vai agora comandar o filme dos X-Men no UCM.

Financeiramente? Bem, a Marvel continua numa fase difícil, em que não consegue obter o retorno necessário para filmes de 200 milhões de dólares (daí os próximos três filmes serem Spider-Man, Avengers e outro Avengers). Kevin Feige confirmou o que todos perceberam da pior forma com The Marvels: as séries no Disney+ não são uma rampa de lançamento forte para os filmes. Por design, Thunderbolts* era sobre personagens de segunda (ou terceira?) linha a tentar encontrar o seu caminho como desajustados — mas quando se tem uma equipa de “mid-carders” e “curtain jerkers”, os resultados nas bilheteiras refletem isso.

Ainda assim, Thunderbolts* é excelente. Reforçou Florence Pugh como Yelena, a melhor nova personagem pós-Endgame, ao mesmo tempo que introduziu com sucesso a versão distorcida do Superman da Marvel, Sentry — uma versão sombria e instável do herói dos comics, muito antes de Zack Snyder experimentar algo semelhante. Thunderbolts* é divertido, comovente e mais focado em batalhas internas do que em ameaças cósmicas.

1. Guardiões da Galáxia Vol. 3

Ao contrário de Ant-Man and the Wasp: Quantumania, o terceiro e último filme de James Gunn com os Guardiões entregou as lágrimas, o drama e a resolução prometida pelo trailer. Sim, antes de Gunn deixar a Marvel (desta vez por vontade própria) para liderar o novo DCU, garantiu que ficávamos todos a chorar baba e ranho.

Com um vilão detestável como o High Evolutionary, um passado trágico para Rocket, cheio de dor física e emocional, músicas de Faith No More e Beastie Boys, gargalhadas incríveis, finais bem pensados e o primeiro F-bomb oficial do UCM (antes de Deadpool & Wolverine), Guardians of the Galaxy Vol. 3 foi a despedida perfeita para estes heróis. Mesmo sem grande vontade de usar Adam Warlock — e com alguma frustração por ter de o preparar no Vol. 2 — Gunn fez tudo funcionar na perfeição, escrevendo e realizando um dos seus melhores filmes antes de sair. Veremos várias destas personagens novamente, mas a ausência de Gunn será certamente sentida.

Muitas das sequelas pós-Endgame foram histórias tristes: de Spider-Man: No Way Home a Thor: Love & Thunder e Black Panther: Wakanda Forever. Guardians Vol. 3 pode ser a maior choradeira de todas, mas tem um final absolutamente perfeito. Pode não ser “feliz”, mas é extremamente gratificante.

“Cláusula do melhor preço” da Booking deixa plataforma em sarilhos

Setor exige indemnização por vinte anos de “concorrência desleal” causada por cláusula da Booking que impedia os estabelecimentos de oferecer tarifas mais baixas nos seus próprios sites. Dez mil hotéis já aderiram à ação. Mais de 10 mil hotéis na Europa juntaram-se a uma ação coletiva contra a Booking, alegando terem sido prejudicados pela plataforma online de reservas de alojamentos. O objetivo é obter uma indemnização por prejuízos sofridos entre 2004 e 2024, como resultado da chamada cláusula de “melhor preço” da Booking, que impedia, até ao ano passado, os hotéis de oferecer nos seus próprios sites quartos por preços

Economia dia a dia

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Neste podcast falamos dos temas económicos que marcam a atualidade. Todos os dias resumimos o que precisa de saber sobre os números nacionais e internacionais em episódios de dois minutos. E ao sábado, as grandes notícias são discutidas pelos jornalistas de Economia do Expresso

Moçambique quer combater desinformação sobre Mpox para evitar discriminação

O diretor nacional de saúde pública em Moçambique pediu esta quarta-feira que se evite o pânico e a desinformação em relação à mpox, visando combater a discriminação que possa surgir contra as vítimas.

“Fazemos um apelo bastante vigoroso para que não haja desinformação, para que não haja pânico, porque, por exemplo, na província de Maputo, se se recordam, nós tivemos em 2022 um caso de mpox que foi perfeitamente controlado sem qualquer tipo de desinformação (…). É importante não discriminar os pacientes que tenham mpox”, disse Quinhas Fernandes, durante uma conferência de imprensa, em Maputo.

O apelo do responsável surge numa altura em que Moçambique regista, em três províncias, 31 casos da doença, dos quais 13 estão recuperados, com referência de que a mpox continua a não apresentar letalidade, sem registo de óbitos.

Fernandes avançou que o número de casos suspeitos de mpox “vai tender a aumentar”, situação que, para o profissional, mostra a capacidade de vigilância das autoridades de saúde, referindo ainda ser natural a ativação de um “alerta máximo”.

“Temos, por um lado, um aumento da capacidade de suspeitar [de] casos, o que é bom do ponto de vista da vigilância, e estamos a conseguir testar todos os casos e a maior parte (…) são negativos”, referiu o dirigente.

O diretor de Saúde Pública reiterou que o país está preparado para lidar com a doença, referindo que todas as províncias moçambicanas têm capacidade para isolar casos positivos, havendo necessidade.

Moçambique vai receber em setembro vacinas para conter um possível cenário de alastramento de casos de mpox, anunciou esta quarta-feira o Governo.

“O Ministério da Saúde, a partir do próximo mês, estará a receber um determinado tipo de vacina para garantir que fica de alguma forma em ‘stock’ para, em casos de prevenção e aconselhamento, possa utilizar, nos casos mais adequados”, disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, respondendo a perguntas de jornalistas no fim da reunião semanal daquele órgão, em Maputo.

As autoridades moçambicanas anunciaram na semana passada um reforço da vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, para travar a propagação de casos de mpox, apontando também o rastreio comunitário como melhor método para travar a doença.

As autoridades de saúde garantiram também que Moçambique está preparado para lidar com a mpox, com capacidade para 4.000 testes, feitos localmente, tendo já usado mais de 150 neste surto.

A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No atual surto, na África austral, desde 01 de janeiro, já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos.

O primeiro caso de mpox em Moçambique aconteceu em outubro de 2022, com um doente em Maputo. O coordenador do COESP, órgão da Direção Nacional de Saúde Pública, aponta a capacidade de testagem que agora existe nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança em três anos.

Hulu vai expandir-se para o mundo inteiro e substituir o Star no Disney Plus

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Ou seja, a aba Star, que agrega produções da FX, 20th Century Studios, FOX, ABC, entre outras, será substituída pela Hulu.

Foi em dezembro de 2020, durante o Investor Day 2020 da Disney, que ficámos a saber da existência do Star, uma nova área dedicada a um público mais adulto que iria ser integrada no serviço de streaming Disney+.

Essa aba, que ficou disponível em Portugal em fevereiro de 2021, agrega filmes e originais dos estúdios de televisão e cinemas da The Walt Disney Company, ou seja, produções da FX20th Century StudiosFOXABC, entre outros. Na altura, era uma novidade que vinha colmatar a inexistência de filmes para maiores de 16 anos, até então ausentes da plataforma. E com a chegada do Star, o serviço ficou mais caro.

Pois bem, há novidades a caminho. A Hulu, serviço de streaming detido pela Disney Streaming, uma subsidiária da Disney Entertainment, vai não só ser totalmente integrado no Disney+, como vai também expandir-se globalmente, substituindo o Star em todos os territírios.

“Estamos a trabalhar para continuar a melhorar a nossa tecnologia e, nos próximos meses, iremos implementar inúmeras melhorias na aplicação Disney+, incluindo novas funcionalidades e uma página inicial mais personalizada”, disse a Disney durante a mais recente apresentação de resultados financeiros. “Todo este trabalho culminará na experiência unificada da aplicação de streaming Disney+ e Hulu, que estará disponível para os consumidores no próximo ano.”

Ou seja, a app da Hulu vai desaparecer, ficando integrada na app do Disney Plus. Quanto à expansão a nível internacional, tal começará a acontecer a partir do outono, mas é expectável que nem todos os países tenham acesso à Hulu ao mesmo tempo.

Resta saber se, com esta mudança, o Disney+ irá sofrer alguma alteração de preços

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