Moedas diz que, num ano, conseguiu diminuir em 20% as pessoas a dormir nas ruas de Lisboa

A cidade de Lisboa terá reduzido, em 2024, em perto de 20% o número de pessoas que dormiam nas ruas e, de entre essas, assistido a uma diminuição em cerca de 7% das que são consideradas sem-abrigo. A garantia é dada pelo presidente da câmara, Carlos Moedas (Novos Tempos), que convocou os jornalistas, na manhã desta quarta-feira, para dar a novidade. E, por consequência, para reclamar os louros dessa descida, afiançando ser esta a consequência directa do trabalho feito pela autarquia para resolver este problema. “São dados auditados”, afiança.
“Pela primeira vez, desde o pós-pandemia, conseguimos reduzir o número de pessoas em situação de sem-abrigo. Mas, mais importante, conseguimos reduzir drasticamente o número de pessoas que não tinham tecto. Houve uma descida de 20%”, disse Moedas, atribuindo tal resultado ao esforço das equipas da câmara e, em particular, ao Plano Municipal para Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (PMPSSA) 2024-2030, que prevê um investimento de cerca de 70 milhões de euros.
De acordo com os dados revelados agora pela edilidade, existiam na capital, no ano passado, 3122 pessoas em situação de sem-abrigo. No ano anterior, eram 3378. O que representa uma diminuição de 7,57% do número de indivíduos nessa condição. Ora, as pessoas nesta situação dividem-se em duas categorias: as sem casa e as sem tecto. E também em ambas as classificações, de acordo com os dados revelados pela autarquia, se registaram descidas no ano passado, em relação a 2023.
As pessoas sem casa são as que vivem em alojamento temporário destinado para o efeito. Em 2024, foram contabilizadas 2683 pessoas, quando no ano anterior eram 2830. Registou-se, portanto, uma diminuição de cerca de 5% dos indivíduos assim classificados.
As pessoas sem tecto são definidas como as que vivem no espaço público, alojada em abrigo de emergência ou com paradeiro em local precário. No fundo, são aquelas que conferem uma maior visibilidade ao problema. E foi nesta categoria que se registou a maior descida, de acordo com os dados agora disponibilizados pela Câmara de Lisboa. Eram 548 os indivíduos nesta situação, em 2023. No ano passado, foram contabilizados 439. Uma descida de 20%.
