Expo2025. Pavilhão em Osaka “já deu frutos” na promoção de Portugal

Com a Expo 2025 Osaka a meio, o diretor do Pavilhão de Portugal, Bernardo Amaral, diz que o espaço “já deu frutos” na promoção das empresas lusas e da cooperação com instituições japonesas.

Bernardo Amaral revelou esta domingo que seis entidades portuguesas já firmaram acordos desde a abertura do evento, em 13 de abril, incluindo a Universidade Católica que irá cooperar com a Universidade Sophia, situada em Tóquio.

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A CorksRibas, com sede em Santa Maria da Feira, que foi um dos fornecedores da cortiça usada no Pavilhão de Portugal, assinou uma nova parceria com a empresa japonesa Toa-Cork “para os próximos dez anos”, referiu.

O Turismo de Portugal firmou um acordo com a homóloga nipónica e a Better With Almonds, uma produtora de amêndoas de Idanha-a-Nova, “teve um excelente encontro com um distribuidor japonês”, acrescentou o dirigente.

“Só nos enche de orgulho passados três meses haver efetivamente estes negócios já realizados. Estamos certos que nos próximos dois, três anos os números serão muito maiores”, garantiu Amaral.

O diretor do Pavilhão de Portugal disse não ter dúvidas de que o investimento global de cerca de 21 milhões de euros no projeto valeu já a pena pela “atração mediática” e pelo número de visitantes.

Expo Osaka. Portugal investe 21 milhões para mostrar contemporaneidade

A comissária-geral de Portugal na Expo2025 em Osaka, Joana Gomes Cardoso, disse à Lusa na sexta-feira que o espaço ultrapassou já um milhão de visitantes, sendo que a meta para todo o evento era de 1,2 milhões.

Mas Bernardo Amaral agora prevê que até dois milhões de pessoas possam passar pelo Pavilhão de Portugal até 13 de outubro, até porque a organização revelou que “há um grande acréscimo na venda de bilhetes para o último mês”.

Uma das missões do espaço é “a internacionalização da economia e atração de investimento estrangeiro”, servindo como “uma plataforma para empresas e instituições portuguesas se projetarem no Japão”, disse o dirigente.

O espaço, da autoria do arquiteto japonês Kengo Kuma, tem 1.800 metros quadrados e conta com um terraço, duas áreas de exposição permanente, uma loja e duas salas multiusos.

Uma das salas, que esteve entregue à Universidade de Aveiro, começou hoje a ser usada pela Fundação Oceano Azul para demonstrar “soluções efetivamente globais” para os oceanos, disse Amaral.

A fundação convidou a BlueBio Aliance a “dar visibilidade” aos produtos de bioeconomia azul que são “casos de sucesso, disse hoje à Lusa Raquel Gaião Silva, membro da direção da rede portuguesa.

“Estas “startups”, apesar de serem internacionais, todas elas passaram por Portugal”, sublinhou Gaião Silva.

Algumas têm interesse em explorar o mercado do Japão e a dirigente acredita que podem “atrair potenciais parceiros” durante a Expo, enquanto outras querem “aprender com os países asiáticos”, nomeadamente na área da aquacultura.

“A ideia é que possamos ter aqui [no Japão] uma porta aberta”, sublinhou Gaião Silva.

Cuidado com o “spoofing”. Fraudes com números de telefone mais do que duplicam em 2025

As queixas sobre usurpação de números de telefone associada a chamadas e mensagens fraudulentas mais do que duplicaram este ano, segundo a Anacom – Autoridade Nacional de Comunicações, que defende alterações à lei para travar estas práticas.

Fonte oficial do regulador das comunicações eletrónicas revelou à agência Lusa que só em 2025 recebeu diretamente cerca de 70 reclamações sobre estas práticas, “mais do dobro das recebidas durante o ano de 2024 (cerca de 30)”, acrescentando que “cerca de 75% das solicitações relativas a “spoofing” foram registadas no segundo trimestre”.

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Este tipo de tentativa de burla, conhecido por “spoofing”, consiste na utilização de números de telefone atribuídos a pessoas reais – que nada têm a ver com a fraude -, para contactar potenciais vítimas. Através desse número, os autores fazem-se passar por empresas de confiança, como bancos, plataformas de pagamentos ou operadoras, com o objetivo de enganar quem atende.

O regulador das comunicações eletrónicas adiantou que em outubro de 2024 propôs ao anterior governo uma alteração à Lei das Comunicações Eletrónicas para permitir o combate mais eficaz ao fenómeno. A proposta inclui “a inclusão de uma disposição relativa ao combate às práticas abusivas associadas ao “spoofing” de números ou de identificadores alfanuméricos que constam na identificação da linha chamadora ou do remetente de uma mensagem”, detalhou.

A Anacom garante que, se a mudança for aprovada, irá “assegurar a verificação da implementação e do cumprimento das obrigações que daí decorram para as empresas que oferecem serviços de comunicações eletrónicas”.

O regulador sublinha que o “spoofing” é “instrumental à prática de outros crimes (por exemplo burla, falsidade informática, etc…)” e que, sempre que os contactos de utilizadores indiciam atividade criminosa, as situações “são encaminhadas às entidades competentes”.

Nesse sentido, tem vindo a colaborar com o Centro Nacional de Cibersegurança, Polícia Judiciária, operadores de comunicações, Banco de Portugal e representantes do setor bancário – um dos mais visados nestes esquemas – para encontrar soluções técnicas que permitam mitigar o problema.

Em paralelo, estão em avaliação medidas de mitigação como o bloqueio de chamadas internacionais com identificadores manipulados ou sistemas de autenticação de chamadas, semelhantes aos que foram implementados noutros países. No entanto, “estas iniciativas resultam de atuações ao abrigo dos respetivos quadros legislativos nacionais e não de uma obrigação comum no espaço da União Europeia”, explica a Anacom.

Operadoras: combate ao “spoofing” é prioridade

Já as operadoras de telecomunicações, representados pela Apritel, garantem que acompanham “com atenção a proliferação de atividade criminosa com recurso a manipulação de identificadores de mensagens (spoofing)”.

A associação lembra que “este fenómeno provém de chamadas originadas no estrangeiro, com manipulação do “caller ID” [identificador de chamadas], e, nesse sentido, não se trata de uma atividade em que possam ser imputadas responsabilidades aos operadores”.

Ainda assim, assegura que os operadores “trabalham em permanência no sentido de preservar a integridade e a segurança das suas redes, assim como das comunicações dos seus clientes”.

O combate ao “spoofing” e a todas as formas de fraude “é uma questão que os operadores encaram com seriedade e à qual dão total prioridade, pelo que tudo estão a fazer para mitigar o número de casos e os seus efeitos”, garante a Apritel.

Para isso, foi constituído, no âmbito da Anacom, “um grupo de trabalho visando estreitar a colaboração entre estas entidades e encontrar as melhores soluções possíveis”, acrescenta.

No âmbito do grupo de trabalho, a Apritel defende que se deve “proceder de forma sistemática à identificação das chamadas de “spoofing”, como por exemplo chamadas originadas no estrangeiro, mas com “caller ID” nacional, anonimizando ou mesmo barrando essas chamadas onde se verifica a usurpação de números de telefone”.

Para isso, “há que atender ao enquadramento legal em vigor e aos condicionalismos técnicos existentes e encontrar uma plataforma de entendimento entre os elementos do grupo de trabalho que permita, no mais breve período possível, implementar estas medidas de mitigação”.

PSP e Deco recomendam precauções

A PSP e a Deco também alertam para o crescimento do fenómeno do “spoofing” e pedem reforço da proteção legal e maior consciencialização dos consumidores.

Apesar de o sistema da Polícia de Segurança Pública (PSP) não permitir identificar o número exato de denúncias sobre este crime em particular, fonte oficial da entidade garantiu à Lusa que acompanham o fenómeno de perto e salienta que as vítimas só costumam apresentar queixa quando a chamada resulta efetivamente numa burla.

Os cibercriminosos fazem-se passar por entidades bancárias, empresas amplamente conhecidas ou instituições públicas, com o objetivo de obter os dados pessoais da vítima ou credenciais para fins criminosos, avisa a PSP.

Estas burlas podem ter consequências graves: desde o roubo de dados bancários até ao acesso a conteúdos privados nos telemóveis das vítimas, como fotografias ou contactos. Em alguns casos, os burlões convencem as vítimas a fazer transferências bancárias, muitas vezes com a promessa de investimentos fictícios.

Do lado dos consumidores, a preocupação também é crescente. Embora sem números concretos, o jurista da associação de defesa do consumidor Deco Luís Pisco confirma que “muitos consumidores procuram informar-se sobre este tipo de tentativas de burla”.

Segundo o responsável, este tipo de fraude é uma evolução das práticas de “phishing”, que atualmente já recorre a chamadas de voz (‘vishing’) ou SMS (‘smishing’), com uso de “spoofing” [usurpação de números] para simular números de telefone fidedignos.

Luís Pisco lembra ainda que os burlões “mascaram ou falsificam o número de telefone de onde enviam as mensagens ou fazem as chamadas (“spoofing”), fazendo-se passar por entidades idóneas como o Estado, bancos, prestadores de serviços públicos e privados.

A PSP reforça a importância da prevenção, aconselhando os cidadãos a duvidarem de chamadas ou mensagens genéricas, a não clicarem em “links” suspeitos, a não partilharem o número de telefone nas redes sociais e a bloquearem chamadas indesejadas.

Já a Deco alerta para o uso de técnicas de “engenharia social que exploram a ingenuidade e a iliteracia digital dos consumidores”. “Devem desligar a chamada e confirmar a veracidade da informação que lhes foi dita (ou enviada por mensagem). E nunca partilhem dados pessoais desnecessariamente nas redes sociais, em particular dados sensíveis, uma vez que estão a fornecer informação para eventuais ataques”, avisa Luís Pisco.

Ambas as entidades recomendam a denúncia de todas as tentativas de burla, mesmo que não tenham causado prejuízo. No entanto, o jurista da Deco sublinha que a legislação atual “não protege suficientemente os consumidores” e defende uma atualização urgente que obrigue as operadoras de comunicações a implementar medidas mais eficazes de prevenção e deteção.

“A legislação em vigor não protege suficientemente os consumidores nestas situações e necessita de uma atualização urgente no que respeita a medidas de prevenção, deteção e repressão destas práticas, por parte das empresas prestadoras de serviços de comunicações eletrónicas”, sustenta o jurista da Deco.

“Além disso, existe já um conjunto de soluções técnicas que permitem minorar, pelo menos, os efeitos destes ataques e que pode e deve ser implementado”, conclui.

Tereza Valentova campeã no regresso do circuito WTA ao Porto

A jovem promessa checa Tereza Valentova sagrou-se campeã do Porto Open, no regresso do circuito à cidade, 23 anos mais tarde.

Na final no Complexo Desportivo Monte Aventino, Valentova, de 18 anos, número 129 do ranking mundial, superou a tailandesa Lanlana Tararudee (187.ª) em dois sets, pelos parciais de 6-4 e 6-2.

Foi o quarto troféu da época para Valentova, o segundo de categoria WTA 125. É agora a primeira campeã de um torneio WTA no Porto desde 2002.

Carta aberta pede avaliação da atual direção do PAN “sem receio de ter de mudar”

Uma carta aberta subscrita pela antiga deputada do PAN Bebiana Cunha e outros ex-dirigentes pede uma avaliação da direção do partido “sem receio de ter de mudar”, acusando a atual liderança de se desviar dos “valores fundadores”.

Numa carta aberta divulgada na Internet dirigida a pessoas filiadas, simpatizantes e dirigentes do PAN, os 35 signatários, em que se incluem os antigos dirigentes Anabela Castro, Nuno Pires, Miguel Queirós ou Carolina Pia, salientam que todos “têm a sua história dentro do PAN” e recordam o lançamento das fundações do projeto político Pessoas-Animais-Natureza em 2009.

“A atual liderança tem vindo a afastar-se dos valores fundadores do PAN, quando sistematicamente toma decisões contrárias à sua génese e incompreensíveis perante os princípios do partido. As opções que se vão tomando assentam numa lógica de mera estratégia de sobrevivência política, em que os fins passaram a justificar os meios”, criticam.

Os signatários, entre os quais estão vários nomes que se demitiram da direção nos últimos meses, consideram que a atual liderança “não encara os próprios erros e falhas” e tem tido um mandato marcado “por dissabores internos, diversas derrotas políticas, lutas de poder que se tornaram mais importantes do que a missão do partido e por uma cultura de afastamento da crítica interna”.

Sobre as autárquicas de 12 de outubro, os signatários apontam “a ausência de uma estratégia coerente”, que resulta “em coligações avulsas, sem critérios ideologicamente compreensíveis, assentes em promessas de cargos ou falta de projetos políticos próprios”.

“Há coligações, naturais em democracia, que são aceitáveis, por serem feitas com forças políticas cujos valores podem convergir com o PAN. Contudo, são completamente incompreensíveis as coligações com partidos ideologicamente opostos e distantes, nomeadamente aqueles que permitem a prática de crimes ambientais ou que defendem a promoção da tauromaquia”, disse.

O PAN integra coligações com o PSD e a IL em Sintra e com estes dois partidos e o CDS-PP, em Faro, por exemplo.

Os signatários deixam um apelo coletivo para que se pare e avalie o atual rumo, “antes que seja demasiado tarde e o PAN desapareça ou se transforme num outro ideário político e social”.

“Sem receio de ter de mudar. É preciso relembrar que o PAN é mais do que a soma das suas pessoas e que a sua ideologia é mais importante do que quaisquer tipos de interesses”, afirmam.

Os subscritores asseguram continuar “comprometidos com os valores e a missão do PAN na sociedade portuguesa” e deixam o que classificam de “apelo simples e ambicioso”.

“Avaliar o caminho que tem sido traçado, reposicionar o partido na sua matriz ideológica, seja no pensamento estratégico, seja na sua comunicação, e reconstruir o PAN a partir dessa avaliação e sentido de missão. Escutar, com humildade, os que estão e os que se afastaram por não se reverem no atual PAN”, pedem.

E lançam uma pergunta: “Está o PAN ainda a ser fiel aos princípios que afirma defender? Está o PAN a ajudar as causas, ou a desmerecê-las?”.

A carta aberta termina pedindo que “se ouçam todas as vozes — sobretudo aquelas que permanecem fiéis ao projeto original e que não se reveem no rumo atual”.

“Acreditamos que um novo caminho é possível e que o PAN pode — e deve — voltar a ser o farol que ilumina o futuro (…) Façamo-nos ouvir, com a esperança de que o PAN se possa cumprir! É a hora!”, apelam.

No sábado, confrontada com demissões internas recentes, a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, considerou que as saídas foram de pessoas que “não estavam comprometidas” nem com a sua agenda, nem com o partido.

O unicórnio Astronomer começou a voar depois da traição nos Coldplay

Um unicórnio no seu estado mais puro. A Astronomer era uma startup discreta até à, mundialmente conhecida, traição do seu CEO, no concerto dos Coldplay. Desde então, ganhou asas e Há uma semana, completos desconhecidos; hoje (não pelos motivos mais simpáticos), toda a gente conhece Andy Byron e a Astronomer. Andy Byron é o recém-famoso CEO que traiu a mulher com a diretora dos recursos humanos, num concerto dos Coldplay, em Boston, nos EUA. Byron e Kristin Cabot, diretora de recursos humanos contratada pelo próprio para a mesma empresa, que também é casada (com outro homem), foram apanhados na tradicional

Morreu José Maria Marin, antigo presidente da CBF, aos 93 anos

Morreu este domingo, 20 de julho, José Maria Marin, antigo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), aos 93 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A causa da morte não foi comunicada. O velório decorre este domingo na capital paulista, informou a CBF em comunicado. Marin ficou conhecido pelo papel importante no futebol brasileiro e, mais recentemente, pela condenação por corrupção dentro da FIFA, pela qual esteve preso nos EUA até 2020.

Na juventude, Marin chegou a jogar pelo São Paulo, disputando 20 partidas entre 1950 e 1952. Além do futebol, também esteve envolvido na política. Foi eleito vereador e deputado estadual por São Paulo entre 1960 e 1970, e foi vice-governador de Paulo Maluf, tendo assumido o cargo de governador do estado de São Paulo por 10 meses em 1982.

Marin assumiu a presidência da CBF em 2012, após a renúncia de Ricardo Teixeira, que presidiu à instituição por 23 anos. O dirigente permaneceu no cargo até 2015, ao mesmo tempo em que presidiu ao Comitê Organizador do Campeonato Mundial de Futebol de 2014, que se realizou no Brasil. Entretanto, em maio de 2015, José Maria Marin foi acusado de corrupção numa investigação do FBI conhecida como Fifagate. O dirigente foi preso na Suíça em 2015 e em 2018 condenado a quatro anos de prisão por um tribunal em Nova Iorque.

O dirigente foi considerado culpado de conspiração para o recebimento de dinheiro ilícito, conspiração para fraude relativa à Libertadores, conspiração para lavagem de dinheiro relativa à Libertadores, conspiração para fraude relativa à Copa do Brasil, conspiração para fraude relativa à Copa América e conspiração para lavagem de dinheiro relativa à Copa América, tendo recebido 6,5 milhões de dólares desde o início da gestão da CBF. A FIFA anunciou em 2019 que Marin estava banido do futebol pelo resto da vida. Em 2020 foi libertado durante a pandemia de Covid-19 e, em 2023, foi vítima de um acidente vascular cerebral.

Marcelo convidado do Presidente da Alemanha para Festival dos Cidadãos em Berlim

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, será o convidado estrangeiro de honra do Festival dos Cidadãos em Berlim em setembro.

Trata-se de um evento de portas abertas na residência oficial do Presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, onde se espera a presença de milhares de pessoas.

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Portugal estará representado neste festival de dois dias como país parceiro internacional.

O gabinete do Presidente alemão tornou público que Marcelo Rebelo de Sousa confirmou a sua participação neste evento a 12 e 13 de setembro.

Num festival de dois dias, o chefe de Estado alemão irá começar por “homenagear os muitos voluntários na Alemanha que contribuem ativamente para o bem comum”.

No dia 12 de setembro, 4 mil voluntários de todo o país vão encontrar-se com Steinmeier e, no dia seguinte, o parque do Palácio de Bellevue vai estar aberto ao público num evento que pretende promover o envolvimento cívico voluntário.

Cerca de 50 organizações, iniciativas e empresas sem fins lucrativos apresentar-se-ão nos jardins do palácio ao longo dos dois dias.

O estado parceiro do Festival dos Cidadãos de 2025 é a Renânia-Palatinado.

​Humoristas Gilmário Vemba, Hugo Sousa e Murilo Couto retidos no aeroporto de Maputo

Os humoristas Gilmário Vemba, Hugo Sousa e Murilo Couto estão retidos no aeroporto de Maputo, em Moçambique.

“Estamos no aeroporto de Maputo e tivemos aqui um problema que ainda não sabemos o que é. Basicamente, não nos deixaram entrar no país”, explicou Hugo Sousa, num vídeo divulgado nas redes sociais.

Hugo Sousa tem nacionalidade portuguesa, Gilmário Vemba é natural de Angola e Murilo Couto é brasileiro.

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Gilmário Vemba acrescentou que, “infelizmente, não vamos conseguir fazer o espetáculo previsto” para este domingo, em Maputo.

“Provavelmente somos capazes de pernoitar aqui no ‘hotel’ [aeroporto] e esperar pelo avião, amanhã, que nos mande para Portugal”, lamentou Gilmário Vemba.

Até ao momento, não são conhecidos os motivos que levaram os humoristas a ficarem retidos no aeroporto de Maputo.

Gilmário Vemba, Hugo Sousa e Murilo Couto estão a realizar uma digressão mundial com o espetáculo “Tons de Comédia”, com passagens por Portugal, Angola, Brasil e Moçambique.

Demolições em Loures. Embaixador de São Tomé fala em situação “dramática”

O embaixador de São Tomé e Príncipe em Portugal lamentou este domingo não ter sido informado pela Câmara de Loures do plano para demolir habitações precárias no bairro do Talude, onde descreveu uma situação “dramática” que já ultrapassa a autarquia.

Esterline Gonçalves Género visitou o bairro do Talude Militar, onde, segundo adiantaram à Lusa fontes de um movimento cívico, muitos moradores eram pessoas provenientes de São Tomé e Príncipe, mas também de Cabo Verde, Brasil e outras nacionalidades.

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No local, o representante diplomático afirmou ter observado uma situação “dramática para a qual há urgência em tomar uma decisão”.

“Se no passado dizíamos que era indigna, não sei o que é hoje”, afirmou o embaixador em declarações à SIC Noticias no local, que visitou hoje, vindo do estrangeiro, onde se encontrava, para “dar o apoio possível”, para já com tendas e alimentos para distribuir pelas pessoas que ali permanecem, apesar de 55 das 64 habitações precárias terem sido demolidas.

Dezenas de voluntários limparam o entulho do Bairro do Talude onde há famílias a dormir em tendas

O embaixador de São Tomé e Príncipe lamentou não ter sido informado do plano para demolir as habitações do bairro, afirmando que tem tentado falar com o presidente da Câmara de Loures, e nunca conseguiu, mas, segundo afirmou nas mesmas declarações, almoçou no dia 10 de julho com a vice-presidente, ocasião em que considerou “devia ter sido informado”.

Ao ver agora a situação, o diplomata sublinhou que “já não está ao nível da autarquia, mas sim ao nível nacional”.

Loures iniciou na segunda-feira uma operação de demolição de 64 construções precárias ilegais, onde viviam 161 pessoas, tendo sido demolidas 51 no primeiro dia e outras quatro no segundo.

A operação foi, entretanto, suspensa após o despacho de um tribunal de Lisboa, na sequência de uma providência cautelar interposta por 14 moradores.

Demolições em Loures. Autarca Ricardo Leão garante que "não vai recuar"

Das 55 famílias que ocupavam as construções precárias demolidas, 14 estão a receber apoio da Câmara Municipal de Loures, que disse ter atendido 38 dos agregados até sexta-feira.

Segundo informações da autarquia, outras 14 famílias encontraram alternativa habitacional junto de familiares ou amigos, três recusaram o apoio e sete não manifestaram interesse nas soluções apresentadas.

De acordo com os últimos dados disponibilizados, três famílias, com cinco menores a cargo, continuam com apoio de pernoita e dez famílias, com 21 menores a cargo, encontram-se a receber apoio alimentar.

Cinco famílias conseguiram aceder ao mercado de arrendamento, tendo beneficiado do apoio municipal para o pagamento da caução e do primeiro mês de renda, acrescenta a autarquia.

Morreu o artista plástico cabo-verdiano Kiki Lima

O Presidente cabo-verdiano e o Governo do arquipélago publicaram este domingo mensagens de condolências a propósito da morte, por doença, de Kiki Lima, 72 anos, um dos mais aclamados pintores cabo-verdianos.

O artista encontrava-se em Lisboa, onde recebia tratamento médico, e morreu esta madrugada segundo referiu o irmão, Mick Lima, à Rádio de Cabo Verde (RCV).

“Considerado por muitos como um dos maiores pintores cabo-verdianos de todos os tempos, Kiki Lima foi um verdadeiro embaixador” da cultura das ilhas, “cuja paixão e dedicação à arte inspiraram gerações”, publicou a Presidência da República na Internet.

“Kiki Lima deixa, também, um legado como músico e um estudioso da música tradicional cabo-verdiana”, com os álbuns Txuva e Midje Má Tambor, acrescentou.

O Governo reagiu através de uma nota do Ministério da Cultura, considerando que se perde “um embaixador da cultura cabo-verdiana, cruzando linguagens visuais com a música e o design”.

“Figura incontornável da cultura nacional, Kiki Lima, uma das maiores referências das artes plásticas de Cabo Verde, possuiu uma carreira notável marcada por uma criatividade vibrante, um estilo único e uma entrega total à arte e à identidade cabo-verdiana”, assinalou, na mesma nota.

Assinou mais de mil obras, participou em mais de 200 exposições individuais em Cabo Verde e além-fronteiras, acrescentou.

Kiki Lima nasceu da Ponta do Sol, ilha cabo-verdiana de Santo Antão, a 15 de abril de 1953. Numa entrevista à Lusa, após inaugurar uma exposição na cidade da Praia, em 2012, Kiki Lima considerou-se “partidário da mulher pelo seu valor intrínseco: é mãe, esposa, irmã e tem uma importância muito grande na nossa vida”.

“Sou um pintor figurativo. Pego na figura feminina, explorando a sua plasticidade do ponto de vista estético, e faço essa ligação com a música e a pintura. É esse o motivo principal da exposição”, afirmou no evento, dizendo ter chegado “tarde” à pintura e que só aos 21 anos viu uma exposição.

Licenciou-se em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa, mas antes frequentou, em Portugal, vários cursos de artes plásticas, suportando uma obra que vai além da pintura.

As obras de Kiki Lima estão presentes em importantes espaços e coleções particulares e institucionais de arte contemporânea, figurando como um dos pioneiros da pintura em Cabo Verde.

“Não tive influência de pintores cabo-verdianos e nem podia ter, porque eles não existiam”, disse.

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