Desligar o quadro elétrico, limitar o uso do telemóvel e atenção à desinformação. O guia de medidas para o apagão

Com a maioria do território nacional ainda em apagão, com constrangimentos a nível das telecomunicações, além de supermercados fechados e as autoridades a recomendarem que sejam evitadas deslocações desnecessárias, é importante que mantenha a calma e esteja informado. Para isso, um rádio a pilhas pode ser o mais indicado.

Para fazer face à falta de eletricidade, ter lanternas em casa é importante. Ou velas, sendo que estas devem ser usadas com precaução e não devem ser colocadas perto de objetos inflamáveis. Mas há mais recomendações que os portugueses devem seguir nestas circunstâncias excecionais.

O Observador reuniu um guia com as principais dicas e conselhos para a população lidar com o apagão.

Compras de supermercado às escuras, filas para os transportes públicos e caos no trânsito. As imagens do apagão em Portugal e Espanha

Tendo em conta que não se sabe quando é que a energia voltará, é importante que tente poupar a bateria do telefone (e, se possível, ter um powerbank disponível e carregado). É boa ideia ativar o modo de poupança de bateria e desligar tudo o que sejam funcionalidades que consomem bateria, como a localização ou o Bluetooth.

As comunicações atravessam ainda um período instável. Nesse sentido, a Meo, por exemplo, indica que “reconfigurou a sua rede, limitando a utilização de dados móveis e apelando aos clientes que façam um uso responsável das comunicações móveis até que a situação seja totalmente normalizada”. Ao longo do dia, a Vodafone e a Nos também confirmaram as dificuldades no serviço.

Também é recomendado que evite fazer chamadas para o 112, a menos que se trate efetivamente de uma emergência.

É recomendável desligar os quadros elétricos de casa para evitar que os equipamentos, como os eletrodomésticos, fiquem danificados. E voltar a ligar apenas depois da reposição da energia.

No caso específico do frigorífico e do congelador é importante, em primeiro lugar, manter as portas fechadas. De acordo com o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar dos Estados Unidos (USDA, na sigla original), em casos de falha de energia, os alimentos resistem dentro do frigorífico quatro horas. Como o apagão que atinge Portugal começou há mais tempo, por voltas das 11h30, alimentos como carnes cruas ou cozidas, peixes, ovos, leite e derivados, vegetais e frutas já cortadas ou sumos já abertos podem já não estar próprios para consumo. No caso dos congelados, se ainda tiverem cristais de gelo, continua a ser seguro comer.

Descartar carnes e ovos, manter manteiga e queijos processados. O que fazer com os alimentos do frigorífico depois do apagão

A Polícia de Segurança Pública pediu à população para evitar deslocações desnecessárias. Se vai na estrada, “redobre a atenção” e “reduza a velocidade”. Em comunicado, as autoridades apelaram aos condutores para que respeitem as orientações que são dadas no terreno e para priorizarem uma “circulação segura”. Foram ainda dadas recomendações para que, em cruzamentos sem sinalização, já que os semáforos que habitualmente aí se encontram não estão a funcionar, seja dada “prioridade à direita”.

Manter a tranquilidade é um dos conselhos dados também pelo Sistema de Segurança Interna (SSI), que apelou à população para que “evite consumos desnecessários” e que “adote medidas de gestão responsável”. Horas antes, a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres já tinha apelado a um “uso consciente da água” e alertado que o apagão poderia originar interrupções no fornecimento.

Apagão. Transtejo e Soflusa com barcos grátis esta 2.ª feira enquanto houver passageiros

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A Transtejo e a Soflusa, que ligam por barco Lisboa à margem sul do Tejo, têm esta segunda-feira carreiras gratuitas enquanto houver passageiros, para minimizar os efeitos do corte generalizado de energia elétrica, informou fonte do Ministério das Infraestruturas.

Segundo a mesma fonte, as carreiras são gratuitas desde as 13:00/14:00 e enquanto existirem passageiros para transportar.

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A REN — Redes Energéticas Nacionais confirmou hoje um corte generalizado no abastecimento elétrico em toda a Península Ibérica e parte do território francês e avançou que estão a ser ativados os planos de restabelecimento por etapas do fornecimento de energia.

O apagão registou-se às 11:30 de Lisboa.

A Transtejo é responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro, também no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.

As empresas têm uma administração comum.

“Do que depender da REN, o país vai acordar amanhã com eletricidade”

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A Redes Energéticas Nacionais (REN) avançou esta segunda-feira que fará tudo para que o apagão seja resolvido ainda esta segunda-feira, referindo que “cerca de 300 mil” consumidores já têm eletricidade, mas ressalvando que não se pode “dar um passo em falso”.

Em declarações na sede, em Sacavém, o administrador da REN, João Faria Conceição adiantou que a “previsão de estabilização dos consumos” é de duas horas para o Grande Porto, mas que na Grande Lisboa “vai demorar mais tempo” e que a normalização total é “mais difícil dizer”.

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“Temos menos centrais na proximidade de Lisboa” e por isso a previsão é de “cinco a seis horas nos consumos mais prioritários”, como hospitais, forças de segurança, infraestruturas de abastecimento de água.

Indicando que podem ser “mil e uma causas”, o administrador da REN acrescentou que momentos antes da quebra de energia foi registada uma “grande oscilação de tensões na rede espanhola” e que “naquele momento o sistema elétrico português estava num momento de importação” da eletricidade de Espanha.

“Tudo o que depender da REN, vão acordar amanhã com eletricidade. Mas infelizmente não é só a REN que conta, é todo um sistema”, afirmou.

🔴 Apagão em Portugal. Energia retomada no Porto até às 21h00, em Lisboa vai demorar mais

“Por volta das 11h33 ficámos sem eletricidade em toda a rede de muita alta tensão, que depois se propaga a todas as redes, de média e baixa tensão. Ainda não conseguimos com toda a certeza apontar para uma causa concreta”, detalhou João Faria Conceição.

O administrador da REN refere que o que aconteceu se assemelhou “aos disjuntores do quadro das nossas casas”, com os sistemas de controle e proteção a dispararem devido a um desequilíbrio entre os consumos e a produção.

Para resolver este desequilíbrio, a estratégia foi de um “blackstart”, em que é acrescentando consumo e produção na rede de forma gradual e cuidadosa, que tem de ser feito de forma paciente.

“Aconteceu-nos várias vezes a partir das tentativas de recuperação desta manhã em que verificámos alguns desequilíbrios e isso era o suficiente para vir tudo abaixo”, detalhou o administrador da REN.

“Estamos a tentar recuperar o país em várias zonas: uma iniciada a partir da central da Tapada do Outeiro, que é uma central que presta um serviço ao sistema elétrico para arranques de emergência. A central da Tapada do Outeiro arrancou, depois de várias tentativas e desligares, e neste momento temos várias subestações da REN à volta da zona do Grande Porto e a Central do Torrão ligada e estamos progressivamente a tentar abastecer”, afirmou.

Apagão em Portugal. Meo reconfigura rede e limita uso de dados móveis

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A Meo reconfigurou a sua rede, limitando o uso de dados móveis para garantir a funcionalidade dos serviços essenciais e apela para que os clientes façam um uso responsável das comunicações até à reposição da energia.

“Face à falha de energia que afeta Portugal Continental, a Meo ativou de imediato o seu plano de contingência, com o objetivo de garantir a máxima estabilidade e continuidade dos serviços”, disse a operadora da Altice Portugal, no seu último ponto de situação.

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“Para reforçar a autonomia da sua rede móvel, dada a imprevisibilidade da reposição de energia, a Meo reconfigurou a sua rede, limitando a utilização de dados móveis e apelando aos seus clientes que façam um uso responsável das comunicações móveis até que a situação seja totalmente normalizada”, acrescentou a mesma fonte.

Neste momento, “a nossa prioridade é garantir a funcionalidade dos serviços essenciais e trabalhar rapidamente para a reposição total de todas as operações”, afirma a Meo.

“Todos juntos, estamos empenhados em proteger os serviços críticos que são fundamentais para o país e para os nossos clientes”, remata.

A REN — Redes Energéticas Nacionais confirmou hoje um corte generalizado no abastecimento elétrico em toda a Península Ibérica e avançou que estão a ser ativados os planos de restabelecimento por etapas do fornecimento de energia.

O apagão registou-se às 11h30 de Lisboa.

Montenegro: Governo espera que eletricidade seja restabelecida ainda esta segunda-feira

O apagão “imprevisto” desta segunda-feira apanhou toda a gente de surpresa — Governo incluído — e não há grandes certezas sobre as suas causas ou o momento em que todo o território português voltará a ter eletricidade. Ainda assim, a “expectativa” do Executivo é que “ainda hoje [segunda-feira] toda a situação esteja restabelecida”, adiantou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, na primeira comunicação ao país desde que o episódio começou, durante a parte da manhã.

À porta da residência oficial, em São Bento, onde o Conselho de Ministros decorria (e à hora de publicação deste texto, ao final da tarde, ainda decorre) e de onde saía para se dirigir ao centro de operações da REN, Luís Montenegro quis deixar palavras de calma e confiança: “A situação é muito incómoda mas não é razão para alarme” nem para adotar “comportamentos” que não se tivessem num dia normal, assegurou.

Até porque, com alguns sinais de corrida aos supermercados e de abastecimento de bens como água e papel higiénico, o primeiro-ministro quis avisar: é preciso ter “paciência” e sobretudo evitar “consumos desnecessários”, mesmo que a situação provoque stress e crie a tentação de comprar comida ou água a mais para enfrentar um momento de incerteza.

Para já, as centrais de Castelo de Bode e da Tapada do Outeiro estão a trabalhar para tentar ativar a produção elétrica, explicou — coisa que já se verificou em zonas próximas destas centrais. Não há, nesta altura, “indicação” de que a causa seja um ciberataque, embora o Governo também ainda não esteja em condições de afastar definitivamente algum motivo — e tenha o sistema de segurança interna com a célula de crise ativa e o sistema de informações a recolher informações, explicou Montenegro. Portugal está também em contacto com Espanha — Montenegro falou “várias vezes” com Pedro Sánchez ao longo do dia — e Montenegro foi falando, ao longo do dia, com o Presidente da República, partidos e em vários momentos (por duas vezes) com o líder do PS, Pedro Nuno Santos.

Apesar de não arriscar motivos, Montenegro fez questão de dizer que “a origem do apagão não foi em Portugal” e que é provável que tenha acontecido em Espanha. Tudo o resto, neste momento, será especulação. Por isso, para já a mensagem deixada ao país é uma: “Confiem no trabalho que estamos a desenvolver”.

É ainda incerto se o primeiro-ministro volta a falar esta segunda-feira, após o Conselho de Ministros, numa altura em que como o próprio reconhecia é difícil assegurar que a mensagem chega ao máximo número de pessoas possível; mas já é certo que o debate entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, que estava previsto para esta noite, fica sem efeito.

Lenda do “Sétimo Sol” num espetáculo do Alafia Ensemble com música de Vasco Negreiros

Música de Vasco Negreiros, um filme de animação de Beatriz Bagulho e um conto indiano sobre o nascer do sol dão corpo ao concerto do Alafia Ensemble, no próximo domingo, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

O Sétimo Sol, com narração do ator F. Pedro Oliveira, que inclui oficinas de ilustração e uma conversa, está pensado para o público mais novo. Mas é um espetáculo para todas as idades, sobre o modo de “cuidar do planeta terra”, que vai ocupar o pequeno auditório do CCB e o seu grande ecrã.

O concerto nasceu de uma confluência de acasos e vontades. No ponto de partida, o compositor Vasco Negreiros, que lera O Sétimo Sol num livro de aprendizagem da língua hindi e ficara com vontade de compor sobre a história. Depois, o ensemble Alafia, da Alemanha, encomendou-lhe uma peça para apresentar ao vivo. Por fim, Negreiros descobriu pequenos filmes de animação de Beatriz Bagulho, num estilo que achou indicado para a narrativa, como explica no vídeo disponível no site do CCB.

O resultado traduz-se no espetáculo a apresentar no CCB e também num livro, traduzido pelo compositor, com texto bilingue, ilustrações de Bagulho e um suplemento áudio, que permite olhar para a história, ouvir a música ou o texto, ou “fazer as duas coisas ao mesmo tempo”, numa outra perspetiva além do espetáculo, segundo o compositor.

Como explica Beatriz Bagulho na apresentação, “O Sétimo Sol é um concerto que nasce de uma lenda, cresce a várias mãos e da vontade de partilhar uma história que nos ensina a cuidar do planeta.”

Tudo começa “há muito, muito tempo”, quando no céu havia sete sóis e acabou por ficar um só, conforme a lenda do povo Munda, “que vive longe das cidades, no sul e no leste da Índia, e em países vizinhos como Bangladesh, Butão e Nepal”.

E a lenda, segundo a apresentação da obra, revela-se “uma luminosa alegoria sobre a relação com o ambiente, a total sujeição da humanidade à natureza, até ao seu excessivo domínio sobre ela e, finalmente, ao equilíbrio”.

Vasco Negreiros pensou numa composição a que o público mais novo fosse sensível, com “a música baseada na narrativa”, algo que preocupou igualmente Beatriz Bagulho: “Criar um imaginário” que transporte o espectador para o que está a acontecer em palco e, no livro, “pensar como o leitor vai passando as páginas, vendo as imagens”, e como estas “podem acrescentar algo à história”, sem limitar o universo imaginado por quem lê.

Os instrumentos do Alafia Ensemble — flauta, clarinete, violino, bandolim, violoncelo e piano — representam a paisagem, as vozes de pessoas e de animais, até ao canto final que leva ao nascer do sol e tudo resolve.

Em palco, música e imagens serão acompanhadas pela narração de F. Pedro Oliveira; no livro, a função cabe a Joana Manuel. Num e no outro, a história acaba da mesma maneira: “Desde então, de manhãzinha […], o sol sobe ao céu e a todos ilumina.”

Vasco Negreiros, professor na Universidade de Aveiro, estudou composição, viola de arco, piano e direção no Rio de Janeiro, Brasil, onde completou os cursos de Análise, Teoria e Direção Coral. Diplomou-se em Regência na Alemanha. Em Aveiro, dirige o Vocal Ensemble, dedicado à música antiga. Do seu doutoramento, sob orientação de Owen Rees (Oxford), resultou a edição do Livro de Motetes, de Frei Manuel Cardoso, pela Imprensa Nacional. Entre outras obras, compôs para crianças a ópera Palavras na Barriga, a suite Trava Lengas e Lenga Línguas e a peça Amen.

O Alafia Ensemble, baseado em Colónia, na Alemanha, foi fundado em 2020 e é constituído por Leonardo Pedroza (flauta), Marina Eichberg (violino), Iain Lennon (bandolim), Paula Sagastibelza (violoncelo), Lucas Huber Sierra (piano, no CCB) e Nikola Janjic (clarinete). Na edição em livro, a parte de piano é interpretada por Olga Riazantceva-Schwarz.

O espetáculo realiza-se no pequeno auditório do CCB, no domingo, 4 de maio, às 16h00, e na terça-feira 6, às 11h00, para escolas, sendo seguido de uma conversa e da apresentação do livro, editado pela Boca e a plataforma MPMP — Património Musical Vivo.

Beatriz Bagulho orientará oficinas de ilustração na quinta e na sexta-feira, 8 e 9 maio, para escolas, e no sábado, dia 10, para famílias.

Se fosse um ciberataque, teria sido assim

As primeiras linhas desta newsletter foram escritas ao final da manhã, com o computador desligado da Internet e o ecrã com o mínimo de luminosidade, para poupar bateria. Pela janela, ouvia buzinas de carros e muitas sirenes de ambulâncias. O trânsito estava caótico, aqui em Lisboa como noutros pontos do país. A PSP pôs mais polícias nas ruas. Os hospitais e os transportes públicos foram afectados. Mais tarde, quando saí à rua, vi pessoas a tentarem comprar rádios a pilhas em lojas de acessórios para telemóveis. “Já foram todos”, disse o empregado. “Pois, acredito”, retorquiu o comprador, resignado. As mercearias e supermercados tinham filas enormes à porta. Nas farmácias, havia preocupações com a refrigeração de medicamentos. Centenas de voos foram cancelados.

Apagão: Von der Leyen fala com Montenegro e promete ajudar o país

A presidente da Comissão Europeia garantiu ao primeiro-ministro de Portugal que o executivo comunitário irá prestar auxílio

A presidente da Comissão Europeia garantiu ao primeiro-ministro de Portugal que o executivo comunitário vai ajudar o país a restabelecer a rede elétrica, após um apagão que parou o território continental.

“Conversei com o primeiro-ministro Luís Montenegro na sequência do ‘apagão’ na Península Ibérica. Vamos trabalhar em conjunto para ajudar a restaurar a rede elétrica e dar garantias aos cidadãos”, escreveu Ursula von der Leyen nas redes sociais.

A presidente da Comissão Europeia já tinha conversado com o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, e ao homólogo português assegurou que a “segurança energética é crucial para a União Europeia”.

A REN — Redes Energéticas Nacionais confirmou um corte generalizado no abastecimento elétrico em toda a Península Ibérica e avançou que estão a ser ativados os planos de restabelecimento por etapas do fornecimento de energia.

O apagão registou-se às 11:30 de Lisboa.

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Por Lusa

Apagão em Portugal. Vários hospitais suspendem consultas e cirurgias programadas

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Vários hospitais portugueses, públicos e privados, decidiram cancelaram a atividade programada na sequência do apagão elétrico desta segunda-feira em todo o país.

Hospital de Santa Maria

A Unidade Local de Saúde Santa Maria, em Lisboa, ativou o plano de contingência às 14h00 desta segunda-feira, tendo sido suspensa toda a atividade programada, na sequência da falha de energia que atinge o país, anunciou a instituição.

“Quando surgiu este apagão, e não sabíamos de todo o que estava a acontecer (…) imediatamente foram acionados os três geradores e a atividade prosseguiu nas áreas chamadas críticas”, disse à agência Lusa o presidente da Unidade Local de Saúde Santa Maria, Carlos Martins, ressalvando que é o procedimento normal nestas situações.

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Ao verificar-se que “a questão era muito mais preocupante” do que a pensada inicialmente, a instituição começou a fazer avaliação de várias áreas do hospital, também críticas, como, por exemplo, as áreas de logística, esterilização, refeições aos doentes e decidiu que “era melhor acionar o plano de contingência”.

“Não sabendo quando é que esta situação irá terminar” foi acionado preventivamente, a partir das 14h00, “o plano de contingência, que em termos muito claros, significa que toda a atividade programada fica suspensa até orientação em contrário”, disse Carlos Martins.

Hospital Amadora/Sintra

A Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora/Sintra suspendeu temporariamente as visitas e os serviços clínicos não urgentes devido ao corte de energia em Portugal continental, mantendo-se asseguradas as atividades urgentes, emergentes e inadiáveis.

“Devido ao corte geral de energia e de modo a salvaguardar a segurança dos utentes, a ULS Amadora/Sintra informa que a atividade clínica não urgente no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) e nas Unidades de Cuidados de Saúde Primários está temporariamente suspensa, mantendo-se assegurada toda a atividade urgente, emergente e inadiável”, refere aquela unidade, em comunicado.

Hospital de São João

O hospital de São João, no Porto, também ativou esta segunda-feira o plano de contingência e suspendeu a atividade programada e não prioritária, alertando que “a capacidade de resposta dos geradores está dependente da gestão do combustível disponível”.

“Na sequência do apagão que afeta o país inteiro, foi ativado o plano de contingência do hospital São João, com ativação dos geradores de emergência para alimentar áreas prioritárias, como o bloco operatório para intervenções cirúrgicas urgentes e a Unidade de Cuidados Intensivos”, descreveu à Lusa fonte oficial.

De acordo com a mesma fonte, “a atividade clínica urgente e emergente está a ser assegurada”.

Hospital de Gaia

A Unidade Local de Saúde Gaia/Espinho, cuja principal unidade é o Hospital Santos Silva em Gaia, suspendeu a atividade programada e tem energia para “muitas horas”, estando a reabastecer-se de gasóleo para alimentar geradores, disse o presidente.

“Neste momento tomámos como diligências interromper a atividade programada. Essa já paramos. Mantemos todo o resto do hospital em funcionamento, tudo em segurança. O serviço de urgência funciona em pleno, as Unidades de Cuidados Intensivos, todas elas funcionam em pleno”, disse hoje à Lusa o presidente da Unidade Local de Saúde Gaia/Espinho, Luís Matos.

Hospital de Viseu

A Unidade Local de Saúde (ULS) Viseu Dão-Lafões está a funcionar “dentro da normalidade” com recurso a geradores devido ao apagão, disse hoje à agência Lusa fonte dessa instituição.

“O hospital está a funcionar dentro da normalidade, com recurso aos nossos geradores que funcionam a gasóleo e temos combustível”, disse à agência Lusa fonte da ULS Viseu Dão-Lafões.

Hospital de Castelo Branco

O Hospital Amato Lusitano (HAL), em Castelo Branco, ativou o plano de contingência e toda a atividade programada foi cancelada, disse à agência Lusa o presidente do Conselho de Administração.

“Apesar de não estar neste momento em Castelo Branco, já dei instruções para cancelar toda a atividade programada e ativar o plano de contingência” afirmou o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), Rui Amaro Alves.

ULS da Guarda

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda vai manter apenas a atividade de urgência até ao restabelecimento da energia elétrica, revelou hoje a instituição, em comunicado.

“Até ao restabelecimento da energia elétrica, a ULS da Guarda manterá apenas a atividade de urgência, ou seja, a atividade absolutamente essencial para salvaguardar a vida dos doentes. Antes de ir à urgência, ligue 808 24 24 24”, apelou a ULS.

Numa nota de imprensa, a ULS informou que “teve de proceder a algumas alterações para poder continuar a assegurar os serviços de saúde com segurança”.

Assim, os Serviços de Urgências Obstétricas e Serviço de Urgências Pediátricas vão passar a funcionar no edifício da consulta externa (pavilhão novo).

Hospital de Beja

O hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, suspendeu hoje a atividade programada, o que inclui consultas, exames e cirurgias, devido ao apagão na rede elétrica, informou a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).

Em comunicado, a ULSBA, que gere o hospital de Beja, indicou que “foi suspensa a atividade programada” na unidade hospitalar, salientando que “esta suspensão inclui consultas, exames e cirurgias”.

“A atividade relacionada com o serviço de urgência está garantida”, sublinhou.

Uma falha de eletricidade afetou hoje, a partir das 11h30, várias cidades de norte a sul do país, um problema que se regista também em vários países europeus.

Hospitais privados limitam atividade a cuidados urgentes

Os hospitais de dois grupos privados da área da saúde limitaram hoje a sua atividade para garantir a prestação de cuidados urgentes, na sequência da falha de energia que atinge Portugal continental desde as 11:30.

Fonte da Luz Saúde adiantou à Lusa que o grupo decidiu suspender toda a atividade de ambulatório – consultas e exames programados – até ao final do dia e que os utentes estavam a ser avisados desses adiamentos.

“Os hospitais da rede Hospital da Luz mantêm-se a funcionar para urgências e atividade crítica, como cirurgias urgentes e tratamentos oncológicos”, adiantou a mesma fonte, que pede aos utentes para, antes de se dirigirem aos serviços de atendimento urgente, ligarem para a Luz 24, com o número 217104424.

Na sua página na internet, o grupo CUF também avançou que, devido à falha generalizada de energia elétrica que está a afetar o país, a atividade programada nos centros de saúde, clínicas e hospitais está temporariamente suspensa.

Apagão leva a adiamento do Casa Pia-Estoril e outros dois jogos da II Liga

Foram adiados os três jogos da I e II Liga que estavam marcados para esta segunda-feira.

Devido ao apagão à escala nacional, o Casa Pia-Estoril, do primeiro escalão, o Chaves-Alverca e Benfica B-Mafra, da segunda divisão, foram adiado para data “a anunciar”, segundo uma nota oficial da Liga Portugal.

“A Liga Portugal informa que, devido à falha de energia que afetou Portugal continental, assim como vários países da Europa, os jogos previstos para esta segunda-feira, referentes às jornadas 31 da Liga Portugal Betclic e da Liga Portugal 2 Meu Super, foram adiados para data a anunciar assim que a situação esteja normalizada”, pode ler-se na breve nota.

Para as 20h15 estava marcado o último jogo da jornada 31 da I Liga entre Casa Pia e Estoril Praia, jogo entre o 8.º e 9.º classificado, respetivamente.

Na II Liga, às 18h00, iria decorrer o Benfica B-Mafra e o Desportivo de Chaves-Alverca, jogo importante nas contas da subida de divisão.

Os transmontanos estão no 4.º lugar da tabela, com 50 pontos, menos um do que o Alverca, que está em lugar de “play-off”. Esta jornada, as duas equipas em lugar de subida vacilaram: o líder Tondela empatou com o Portimonense, enquanto que o Vizela empatou com Felgueiras.

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