Quase todo o país com risco muito elevado de exposição à radiação UV

Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e Açores estão esta sexta-feira e no fim de semana em risco muito elevado e elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A ilha Terceira, nos Açores, é a única região do país que escapa a um nível muito elevado, ficando-se por elevado. Também durante todo o fim de semana, Portugal continental e o arquipélago da Madeira estão em risco muito elevado de exposição à radiação UV.

No arquipélago dos Açores no sábado, São Miguel vai estar com níveis elevados, Faial e Terceira elevados e Flores moderado. No domingo, o arquipélago dos Açores está em risco muito elevado, com exceção das Flores que está em risco elevado.

Para esta sexta-feira e para os próximos dias está prevista subida de temperatura para a generalidade de Portugal continental. A escala de radiação ultravioleta tem cinco níveis, entre risco extremo e baixo. Para as regiões em risco extremo, o IPMA recomenda que se evite o mais possível a exposição ao sol.

No que diz respeito a regiões com risco muito elevado, o IPMA aconselha a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol, protetor solar e que se evite a exposição das crianças ao sol. O IPMA recomenda para as regiões com risco elevado o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt e protetor solar.

O Instituto prevê para esta sexta-feira e no fim de semana no continente céu pouco nublado, vento fraco e pequena subida da temperatura máxima nas regiões Norte e Centro. As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 9 graus Celsius (em Bragança) e os 16 (em Faro e Setúbal) e as máximas entre os 22 (em Aveiro) e os 31 (em Beja).

No arquipélago da Madeira, a previsão aponta para períodos de céu nublado, aguaceiros fracos na vertente norte e nas terras altas esta sexta-feira e no sábado e vento fraco a moderado. No Funchal as temperaturas vão variar entre os 19 e os 25 e no Porto Santo entre os 18 e os 23.

O IPMA prevê para o arquipélago dos Açores para esta sexta-feira e para o fim de semana céu geralmente muito nublado, períodos de chuva fraca ou chuvisco e vento geralmente fraco.

Nos Açores, as temperaturas vão oscilar entre os 16 e os 25 graus.

Mina da Lagoa Salgada: processamento do minério de ouro recorre a substância “altamente tóxica”

Uma substância que irá ser utilizada na mina da Lagoa Salgada, em Grândola, é “altamente tóxica”, podendo contaminar os lençóis freáticos da região, denuncia um comunicado subscrito pela associação ambientalista Zero, a Associação de Agricultores de Grândola, a Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade (Fapas), o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), a associação Proteger Grândola e a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

Uma das soluções preconizada pela Redcorp – Empreendimentos Mineiros, subsidiária do grupo canadiano Ascendant Resources para a exploração de filões polimetálicos de cobre, chumbo, zinco e metais associados, em que se incluem prata e ouro, prevê a utilização de cianeto de sódio, sólido solúvel em água, no processamento de metais preciosos.

“Trata-se de uma substância altamente tóxica, com riscos amplamente reconhecidos”, destaca o comunicado das associações. Contudo, a empresa mineira alega no Estudo de Impacto Ambiental (EIA), cujo processo de consulta pública terminou no dia 30 de Abril, que as outras alternativas no mercado “inviabilizam o projecto do ponto de vista técnico e económico”.

Desde que o cianeto de sódio foi aplicado às minas de ouro e prata a partir de 1887, continua a ser uma das principais formas de processamento devido à sua elevada taxa de adaptabilidade ao minério. Contudo, é um composto químico altamente tóxico que afecta os recursos hídricos das comunidades vizinhas das explorações mineiras que dele fazem uso, uma realidade comprovada em vários países.

Alerta para uso de explosivos

Associado a este problema, outros impactos fazem com que o projecto da Mina da Lagoa Salgada seja “um perigo para os recursos hídricos da região com impactos ambientais e sociais gravosos”, dizem as associações. A preocupação expressa pelas organizações da sociedade civil aponta também para as consequências do uso de explosivos para o desmonte de rochas, “potencialmente geradoras de escorrências ácidas.” Subsiste ainda um “risco adicional de contaminação dos recursos hídricos, tanto na fase de exploração, como após o encerramento, devido a possíveis falhas ou anomalias nos depósitos de rejeitados previstos para uma área de cerca de 64 hectares”, analisa o comunicado.

Mais cedo ou mais tarde, a ameaça de contaminação paira sobre as águas subterrâneas, mesmo depois da extracção mineira encerrada. São testemunho deste facto as lagoas de águas ácidas que prevalecem nas minas desactivadas de São Domingos, Aljustrel ou nos coutos mineiros da região espanhola de Huelva.

A reforçar esta preocupação surge a opção avançada pela Redcorp ao salientar que o consumo de água para fins industriais terá origem exclusivamente na água subterrânea, sem recurso a fontes externas, com um consumo médio estimado de 864m3 por dia. No entanto, está previsto o recurso a reservas de água de superfície com ligação à albufeira de Vale de Gaio através de um sistema adutor com cerca de 20 quilómetros.

Porém, a informação apresentada “não é suficientemente clara para dissipar dúvidas sobre o volume anual total de água necessário para o funcionamento da mina”, alertam as associações.

Compensação insuficiente

No comunicado, as associações salientam ainda a intenção do “promotor, que propõe compensar os 32,54 hectares afectados (pela extracção mineira) com a plantação de 73 hectares na Herdade da Nogueirinha, além da beneficiação de mais 10 hectares, num compromisso de gestão por 20 anos”. Mas apesar de o projecto de compensação, proposto pela empresa mineira, “poder ter méritos e benefícios para a espécie”, as organizações dizem que se trata de uma medida de longo prazo, que “só produzirá efeitos dentro de várias décadas”.

Assim, concluem, existem “sérias dúvidas” quanto à eficácia desta compensação, por não ser possível garantir “a sobrevivência das novas plantações num contexto de alterações climáticas, tornando os cálculos de sequestro de carbono a 200 anos um exercício de especulação”.

O impacto no ambiente da eliminação da vegetação em mais de 90 hectares e o abate de 1900 sobreiros suscita das organizações subscritoras do comunicado um outro reparo: a atribuição de estatuto de Projecto de Interesse Nacional (PIN) é revelador de como esta classificação “pode ser usada de forma discricionária para contornar restrições legais e facilitar a aprovação de um projecto privado, cuja utilidade pública é, no mínimo, muito discutível”.

Arranque em 2027

O parecer da comissão de avaliação sobre a Proposta de Definição do Âmbito do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) para a Mina da Lagoa Salgada, na referência que faz às sondagens realizadas até 2021 na área prevista para exploração mineira, definiu duas massas minerais: o jazigo norte e o jazigo sul, onde foi detectada, respectivamente, a existência de cerca de 13 milhões de toneladas com um teor de zinco equivalente de 8,5% e cerca de 15 milhões de toneladas com um teor de 1,4% de cobre por tonelada de rocha extraída.

Quanto ao volume de ouro que pode ser recolhido nos filões da Mina da Lagoa Salgada, em média andará nos três gramas por tonelada de rocha extraída. Mas quando a cotação do ouro atinge valores mais elevados, torna rentável a extracção da rocha com um conteúdo de ouro de apenas um grama por tonelada.

O arranque da exploração está agendado para o segundo trimestre de 2027.

Isabel Allende, uma escritora “furiosa” com Trump

Entrevista Renascença

23 mai, 2025 – 08:13 • Maria João Costa , Miguel Marques Ribeiro (edição) e Fábio Oliveira (imagem)

A escritora chilena Isabel Allende passou por Lisboa para lançar o novo livro “O Meu Nome é Emilia del Valle”. A viver há mais de 20 anos nos Estados Unidos, a autora que ficou famosa com “A Casa dos Espíritos”, defende que Trump representa “o pior” da política, tirando proveito do “fanatismo” e “ignorância” para perseguir os imigrantes do país.

Santa Maria. Doente foi “medicada para anemia, que afinal não tinha”. Hospital pede desculpa após queixa à ERS

A Unidade Local de Saúde (ULS) Santa Maria foi alvo de uma queixa por troca de medicação a uma utente, que foi “medicada para anemia, que afinal não tinha“, levando à intervenção da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

Na queixa, apresentada pela própria utente em 9 de dezembro de 2023 e divulgada esta sexta-feira no relatório das deliberações da ERS tomadas durante o primeiro trimestre deste ano, é referido que, “no decurso de um episódio de urgência, após realização de análises clínicas, trocaram o relatório de patologia clínica, tendo sido medicada para anemia, que afinal não tinha”.

Em resposta, a ULS Santa Maria disse que questionou os técnicos que estiveram no serviço no Laboratório de Urgência no horário referido, que lembraram que foi “uma noite de grande pressão por volume muito elevado de doentes para colheita de sangue, chegando a atingir mais de uma hora de espera“.

Além desta situação, salientou a ULS Santa Maria, “não houve nenhuma anomalia no turno em questão”.

“Contudo, não podemos excluir que num contexto de elevado volume de trabalho e pressão para emitir os resultados com rapidez, possa ter havido uma troca de tubos no momento da sua integração no sistema informático“, refere a ULS, citada no relatório da ERS, adiantando que se tratou de uma “situação absolutamente excecional”.

A unidade hospitalar “apresenta as desculpas à utente e agradece a reclamação que obrigou à revisão de todos os procedimentos do dia e ao reforço das medidas de segurança em vigor. […]”, acrescentou.

A ERS instruiu a ULS Santa Maria para que garanta que são “respeitados os direitos e interesses legítimos dos utentes, o cumprimento dos procedimentos internos” de análises clínicas e que o “procedimento seja corretamente seguido e respeitado por todos profissionais ao seu serviço“.

O relatório das deliberações da ERS inclui também uma queixa relativamente a “constrangimentos no acesso (…) a uma cirurgia na especialidade de ortopedia”, no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa.

“(…) Verificou-se que, tendo a utente sido inscrita em lista de espera para realização de cirurgia com grau prioritário em 20 de outubro de 2021, apenas acedeu à mesma em 3 de dezembro de 2024. Mais se refira que, na primeira resposta enviada à reclamante, o prestador não avançou qualquer data concreta para a realização de cirurgia, tão-pouco indicando possíveis medidas de mitigação/resolução da situação em causa”, referiu a ERC, solicitando à unidade hospitalar que garanta os “cuidados adequados e tecnicamente mais corretos” aos utentes.

A ERS emitiu ainda uma ordem à ULS Amadora/Sintra para anular as faturas-recibo de um utente que se encontrava em situação de desemprego, quando em 21 de junho de 2024 recorreu àquele hospital.

“Naquela data estava isento do pagamento de taxas moderadoras, por se encontrar em situação de desemprego desde o dia 27 de maio de 2024”, lê-se na reclamação, que pede a anulação das faturas que foram emitidas na sequência dos cuidados de saúde prestados.

Face à situação, foi exigido que fosse restituído ao utente a quantia global de 18 euros, “em virtude de terem sido emitidas em violação dos seus direitos e interesses legítimos”.

Também foi feita uma queixa contra a ULS Santo António, no Porto, por ter sido negado o acompanhamento a um utente com estatuto de “maior acompanhado decretado pelo Ministério Público […]”, que “não pode estar sozinho, porque para além de esquizofrenia está demenciado e não tem consciência do que faz”.

Apesar de admitir “existência de constrangimentos”, a ERS sublinhou que “não se poderá concluir” que a ULS Santo António “tenha infringido o quadro legal vigente nesta matéria, nomeadamente o regime jurídico de maior acompanhado”, por “não terem sido trazidas ao conhecimento (…) as medidas concretamente decretadas”.

Um supervulcão italiano está a despertar. Os cientistas já sabem como o travar

Uma nova pesquisa contraria a ideia de que os sismos são causados pela subida do magma e aponta a pressão das águas subterrâneas como a verdadeira causa. Um estudo da Universidade de Stanford publicado na Science Advances identificou a pressão das águas subterrâneas — e não a subida do magma — como a principal causa dos terramotos cada vez mais frequentes que abalam a região italiana de Campi Flegrei. A descoberta abre um novo caminho para a potencial gestão do risco sísmico através do controlo do fluxo de água. Localizada a oeste de Nápoles, Campi Flegrei é uma enorme caldeira

Trump impede Harvard de aceitar estudantes estrangeiros. É legal?

Donald Trump proíbe a Universidade de Harvard de admitir estudantes estrangeiros. A ordem executiva foi assinada esta quinta-feira.

O Explicador Renascença esclarece.

Sendo Harvard uma universidade privada, isto é legal?

A decisão é legal. O governo dos Estados Unidos tem autoridade para cortar ou reduzir subsídios federais a universidades por vários motivos, que incluem questões políticas e de segurança interna.

No caso da Universidade de Harvard, a administração Trump retirou mais de dois mil milhões de dólares em financiamento federal, como forma de pressionar a instituição.

Mas esta decisão está nos limites do poder executivo do Presidente dos Estados Unidos. E pode não ser definitiva.

Harvard pode recorrer da decisão?

Harvard e não só. Vamos por partes. Esta decisão de Donald Trump pode ser contestada nos tribunais.

A Universidade de Harvard pode alegar que a ação do governo é arbitrária ou que há uma violação dos direitos constitucionais da universidade, como a liberdade académica ou a liberdade de expressão.

Por outro lado, também a sociedade civil pode contestar esta decisão. Por exemplo, as associações de defesa dos direitos civis podem avançar com ações em tribunal, alegando que esta medida viola os direitos dos estudantes internacionais e a liberdade de educação. Por isso, esta ordem executiva é tomada no limite da lei e pode ser revertida se os tribunais derem razão a eventuais ações de contestação.

Por que razão Trump tomou esta decisão?

Porque, no entendimento do Presidente norte-americano, a Universidade não protegeu de forma adequada os direitos dos estudantes judeus nas manifestações contra a guerra em Gaza.

Donald Trump acusa Harvard de promover um ambiente hostil a este grupo, em particular.

Por outro lado, o Presidente dos Estados Unidos considera que as chamadas políticas de diversidade, equidade e inclusão de Harvard poderiam estar a favorecer políticas consideradas demasiado progressistas e prejudiciais.

Isto pode afetar outras universidades?

Pode. Sobretudo as que têm reputação de serem politicamente progressistas.

Para além de Harvard, também as universidades de Princeton, Columbia e Johns Hopkins têm enfrentado esta pressão por parte da administração Trump que reduz a influência global das instituições e afeta a sua reputação internacional.

Está relacionado com cortes a apoios a universidades portuguesas?

Está tudo relacionado. Em abril, a embaixada norte-americana enviou um questionário a várias instituições portuguesas de ensino superior.

36 perguntas sobre o posicionamento das instituições a propósito de ideologia de género, ligações a partidos comunistas, influências malignas da China, eventuais ligações a grupos terroristas.

As faculdades deixaram a administração Trump sem resposta e, como consequência disso, muitas deixaram de receber apoio financeiro para programas científicos.

É o caso do Instituto Superior Técnico, das Faculdades de Letras de Lisboa e Porto ou da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Instituições que recebiam o apoio do programa “American Corners” e que perderam essa ajuda.

Nuno Tavares nomeado para melhor defesa da Serie A em 2024/25

Lateral da Lazio tem a concorrência de Bastoni, do Inter, e Buongiorno, do Nápoles

Após ter voltado a sair lesionado no domingo, no regresso às opções na Lazio depois de outra paragem por problemas musculares, Nuno Tavares está ainda em dúvida para o último jogo da época da turma laziale. No domingo, frente ao Lecce, a equipa do lateral português luta ainda por um lugar na Champions, ainda que dependa dos resultados da Juventus (4ª/67) e da Roma (5ª/66), que têm mais 2 e 1 pontos, respetivamente.

Apesar da época marcada por muitas lesões – fez 29 jogos –, Nuno Tavares foi nomeado para melhor defesa da Serie A em 2024/25, juntamente com Bastoni (Inter) e Buongiorno (Nápoles). O esquerdino, que está também nos eleitos da Seleção Nacional para a Liga das Nações, é o único luso nomeado esta temporada.

Por Record

Nápoles à frente do Inter com o scudetto como prémio

Vencedor da Serie A deverá ser conhecido na noite desta sexta-feira

O vencedor da Serie A deve ser conhecido esta noite. Liderando a prova com 79 pontos, o Nápoles recebe (19h45) o Cagliari nesta 38.ª e última jornada. Segundo classificado com 78, o Inter visita à mesma hora o Como. Em caso de igualdade pontual, o campeão decidir-se-á através de um playoff entre os dois gigantes. Nem Conte, treinador do Nápoles, nem Inzaghi, homólogo do Inter, estarão no banco, pois cumprem castigo por terem sido expulsos na ronda 37.

O Nápoles festeja o título se ganhar. Se não vencer… fica dependente do resultado do rival. “É uma pena não estar no banco, mas tenho muita confiança no meu staff. Mesmo ficando na bancada, o meu coração estará no banco”, refere Antonio Conte, acrescentando: “É um jogo muitíssimo importante. Irá decidir se a nossa época é ótima ou superlativa. Se sou perito em triunfos? Posso ser especialista em vitórias, mas também o sou em derrotas. Já perdi oito finais [seis como jogador e duas como treinador], entre elas três Champions League, um Mundial e um Europeu.”

O Cagliari já está a salvo da descida mas o seu treinador promete não facilitar a tarefa. “Somos gente séria, faremos o nosso jogo”, garante o técnico Davide Nicola.

Lautaro Martínez está recuperado

O Inter depende daquilo que o Nápoles fizer. Para já, Inzaghi sabe que pode contar com Lautaro, recuperado da lesão. A imprensa italiana adianta, no entanto, que o avançado argentino pode começar o jogo no banco, devendo a titularidade ser atribuída a Taremi. Agendada para dia 31, a final da Champions também pode influenciar a escolha do onze.

Por Nuno Pombo

Gestora do porto da Beira preocupada com crise de combustíveis em Moçambique

A operadora do terminal do porto da Beira alerta que a crise de combustíveis que tem afetado Moçambique, particularmente aquela cidade no centro, ameaça comprometer os serviços marítimos e de manuseamento de cargas.

“A questão do combustível é uma situação que, de certa medida, nos preocupa. Se não for resolvido, pode criar alguns constrangimentos para o corredor [da Beira, que liga a vários países africanos] e dentro de Moçambique em geral”, disse na quinta-feira o diretor das operações da Corneld de Moçambique. Miguel de Gengam avançou, em declarações aos jornalistas, que, apesar das perspetivas para 2025 serem positivas, prevendo manusear cerca de 400 mil contentores e cinco milhões de carga geral no porto, há riscos, como a dificuldade no acesso a combustível e a divisas, o que pode impactar as perspetivas económicas. A escassez de combustível chegou a ser atribuída à falta de moeda estrangeira, dificultando a emissão de garantias bancárias para a compra de combustível pelas gasolineiras.

O problema está também a condicionar o funcionamento de serviços marítimos e o manuseamento de carga, bem como o plano de chegada de navios cargueiros ao porto da Beira, um dos principais de Moçambique. “As perspetivas para 2025 são muito boas, são salutares e esperamos, se conseguirmos resolver, como país, a questão do combustível e a questão das divisas, que estaremos num bom caminho. Como sabe, o combustível é o vetor do desenvolvimento e isso pode impactar os nossos volumes, pode impactar nas divisas do país, pode impactar nas matérias-primas que o país necessita”, frisou ainda o responsável.

O Governo moçambicano afirmou em 11 de abril que as reservas de combustíveis estavam asseguradas e que a escassez em vários locais do país decorre de problemas com garantias bancárias dos distribuidores. “Temos combustível disponível em Moçambique. A falta é o combustível chegar para o cidadão, mas para isso tem um intermediário, que são os fornecedores”, disse o porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, em declarações aos jornalistas.

Nas últimas semanas registam-se dificuldades no abastecimento de combustíveis em vários pontos do país, com alguns postos a enfrentar enormes filas e outros sem gasolina ou gasóleo. O porta-voz do Governo garantiu que a situação dos combustíveis “tem mostrado estabilidade”, com uma “oferta regular do produto disponível no mercado, particularmente nos armazéns oceânicos”. A “aparente falta de combustíveis nos postos de abastecimento”, acrescentou Impissa, “está mais relacionada com as questões logísticas e administrativas envolvendo as distribuidoras e os seus bancos”. “A solução (…) passa por uma gestão eficiente das garantias bancárias por parte das distribuidoras e pelo aprimoramento da comunicação e coordenação entre as partes envolvidas, tanto distribuidoras, bancos e autoridades aduaneiras”, disse.

Machine learning reduz 7 vezes o tempo de cálculo das estrelas de neutrões (com dedo português)

Relação entre a massa máxima de uma estrela de neutrões e a sua equação de estado reduz os cálculos computacionais por um fator de sete. As estrelas de neutrões, um dos objetos mais densos do Universo têm uma composição que ainda é uma incógnita no mundo da ciência. Uma equipa de cientistas do Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) obteve uma relação entre a massa máxima de uma estrela de neutrões e a sua equação de estado. Para isso, explorou o potencial do método de regressão simbólica, uma ferramenta no âmbito de

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