Assim Vamos Ter de Falar de Outra Maneira

Miguel Góis, José Diogo Quintela e Ricardo Araújo Pereira falam semanalmente sobre assuntos. É possível que, a propósito de qualquer coisa, citem um sketch do Gato Fedorento e recordem o modo como surgiu a ideia e as circunstâncias em que o gravaram

HRW adverte para manipulação de relatório de direitos humanos de Governo Trump

A organização Human Rights Watch (HRW) advertiu que a omissão de certas secções no relatório anual de direitos humanos do Departamento de Estado norte-americano “e a manipulação” de abusos em certos países “rebaixam e politizam o relatório”.

O documento, divulgado na terça-feira, omitiu várias categorias de violações que eram comuns nas edições anteriores, incluindo as das mulheres, da comunidade LGBTI, de portadores de deficiências, corrupção governamental e liberdade de reunião pacífica, afirmou a HRW num comunicado.

Ao minar a credibilidade do relatório, continuou a organização, o Governo do Presidente dos EUA, Donald Trump, põe em risco os defensores dos direitos humanos, debilita as proteções para os requerentes de asilo e prejudica a luta global contra o autoritarismo.

“O novo relatório do Departamento de Estado é, em muitos aspetos, um exercício de branqueamento e engano”, reagiu a diretora da HRW em Washington, Sarah Yager.

No relatório correspondente ao ano de 2024, a Administração Trump eliminou as críticas a El Salvador, Israel e Rússia, enquanto intensificou a censura ao Brasil e à África do Sul, países considerados rivais do novo Governo.

A HRW lembrou que o Departamento de Estado é obrigado a enviar ao Congresso um relatório anual sobre as “condições dos direitos humanos” de países e territórios em todo o mundo.

Mas, reiterou, o relatório deste ano “pode estar em conformidade estritamente com os requisitos legais mínimos, mas não reconhece a realidade das violações generalizadas dos direitos humanos contra grupos inteiros de pessoas em muitos lugares”.

Como resultado, advertiu, o Congresso carece agora de um instrumento “abrangente e amplamente fiável” do próprio Governo, para monitorizar adequadamente a política externa dos EUA e afetar recursos.

No comunicado, salienta-se ainda que muitas das secções e violações dos direitos humanos omitidas no relatório são “extremamente importantes” para compreender as tendências e a evolução dos direitos humanos a nível mundial.

Em relação a Israel, o relatório não inclui as deslocações forçadas maciças de palestinianos em Gaza, a utilização da fome como arma de guerra e a privação deliberada de água, eletricidade e cuidados médicos, “ações que constituem crimes de guerra, crimes contra a humanidade e atos de genocídio”, sublinhou ainda a HRW no comunicado.

Relativamente a El Salvador, para onde os EUA estão a enviar migrantes para a prisão de segurança máxima de Cecot – criticada por violações dos direitos humanos – não foram encontrados “relatos credíveis de abusos significativos”.

O relatório refere ainda que a situação dos direitos humanos no Haiti e na Venezuela é significativamente pior do que no ano passado. Nestes países, bem como nas Honduras, no Nepal, na Nicarágua e no Afeganistão, existem relatos credíveis de numerosas violações dos direitos humanos, incluindo prisões e detenções arbitrárias, tortura e outros maus-tratos, execuções extrajudiciais e desaparecimentos forçados, entre outras violações, afirmou.

No entanto, apesar de a Administração Trump reconhecer que estes lugares são perigosos, cancelou o Estatuto de Proteção Temporária para afegãos, venezuelanos, nicaraguenses, hondurenhos, nepaleses e haitianos, argumentou a HRW, recordando como este documento tem sido de grande benefício de várias formas, incluindo a nível académico.

“O relatório de direitos humanos do Departamento de Estado há muito tempo que fornece uma base sólida, embora muitas vezes ignorada, para o apoio dos EUA ao movimento global de direitos humanos”, observou Yager.

No entanto, considerou que o Governo Trump transformou grande parte do relatório “numa arma que faz com que os autocratas pareçam mais aceitáveis e minimiza os abusos dos direitos humanos que ocorrem nesses lugares”.

Como 8 mil euros podem ser o passaporte para mais liberdade financeira… ou para mais stress

Ficar sem nada e recomeçar as poupanças do zero não é um risco? E investir? Pedro Andersson responde a estas dúvidas neste episódio do Vamos a Contas.

Boas poupanças!

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Este episódio contou com sonoplastia de Filipe Cruz. Envie a sua pergunta em áudio por whatsapp 927753737.

Como poupar nas férias- Dicas práticas

Contas-poupança é um podcast de Pedro Andersson, jornalista especializado em Finanças Pessoais, que aproveita as suas viagens de carro para falar sobre dinheiro. Todas as segundas-feiras e quartas-feiras às 7h, uma nova boleia para começar bem a sua semana financeira. Disponível em todas as aplicações de podcast e nos sites da SIC Notícias e Expresso.

Desafios da Ballistic Missile Defense

O “Golden Dome for America”, ou Cúpula Dourada para a América, foi anunciado pelo Presidente Trump, numa ordem executiva a 27 de janeiro, como um avanço espetacular no desenvolvimento da Ballistic Missile Defense (BMD) ou sistema de defesa antimíssil, com cobertura ao território dos EUA, forças norte-americanas destacadas e territórios aliados. O sucesso do Iron Dome israelita terá inspirado o Presidente dos EUA. Contudo, é importante conhecer a taxa de sucesso e a resiliência deste sistema, testado após os ataques israelitas às instalações de enriquecimento de urânio do Irão e na posterior guerra dos “doze dias” (13 a 24 de junho). Qual a eficácia de interceção de mísseis balísticos iranianos, efetuada pelo Iron Dome (excluindo as ajudas norte-americanas e de países aliados na região)? O Golden Dome suscita aplausos, mas também apreensão, atentos às implicações financeiras, tecnológicas e geoestratégicas.

Os leitores são a força e a vida do jornal

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Porque a UE, Coreia do Sul e Japão não conseguiram juntar forças contra Trump

Ainda antes do prazo de 1 de agosto terminar, o Japão, Coreia do Sul e União Europeia já tinham capitulado perante as ameaças de Donald Trump — assinando acordos comerciais em que aceitaram tarifas 15 % sobre as suas exportações — em troca da promessa de investimentos dos EUA. A incapacidade da União Europeia, Japão e Coreia do Sul em montar resistência coordenada contra a pressão comercial americana colocou a nu fraquezas fundamentais entre os aliados tradicionais da América. Ao mesmo tempo, escreve Winston Mok num artigo de opinião no SCMP, esta fragilidade abre potencialmente portas a que blocos económicos

392: licença para expulsar!

Em matéria de despedimento, o princípio geral consagrado no atual Código do Trabalho continua a ser aquele que foi acolhido no nosso país após a Revolução de Abril e a Constituição da República: ao declarar o despedimento ilícito, o tribunal priva este último do seu efeito extintivo da relação laboral, pelo que, tendencialmente, tudo se vai passar como se o despedimento jamais tivesse sido proferido pela entidade empregadora. E, em conformidade com esta lógica de fundo, o trabalhador tem o direito de retomar a sua atividade profissional ao abrigo de um contrato de trabalho que, afinal, ao invés daquilo que o empregador pretendia, não foi dissolvido pelo despedimento inválido.

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Reforma dos ministérios liberta espaço para habitação, mas Governo não definiu metas

Um dos objectivos da reforma do Estado, nomeadamente no caso dos ministérios, é a libertação de espaço físico para, não só gerar “poupanças para o contribuinte”, mas também ajudar no “aumento da oferta habitacional”. O objectivo está patente na resolução do Conselho de Ministros que aprova as linhas gerais da reforma dos ministérios, no entanto, não há estimativas nem metas quanto a este objectivo.

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Uma pedra caiu no telhado de uma casa nos EUA. Era um meteorito mais antigo que a Terra

O fragmento pertence a um meteorito com 4,56 mil milhões de anos, sendo centenas de milhões de anos mais antigo do que o nosso planeta. Uma pequena rocha espacial que atravessou o telhado de uma casa nos subúrbios de Atlanta, na Geórgia, revelou-se muito mais antiga do que o planeta em que aterrou. Os investigadores determinaram que o recém-nomeado Meteorito McDonough, que caiu a 26 de junho de 2025, se formou há cerca de 4,56 mil milhões de anos — tornando-o centenas de milhões de anos mais antigo do que a própria Terra, cuja idade é estimada em cerca de

Incêndios. Nova frente em Tabuaço arde com muita intensidade devido ao vento forte

O incêndio em Tabuaço, distrito de Viseu, tem uma nova frente ativa a arder com muita intensidade, com vento forte e difíceis acessos a dificultarem o combate, disse esta quarta-feira à Lusa fonte da Proteção Civil.

Bruno Silva, o segundo comandante do Comando Sub-regional da proteção Civil do Cávado, realçou, num balanço pelas 00h15, que a segunda frente arde com muita intensidade e que os meios estão a ser posicionados para tentar a progressão no combate.

Esta nova frente está numa zona de escarpa, o que dificulta o empenhamento de meios terrestres, detalhou.

A frente que estava ativa na tarde de terça-feira, no fogo que começou no domingo à noite na freguesia de Távora e Pinheiro, no concelho de Tabuaço, progredia pelas 00h15 com “média intensidade”, acrescentou.

Pelas 00h30, estavam no local 225 operacionais, apoiados por 76 meios terrestres.

Mais de 2 mil operacionais combatem incêndios: Chuva dá uma ajuda em Vila Real

Mais de dois mil operacionais estavam mobilizados, ao início da madrugada desta quarta-feira, no combate aos principais incêndios ativos e em resolução em Portugal continental.

A chuva deu uma ajuda ao fogo que lavra desde 2 de agosto na Serra do Alvão, em Vila Real, onde estão 523 operacionais e 170 viaturas.

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Este incêndio, que ao longo de dez dias registou duas reativações e ameaçou 27 aldeias, tinha na terça-feira à noite uma frente com dois quilómetros, a arder com pouca intensidade.

A situação também parece estar a evoluir bem em Trancoso, no distrito da Guarda, que pelas 00h15 desta quarta-feira mobilizava 529 operacionais, apoiados por 179 viaturas.

Incêndios. Especialista alerta que este ano está entre os piores das últimas décadas

No incêndio que deflagrou esta terça-feira em Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal, as três frentes ativas estão a ceder aos esforços dos bombeiros.

O comandante regional da Proteção Civil do Alentejo Litoral, Tiago Bugio, disse à Renascença que os operacionais vão tentar aproveitar a madrugada para tentar dominar as chamas.

O incêndio, que começou pelas 16h40 de terça-feira, terá sido provocado por causas naturais, nomeadamente uma trovoada seca.

A circulação no IC1 continua cortada nos dois sentidos. A alternativa é a A2.

Pelas 00h15 desta quarta-feira, combatiam as chamas 247 operacionais, com a ajuda de 121 viaturas.

Um fogo que deflagrou esta terça-feira à tarde em Cuba, no Baixo Alentejo, provocou ferimentos ligeiros a um bombeiro, adiantou à Renascença fonte da Proteção Civil nacional.

Pelas 00h15 desta quarta-feira, estavam envolvidos nas operações 134 operacionais e 50 viaturas.

Em fase de resolução, mas ainda consideradas como ocorrências significativas pela Proteção Civil, estão os incêndios de Casal da Serra e de Sobral de S. Miguel, na Covilhã, e de Moimenta da Beira.

Situação de alerta até sexta-feira

O Governo prolongou a situação de alerta até sexta-feira em Portugal continental, por causa das altas temperaturas e do risco de incêndio.

A situação de alerta deveria terminar às 23h59 de quarta-feira, mas o Ministério da Administração Interna (MAI) decidiu estender a medida até às 23h59 de 15 de agosto.

Todas as medidas de caráter excecional, outrora implementadas, serão mantidas durante este período.

A medida foi tomada “considerando, uma vez mais, as previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um agravamento do risco de incêndios rurais”, refere o MAI, em comunicado enviado à Renascença.

“A vigência da situação de alerta, e as respetivas proibições, tem efetivamente contribuído para uma redução relativa das ignições”, sublinha o gabinete da ministra Maria Lúcia Amaral.

Desde o início do ano até esta terça-feira, 12 de agosto, arderam quase 63 mil hectares em Portugal. Cerca de 17 mil hectares arderam desde o passado domingo, de acordo com dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

“Estamos a dar tudo”

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, garantiu esta terça-feira, em Faro, que “estamos a dar tudo” no combate aos incêndios.

Em resposta às críticas de falta de meios lançadas por autarcas das zonas mais atingidas pelos fogos, o chefe do Governo disse compreender manifestações de indignação, mas garantiu que o Governo e as autoridades estão a fazer um “esforço enorme”.

“Compreendemos que aqueles que têm sido confrontados com este drama possam, às vezes, ter manifestações de indignação, é normal, mas todos nós estamos a dar o máximo e vamos continuar a dar o máximo”, assegurou Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas.

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