Gustavo Petro e Xi discutem em Pequim adesão da Colômbia à iniciativa Faixa e Rota

Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Colômbia, Gustavo Petro, reuniram-se esta quarta-feira em Pequim para assinar vários acordos, incluindo um memorando para a adesão colombiana à iniciativa chinesa Faixa e Rota.

Petro já esteve com Xi na terça-feira na abertura do fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) na capital chinesa, onde apelou a um diálogo entre civilizações “livre de autoritarismo e imperialismo”.

Durante a visita oficial do Presidente colombiano à China, que se prolongará até 17 de maio, deverá ser anunciado um acordo de intenções para a adesão da Colômbia à iniciativa Faixa e Rota, com a qual o gigante asiático pretende criar uma rede de comércio internacional e alargar a sua influência a nível mundial através da construção de infraestruturas, e à qual já aderiram mais de 20 países da América Latina e das Caraíbas.

Antes do encontro com Xi, Petro — cujo país assume a presidência rotativa da CELAC — afirmou que tem como objetivo na China promover novos acordos comerciais, falar sobre o “diálogo entre civilizações” e defender uma maior abertura da América Latina ao mundo.

No plano económico, o Presidente colombiano tenciona abordar o desequilíbrio da balança comercial com a China, a que se referiu pouco antes da sua viagem, quando disse que falaria com o homólogo chinês “em pé de igualdade, não de joelhos”, para compreender por que razão a Colômbia tem um défice anual de cerca de 14 mil milhões de dólares (12,5 mil milhões de euros).

Em 2024, a Colômbia exportou 2,38 mil milhões de dólares (2,12 mil milhões de euros) de mercadorias para a China e importou 15,9 mil milhões de dólares (14,2 mil milhões de euros) de produtos chineses.

Além disso, entre 1994 e 2023, a China investiu 813,3 milhões de dólares (726,5 milhões de euros) na Colômbia, um valor muito inferior ao de países como os Estados Unidos e a Espanha, concentrado em setores como as infraestruturas, exploração mineira, energia e transportes.

Para além do comércio, a Colômbia está a tentar reforçar a cooperação tecnológica com a China.

Na terça-feira, Petro visitou a sede da “gigante” de telecomunicações Huawei em Pequim, onde, de acordo com o ministro colombiano de Tecnologia da Informação e Comunicações, Julián Molina, foram discutidas eventuais iniciativas de cooperação nos domínios da inteligência artificial, infraestrutura de dados e conectividade.

O interesse do governo de Petro em fortalecer os laços comerciais com a China durante a visita tem causado controvérsia interna, devido ao receio de eventuais repercussões negativas na relação com os Estados Unidos, o maior parceiro comercial da Colômbia.

Pedro Pichardo sobre o encontro que solicitou ao Governo: «Ignoraram-me…mas respeito a decisão»

Olímpico do triplo salto em entrevista a Record

Pedro Pichardo regressou este mês à competição, após férias prolongadas que diz terem sido necessárias para recuperar o corpo, e depois da medalha de prata no triplo salto nos Jogos Olímpicos de Paris’2024, que refere ter sabido a pouco. Aos 31 anos mantém-se ambicioso e sobre o Benfica explica que não pode falar devido ao litígio que tem em tribunal com o clube e vice-versa. Pretende transferir a sua base de treino para Itália, mas garante que o seu coração continua a ser português, ainda que lamente a falta de condições dadas aos atletas.

Por Ana Paula Marques e Fábio Lima

Infarmed proibe exportação de 69 medicamentos em maio

O Infarmed proibiu a exportação este mês de 69 medicamentos, entre os quais fármacos usados no tratamento de cancro de pele, diabetes, parkinson, alzheimer e gota, segundo a informação do regulador.

A lista divulgada pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, que contém menos 30 fármacos do que em abril, integra também antipsicóticos e medicamentos usados para tratamento do vício de fumar, esquizofrenia, tumores neuroendócrinos, doença pulmonar crónica, hipertoroidismo, hiperacidez gástrica e refluxo gastro-esofágico, glaucoma crónico e adrenalina usada como emergência para reações alérgicas graves.

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Esta lista de medicamentos cuja exportação é temporariamente suspensa é definida todos os meses e inclui os fármacos em rutura no mês anterior cujo impacto tenha sido considerado médio ou elevado na saúde pública, bem como outros que estejam a ser fornecidos ao abrigo de Autorização de Utilização Excecional (AUE).

A suspensão da exportação destina-se a assegurar o abastecimento do mercado nacional e aplica-se a todos os intervenientes do circuito, incluindo aos fabricantes.

O Infarmed monitoriza diariamente a informação sobre as faltas, as ruturas e as cessações de comercialização, para identificar e evitar situações críticas que possam afetar a disponibilidade dos medicamentos.

A autoridade nacional do medicamento integra a rede europeia de pontos de contacto das autoridades nacionais competentes, da Agência Europeia de Medicamentos (EMA na sigla em inglês) e da Comissão Europeia que, desde abril de 2019, é utilizada para a partilha de informação sobre ruturas de abastecimento e questões de disponibilidade de medicamentos autorizados na União Europeia.

André Ventura agradece apoio e espera ter alta “nas próximas horas”

André Ventura agradece “o apoio, a amizade e as orações” que recebeu, depois de ter sido internado esta terça-feira à noite, devido a uma indisposição.

Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), o líder do Chega partilha uma fotografia acamado no Hospital de Faro, onde diz estar a ser “muito bem tratado”.

André Ventura espera ter alta “nas próximas horas”, não se sabendo ainda oficialmente qual é o seu quadro clínico.

Em comunicado, o Chega informa que o seu líder “passou bem a noite”.

“Estamos a aguardar o resultado de algumas análises para que se possa avaliar a situação”, lê-se.

As ações de campanha do partido vão decorrer “com normalidade”, indica, ainda, a nota.

O presidente do Chega estava a discursar, no arranque do jantar-comício na cidade algarvia, quando pausou o discurso, bebeu água e agarrou-se à zona do peito. Logo de seguida, foi apoiado pelo staff e saiu do palco.

O médico do INEM afirmou à chegada ao Hospital de Faro que André Ventura está bem, após o susto de saúde que sofreu esta terça-feira à noite.

“Está tudo bem neste momento. Correu tudo otimamente bem”, disse o médico aos jornalistas.

André Ventura foi assistido no local pelos técnicos do INEM, estabilizado e levado para o hospital

Os líderes do PS, Pedro Nuno Santos; da AD, Luís Montenegro; e da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, já desejaram as melhoras a André Ventura.

Leão XIII, o Papa da doutrina social da Igreja, o primeiro a ter a sua voz gravada, que inspira o novo Papa Leão XIV

Library of Congress

Leão XIII, de seu nome Gioacchino Vincenzo Pecci, foi eleito Papa em 1878, também na sequência de um conclave breve. A Santa Sé enfrentava então desafios complexos, como o fim do seu poder temporal (1870), e muitos esperavam uma resposta à então chamada “questão social”. Leão XIII foi um Papa bem preparado e com experiência diplomática, capaz de construir pontes e empenhado na conciliação entre fé e razão.

A 15 de maio de 1891, passam por estes dias 134 anos, foi publicada a sua encíclica “Rerum Novarum” (Das coisas novas), que constitui a base da doutrina social da Igreja. Leão XIII foi também o primeiro Papa a ser filmado, isto em 1896, e a ter a sua voz gravada. Morreu em 1903, aos 93 anos, depois de um longo e decisivo pontificado de 25 anos.

Tiago Pereira Santos

Missa campal em Chiclayo, no Peru, para celebrar a eleição do missionário Robet Francis Prevost como Papa Leão XIV

Raúl Sifuentes/Getty Images

Um diálogo descontraído em torno da História, dos seus maiores personagens e acontecimentos. ‘A História repete-se’ não é uma aula, mas quer suscitar curiosidade pelo passado e construir pontes com o presente. Todas as semanas Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho partem de um ponto que pode levar a muitos outros… São assim as boas conversas. Oiça aqui outros episódios:

O que nos dizem as sondagens? E podemos confiar nelas? António Gomes, diretor-geral da GfK-Metris, responde a Daniel Oliveira

Nuno Fox

Ao mesmo tempo, as sondagens multiplicam-se, mas será que nos dizem o que realmente importa? A personalização da política, o voto estratégico, a fidelidade geracional e o desejo de estabilidade são apenas algumas das variáveis difíceis de medir. Diferenças metodológicas e a dificuldade em recolher dados fiáveis tornam a leitura mais complexa.

Nuno Fox

É mais que uma entrevista, é menos que um debate. É uma conversa com contraditório em que, no fim, é mesmo a opinião do convidado que interessa. Quase sempre sobre política, às vezes sobre coisas realmente interessantes. Um projeto jornalístico de Daniel Oliveira e João Martins. Imagem gráfica de Vera Tavares com Tiago Pereira Santos e música de Mário Laginha. Subscreva (no Spotify, Apple e Google) e oiça mais episódios:

Greve na CP. Cerca de 23% de comboios suprimidos até às 8h00 esta quarta-feira

A greve parcial dos revisores e dos trabalhadores das bilheteiras da CP fez com que, da meia-noite às 08h00 desta quarta-feira, fossem suprimidos 23,6% dos comboios previstos – é o número mais baixo dos últimos dias.

Segundo os dados mais recentes da empresa pública, 59 dos 250 comboios programados foram suprimidos durante a manhã.

Nenhum dos 111 comboios programados nos serviços Urbanos em Lisboa foram suprimidos até às 08h00, enquanto nos comboios Urbanos do Porto a percentagem foi de 32,7%, dado terem sido suprimidos 17 em 52 comboios. Já os serviços Urbanos de Coimbra viram suprimidos 57,1% dos comboios (quatro em sete programados).

Os serviços de longo curso (Intercidades e Alfa Pendular) tiveram uma taxa de supressão de 53,8% %. Das 13 circulações programadas, realizaram-se sete.

No caso dos comboios regionais, os únicos serviços de proximidade existentes em muitas regiões do país, a taxa de supressões é de 46,3% — não se realizaram 31 serviços em 67 estabelecidos pelos horários.

A greve parcial manteve-se até terça-feira, “sendo que ainda vai ter reflexos na quarta-feira dia 14”, adiantou Luís Bravo, presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, para quem esta paralisação “mostra bem o descontentamento dos trabalhadores” em luta contra os salários baixos desde 2010.

Os trabalhadores exigem o cumprimento do acordo alcançado em 24 de abril entre a administração da CP e os sindicatos, considerando que “o Governo não pode querer os méritos da negociação e depois fugir às suas responsabilidades na aplicação”.

Agricultores pedem que Europa volte a ter autonomia na produção alimentar

É uma questão de soberania. Os agricultores querem que a Europa volte a ter autonomia na produção alimentar.

Para isso debatem esta quarta-feira, em Bruxelas, as orientações necessárias do próximo quadro financeiro da política agrícola comum.

À Renascença, Álvaro Mendonça e Moura refere pretender que Bruxelas garanta um volume adequado de recursos por forma a que a PAC recupere o que perdeu nos últimos anos, por causa da inflação.

“Queremos salientar a importância da produção de alimentos, da agricultura e da agricultura numa Europa que, para ter autonomia estratégica, tem que ter soberania alimentar. Para isso, é preciso olhar para a PAC de uma maneira diferente, orientá-la para a produção de alimentos. Isso é algo que se tem vindo a perder nos últimos anos. Tudo isto tem de ser, em todo o caso, compatibilizado com as preocupações de sustentabilidade ambiental e social”, afirma.

A conferência vai juntar eurodeputados, representantes de organizações de agricultores, decisores políticos e especialistas de seis países do sul da União Europeia. Tratam-se de Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Croácia.

Em cima da mesa vão estar alguns dos principais desafios que se colocam à agricultura e ao desenvolvimento rural e que passam, por exemplo, pela gestão da água ou por questões ligadas à concorrência.

“Tentar criar uma maior consciência de grupo entre os países do Sul da Europa no domínio agrícola, algo que já existe, por exemplo, entre os países do Norte. A Comissão, que também anunciou que apresentará uma estratégia global para a água, então nós queremos chamar a atenção do da diferente situação em que estão os países do Sul. O outro ponto, são as condições de concorrência. Dou um exemplo, não posso aceitar que haja matérias que, por razões ambientais ou de saúde, não possam ser usadas em Portugal, mas que possam ser utilizadas fora da Europa, por produtos que depois são consumidos em Portugal”, considera.

Álvaro Mendonça e Moura reitera, ainda, que a Europa tem de ser mais competitiva no mercado global, ao nível da produção de alimentos…. sobretudo, numa ocasião em que os orçamentos para a Defesa também ganham destaque.

“Evidentemente, nós não podemos pensar em termos de segurança apenas no aspeto mais militar, que é indispensável. Mas, o nosso ponto é o de chamar a atenção que a defesa passa também pela produção de alimentos, senão não terá autonomia estratégica e, portanto, é muito importante nesta altura, que três grandes parâmetros sejam tidos em conta: segurança, energia e agricultura”, conclui.

Ainda esta quarta-feira, a Confederação dos Agricultores de Portugal vai estar reunida com o Comissário da Agricultura e Alimentação, Christophe Hansen.

Ao final do dia vai decorrer uma receção comemorativa dos 50 anos da organização, na casa da CAP, em Bruxelas.

“Ao volante, o telemóvel pode esperar”. PSP e GNR iniciam fiscalização esta quarta-feira

A PSP e a GNR vão estar nos próximos oito dias na estrada a alertar os condutores para os riscos do uso do telemóvel a conduzir, numa operação de fiscalização e sensibilização.

A campanha de segurança rodoviária “Ao volante, o telemóvel pode esperar” decorre entre esta quarta-feira e o dia 20 de maio.

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A campanha visa alertar os condutores para as consequências negativas e mesmo fatais do uso indevido do telemóvel durante a condução.

A iniciativa conjunta da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que é responsável pela sensibilização, e da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR), responsáveis pela fiscalização nas estradas, sobretudo aquelas com maior circulação, insere-se no Plano Nacional de Fiscalização (PNF) de 2025.

Estão previstas ações em Vila Flor (dia 14 de maio, às 8h00, no IC5), Bragança (quinta-feira, 15 de maio, às 9h30, na Avenida das Cantarias), Sesimbra (16 de maio, às 8h00, na Rotunda de Alfarim), Braga (19 de maio, às 14h00 na Rua São Martinho e no dia 20, às 8h00, na Avenida do Cávado).

A ANSR, a GNR e a PSP relembram que o uso do telemóvel ao volante é um risco para a segurança do próprio e dos outros indicando que “os condutores que utilizam o telemóvel durante a condução são mais lentos a reconhecer e a reagir a perigos”.

Além disso, referem que “a distração ocorre quando duas tarefas mentais, conduzir e utilizar o telemóvel, são executadas ao mesmo tempo, o que provoca lapsos de atenção e erros de avaliação”.

Por sim, lembram que “o uso de aparelhos eletrónicos durante a condução causa dificuldade na interpretação da sinalização e desrespeito das regras de cedência de passagem, designadamente em relação aos peões”.

Esta é a quinta das 11 campanhas de sensibilização e de fiscalização planeadas para este ano no âmbito do PNF de 2025. Até ao final do ano, serão realizadas mais seis campanhas, uma por mês, com ações de sensibilização e de fiscalização. As campanhas inseridas nos planos nacionais de fiscalização são realizadas anualmente pela PSP, ANSR e GNR, desde 2020, com temáticas definidas com base nas recomendações europeias estabelecidas para cada um dos anos.

Polícia reprime protesto de moradores em favela de São Paulo que se opõem ao despejo

A polícia brasileira reprimiu na terça-feira um protesto de dezenas de pessoas que se opunham ao despejo da favela do Moinho, a última favela informal do centro de São Paulo.

Os agentes usaram balas de borracha e gás lacrimogéneo para conter os manifestantes, que bloquearam uma linha de comboio da cidade em protesto contra os trabalhos de demolição das casas, que começaram na segunda-feira e continuaram na terça-feira.

Após o confronto, a polícia e os moradores convocaram uma reunião para tentar desbloquear a situação, que se arrasta há mais de um mês.

O Governo de São Paulo determinou a desocupação do Moinho, numa tentativa de aumentar a segurança e combater o tráfico de drogas no centro da maior cidade da América Latina.

A intenção do Governo regional é realojar os habitantes da favela em habitações sociais nos arredores e criar um parque público no local da favela, que fica entre duas linhas de comboio.

As autoridades de São Paulo declararam que 88% das famílias já aceitaram mudar-se para habitações sociais, embora haja uma minoria que se recusa a mudar-se e que se queixa de pressões por parte do Governo local.

Na segunda-feira, as autoridades locais demoliram as primeiras seis casas, que tinham sido previamente desocupadas, e na terça-feira retomaram os trabalhos de demolição, que tinham sido interrompidos pelo início dos protestos.

Até à data, 168 famílias residentes na favela foram transferidas para as suas novas casas, de um total de 752 que aceitaram ser realojadas, o que representa 88% do total, segundo dados do Governo regional.

Outras famílias deste grupo, em vez de serem realojadas em habitações públicas, optaram por receber em troca um subsídio de aluguer de 800 reais (cerca de 127 euros) ou um crédito para a compra de uma casa no mercado.

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