Pfizergate: Tribunal da UE obriga Comissão Europeia a dar acesso a mensagens de Von der Leyen com o CEO da Pfizer

É uma decisão aguardada há muito e que põe em causa a transparência da Comissão Europeia liderada por Ursula von der Leyen. O Tribunal Geral da União Europeia vem agora dizer que a Comissão errou quando recusou o acesso às mensagens de texto que a alemã enviou ao CEO da Pfizer, numa altura em que o executivo comunitário negociava, em nome dos Estados Membros, a compra conjunta de vacinas de Covid19, no valor de milhares de milhões de euros.

Foi a própria alemã a revelar, em entrevista, que tinha trocado mensagens com Albert Bourla, Diretor-Executivo da Pfizer. Mas quando uma jornalista do “The New York Times” (NYT) pediu à Comissão Europeia que facultasse o acesso a todas as
mensagens de texto trocadas entre 1 de janeiro de 2021 e 11 de maio de 2022, o executivo comunitário recusou o pedido com o fundamento de que não possuía os documentos em causa.

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António Costa Silva: “Na Administração Pública em Portugal, ninguém é penalizado por não decidir”

Matilde Fieschi

António Costa Silva é engenheiro, professor universitário aposentado e gestor. Tornou-se conhecido do grande público quando, em 2020, foi convidado por António Costa para preparar a Visão Estratégica do Plano de Recuperação Económica. Mais tarde, entre 2022 e 2024, assumiu o cargo de Ministro da Economia e do Mar. Tem uma longa carreira no sector privado, sobretudo ligada à energia.

No seu livro, Costa Silva reflecte sobre a sua experiência como ministro. O mais interessante é que não o faz para justificar a sua actuação, mas sim para identificar aquilo que está mal na governação em Portugal e que precisa de ser corrigido se quisermos construir um país melhor.

Matilde Fieschi

O livro aborda vários temas como a crítica à rigidez da administração pública, desde a resistência à mudança até à falta de princípios básicos de gestão, e a crítica à forma como os governos funcionam, demasiado centrados no imediato e obcecados com fazer leis e regulamentos, esquecendo-se de garantir que são aplicados.

António Costa Silva é engenheiro, professor universitário aposentado e gestor. Nasceu em Angola, formou-se no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, e estudou no Imperial College, em Londres. Tem uma longa carreira ligada ao setor da energia. Em 2020, foi convidado pelo Governo para preparar a Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030. Entre 2022 e 2024 foi Ministro da Economia e do Mar do XXIII Governo Constitucional.

Tiago Pereira Santos

O 45 Graus é um podcast para saber mais e pensar criticamente. José Maria Pimentel – economista, professor universitário e curioso por natureza – conversa sobre os grandes temas (e não só) com especialistas e pessoas cujas ideias vale a pena ouvir. São conversas sem pressa, às vezes profundas, mas sempre descontraídas. Novos episódios a cada duas semanas, sempre à quarta-feira.

Pfizergate: Comissão Europeia “toma nota” de decisão de tribunal da UE sobre mensagens de texto

A Comissão Europeia disse hoje “tomar nota” da decisão do Tribunal Geral da União Europeia anulando a recusa na divulgação das mensagens trocadas entre a presidente daquela instituição, Ursula von der Leyen, e o presidente executivo da Pfizer.

“A Comissão toma nota da decisão de hoje do Tribunal Geral sobre um pedido de acesso a documentos. A Comissão irá agora analisar atentamente a decisão do Tribunal Geral e decidir sobre as próximas etapas e, para o efeito, adotará uma nova decisão com uma explicação mais pormenorizada”, indica a instituição numa curta reação publicada em Bruxelas.

O executivo comunitário frisa que o Tribunal Geral da União Europeia (UE) “não põe em causa a política de registo da Comissão em matéria de acesso aos documentos”, mas “considera que a Comissão deveria ter dado uma explicação mais pormenorizada na sua decisão sobre o facto de não possuir documentos do tipo solicitado”.

“A transparência sempre foi da maior importância para a Comissão e para a presidente von der Leyen”, é ainda sublinhado.

O Tribunal Geral da União Europeia decidiu hoje anular a decisão da Comissão Europeia sobre a recusa no acesso às mensagens trocadas entre a presidente daquela instituição, Ursula von der Leyen, e o presidente executivo da Pfizer, Albert Bourla, por considerar que não foram dadas justificações satisfatórias por parte de Bruxelas.

Numa informação hoje divulgada, a primeira instância do Tribunal de Justiça da UE dá conta de que “deu provimento ao recurso e anulou a decisão da Comissão” no caso apresentado por uma jornalista do meio norte-americano New York Times após o executivo comunitário lhe ter negado o acesso às mensagens de texto trocadas entre Ursula von der Leyen e Albert Bourla entre 01 de janeiro de 2021 e 11 de maio de 2022.

Na altura, em que se produziam as vacinas anticovid-19 para travar a pandemia, a Comissão Europeia argumentou que não possuía os documentos em causa, mas de acordo com o Tribunal Geral a instituição “não forneceu uma explicação plausível para justificar a falta de posse dos documentos pedidos”.

“A Comissão não se pode limitar a afirmar que não possui os documentos pedidos, devendo antes apresentar explicações credíveis”, vinca na informação hoje publicada, lembrando que o regulamento relativo ao acesso aos documentos visa uma maior transparência nas instituições da UE.

Além disso, a jornalista e o jornal em causa “conseguiram ilidir a presunção de não existência e de falta de posse dos documentos pedidos”, segundo este tribunal europeu.

Bruxelas não explicou ainda “de forma plausível por que razão considerou que as mensagens de texto trocadas no âmbito da aquisição de vacinas contra a covid-19 não continham informações importantes”, adianta o Tribunal Geral.

A Comissão Europeia pode agora recorrer junto do Tribunal de Justiça da UE.

Bial testa medicamento inovador para travar doença de Parkinson: “Se formos bem sucedidos, será um momento marcante”

Nuno Fox

Vivem-se dias de expectativa na Bial. A farmacêutica portuguesa, que já conta com 101 anos de vida, tem em mãos uma investigação que, se se confirmarem as primeiras indicações, vai representar um avanço significativo na luta contra a doença de Parkinson.

O projeto Bia 28-6156 está em curso há vários anos e dele poderá resultar o primeiro medicamento que consegue travar a progressão desta que é uma das principais doenças neurodegenerativas a nível mundial, explica António Portela, presidente executivo da Bial.

Convidado do episódio desta semana da Liga dos Inovadores, o podcast do Expresso que apresenta o que de mais inovador é feito pelas empresas em Portugal, o líder da Bial refere que a área onde a sua empresa está a ter “mais sucesso” mas também onde “está mais a trabalhar” é a doença de Parkinson, que limita bastante os doentes.

“É a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente depois do Alzheimer. E que infelizmente hoje ainda não tem qualquer tipo nem de cura nem de medicamentos que atrasem a progressão da doença”.

“Tudo o que existe para esta doença apenas ajuda as pessoas a viverem melhor com a evolução da doença, mas não consegue retrasá-la”, afirma.

A inovação é o resultado, explica António Portela, da aposta do seu pai na investigação e desenvolvimento, há cerca de 30 anos, e que permitiu que em 2009 fosse lançado um medicamento contra a epilepsia, o Zebinix, e em 2016 um medicamento contra a doença de Parkinson, o Ongentis.

“A grande esperança que temos na nossa investigação da doença de Parkinson já está em fase clínica, com doentes. Vamos ter resultados até meio do próximo ano”

“Há 100 mil doentes com Parkinson a tomar o nosso medicamento, isso é um incentivo enorme para aquilo que fazemos”

“Em cada 15 mil moléculas que investigamos, só uma é que chega ao mercado. A maior parte das coisas em que os nossos cientistas trabalham vai para o lixo”

“Já há vários cancros que se detetados cedo são curáveis e eu acho que o mesmo vai acontecer em muitas das doenças neurodegenerativas”

“O investimento é enorme. Estamos a falar de dezenas ou centenas de milhões de euros em cada um dos projetos que fazemos”

O podcast que nos conta o que de inovador e diferenciador está a ser feito pelas empresas em Portugal. Na “Liga dos Inovadores”, Elisabete Miranda e Pedro Lima conversam com gestores, diretores e profissionais que nos contam histórias que conquistaram o mercado e vão contribuindo para a transformação económica do país e da sua imagem. Falam-nos das vitórias que os trouxeram até aqui, mas também das ansiedades, dos concorrentes que invejam, dos gestores que admiram, dos profissionais que têm e dos perfis que precisam de contratar. Todas as semanas, às quartas-feiras.

Irmãos Menendez: justiça abre caminho à liberdade condicional

Um juiz da Califórnia (sudoeste) abriu caminho para que os irmãos Menendez, famosos nos Estados Unidos pelo homicídio dos pais em 1989, venham a ser colocados em liberdade condicional.

O juiz Michael Jesic reduziu esta terça-feira as penas dos dois homens, que foram condenados a prisão perpétua em 1996 e cumpriram já 35 anos atrás das grades, a uma pena entre 50 anos de prisão e prisão perpétua. A nova sentença permite aos dois irmãos pedir para saírem em liberdade condicional, algo que será decidido por um comité especial em 14 de Junho. Os irmãos foram originalmente condenados a duas penas consecutivas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

A decisão do juiz Jesic foi tomada após uma audiência, em que a família de Erik e Lyle Menendez apoiou o pedido de libertação. “Achamos que 35 anos são suficientes”, explicou uma prima dos dois, Anamaria Baralt, no tribunal. “A nossa família perdoou-os completamente. Eles merecem uma segunda oportunidade na vida”, acrescentou.

O caso dos dois irmãos ganhou notoriedade mundial depois de um filme e um documentário da Netflix, em 2024. Em 1990, o Ministério Público norte-americano acusou os dois jovens, então com 18 e 21 anos, de terem morto os pais a tiro para herdarem uma fortuna no valor de 14 milhões de dólares (12,5 milhões de euros).

Os advogados alegaram que os irmãos tinham sido violados durante anos pelo pai e que a mãe sabia disso, e que o homicídio configurou uma tentativa desesperada de autodefesa. A decisão do juiz esta terça-feira foi tomada no final do primeiro dia de uma audiência dois dias, cuja realização o novo procurador distrital de Los Angeles, Nathan Hochman, tentou impedir durante meses.

Hochman considera que os irmãos continuam a mentir sobre os motivos que os levaram a cometer os assassinatos de 1989, em que mataram os pais a tiro na sua casa de Beverly Hills.

Lei da Paridade

Lei da Paridade

Lei da Paridade

Todas as quartas-feiras três mulheres jovens debatem os temas quentes da semana política. Adriana Cardoso, a centrista da Big Pharma, Maria Castello Branco, a liberal do tarot, e Leonor Rosas, a esquerdista irremediável, juntam-se ao Expresso depois de uma primeira temporada em 2023 na TSF.

Especial com Isabel Moreira: Governabilidade, Eutanásia e Imigração

Adriana Cardoso e Maria Castello Branco debatem com Isabel Moreira cenários de governabilidade, eutanásia, direitos fundamentais e imigração em mais um episódio especial do podcast ‘Lei da Paridade’.

Nas sugestões, deixam o livro Original Sin, de Jake Tapper e Alex Thompson, o concerto da Maria João Pires no festival de Sintra e o livro ‘Não é Ainda o Pãnico’ de Rui Nunes.

Nuno Fox

Todas as quartas-feiras três mulheres jovens debatem os temas quentes da semana política. Adriana Cardoso, a centrista da Big Pharma, Maria Castello Branco, a liberal do tarot, e Leonor Rosas, a esquerdista irremediável, juntam-se ao Expresso depois de uma primeira temporada na TSF entre 2022 e 2023.

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Perguntar Não Ofende

Perguntar Não Ofende

Perguntar Não Ofende

É mais que uma entrevista, é menos que um debate. É uma conversa com contraditório em que, no fim, é mesmo a opinião do convidado que interessa. Quase sempre sobre política, às vezes sobre coisas realmente interessantes. Um projeto jornalístico de Daniel Oliveira e João Martins. Imagem gráfica de Vera Tavares e música de Mário Laginha

“Ter relações [sexuais] uma vez por ano não é saudável. Há casais em que é uma exceção terem relações”

No episódio desta semana de ‘Temos de Falar’, as apresentadoras Ana Galvão, Ana Garcia Martins e Bárbara Guimarães recebem Tânia Graça, conhecida psicóloga e sexóloga, com presença assídua na televisão, rádio e também em vários jornais.

Esta é, desde logo, uma conversa isenta de tabus, onde se tenta também partir para a desmistificação de alguns mitos, sobretudo ligados ao sexo feminino, ao prazer da mulher, e às relações sexuais. Oiça aqui!

‘Temos de Falar’ sobre os assuntos que importam, com o prazer das boas conversas. Todos os domingos um novo episódio na SIC e em todas as plataformas de podcast.

45 Graus

O 45 Graus é um podcast para saber mais e pensar criticamente. José Maria Pimentel – economista, professor universitário e curioso por natureza – conversa sobre os grandes temas (e não só) com especialistas e pessoas cujas ideias vale a pena ouvir. São conversas sem pressa, às vezes profundas, mas sempre descontraídas. Novos episódios a cada duas semanas, sempre à quarta-feira.

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