Pedro Marques Lopes: “Se o Chega crescer à conta do PSD comer o PS, mais tarde ou mais cedo, o Chega também come o PSD”

Para José Pedro Aguiar-Branco, a Democracia constrói-se. A pensar na construção, mas de uma nova República, André Ventura diz que só pára no governo. Que papel está reservado para os partidos fundadores da democracia?

Votação para a eleição do Presidente da Assembleia da República. José Aguiar Branco.

Nuno Fox

Tiago Pereira Santos

Neste podcast diário, Paulo Baldaia conversa com os jornalistas da redação do Expresso, correspondentes internacionais e comentadores. De segunda a sexta-feira, a análise das notícias que sobrevivem à espuma dos dias. Oiça aqui outros episódios:

Carreras pressiona Benfica para rumar ao Real Madrid

Benfica resiste a vender o passe do lateral antes do Mundial de Clubes abaixo da cláusula

O Benfica continua a resistir ao interesse do Real Madrid em Álvaro Carreras, mantendo-se firme na decisão de só admitir negociar o lateral esquerdo antes do Mundial de Clubes pelos 50 milhões de euros fixados na cláusula de rescisão. Quanto ao jogador, de 22 anos, passou estes dias de férias em Ferrol a acompanhar de perto as negociações, mantendo a esperança de se juntar o mais rapidamente possível ao plantel orientado por Xabi Alonso, técnico que o identificou como o alvo prioritário para reforçar o lado esquerdo da defesa.

Por Nuno Miguel Ferreira

Força Aérea fez cerca de 20 intersecções numa semana na missão NATO nos Bálticos

Acompanhe o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia

Os F-16M da Força Aérea Portuguesa realizaram cerca de 20 intersecções de aeronaves, descolando diariamente entre 26 de maio e 01 de junho no âmbito da missão de policiamento aéreo da NATO nos Países Bálticos, foi divulgado esta quarta-feira.

As ações das aeronaves portuguesas foram realizadas em “resposta ao incumprimento dos regulamentos do tráfego aéreo internacional”, explicou a Força Área, em comunicado.

“A operarem a partir da Base Aérea de Amari, na Estónia, a parelha de F-16M de alerta descolou diariamente, entre 26 de maio e 1 de junho, seguindo aeronaves que se encontravam a sobrevoar o espaço aéreo dos países do Báltico sem cumprirem com as regras prescritas em legislação internacional”, pode ler-se.

Em 27 de maio, registou “o maior número de intersecções num só dia, mais de cinco”, sublinhou ainda.

Entre 01 de abril e 31 de julho a Força Área Portuguesa está destacada na Estónia com quatro caças F-16M e até 95 militares em alerta permanente.

Tem como missão “identificar, monitorizar e intervir sempre que determinado pelo Combined Air Operations Centre (CAOC) de Uedem, no espaço aéreo da região do Báltico”.

“A missão passa também pela vigilância de aeronaves militares e civis que não cumpram com os regulamentos internacionais de voo”, frisou ainda.

Este tipo de missões da NATO têm como objetivo “apoiar países aliados a garantir a integridade, segurança e proteção do seu espaço aéreo”.

“Desta forma, a Lituânia, Letónia e Estónia, por não disporem dos recursos necessários que garantam de forma autónoma a segurança do respetivo espaço aéreo, recebem em regime de rotatividade destacamentos de meios aéreos dos membros da Aliança para a realização de missões de policiamento aéreo”.

Presidente colombiano pediu a Sánchez que interceda junto de Lisboa para extraditar contrabandista ‘Papa Smurf’

O Presidente colombiano, Gustavo Petro, anunciou esta quarta-feira que pediu ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que interceda junto de Portugal para extraditar o contrabandista colombiano-espanhol Diego Marín, conhecido como ‘Papa Smurf’.

“Pedi ao Presidente [do governo espanhol] Pedro Sánchez para falar com o atual Governo de Portugal (…) e ele tentará ajudar-nos com um objetivo: que o senhor Marín venha cumprir as suas penas aqui e diga toda a verdade, seja ela qual for”, afirmou Petro num discurso, sem especificar quando falou com Madrid.

Marín foi detido em dezembro passado no norte de Portugal, depois de ter fugido de Espanha.

Antes de ser detido em Portugal, Marín esteve preso em Espanha, mas fugiu para o território português após ser libertado, enquanto aguardava decisão sobre o seu processo de extradição.

Diego Marín foi detido a 05 de abril de 2024 na cidade valenciana de Gandía e foi presente a um juiz do Tribunal Nacional espanhol, que ordenou a sua libertação com medidas cautelares como a retirada do seu passaporte e a obrigação de se apresentar de 15 em 15 dias enquanto o pedido de extradição estivesse a ser tratado.

As autoridades colombianas pedem a sua extradição sob a acusação de contrabando, suborno e participação numa organização criminosa.

“Diego Marín era o maior contrabandista e branqueador de capitais do mundo, de nacionalidade colombiana e espanhola. Pedi ao Presidente Pedro Sánchez, enquanto ele [Marín] estava refugiado em Espanha porque alguém lhe disse que o íamos capturar na Colômbia, que nos ajudasse a capturá-lo, e ele ajudou”, sublinhou Petro na terça-feira.

De acordo com uma publicação na revista Cambio, em fevereiro passado, a campanha eleitoral do atual presidente colombiano foi infiltrada pelo ‘Papa Smurf’, que contribuiu com 500 milhões de pesos (cerca de 106.000 euros).

Esse dinheiro terá sido recebido pelo empresário e político catalão Xavier Vendrell, e este tê-lo-á alegadamente devolvido algum tempo depois por ordem de Petro.

O chefe de Estado colombiano reiterou por diversas vezes que não tem ligações com o “Papa Smurf”, embora tenha reconhecido em fevereiro que viu Marín “uma vez”, quando lhe foi apresentado “com outros senhores, como empresário do Sanandresito” – como são conhecidas na Colômbia algumas lojas que originalmente vendiam produtos importados com isenção de impostos por terem entrado no país através da ilha de San Andrés.

Nessa reunião, explicou Petro em fevereiro, estava também o espanhol Vendrell, que foi quem, no início de 2022, recebeu uma pasta com o dinheiro fornecido por Marín.

“Sabemos que o senhor Marín tentou, durante a campanha, infiltrar-se através dos meus familiares e nunca conseguiu. Mesmo quando chegaram os ‘famosos 500 milhões’, obrigámo-los a devolver o dinheiro”, sublinhou o líder colombiano.

Novo Presidente da Coreia do Sul promete restaurar a economia e a democracia

O novo Presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, estabeleceu esta quarta-feira como suas prioridades a unidade nacional e o restauro da economia, segurança e democracia, no discurso de tomada de posse perante a Assembleia Nacional, em Seul.

“Serei o presidente de todos, abraçando e servindo todo o povo”, afirmou o Presidente, prometendo deixar para trás os confrontos ideológicos e recorrer a políticas úteis, “quer seja Park Chung-hee ou Kim Dae-jung”, numa referência a dois antigos presidentes de orientação oposta.

Quanto à política externa, particularmente desafiante no atual contexto de transformação da economia e segurança mundiais, Lee Jae-myung, manifestou-se disposto a optar por uma “diplomacia pragmática, centrada nos interesses nacionais”.

O novo chefe de Estado sul-coreano afirmou que irá reforçar a aliança com os Estados Unidos e disse que a sua estratégia de maximização dos interesses nacionais não exclui o diálogo com a Coreia do Norte.

“Procuraremos formas de coexistir com a Coreia do Norte”, afirmou. “A verdadeira segurança é não precisar de uma guerra”, afirmou.

No plano interno e na sequência da grave crise política desencadeada pela tentativa de imposição da lei marcial, prometeu “impedir quaisquer futuras tentativas de insurreição militar”, como a que levou à destituição do seu antecessor Yoon Suk-yeol.

“As armas confiadas pelo povo foram utilizadas para declarar a lei marcial. Isso não pode voltar a acontecer. Responsabilizarei os culpados e assegurar-me-ei de que tal coisa não voltará a acontecer”, prometeu.

Lee comprometeu-se a ativar uma equipa de resposta económica de emergência e a reativar o ciclo virtuoso de crescimento, apoiado pelo investimento público.

O novo Presidente anunciou investimentos em inteligência artificial e em novas indústrias, e disse que o seu Governo irá promover uma transição energética para fontes renováveis. “As alterações climáticas estão a ameaçar o ecossistema das pessoas”, afirmou.

Lee Jae-myung comprometeu-se igualmente a reforçar a indústria cultural e transformar a Coreia numa potência de “soft power”, mencionando o K-pop, os K-dramas, a K-beauty e outros sectores da marca “K”.

“Vou tornar-me um presidente do povo. Os coreanos, quando nos tornamos um só, tornamo-nos fortes e podemos ultrapassar qualquer desafio”, afirmou.

A cerimónia de tomada de posse teve lugar no interior da Assembleia Nacional (Parlamento), em Seul, num formato pequeno, com 360 participantes, incluindo líderes bipartidários, deputados e membros do Governo cessante, onde foi notória a ausência do principal candidato rival derrotado do Partido do Poder Popular (PPP), Kim Moon-soo, que também era membro do executivo cessante.

Cientistas fazem descoberta acidental a partir de espetáculo realizado num planetário

Cientistas norte-americanos fizeram uma descoberta acidental a partir de um espetáculo realizado num planetário na segunda-feira, ao repararem que a Nuvem de Oort que se esperava esférica tem afinal a forma de uma espiral.

Responsáveis do Museu Americano de História Natural depararam-se com esta descoberta quando estavam a preparar uma cena que mostrava a chamada Nuvem de Oort, situada numa região além de Plutão, cheia de vestígios gelados da formação do sistema solar.

Diversos cometas podem vir em direção à Terra a partir desta nuvem, mas os cientistas nunca descobriram a sua verdadeira forma.

Tudo começou quando, no Museu Americano de História Natural, no outono passado, os especialistas estavam a trabalhar na exposição denominada “Encontros na Via Láctea”, moldada pelos movimentos das estrelas e de outros objetos celestes.

Uma noite, enquanto observavam a cena da Nuvem de Oort, os cientistas repararam em algo estranho projetado na cúpula do planetário.

“Porque é que está ali uma espiral?”, questionou Jackie Faherty, um astrofísico que dirige os programas educativos do museu e que ajudou a montar o espetáculo do planetário.

A secção interior da Nuvem de Oort, composta por milhares de milhões de cometas, assemelha-se a uma barra com dois braços ondulantes, semelhante à forma da galáxia Via Láctea.

Há muito que os cientistas pensavam que a Nuvem de Oort tinha a forma de uma esfera ou de uma concha achatada, deformada pelo empurrão e pela atração de outros planetas e da própria Via Láctea.

O espetáculo do planetário deu a entender que poderia haver uma forma mais complexa no seu interior.

O museu contactou um investigador que forneceu os dados da Nuvem de Oort para o espetáculo, que também ficou surpreendido ao ver a espiral.

“É uma espécie de acidente bizarro o facto de ter acontecido”, disse David Nesvorny do Southwest Research Institute.

Apercebendo-se de que tinham tropeçado em algo novo, os investigadores publicaram as suas descobertas no início deste ano no The Astrophysical Journal.

A espiral é “uma mudança notável na nossa compreensão do sistema solar exterior”, disse por correio eletrónico o cientista planetário Andre Izidoro, da Universidade Rice, que não esteve envolvido no estudo.

A descoberta, que se baseia em dados sobre a forma como os objetos celestes se movem e em simulações, será difícil de confirmar com observações. Mas saber mais sobre as órbitas de cometas distantes pode dar aos cientistas algumas pistas, disse Izidoro.

Ao preparar o espetáculo do planetário, os especialistas do museu não estavam à espera de uma janela para o funcionamento interno do universo. O espetáculo, narrado pelo ator Pedro Pascal, apresenta muitas cenas vivas que podem cativar o público mais do que a Nuvem de Oort, disse Jon Parker, do museu – incluindo uma fusão contínua da mini-galáxia Sagitário com a Via Láctea.

Por muito impressionantes e belas que sejam as imagens do espetáculo, o museu estava empenhado em torná-lo cientificamente exato. Foi isso que criou as condições perfeitas para tropeçar em algo novo, disse Carter Emmart, do museu.

“Nunca se sabe o que se vai encontrar”, disse Emmart.

“Se virmos o oceano só como espaço para a economia, os riscos são enormes”

No mar profundo, há corais que hoje são grandes, mas que começaram a formar-se há 4000, 5000 anos. “Ainda Alexandre, o Grande andava por aí”, diz Ricardo Serrão Santos, para explicar a impossibilidade de recuperar a vida destes ecossistemas, se a exploração mineira avançar. “Isto dá uma ideia de quão irrecuperável é o mar profundo se o destruirmos.”

Enquanto ministro do Mar, entre 2019 e 2022, e deputado europeu pelo PS, Ricardo Serrão Santos, que estuda a biodiversidade marinha e os ecossistemas oceânicos, cruzou-se várias vezes com a vontade de alguns de avançar para a extracção de minerais no fundo do mar – um objectivo que já rondou o mar dos Açores.

Cientista principal honorário no Instituto Okeanos, na Universidade dos Açores, foi um dos coordenadores do relatório pedido pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a mineração no mar profundo, para a Conferência das Nações Unidas dos Oceanos em Nice, de 9 a 13 de Junho.

“Os impactos da mineração são incomensuráveis, e sentir-se-ão a grandes distâncias na coluna de água, onde há recursos relevantes para as pescas e para o turismo”, alerta.

Do que é que estamos a falar quando dizemos “mar profundo”?
Estamos a falar do solo e subsolo marinho, abaixo dos 200 metros de profundidade. O mar profundo, como todo o oceano, tem uma importância ecológica muito grande para o planeta. Foi reconhecido pelas Nações Unidas como património da humanidade.

Mas temos de o proteger porquê?
Ainda temos um grande desconhecimento sobre o mar profundo. Mas sabemos que há uma grande lentidão de todos os processos lá, espécies com uma maturidade muito tardia e uma grande longevidade.

Os corais frios, por exemplo, são autênticas florestas, que por vezes crescem apenas micrómetros, ou milímetros a cada década. Temos hoje corais que nasceram há 4000, 5000 anos. Imagine, ainda Alexandre, o Grande andava por aí! Isto dá uma ideia de quão irrecuperável é o mar profundo se o destruirmos.

Porque é que há quem queira extrair esses minérios do fundo do mar?
Isto não é novo. Na minha perspectiva, toda a Convenção das Nações Unidas do Direito do Mar, que foi um processo complexo e de muitos anos, baseia-se nesta ideia de uma nova fronteira da humanidade e persegue a promessa de explorar o mar profundo. Parece o faroeste americano, algo que é preciso conquistar.

Os nódulos de manganês, que existem na grande superfície abissal da zona Clarion Clipperton, no Pacífico, sobre a qual há mais discussão sobre a extracção mineira, são conhecidos desde a expedição do Challenger (1872-1896). Nasceu aí a ideia de que no mar profundo havia tesouros escondidos e não tinha vida. Isto está no imaginário da ficção científica, de Júlio Verne.

Na Convenção sobre o Direito do Mar, de 1982, foi definido como património comum da humanidade tudo o que existia para além das águas sob jurisdição nacional. Mas o fito foram sempre os recursos geológicos. Aqui, a noção de património é de uma riqueza que vai ser explorada. Por isso, foi criada a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA na sigla em inglês).

Então, a Convenção e toda a ideia de mineração no fundo do mar está imbuída de um optimismo tecnológico
Sim, está totalmente imbuída desse optimismo e da ideia de que há um grande potencial de riquezas no fundo do mar. A própria ISA é tanto guardiã do bem comum, como facilitadora da exploração. Mas não estou a tirar-lhe valor, porque é um fórum de discussão e de negociação, e se não o tivéssemos estávamos numa anarquia.

Então, a biodiversidade marinha não está protegida, por causa dessa visão industrial?
Há essa visão, mas até agora não há mineração do mar profundo. No entanto, é preciso muita cautela, daí as moratórias. Os impactos da mineração são incomensuráveis, e vão sentir-se a grandes distâncias na coluna de água, onde há recursos relevantes, para as pescas, para o turismo.

“Portugal, sabemos que estes minerais estão presentes, mas não sabemos o valor das jazidas”, disse Ricardo Serrão Santos
DR

Portugal foi pioneiro ao aprovar uma moratória à mineração do mar profundo até 2050. Mas há interesses mineiros nas águas portuguesas?
Sim, em particular nos Açores, uma vez que temos uma dorsal oceânica com fontes hidrotermais. Estas “chaminés” que se erguem do fundo do mar, a que os geólogos chamam maciços polimetálicos, estão cheias de minerais, trazidos do subsolo marinho.

Os minérios encontram-se sob várias formas. Os nódulos polimetálicos, que para serem recolhidos terão de ser arrastados pelo fundo do mar. As crostas de cobalto encontram-se nos montes submarinos e para chegar aos minerais é preciso rachar, esfarelar tudo. Nas fontes hidrotermais, seria preciso cortar as chaminés.

Em Portugal, sabemos que estes minerais estão presentes, mas não conhecemos o valor das jazidas. Era preciso mais investigação. A empresa Nautilus já esteve muito interessada, no início dos anos 2000, em fazer prospecção. Mas entrou em insolvência.

Mas como estamos nesta filosofia de “drill, baby, drill”, e temos empresas como a Metals Company, com a ideia de que o fundo do mar é deserto e improdutivo… Voltámos à Antiga Grécia, com a visão de que o mar é deserto, mas em vez de estar cheio de monstros, agora têm-se visões de riquezas.

No entanto, a tecnologia não está preparada e a indústria mineira pode gerar grande caos no oceano. O que está em causa agora é a mineração fora das águas sob jurisdição nacional, e é aí que Portugal, como outros países, se deve empenhar.

O Presidente Emmanuel Macron defendeu uma pausa estratégica para a mineração, na Conferência do Oceano de Lisboa, em 2022. E agora, um conselho científico internacional, que eu co-presidi, fez uma recomendação pela moratória para a Conferência de Nice.

Acha que os Estados Unidos podem, de facto, autorizar a mineração no mar profundo?
Teoricamente, podem. Os EUA não assinaram a Convenção do Direito do Mar. Mas seria muito grave, porque o oceano é uma máquina, o coração do planeta. Se começamos a vê-lo só como espaço para a economia, há riscos muito grandes.

Jessie J diagnosticada com cancro da mama

A cantora Jessie J foi diagnosticada com cancro da mama “em estado inicial” e será operada ainda este mês.

A artista, de 37 anos, autora de êxitos como “Price Tag” , “Flashlight” e “Bang Bang”, fez a revelação na sua conta de Instagram a notícia, antes de lançar o novo single, “New Secrets”.

“Antes de ´New Secrets´ ser lançado, fui diagnosticada com cancro de mama em estado inicial. Estou a destacar a palavra ´inicial´. Cancro é horrível de qualquer forma, mas estou a agarrar-me à palavra ´inicial´. Tenho feito exames durante todo este período.”

Jessie J revelou ainda aos seus fãs que refletiu muito na questão de partilhar ou não o diagnóstico, por haver “muitas opiniões externas”. No entanto, a cantora diz ter pretendido ser transparente, especialmente devido ao título do seu mais recente single – inspirado num aborto espontâneo que sofreu em 2021.

A artista acrescentou: “Ser diagnosticada com isto, enquanto estou a lançar uma música chamada ´No Secrets’, antes de lançar ´Living My Best Life´, tudo isto já estava planeado antes de eu descobrir sobre o cancro. É surreal. Quis ser aberta e partilhar – primeiro, porque, egoisticamente, eu não falo sobre isso o suficiente. Não estou a processar porque tenho estado a trabalhar muito.”

“Também sei o quanto compartilhar no passado me ajudou, com o amor e apoio que outras pessoas me deram, a partilhar as suas histórias. Sou um livro aberto. Parte-me o coração saber que tantas pessoas estão a passar por isso, ou por coisas piores. Essa é a parte que mais me dói”.

Jessie J pretende estar presente no Capital Summertime Ball, dia 15 de junho no Estádio de Wembley, em Londres. Após o concerto, irá submeter-se a uma cirurgia e planeia “desaparecer por um tempo”, acrescenta.

Sobre a sua cirurgia, a cantora partilha que vai manter os mamilos, o que é “bom”. Depois da pausa, Jessie J voltará “com peitões e mais músicas”. “É uma forma dramática de fazer uma cirurgia na mama”, brinca, acrescentando ainda, entre risos, que lançará um remix do single “Living My Best Life” com o título “Living My Breast Life”.

A artista partilhou que é a brincar que lida melhor com os momentos difíceis.

“Estes últimos dois meses foram incríveis e passar por isto paralelamente deu-me uma perspetiva inacreditável.”.

A febre do ouro está a secar a Amazónia

A extração de ouro na Amazónia está a retirar tanta água do solo que está a torná-lo demasiado quente e seco para que as plantas consigam sobreviver. Um estudo publicado esta segunda feita na Nature Communications Earth & Environment revelou que a extração de ouro está (literalmente) a secar a Amazónia. Os investigadores descobriram que a extração por sucção não só degrada o solo, como também drena a humidade e retém o calor, criando condições extremas em que as árvores não estão a conseguir sobreviver. A extração ilegal de ouro afeta atualmente muitas regiões da Amazónia, incluindo o Peru, o

Pobreza extrema. Uma em cada dez famílias vive com menos de 300 euros por mês

A economista explica ainda que as médias da economia escondem “uma realidade de crescimento que não é assim muito inclusiva, porque a pobreza não baixa ao mesmo ritmo, nem pouco mais ou menos”.

Este efeito é visível noutros indicadores, como o aumento das dificuldades entre os idosos, “agravou-se”, mas não significa que tenham diminuído os apoios sociais. “Não houve cortes nem sequer reais das pensões, pelo contrário, houve até alguns aumentos, não é disso que estamos a falar”, garante.

O que aconteceu é que, “como o desempenho da economia foi razoavelmente positivo nos últimos anos em termos de crescimento do salário médio, crescimento do próprio PIB, isso faz com que o limiar de pobreza aumente mais depressa. Quando as condições de vida estão a melhorar num país, o limiar de pobreza está a aumentar”, explica.

Ou seja, esta é uma conclusão estatística. Há mais idosos a viver com dificuldades, em comparação com a restante população, que vive agora com mais rendimento disponível.

É preciso ter dinheiro para ter bons trabalhos

O relatório deste ano analisa ainda as condições de trabalho de quem vive em risco de pobreza e conclui que quem tem menos rendimentos, tem menos acesso a trabalho digno.

Susana Peralta denuncia as condições precárias em que trabalham os pobres: “têm acesso a margens do mercado de trabalho menos bem pagas, mais precárias, mais contratos temporários, menor intensidade laboral, têm relações muito intermitentes com o mercado de trabalho, com condições penosas, riscos, etc”.

1 71 72 73 74 75 649