Para Netanyahu, é “vergonhoso” que a Europa “caia na conversa” dos dois Estados

Israel quer “acabar com a guerra” em Gaza, “fazê-lo depressa” e “expor as mentiras” que fazem com que os judeus em todo o mundo “estejam a ser difamados”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que está a ser alvo de críticas internacionais e internas devido aos planos do Governo para endurecer a operação militar em Gaza, disse este domingo a vários jornalistas internacionais que “é vergonhoso” que os países europeus, e outros, como a Austrália, “estejam a cair na conversa” de que a solução para a guerra é o reconhecimento de um Estado da Palestina.
“O Hamas tinha um Estado de facto e o que fizeram foi trazer a guerra”, afirmou Netanyahu, em conferência de imprensa. O problema não é os palestinianos não terem um Estado, “é a sua permanente recusa em aceitar” Israel, argumentou.
“Os palestinianos não querem criar um Estado, querem destruir um Estado” e é “um desafio à imaginação ver como pessoas inteligentes no mundo, como diplomatas experientes, líderes políticos e jornalistas, caem nisto”, afirmou.
O líder israelita não deu indicações de datas para concluir a tomada de controlo em Gaza, mas garante que será rápido, para libertar os reféns. E garantiu que Israel não vai descansar enquanto não “acabar o trabalho” e destruir o Hamas.
Também referiu que Israel está a contribuir para melhorar a situação humanitária em Gaza e que a ideia de Israel ter uma “política de fome” para acabar com os palestinianos faz parte de “uma campanha global de mentiras” criada contra o país.
Rejeitando a ideia de que há fome generalizada em Gaza, explicação que “houve privações”, mas causadas pelo Hamas, que roubou todos os camiões com ajuda humanitária entrados no território para depois vender no mercado negro.
