Incêndio em Trancoso afeta quatro povoações. Idosos retirados de casas por precaução

Quatro povoações de Trancoso estão a ser afetadas pelo incêndio, que reacendeu, esta tarde de domingo. Estão na linha de fogo que mantém quatro frentes pelas 18h00 .

De acordo com o comandante das operações, citado pela agência Lusa, em causa estão, para além de Seixas, Rio de Mel, Rio de Moinhos, Venda do Cepo, Celintrão.

As forças de segurança estão a adotar as medidas, que passam pelo confinamento, ou a retirada de pessoas.

Já esta tarde, o presidente da câmara de Trancoso alertava para a possibilidade de as chamas avançarem para concelhos vizinhos.

Amílcar Salvador referia que por segurança, algumas pessoas foram retiradas de casa. “Já retiramos algumas pessoas de algumas quintas, apenas por precaução”, sublinha, devido à sua idade mais avançada.

O autarca admite estar “muito preocupado”, mas espera que até ao fim da tarde o fogo possa ser dominado.

“Para já, não tem sido fácil por causa das altas temperaturas e pelo vento forte que se faz sentir”, explica.

Nesta altura, mais de 1.100 operacionais combatem o fogo em Trancoso, Covilhã, Ribeira de Pena e Vila Real – onde as chamas obrigaram à interrupção da quarta etapa da Volta a Portugal em bicicleta.

Após a meta volante de Vila Real, a corrida foi retomada na Campeã de onde segue para a Senhora da Graça, em Mondim de Basto.

Crystal Palace ganha Supertaça

O Crystal Palace conquista a Supertaça de Inglaterra, nas grandes penalidades, ultrapassando o Liverpool.

A partida terminou empatada a duas bolas e foi decidida da marca dos 11 metros. Vários falharam, mas o detentor da Taça acabou por se seperiorizar.

O campeão inglês não confirmou a superioridade esperada. O Crystal Palace esteve por cima em grande parte do encontro.

Nota para mais uma homenagem a Diogo Jota e o irmão, com um minuto de silêncio no início da partida. Alguns adeptos não foram respeitadores.

Curiosamente, o primeiro golo do Liverpool foi apontado ao minuto 20, o número da camisola do avançado luso.

Etapa retomada na Campeã depois de neutralizada devido a incêndio

A quarta etapa da Volta a Portugal em Bicicleta foi agora retomada na Campeã.

A prova foi neutralizada em Vila Real, devido a um incêndio, e foi cortada a subida do Alvão.

Na frente segue um grupo de cinco fugitivos e depois segue um outro grupo de sete antes do pelotão. As distâncias são mantidas em relação ao que estava na altura da paragem.

A etapa vai, na mesma, terminar no Alto da Senhora da Graça.

[em atualização]

Aurzen EAZZE D1G – Review: Projeção acessível com Google TV

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Com uma qualidade de imagem aceitável até às 100 polegadas, o Aurzen EAZZE D1G destaca-se pelo seu sistema altamente versátil.

Recentemente, chegou-me às mãos o Aurzen EAZZE D1G, um projetor com Google TV com um preço abaixo dos 200€, que promete oferecer uma experiência completa de “home theater”, uma ambição elevada que contrasta com o seu valor bem acessível para este tipo de equipamentos.

Uma vez removido da sua caixa, o Aurzen EAZZE D1G é incrivelmente fácil de instalar, é quase “plug-and-play”. Ou neste caso, apontar, ligar e está feito. Para além do projetor, na embalagem do Aurzen EAZZE D1G encontramos ainda uma tampa para a lente, o transformador de alimentação e o comando. A Aurzen também vende separadamente uma tela de projeção portátil e um suporte para o projetor, mas que infelizmente não tive oportunidade de experimentar. O projetor apresenta um acabamento em branco que não compromete a sua funcionalidade, integrando-se perfeitamente em qualquer assoalhada que se pretenda transformar numa espécie de sala de cinema. E o brilho espelhado na parte frontal confere ao EAZZE D1G um aspeto premium.

É importante referir que o Aurzen EAZZE D1G não inclui qualquer suporte, mas é justo dizer que este é quase indispensável. Montar o projetor e aponta-lo para onde queremos projetar revelou-se uma tarefa complicada sem o suporte. Apesar de ser fácil de ligar e colocar a funcionar, para obter uma projeção em condições, tive de empilhar 10 ou 11 livros para o nivelar com a parede onde quis projetar. Apesar de funcionar, qualquer movimento perturbava a imagem devido à instabilidade. O Aurzen EAZZE D1G necessita efetivamente de um suporte, pelo que quem estiver interessado deve considerar adquiri-lo, terá que preparar-se para empilhar livros e manter-se absolutamente imóvel durante a projeção. Tirando essa compra adicional necessária, o Aurzen EAZZE D1G está também limitado a 200 lúmenes de brilho, que nem sempre permite desfrutar de uma boa experiência. Embora os 200 lúmenes sejam adequados para uma divisão com baixa iluminação, qualquer luz solar direta vai interferir com a projeção. Mas é algo que seria de esperar com qualquer projetor desta faixa de preço. É preferível utilizá-lo numa sala muito pouco iluminada ou numa divisão contígua a um espaço mais claro.

O comando incluído é o que se espera de um projetor portátil. Pequeno, com cerca 15 cm de comprimento e pouco menos de 4 cm de largura e não tem qualquer referência à marca, mas conta com botões dedicados para algumas plataformas de streaming, como o YouTube, a Netflix e a Prime Video . E como é já é comum, opera com duas pilhas AAA que, infelizmente, não se encontram incluídas na embalagem.

Comando do Aurzen EAZZE D1G
Comando do Aurzen EAZZE D1G

No que toca aos seus recursos visuais, o projetor suporta resolução nativa de 1080p com HDR10, com suporte de reprodução de conteúdos em 4K. Ou seja, os conteúdos 4K são apresentados com uma projeção máxima a 1080p. A imagem é nítida, mas não se compara a qualidade de modelos mais caros. No que toca a som, também há claras limitações. Apesar de estar equipado com Dolby Audio e dois altifalantes de 8W, este projetor oferece aquilo que considero ser o mínimo para um som minimamente envolvente. Ainda assim, acho que a melhor solução passa por ligar um altifalante Bluetooth para ter uma experiência sonora muito mais agradável, mesmo que sujeito a alguma latência.

Em relação a outras características da imagem, o projetor conta com um intervalo de zoom entre 50% e 100% e suporte para projeção de até 200 polegadas. Apesar de ser fácil de ajustá-lo ao espaço disponível, até às 100 polegadas temos uma qualidade de imagem muito interessante, mas a partir dai já se nota grão na imagem, e a minha melhor sugestão é que não passe de uma dimensão de 100 polegadas. No entanto, gostei do facto do projetor suportar Wi-Fi de banda dupla (2.4Ghz e 5Ghz), que garante velocidades de ligações mais rápidas e acima de tudo mais estáveis, e do Bluetooth 5.1 bidirecional, que pode ser utilizado como coluna Bluetooth autónoma ou emparelhado com uma barra de som.

Se falha em imagem de grandes dimensões, a verdade é que é muito completo em termos de ligações, já que conta com 2 portas USB, uma HDMI e uma porta de 3,5mm para os auriculares ou altifalantes com fio. Ou seja, trata-se de um equipamento pronto a ser ligado a praticamente tudo, desde o smartphone, à consola de jogos. Quer seja para maratonas de filmes, sessões de videojogos, o EAZZE D1G demonstrou ter tudo o que é necessário para garantir entretenimento, se não formos muito exigentes a nível tecnico.

Interfaces do Aurzen EAZZE D1G
Interfaces do Aurzen EAZZE D1G

E uma das maiores notas de destaque deste Aurzen EAZEE D1G é o facto do seu sistema operativo ser o Google TV. Como acontece com todos os aparelhos com esse sistema operativo, é necessária alguma configuração inicial. Felizmente, neste caso o processo é bastante simples e intuitivo, já que conta com uma interface bastante familiar, pelo menos para os utilizadores de equipamentos Android. Depois de devidamente configurado, iniciar aplicações como Netflix, Prime Video e YouTube estão à distância de um clique no comando, e navegar pelos seus menus é fácil e intuitivo.

Sendo um projetor baseado no sistema operativo Android 11, a experiência que é oferecida a nível de software é basicamente a mesma que temos em qualquer projetor com o sistema operativo da Google. Apesar de não ser a versão mais recente atualmente no mercado, conta com suporte para praticamente qualquer aplicação que esteja disponível na Play Store. Ou seja, temos acesso a todas as aplicações de streaming disponíveis no mercado, como Netflix, Prime Video, Youtube, Max, SkyShowtime e muito mais. Outra boa funcionalidade que é disponibilizada é a capacidade de se fazer Cast do smartphone ou tablet para o Aurzen EAZEE D1G.

Aurzen EAZZE D1G
Aurzen EAZZE D1G

O Aurzen EAZEE D1G revelou-se um projetor portátil económico que corresponde ao seu preço acessível por 199,99€. A qualidade de construção é sólida, e o som, apesar de oferecer o mínimo, ainda é o melhor que ouvi num projetor por este valor. No entanto, para um projetor que custa quase 200€ esperava um pouco mais da qualidade de imagem. Se em imagens de até 100 polegadas a qualidade não desanima, a partir daí a qualidade cai a pique, tornam-se claramente no ponto mais fraco do dispositivo. Para além disso, a utilização em espaços iluminados, é quase impossível. O grande destaque vai, sem dúvida, para o sistema operativo integrado, que se mostra surpreendentemente funcional ao permitir a instalação fácil de milhares de aplicações, e de funcionar de forma rápida e fluida.

Este produto foi cedido para análise pela Aurzen.

O rapaz do boné brilhou e ganhou, mas o dia continuou a ser do minuto 20: Crystal Palace vence Liverpool e conquista Supertaça

Era muito mais do que o primeiro troféu da temporada. Em Wembley, o Liverpool defrontava o Crystal Palace e tinha como objetivo conquistar a Community Shield para começar a época da melhor maneira — mais do que isso, o Liverpool tinha como objetivo oferecer um título, uma taça e um dia bonito a Diogo Jota.

Depois de duas homenagens em campo, com a apresentação do Preston North End e o duplo compromisso com o Athl. Bilbao em Anfield a servirem como os primeiros dias em que milhares de adeptos lembraram Diogo Jota nas bancadas, o Liverpool olhava para a Supertaça inglesa como o dia ideal para honrar a memória do internacional português com a conquista de um troféu depois da Premier League da temporada passada.

“Claro que esta tragédia teve muito impacto em nós. Mas é preciso recordar que teve muito mais impacto na mulher do Diogo, nos seus filhos e nos pais. Mas claro que também nos afetou muito, definitivamente. Os tributos e as homenagens que têm acontecido até agora têm sido muito emotivas e impressionantes, estivéssemos onde estivéssemos. Começou tudo contra o Preston North End e depois mesmo na Ásia. Tem sido muito emocionante, mas também muito impressionante”, explicou Arne Slot na antevisão da partida deste domingo.

Assim, em Wembley, o treinador neerlandês lançava o reforço Hugo Ekitike como referência ofensiva, apoiado por Salah, Gakpo e Florian Wirtz, com Milos Kerkez a aparecer na esquerda da defesa e Andy Robertson a ser suplente. Do outro lado, no Crystal Palace que conquistou a Taça de Inglaterra no final de maio ao derrotar o Manchester City, Oliver Glasner tinha Ismaila Sarr e Eberechi Eze nas costas de Jean-Philippe Mateta, com o capitão Marc Guéhi a comandar a equipa a partir da defesa.

De forma natural e como era expectável, Diogo Jota e André Silva foram homenageados ainda antes do apito inicial, com Ian Rush a liderar a comitiva que deixou as coroas de flores no relvado e os jogadores dos reds a atuarem com um “forever 20” inscrito nas camisolas. O que não era expectável, porém, apareceu durante o minuto de silêncio: os adeptos do Crystal Palace começaram a assobiar, interrompendo o momento, e o árbitro da partida acabou mesmo por encurtar o tributo para evitar um confronto claro entre os dois lados.

Não foi preciso esperar muito, contudo, para assistir ao primeiro golo. Wirtz desequilibrou na esquerda, Ekitike rematou de fora de área e estreou-se a marcar pelo novo clube (4′). O Crystal Palace empatou ainda dentro dos 20 minutos iniciais, com Mateta a converter uma grande penalidade depois de Van Dijk fazer falta sobre Sarr no interior da área (17′). Pouco depois, contudo, quis o universo que acontecesse magia: à passagem do minuto 20, quando os adeptos do Liverpool já entoavam o cântico dedicado a Diogo Jota e aplaudiam em uníssono para recordar o avançado português, Frimpong apareceu na direita e tirou uma espécie de cruzamento que acabou por entrar na baliza (21′), devolvendo a vantagem aos reds.

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo, sendo que Oliver Glasner já tinha sido obrigado a trocar Kamada por Will Hughes por lesão ainda na primeira parte, e o Liverpool foi conseguindo manter uma superioridade mais global do que notória, já que o Crystal Palace nunca deu a ideia de abdicar do resultado. Arne Slot mexeu pela primeira vez a 20 minutos do fim, lançando Endo e Mac Allister, e os londrinos conseguiram mesmo chegar novamente ao empate por intermédio de Sarr, que apareceu na cara de Alisson depois de uma grande assistência de Adam Wharton e não falhou (77′).

Glasner fez mais uma substituição na sequência do golo, colocando Borna Sosa no lugar de Tyrick Mitchell, e Slot ainda lançou Andy Robertson e Harvey Elliott antes de o jogo seguir inevitavelmente para a decisão por grandes penalidades. Aí, Salah atirou por cima da trave e Dean Henderson, que se apresentou com o já característico boné na cabeça, defendeu os penáltis de Mac Allister e Elliott, carimbando nova surpresa do Crystal Palace: os londrinos derrotaram o Liverpool em Wembley, juntando a Community Shield à Taça de Inglaterra para deixarem os reds sem o primeiro objetivo da temporada.

Porque a imunoterapia não funciona em alguns doentes com cancro: culpa dos autoanticorpos

Um novo estudo revela que os autoanticorpos que ocorrem naturalmente no nosso organismo podem aumentar ou dificultar a eficácia da imunoterapia contra o cancro até 10 vezes, oferecendo novas perspetivas sobre porque é que estes tratamentos só funcionam para alguns doentes. Num estudo recente, uma equipa de investigadores da Yale School of Medicine (YSM) mapeou autoanticorpos de 374 doentes com cancro tratados com imunoterapia de checkpoint, bem como 131 indivíduos saudáveis não tratados. Os autores do estudo pretendiam  compreender melhor as respostas variadas dos doentes a um tipo de imunoterapia que contra-bloqueia as “proteínas de checkpoint” que impedem o sistema

Portugal e sete países europeus condenam plano para ocupar cidade de Gaza

Portugal e sete outros países europeus condenaram o plano anunciado por Israel de ocupar a cidade de Gaza, alertando que intensificar a ocupação e a ofensiva militar agravará a crise humanitária e comprometerá ainda mais a vida dos reféns.

Num comunicado conjunto, Espanha, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Noruega, Portugal e Eslovénia rejeitam categoricamente “qualquer mudança demográfica ou territorial no Território Palestiniano Ocupado” e alertam que as ações nesse sentido “constituem uma violação flagrante do direito internacional e do direito internacional humanitário“.

A operação anunciada por Benjamin Netanyahu, que inclui a tomada da cidade de Gaza, só causará, denunciam, “um número inaceitavelmente elevado de vítimas mortais e a deslocação forçada de quase um milhão de civis palestinianos”.

Os países subscritores alertam ainda que intensificar a ofensiva militar israelita e ocupar a cidade de Gaza representa “um enorme obstáculo à aplicação da solução de dois Estados”, que consideram a única via possível para uma paz global, justa e duradoura, que garantirá a estabilidade de toda a região.

E insistem que a Faixa de Gaza deve ser parte integrante do Estado da Palestina, juntamente com a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, sublinham no comunicado assinado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros destes oito países.

Exigem também um acordo imediato de cessar-fogo, o fim das hostilidades, a libertação imediata dos reféns nas mãos do Hamas e “a entrada rápida, sem obstáculos e em grande escala da ajuda humanitária”.

Além disso, insistem que o Hamas “não pode desempenhar qualquer papel no futuro governo nem nos acordos de segurança em Gaza, e deve ser desarmado”.

Diretor de teatro russo Yuri Butusov morre por afogamento aos 63 anos na Bulgária

O russo Yuri Butusov, um dos diretores de teatro mais prestigiados do país, morreu neste domingo, aos 63 anos, por afogamento na Bulgária, informou o site Medusa, citando vários colegas.

Exilado após o início da guerra na Ucrânia, Butusov estava atualmente de férias com a família nas margens do Mar Negro, avançou o atual diretor do Teatro Vakhtangova, Kiril Krok.

Vencedor seis vezes da Máscara de Ouro, recebeu o último prémio em 2021 por um espetáculo baseado numa peça do escritor sueco Henrik Ibsen.

Nascido em Leningrado, trabalhou no Teatro Lensovet de 1996, onde o dirigiu até 2004, e depois de 2011 a 2018, quando então dirigiu o Teatro Vakhtangova.

Ao longo de sua carreira de sucesso, também trabalhou em teatros como o Satirikon — onde estreou peças como Ricardo III e Rei Lear —, Tchekhov e Pushkin, além de encenar peças em países como Dinamarca, Noruega e Coreia do Sul.

Butusov deixou o cargo de diretor do Teatro Vakhtangova em novembro de 2022, enquanto estava em Paris, e depois trabalhou nos países bálticos.

Várias personalidades da cultura russa, entre os quais diretores, escritores, atores, músicos e roteiristas, emigraram após o início da campanha militar russa na Ucrânia.

Benjamin Netanyahu garante que objetivo de Israel “não é ocupar Gaza” mas sim libertá-la

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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, deu este domingo uma conferência de imprensa em Jerusalém na qual revelou os cinco princípios de Israel para acabar com a guerra na Faixa de Gaza. São eles o desarmamento do Hamas, a libertação de todos os reféns israelitas, a desmilitarização de Gaza, o estabelecimento de controlos de segurança israelita e a instauração de uma administração civil pacífica que não passe nem pelo Hamas, nem pela Autoridade Palestiniana.

Para tal, as Forças de Defesa de Israel vão atacar os últimos “redutos” militares do Hamas em Gaza. Uma vez que o Hamas “se recusou a desarmar”, Israel “não tem escolha” a não ser “concluir o trabalho e derrotar” o grupo”, afirmou. “Temos cerca de 70 a 75% de Gaza sob controlo israelita, controlo militar”, revelou, acrescentando que “na última quinta-feira, o gabinete de segurança de Israel, instruiu as Forças de Defesa de Israel a desmantelar os dois redutos restantes do Hamas na cidade de Gaza e nos campos centrais”. “Esta é a melhor maneira de acabar com a guerra e a melhor maneira de acabar com ela rapidamente”, garante.

Ainda durante a conferência de imprensa, Netanyahu afirmou que os habitantes de Gaza estão a “implorar” a Israel para os libertar do Hamas uma vez que “o nosso objetivo não é ocupar Gaza, o nosso objetivo é libertar Gaza”. “A guerra pode terminar amanhã se o Hamas depuser as armas e libertar todos os reféns restantes”, afirmou, acrescentando que Gaza será desmilitarizada e que Israel manterá a “responsabilidade pela segurança”, garantindo que uma “administração civil não israelita” será estabelecida em Gaza. “Esse é o nosso plano para o dia seguinte”. Essa administração civil não será a Autoridade Palestiniana, afirmou.

O primeiro-ministro israelita disse também que o Hamas ainda tem milhares de terroristas armados em Gaza e prometeu repetir a “barbárie do ataque” ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 251 feitas reféns, avançou também o The Guardian. No entanto, recusou adiantar informações sobre o calendário de ação militar sobre Gaza, mas espera que as operações sejam concluídas “razoavelmente rápido”.

Quanto à fome no enclave, Netanyahu afirmou que Israel permitiu a entrada de dois milhões de toneladas de ajuda humanitária ao mesmo tempo que a maioria das organizações humanitárias afirma que a quantidade de ajuda humanitária permitida entrar no enclave está muito abaixo do necessário.

“Se tivéssemos uma política de fome, ninguém em Gaza teria sobrevivido após dois anos de guerra”, garante, citado na Sky News, e que as únicas pessoas que estão a ser “deliberadamente submetidas à fome” são os reféns e não os civis. Defende ainda que existe uma “campanha global de mentiras” contra Israel.

Acusou também o Hamas de ter saqueado os camiões de ajuda humanitária e alegou que os alimentos não recolhidos têm “apodrecido” na fronteira, culpando a ONU por não os distribuir. Criticou ainda os meios de comunicação internacionais por estarem a cobrir a fome em Gaza, acusando-os de publicarem “fotografias falsas de crianças famintas”. Em consequência, revelou estar a analisar a possibilidade de “uma ação judicial do governo contra o jornal New York Times, porque isto é ultrajante”.

Por fim, questionado sobre a possibilidade de deixar a imprensa internacional entrar na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro israelita garante já ter dado ordens às IDF para deixarem “mais jornalistas estrangeiros” entrar no enclave.

“Nós decidimos e eu ordenei e instruí as forças armadas a trazerem jornalistas estrangeiros, mais jornalistas estrangeiros, muitos. Há um problema de garantir a segurança, mas acho que é possível”, disse, sugerindo que os militares acompanhariam os jornalistas.

Reino Unido propõe deportação imediata de estrangeiros condenados por crimes no país

O Governo britânico avançou com uma proposta de alteração legislativa para permitir a deportação imediata, e proibição de regresso ao Reino Unido, de estrangeiros que sejam condenados a penas de prisão por crimes em Inglaterra e no País de Gales.

De acordo com um comunicado do Ministério da Justiça britânico, as medidas afetariam “todos os criminosos estrangeiros já sob custódia policial, bem como os recentemente sentenciados”, com o objetivo de poupar custos e aliviar a pressão sobre o sobrelotado sistema prisional do país. O anúncio surge após uma recente alteração à lei, com entrada em vigor prevista para setembro, que implica que os reclusos podem ser deportados após cumprirem 30% da pena de prisão, em vez dos atuais 50%.

O Governo trabalhista de Keir Starmer necessita agora que o Parlamento britânico dê luz verde à sua nova proposta para reduzir ainda mais esta percentagem para 0%.

No entanto, segundo o The Guardian os crimes de terrorismo, assassinato e os mais graves que tenham levado a prisão indeterminada continuará a cumprir a pena de prisão antes de serem admitido para deportação.

De acordo com os dados fornecidos pelo Governo britânico, os estrangeiros representam cerca de 12% da população prisional total, e as vagas nas prisões custam em média 54.000 libras (quase 62.350 euros) por ano.

A ministra da Justiça britânica, Shabana Mahmood, indicou ainda que o Governo britânico está a tomar “medidas drásticas” para deportar criminosos estrangeiros, tendo sido afastadas quase 5.200 pessoas desde que o Partido Trabalhista assumiu o poder em julho de 2024, um aumento de 14% em relação ao ano anterior.

“A nossa mensagem é clara: se abusar da nossa hospitalidade e violar as nossas leis, expulsá-lo-emos”, disse Shabana Mahmood no comunicado. “Se vier para este país e cometer um crime, não poderá ficar aqui. Enfrentará a deportação o mais rapidamente possível”, escreveu Keir Starmer na sua conta na rede social X.

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