Campeonato decide-se às 18h00 do próximo sábado

A Liga Portugal confirmou, este domingo à noite, as datas e horas da última (e decisiva) jornada do campeonato.

De recordar que há várias questões por responder: quem vai ser campeão (Benfica ou Sporting), quem fica em terceiro (FC Porto ou Braga), quem garante a última vaga europeia (V. Guimarães ou Santa Clara), quem desce (Estrela Amadora, AVS, Farense ou Boavista).

Sexta-feira, 16 de maio

Famalicão – Casa Pia, 19 horas

Rio Ave – Gil Vicente, 19 horas

Sábado, 17 de maio

Sporting – Vitória, 18 horas

SC Braga – Benfica, 18 horas

Estoril – Estrela Amadora, 18 horas

FC Porto – Nacional, 18 horas

Sp Farense – Santa Clara, 18 horas

Arouca – Boavista, 18 horas

AVS – Moreirense, 18 horas

Líderes partidários descrevem ataque a Rui Rocha como “muito grave” e sublinham que “nada justifica” a violência

Um episódio “muito grave”. “Nada o justifica”. “Um desrespeito para quem está a trabalhar em prol da democracia”. Foi deste modo que os líderes partidários, da direita à esquerda, se solidarizaram em plena campanha eleitoral com Rui Rocha, que foi este domingo atingido com pó verde por dois jovens do movimento Fim ao Fóssil durante um comício da Iniciativa Liberal que decorria em Lisboa.

Ativistas climáticos invadem palco da IL e atiram pó verde a Rui Rocha. Partido vai fazer queixa

Luís Montenegro foi o primeiro dos candidatos a primeiro-ministro nas legislativas de maio a reagir ao ataque de que Rui Rocha foi alvo. Na rede social X, o primeiro-ministro e líder da Aliança Democrática condenou o incidente e a forma de protesto encontrada pelos agressores, lembrando como no ano passado também ele foi atingindo durante a campanha com tinta por um jovem da Greve Climática Estudantil.

“Por mais defensáveis que possam ser as causas, o debate justo e aberto nunca pode ser feito com violência ou ataques à integridade de ninguém. Hoje, Rui Rocha, como nós na AD há um ano, foi alvo de um ataque. Nada o justifica. Deixamos toda a nossa solidariedade à Iniciativa Liberal”, escreveu o social-democrata.

O líder do Chega também condenou o episódio, que descreveu como “muito grave” numa curta arruada em Elvas. “É muito grave que os ciganos andem a perseguir a comitiva do Chega, é grave que haja miúdos do clima a atingir outros adversários, é grave porque mostra que não estão acostumados à democracia”, defendeu. “As pessoas têm que compreender que estamos em campanha política, não podemos ter medo, nem ser condicionados a andar na rua, só mostra que isto é gente sem qualquer sentido democrático. Quem ataca adversários, quem os persegue, quem os ameaça, quem lhes atira coisas, está a fazer um péssimo serviço à democracia, seja quem for que seja o alvo”, acrescenta.

André Ventura disse ainda que este tipo de atitude “só mostra que essa malta, sobretudo a malta de esquerda, tem mau sentido democrático e não sabe viver com a democracia”. Recusou que se “relativize ou diminua a gravidade de ataques e ameaças, acrescentando que se deve “evitar que a violência se torne o normal em Portugal” porque “quando um candidato é ameaçado, ofendido, perseguido ou quando é atingido, não devemos fazer disso jogo político, devemos dizer que é condenável.”

O porta-voz do Livre também se mostrou solidário com Rui Rocha. “A democracia é confronto de ideias — apenas ideias. Tudo o que saia destes limites, incluindo a violação de espaço e segurança pessoal, como fizeram com Rui Rocha hoje, não pode fazer parte e deve ser condenado“, escreveu na rede social X. Deixando um abraço ao líder da IL, Rui Tavares desejou uma “campanha segura para todos.”

Já a porta-voz do PAN afirmou que este tipo de ações são prejudiciais. Admitindo que tem muitas divergências políticas e ideológicas com a Iniciativa Liberal e o seu líder, Rui Rocha, que classificou como “negacionistas das alterações climáticas”, mas avisou que “não é atirando tinta a quem está a trabalhar em prol da democracia, que tem uma agenda política diferente da nossa, que estamos a contribuir para que as pessoas fiquem mais esclarecidas da importância de termos governantes alinhados e preocupados com o facto de que se o clima mudou, eles também têm que mudar nas suas políticas.”

Em declarações à Lusa, em Vila Nova de Famalicão, durante uma visita à Festa da Flor, Inês Sousa Real deixou um apelo aos ativistas climáticos: “A razão está do nosso lado, não a percamos”. “Compreendemos que estejam frustrados, compreendemos que estejam zangados com os grandes partidos que preferem dar borlas fiscais a quem mais polui e lucra, como é o caso das isenções sobre os produtos petrolíferos, ao invés de apoiarem, por exemplo, propostas como a do PAN para os passes gratuitos, mas a forma de alertarmos os governantes não é perder a razão, colocando a população do lado de quem é atingido e não do lado de quem atirou a tinta”, disse ainda.

Rui Rocha foi atingido com pó verde por elementos do movimento Fim ao Fóssil durante um comício em Lisboa. O líder da Iniciativa Liberal estava a meio do seu discurso durante quando dois jovens subiram ao palco, um deles com um cartaz em que se lia “para a nossa espécie não ficar extinta, fim ao fóssil 2030”.

Até ao momento, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, e a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, não se pronunciaram sobre o assunto.

Após terem trocado umas palavras, e Rui Rocha ter cumprimentado os dois ativistas, atiraram-lhe o pó para o rosto e fato. Num comunicado enviado às redações, o movimento Fim ao Fóssil refere que os seus elementos, incluindo um menor de 16 anos, questionaram o candidato às legislativas se se comprometia com o fim ao fóssil até 2030. “Ao afirmar que não, os estudantes cobriram Rui Rocha com pó verde de Carnaval”, admitiram. A IL confirmou entretanto que já fez queixa por causa do ataque, acrescentando que, ao contrário de Luís Montenegro, Rui Rocha não vai pedir indemnização pelo fato.

Axadrezados quase descem, dragões quase com terceiro lugar garantido

O FC Porto venceu o Boavista, por 2-1, e deu passo importante para (quase) garantir o terceiro lugar no campeonato. Já os axadrezados necessitam quase de um milagre para garantir a permanência.

Os dragões mereceram a vitória, mesmo sem ter feito grande exibição, e fogem ao Sp. Braga no terceiro lugar da I Liga.

A diferença de golos entre FC Porto e arsenalistas é bastante grande. O Braga tem uma desvantagem de sete para a última jornada.

A equipa de Carvalhal recebe o Benfica e o FC Porto recebe o Nacional no Dragão.

Já o Boavista está obrigado a ganhar em Arouca e esperar que AVS e Farense percam na última jornada.

Rebobinando a partida do Bessa, os azuis e brancos ganharam com golos de Rodrigo Mora (golaço, mais um) e Marcano (após cabeceamento de Nehuen Perez.

Já o Boavista ainda descontou por Reisinho, de grande penalidade.

A jornada 34 do campeonato deve ser marcada para o próximo sábado.

Veja o resumo do jogo:

Marco Matias: «Muita gente colocou-nos fora da corrida mas mostrámos que estamos fortes»

Avançado diz que o Farense ainda está “vivo” na luta pela permanência na Liga Portugal Betclic

Marco Matias, autor do primeiro golo do Farense no Estádio D. Afonso Henriques, considerou que a vitória diante do V. Guimarães (1-2), importante na luta pela permanência, foi “inteiramente justa”.

“O objetivo principal era a vitória. Depois da vitória do Aves não podíamos perder pontos, trabalhamos bastante para conseguir a vitória que é inteiramente justa”, começou por referir o avançado da equipa alargarvia à Sport TV.

E acrescentou: “Todos somos importantes neste grupo. Já disse há muito tempo que ninguém fere este grupo, muita gente colocou-nos fora da corrida mas mostrámos que estamos fortes. Estamos vivos, muito bem vivos e vamos lutar enquanto for possível”.

“É um estádio difícil. Animicamente é uma vitória importante. Vamos trabalhar para conseguir o melhor resultado possível”, finalizou.

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Por Bruno Freitas

China e EUA chegam a acordo para pôr fim a guerra aduaneira

A China e os Estados Unidos acordaram criar um mecanismo de consultas comerciais e económicas para solucionar a guerra tarifária declarada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou este domingo o Governo chinês.

Sem divulgar detalhes sobre os dois dias de negociações em Genebra, na Suíça, o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng indicou que a reunião com a delegação norte-americana foi “sincera, profunda e construtiva”, enquanto o o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, descreveu um “progresso substancial”, com o acordo a ser conhecido esta segunda-feira.

Em declarações separadas, nenhum dos lados mencionou qualquer acordo para cortar as tarifas dos EUA de 145% sobre produtos chineses e as tarifas da China de 125% sobre produtos norte-americanos.

No final, He anunciou num comunicado que “ambas as partes chegaram a um acordo sobre a criação de um mecanismo de consulta económica e comercial entre a China e os Estados Unidos e realização mais consultas sobre questões de interesse mútuo”, segundo a agência oficial de notícias chinesa, Xinhua.

Esta declaração surge depois de a Casa Branca ter anunciado um “acordo” não-especificado durante as conversações.

As perspetivas de grandes avanços nestas conversações envoltas em secretismo pareciam escassas, embora houvesse esperança de que os dois países reduzissem os impostos maciços – tarifas aduaneiras – que aplicaram aos produtos um do outro, uma medida que aliviaria os mercados financeiros mundiais e as empresas de ambos os lados do Oceano Pacífico que dependem do comércio EUA-China.

No mês passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, aumentou os direitos aduaneiros dos Estados Unidos sobre a China para um total de 145%, e a China retaliou, com uma taxa de 125% sobre as importações norte-americanas.

Tarifas tão elevadas equivalem essencialmente ao boicote dos produtos de um país pelo outro, perturbando trocas que, no ano passado, ultrapassaram os 660 mil milhões de dólares (586 mil milhões de euros).

Líder Nápoles empata e fica com um ponto de vantagem face ao Inter

O líder Nápoles empatou este domingo a 2-2 com o Génova, na 36.ª jornada da liga italiana de futebol, e viu o vice Inter Milão, que venceu o Torino (2-0), encurtar a diferença para um ponto, com duas rondas por disputar.

O Nápoles, que vinha de quatro triunfos consecutivos, esteve em vantagem por duas vezes, com golos do belga Romelu Lukaku, aos 15 minutos, e Giacomo Raspadoni, aos 64, mas o Génova, do português Vitinha, nunca entregou o jogo e resgatou um ponto.

O guarda-redes do Nápoles Alex Meret cometeu um autogolo aos 32 minutos, dando na altura o empate a 1-1, e o mexicano Johan Felipe, aos 84, acabou por fazer o empate a 2-2 para o Génova, que deixou o Inter Milão a apenas um ponto do líder.

O Génova ocupa o 13.º lugar, com 40 pontos, enquanto o Nápoles segue na liderança, com 78, tendo visto reduzido de três para um a vantagem sobre o segundo classificado, o Inter Milão, quando faltam disputar seis pontos.

A formação milanesa venceu por 2-0 em casa do Torino, 11.º, com 44 pontos, com golos do polaco Nicola Zalewski, aos 14 minutos, e do albanês Kristjan Asllani, aos 49, de penálti, e continua vivo na corrida ao scudetto.

Verona e Lecce, dos portugueses Danilo Veiga e Tiago Gabriel, empataram a 1-1 e aumentaram as suas séries negras de jogos sem vencer, adiando para as duas últimas jornadas a questão da permanência.

O Verona, que segue no 15.º posto, com 33 pontos, leva sete jogos sem vencer (quatro empates e três derrotas) e o Lecce, 17.º, com 28, que é o primeiro clube acima da linha de permanência, segue com 13 sem triunfos (cinco empates e oito derrotas).

O 20.º e último classificado e já virtualmente despromovido Monza, do português Pedro Pereira, regressou aos triunfos após 13 derrotas e dois empates, ao vencer por 2-1 em casa da Udinese, 12.ª classificada, com 44 pontos.

“É um miúdo que ouve durante a semana. Não é fácil ter aquela idade e fazer o que faz.” Martín Anselmi volta a render-se a Mora

Não está absolutamente definido, mas teria de acontecer uma hecatombe. Para o FC Porto deixar fugir o terceiro lugar do Campeonato na última jornada, terá de perder com o Nacional no Dragão e esperar que o Sp. Braga vença o Benfica na Pedreira por vários golos de diferença — ou seja, mesmo com um jogo por disputar, os dragões já sabem que muito dificilmente irão deixar escapar o pódio. 

Mora, um alívio surreal para a violência dos factos (a crónica do Boavista-FC Porto)

O FC Porto venceu o Boavista no Bessa com um resultado que ficou fechado na primeira parte, com mais um golo extraordinário de Rodrigo Mora e outro de Marcano, e acabou por concluir uma exibição mais sólida do que as recentes. Nehuén Pérez foi expulso por acumulação de cartões amarelos e vai falhar a última jornada do Campeonato, Diogo Costa voltou à titularidade após lesão e Pepê acabou por cair do onze inicial, entrando já durante a segunda parte.

Na sequência de um golo que levou Samu a colocar as mãos na cabeça, totalmente incrédulo com o que o jovem avançado tinha acabado de fazer novamente, Rodrigo Mora foi mais uma vez considerado o melhor jogador em campo e mostrou-se muito satisfeito com a exibição. “São coisas do momento, vi ali que tinha espaço, arrisquei, tive sorte porque bateu na trave e entrou. No último jogo bateu no poste e saiu. O mais importante são os três pontos. Quero agradecer aos adeptos e agradecer aos meus amigos e à minha família, que estiveram aqui e ajudaram”, atirou Mora, que se tornou o mais novo da história do FC Porto a chegar aos nove golos.

Já Martín Anselmi, na flash interview, também se permitiu a elogiar Rodrigo Mora — algo que se tem tornado um hábito. “É um miúdo que ouve durante a semana. Tem muita humildade, não é fácil ter aquela idade e fazer o que faz. E ter a humildade que tem. Todos sabemos como é este meio, tens de estar preparado para a tua vida mudar, para ter toda a gente a dizer que és um ídolo, ter a responsabilidade de comandar uma equipa como o FC Porto, saber que um dia vai à Seleção. Com a idade que tem, tem de saber gerir. E tem humildade para que nada mude de uma semana para a outra. Ouve, corre. Só lhe digo para continuar assim. Se continuar assim, vai cada vez mais longe”, explicou o treinador do FC Porto.

Sobre o jogo em si, Martín Anselmi elogiou o ambiente do Bessa e mostrou-se contente com o resultado, mas criticou a grande penalidade assinalada a favor do Boavista por mão na bola de Nehuén Pérez. “Há muito que não vivia algo assim, com a nossa gente a apoiar, clima de dérbi. Pareceu-me espetacular. Depois de uma primeira parte sem remates, reduzem com um penálti… Entendo que o regulamento diz que é penálti, mas há que ter bom senso. E há que rever o regulamento, estamos a ser prejudicados”, começou por dizer.

“Uma bola que vai para o outro lado e voltou para o nosso… Acabámos por ser prejudicados por uma situação, numa altura em que não tinham remates à nossa baliza. Nas transições não estivemos bem, não conseguimos criar, talvez por ansiedade, mas destaco a entrega e a competitividade. Acho que foi um dos melhores jogos que tive aqui”, acrescentou, deixando a certeza que o FC Porto “quer sempre ganhar” na última jornada, mesmo tendo o terceiro lugar praticamente garantido.

Greve na CP levou à supressão de 97 comboios até às 22 horas

Foram suprimidos 97 comboios este domingo em mais um dia de greve na CP, para uma taxa de supressão que está nos 12,5%.

Segundo números da CP até às 22 horas, a greve dos maquinistas (SMAQ) levou à surpressão de 97 dos 773 comboios programados.

Dos 60 comboios de longo curso programados, 9 foram suprimidos e dos 223 comboios regionais, 35 foram suprimidos.

A taxa de supressão foi menor nos comboios urbanos de Lisboa, onde apenas 8 foram suprimidos entre 304 ligações. Nos urbanos do Porto estavam programados 162 comboios e foram suprimidos 41.

Nos urbanos de Coimbra foram suprimidos quatro comboios em 24 ligações.

A greve, convocada por vários sindicatos, tem serviços mínimos definidos que obrigam a assegurar uma em cada quatro das ligações habituais.

Um dos mamíferos mais raros e ameaçados do mundo é… um unicórnio

Uma nova pesquisa descobriu que as saolas, conhecidas como “unicórnios asiáticos”, têm dois grupos genéticos distintos, o que pode ser útil nos esforços de conservação desta espécie ameaçada. Mais de uma década após o último avistamento confirmado, os cientistas deram um passo significativo para salvar um dos mamíferos mais raros do mundo – o saola, também conhecido como o “unicórnio asiático”. Nativa das florestas remotas do Vietname e do Laos, esta espécie esquiva (Pseudoryx nghetinhensis) não é observada desde que uma armadilha fotográfica captou uma imagem em 2013. No entanto, os investigadores continuam com esperança. Um novo estudo publicado na

Mora, um alívio surreal para a violência dos factos (a crónica do Boavista-FC Porto)

Foi um editorial honesto, mas sincero. Aproveitando o ano completo que cumpriu à frente dos destinos do FC Porto, depois das eleições em que venceu a candidatura de Jorge Nuno Pinto da Costa, André Villas-Boas abordou a primeira temporada como presidente dos dragões e não fugiu às evidências — tudo ficou muito aquém das expectativas, tanto a nível interno como nas competições europeias.

“Os factos são violentos, sobretudo os relacionados com uma época desportiva que ficou aquém das expectativas. A equipa profissional de futebol do Futebol Clube do Porto ocupa presentemente a terceira posição na classificação do Campeonato nacional, encontrando-se afastada de qualquer outra competição desportiva […] Somos o FC Porto. Um clube com valores bem definidos, que se impõe elevados padrões de exigência e apenas ambiciona o sucesso. A marca das nossas gentes e o apego às vitórias são o nosso maior trunfo. Mas quando a derrota teima em aparecer, resistem aqueles que acreditam no trabalho e na competência e que não se esquivam à luta. É neste ponto que nos inserimos, com a responsabilidade de restaurar o sorriso e a alegria de todos os portistas. É o meu maior anseio”, escreveu o presidente do FC Porto.

Ficha de jogo

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Boavista-FC Porto, 1-2

33.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Bessa, no Porto

Árbitro: Cláudio Pereira (AF Aveiro)

Boavista: Tomas Vaclík, Osman Kakay, Rodrigo Abascal, Sidoine Fogning, Filipe Ferreira (Marco van Ginkel, 87′), Sebastián Pérez, Miguel Reisinho, Joel Silva, Salvador Agra (Gboly Ariyibi, 79′), Abdoulay Diaby, Bozeník

Suplentes não utilizados: César, Ibrahima Camará, Vitalii Lystsov, Moussa Koné, Pedro Gomes, Steven Vitória, João Barros

Treinador: Stuart Baxter

FC Porto: Diogo Costa, Zé Pedro, Nehuén Pérez, Marcano, João Mário (Martim Fernandes, 79′), Alan Varela, Stephen Eustáquio (Tomás Pérez, 79′), Fábio Vieira (Danny Namaso, 85′), Francisco Moura, Samu (Otávio, 85′), Rodrigo Mora (Pepê, 67′)

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, André Franco, William Gomes, Deniz Gül

Treinador: Martín Anselmi

Golos: Rodrigo Mora (20′), Marcano (25′), Miguel Reisinho (gp, 34′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Osman Kakay (5′ e 90+5′), a Nehuén Pérez (9′ e 82′), a Miguel Reisinho (90+2′), a Sidoine Fogning (90+4′); cartão vermelho por acumulação a Nehuén Pérez (82′), a Osman Kakay (90+5′)

Era neste contexto, com a noção clara de que os objetivos para as últimas semanas da temporada são muito reduzidos, que o FC Porto visitava o Boavista no dérbi da Invicta. Com Sporting e Benfica a discutirem ainda a conquista do Campeonato, os dragões podiam aproveitar a derrota do Sp. Braga com o Casa Pia para deixar o terceiro lugar e a consequente entrada na Liga Europa praticamente assegurados na antecâmara da última jornada.

Assim, no Bessa, Martín Anselmi tinha Diogo Costa regressado de lesão e Alan Varela regressado de castigo, promovendo a inclusão dos dois no onze inicial e em detrimento de Cláudio Ramos e Pepê, sendo que Fábio Vieira avançava no terreno face aos dois últimos jogos. No Boavista, que entrava em campo no último lugar do Campeonato e a precisar de todos os pontos possíveis para ainda sonhar com a manutenção, Stuart Baxter tinha César como referência ofensiva, apoiado por Bozeník, Salvador Agra e Diaby.

O FC Porto implementou uma intensidade alta logo nos instantes iniciais e poderia ter marcado nos primeiros lances em que se aproximou da baliza do Boavista, com Samu a rematar à malha lateral (2′) e Fábio Vieira a atirar rasteiro para Tomas Vaclík defender (3′). Marcano também teve uma boa oportunidade para abrir o marcador, com um cabeceamento que passou ao lado na sequência de um canto (15′), e os dragões iam dominando o jogo sem que os axadrezados conseguissem contrariar a superioridade.

À passagem dos 20 minutos houve magia no Bessa. Rodrigo Mora recebeu descaído na esquerda, tirou dois adversários da frente com uma simulação e desenhou um remate em arco absolutamente perfeito que só parou no ângulo superior direito da baliza do Boavista (20′). O jovem avançado, que cumpriu 18 anos na semana passada e renovou contrato, chegou aos nove golos na atual temporada e voltou a mostrar que está longe de ser fogo de vista.

Os dragões não demoraram a aumentar a vantagem, com Marcano a ser o último a tocar na bola depois de um desvio pouco ortodoxo de Nehuén Pérez na grande área adversária (25′), mas o Boavista reduziu de grande penalidade, por intermédio de Miguel Reisinho (34′), após Zé Pedro acertar em cheio na mão de Pérez numa tentativa de alívio. A equipa de Stuart Baxter recuperou alguma vida com o golo, subindo as linhas e procurando ainda mais tirar dividendos da profundidade — ainda que pouco êxito, já que foi apanhada em fora de jogo diversas vezes –, e os últimos minutos da primeira parte acabaram por ser muito divididos.

Ao intervalo, o FC Porto estava a vencer o Boavista no Bessa de forma clara e justa, mas precisava de muito mais para manter a serenidade. Os axadrezados venciam a larga maioria dos duelos, conseguiram assentar arraiais no meio-campo contrário depois da grande penalidade convertida e a verdade é que, na sequência do golo de Miguel Reisinho, não mais os dragões voltaram a chegar com perigo à baliza de Tomas Vaclík.

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e Samu ficou muito perto de aumentar a vantagem logo nos primeiros minutos da segunda parte, com um desvio de calcanhar que passou ao lado após lance individual de Eustáquio (47′). O FC Porto estava mais intenso e vivo do que nos últimos minutos do primeiro tempo, mas continuava a pecar na definição e no derradeiro momento antes da finalização.

O jogo foi partindo ligeiramente com o avançar do relógio, abrindo mais espaços e a possibilidade de cada uma das equipas explorar a transição rápida. Samu voltou a aproximar-se do golo com dois remates fortes na área, com Tomas Vaclík a defender nas duas ocasiões (60′ e 65′), e o Boavista ia mantendo as dificuldades em lançar-se em profundidade sem ser apanhado em posição de fora de jogo.

Martín Anselmi mexeu pela primeira vez nesta fase, trocando Rodrigo Mora por Pepê, e o avançado brasileiro entrou bem no jogo, protagonizando desde logo num lance em que rematou para Vaclík encaixar (70′). Miguel Reisinho respondeu do outro lado, com um pontapé de primeira que Diogo Costa parou com uma boa intervenção (71′), e Fábio Vieira também assustou ao atirar ao lado na área (75′) — somavam-se as ocasiões de perigo, nas duas balizas, mas o resultado não mudava.

Já dentro dos últimos dez minutos, Martim Fernandes, Tomás Pérez, Danny Namaso e Otávio ainda entraram em campo, Nehuén Pérez e Kakay foram expulsos por acumulação de cartões amarelos, mas o resultado não foi alterado. O FC Porto venceu o Boavista no Bessa e isolou-se no terceiro lugar do Campeonato com mais três pontos do que o Sp. Braga, deixando a questão do pódio bem encaminhada — e muito graças a Rodrigo Mora, que voltou a ser o grande alívio dos dragões face a violência dos factos que André Villas-Boas sublinhou.

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