Manifestação do 6 de junho de 1975 evocada em Ponta Delgada 50 anos depois

Os 50 anos da manifestação de 6 de junho, que ficou conotada com o independentismo açoriano, vão ser evocados com uma concentração em Ponta Delgada e um jantar na Associação Agrícola, organizados pela recém-criada Associação 6 de Junho.

“O nosso objetivo principal é honrar o passado, o presente e o futuro. Honrar, em primeiro lugar, os presos do 6 junho de 1975 neste ano em que se vão comemorar os 50 anos desta data que foi muito importante para a autonomia dos Açores”, disse à agência Lusa Afonso Quental, da Associação 6 de Junho — Açores Livres.

Para o dia 6 de junho, está marcada para as 17h30 uma concentração junto ao monumento do Emigrante, em Ponta Delgada, que vai percorrer o trajeto da manifestação de 1975.

Pelas 19h00, vai acontecer uma missa na Igreja de São Pedro “por alma” dos “nacionalistas açorianos” já falecidos, seguindo-se um jantar na Associação Agrícola de São Miguel, na Ribeira Grande, local que foi escolhido para lembrar o “impacto” dos agricultores na manifestação de há 50 anos.

“É preciso lembrar que a lavoura teve um grande impacto nesta grande manifestação do 6 junho de 1975. Eu lembro-me. Tinha 19 anos na data. Participei na manifestação. Estava na Escola Industrial de Ponta Delgada e fomos todos para essa grande manifestação”, recordou Afonso Quental.

Em 6 de junho de 1975, em pleno Processo Revolucionário em Curso (PREC), uma manifestação organizada por agricultores juntou cerca de 10 mil pessoas, que saíram à rua em Ponta Delgada com diversas reivindicações junto da República e contra uma eventual tomada do poder no país pelos comunistas.

A manifestação ficou conotada com a independência dos Açores, motivou a demissão do então governador civil, Borges Coutinho, e levou à prisão de várias pessoas sem culpa formada.

Para “manter a data viva”, foi criada em 8 de maio a Associação 6 de Junho — Açores Livres, que junta várias correntes do nacionalismo açoriano, como autonomistas, federalistas ou independentistas, “independentemente das cores políticas de cada um”. “Todos são bem-vindos. O que é preciso é amar os Açores“.

A associação, que pretende evocar a efeméride com vários eventos ao longo do ano, defende que o dia dos Açores deveria ser celebrado em 6 de junho.

“Para nós, tanto autonomistas, como federalistas ou independentistas, defendemos que o dia dos Açores deve ser o 6 de junho. Vamos lutar para isso. É a data maior. Foi aí que os políticos do retângulo [continental português] passaram a olhar para os Açores de outra forma”, defendeu.

Segundo Afonso Quental, a associação pretende criar núcleos em todas as ilhas e na diáspora e realizar parcerias com todos os municípios dos Açores.

A Câmara de Ponta Delgada também vai assinalar o 6 de junho de 1975 com um debate, no qual participarão pessoas que participaram e foram presas na sequência da manifestação, investigadores e figuras políticas de então.

A sessão, que vai juntar Natalino Viveiros, Carlos Amaral, Carlos Melo Bento, Luís Franco e Victor Almeida, está marcada para o Centro Municipal de Cultura, às 16h30.

Em 2022, em declarações à agência Lusa, o professor catedrático e historiador Avelino Menezes considerou a manifestação do 06 de junho como a “causa principal” da institucionalização da autonomia dos Açores, instaurada em 1976.

Em 2015, o historiador e figura histórica do PSD/Açores Reis Leite considerou que aquela manifestação “atingiu os seus fins”, porque promoveu uma “clarificação da situação política” nos Açores, sendo uma data marcante do “calendário autonomista”.

Do ponto vista institucional, em 2014, o então presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, reconheceu o simbolismo do 6 de junho de 1975 no processo autonómico dos Açores.

Para a semana há muito mais dinheiro no Grandioso Jogo da Mala

O Grandioso Jogo da Mala

04 jun, 2025 – 13:02 • Marina Duarte

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Meghan partilha fotografias inéditas da filha no dia em que Lilibet faz quatro anos

Desde 2022 que o público não sabe como é o rosto da pequena Lilibet, a filha mais nova de Harry e Meghan. Esta quarta-feira, 5 de junho, a menina completa quatro anos, e para assinalar a data, a mãe decidiu abrir uma exceção e partilhar fotografias inéditas da criança. Mesmo assim, os fãs da realeza continuam com poucas pistas sobre a aparência.

É que na partilha, a duquesa de Sussex abraça a filha e cobre parte do seu rosto, deixando à mostra apenas os olhos. A fotografia é a preto e branco, mas em partilhas anteriores Meghan já mostrou que Lilibet herdou os cabelos ruivos do pai — assim como Archie, o filho mais velho.

A publicação de aniversário também traz uma fotografia nunca antes vista de Meghan logo depois do parto da segunda filha, a abraçar a bebé recém-nascida. Como de costume, a duquesa partilhou uma mensagem sobre o aniversário da filha e agradeceu aos seguidores. “Feliz aniversário para a nossa menina bonita! Há quatro anos ela chegou às nossas vidas — que a cada dia está mais iluminada e melhor por causa disso. Obrigada a todos os que estão a mandar amor e a celebrar este dia especial“.

Desde quando regressou às redes sociais, em janeiro, que Meghan tem partilhado momentos mais reservados da família, depois de quase quatro anos longe dos holofotes. Os Sussex deixaram a família real britânica em 2020, ainda antes da duquesa ficar grávida de Lilibet, o que permitiu à menina crescer sem nunca participar num evento público da realeza britânica. Mesmo assim, quando a filha fez um ano o casal divulgou um retrato oficial — o único até hoje que mostra o rosto da sétima na linha de sucessão ao trono britânico.

Comissão Europeia dá ‘luz verde’ a que Portugal gaste mais em defesa sem afetar regras défice

A Comissão Europeia autorizou esta quarta-feira Portugal a investir mais em defesa sem correr o risco de ter procedimento por défice excessivo, dando aval à ativação da cláusula de escape nacional ao abrigo das regras orçamentais da União Europeia.

“Durante o período de 2025 a 2028, Portugal está autorizado a divergir e a exceder as taxas máximas de crescimento da despesa líquida […], na medida em que a despesa líquida que exceda essas taxas máximas de crescimento não seja superior ao aumento da despesa com a defesa em percentagem do PIB desde 2021 e desde que o desvio em excesso das taxas máximas de crescimento da despesa líquida não ultrapasse 1,5% do PIB”, indica o executivo comunitário numa recomendação ao Conselho, publicada esta quarta-feira.

A informação é publicada no dia em que a Comissão Europeia divulga o pacote de primavera do Semestre Europeu, o quadro anual da União Europeia (UE) para coordenar a política económica, orçamental, social e de emprego.

E surge depois de, no final de abril, Portugal ter pedido formalmente à Comissão Europeia a ativação da cláusula que permite que parte do investimento em defesa fique isento do cumprimento das regras orçamentais, no âmbito da estratégia comunitária para fortalecer as capacidades militares da UE.

No relatório sobre Portugal, agora divulgado, a instituição recomenda que o país “reforce a despesa global com defesa e a prontidão militar”, devendo para tal “respeitar os limites máximos de crescimento da despesa líquida” e “fazendo uso da margem prevista na cláusula de escape nacional para um aumento da despesa com defesa”.

Outra recomendação diz respeito à adoção de “medidas para garantir a sustentabilidade orçamental do sistema de pensões a médio prazo”.

A Comissão Europeia já avisou que vai monitorizar o desvio do país pelo necessário investimento em defesa, pedindo equilíbrio orçamental.

Em termos gerais na UE, a Comissão Europeia estima que o aumento do nível das despesas com a defesa até 1,5% faça crescer o PIB em cerca de 0,5% até 2028.

“O período em que a cláusula de escape nacional está ativada – 2025-2028 – permite a Portugal reorientar a despesa pública ou aumentar a receita do Estado, de modo a que um aumento duradouro da despesa com defesa não comprometa a sustentabilidade orçamental a médio prazo”, adianta a Comissão Europeia.

Inteligência artificial. Startup chinesa Manus desafia concorrência ao lançar serviço que cria vídeo a partir de texto

A startup de inteligência artificial (IA) Manus lançou uma ferramenta que permite gerar vídeo e animação a partir de texto. Em março, a startup chinesa ganhou destaque ao lançar um agente de IA capaz de assegurar várias etapas de tarefas complexas através de instruções de texto.

Há um novo agente de IA vindo da China. Manus é um segundo “momento DeepSeek” ou um novo “hype” da indústria?

Através da rede social X, a Manus revelou que a integração deste ferramenta de criação de vídeo permite “transformar os prompts [pedidos] em histórias completas — estruturas, com sequência e prontas a visualizar”. “Com um único prompt, a Manus planeia cada cena, concebe os visuais e anima a sua visão”, explica a startup.

Neste anúncio, dá como exemplo um vídeo de um astronauta a caminhar no espaço, com vários tipos de planos, incluindo de detalhe. Numa sequência mais rápida, mostrou também alguns exemplos de pessoas com aspeto realista.

Por agora, esta funcionalidade está disponível em acesso antecipado paras os utilizadores dos planos Basic, Plus e Pro, as subscrições que a companhia lançou no fim de março. A subscrição Basic custa 19 dólares por mês e tem 1.900 créditos, as unidades que são consumidas à medida que são feitos pedidos. Já a Plus dá acesso a 3.900 créditos e custa 39 dólares por mês. O plano Pro custa 199 dólares e garante o acesso a 19.900 créditos.

No anúncio, a empresa diz que pretende disponibilizar a ferramenta de vídeo a todos os utilizadores “em breve”.

A área de geração de vídeo está incluída na zona “criar” do Manus e inscrita como “geração de vídeo cinematográfico”. Se não souber o que criar, o chatbot dá uma sugestão de prompt de exemplo, que é semelhante à cena do astronauta que figura no anúncio. Quando deteta que é uma conta gratuita, como no caso do teste feito pelo Observador, a IA explica a razão para a indisponibilidade e dá alternativas, como “posso criar um storyboard visual com imagens estáticas que representem cada cena do seu conceito”; “posso gerar imagens conceituais de alta qualidade para cada momento-chave do guião” ou ainda “posso criar um documento detalhado com diretrizes técnicas e visuais para a produção do vídeo”.

Manus AI

Com a inclusão desta ferramenta, a Manus passa a competir diretamente com empresas como a OpenAI, que tem o modelo de gerar vídeo a partir de texto Sora, e com a Google, que recentemente lançou o Veo 3, que tem a particularidade de gerar vídeo realista com som. Outras opções são a Synthesia ou a Runaway, também no Ocidente. Já no mercado interno, a China, a Manus compete com as gigantes Alibaba e Tencent, que também tem ferramentas deste tipo.

Noticiários ou cenas de filme com pessoas que não existem. IA da Google dá salto no “realismo” mas ainda pode aprender mais

A Manus ganhou destaque em março, aproveitando o ímpeto de atenção dada à também chinesa DeepSeek. Em janeiro, a empresa gerou um abanão na indústria de IA ao revelar que conseguiu treinar um grande modelo de linguagem (LLM, em inglês) recorrendo a menos chips e a um preço mais baixo do que as concorrentes.

DeepSeek, a startup chinesa que “abana” a indústria da inteligência artificial ao prometer fazer mais com menos

“Temos de falar muito sobre isto” – Ana Bacalhau – Três por Todos

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Bacci disse que o árbitro apitou com a camisola do FC Porto, agora foi suspenso por 20 dias e multado

O treinador Cristiano Bacci foi punido com uma suspensão de 20 dias e uma multa de 3.085 euros pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), numa decisão revelada na terça–feira.

O órgão considerou que o técnico italiano infringiu artigo do Regulamento de Disciplina da Liga Portuguesa de Futebol Profissional referente à “lesão da honra e da reputação e denúncia caluniosa”, na sequência do processo disciplinar que instaurou face às queixas da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) e do FC Porto.

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Treinador do Moreirense nas últimas 11 jornadas da edição 2024/25 da I Liga portuguesa de futebol, Bacci proferiu declarações sobre a arbitragem do jogo com o FC Porto (derrota por 3-1), da 32.ª jornada, realizado em 2 de maio, no Estádio do Dragão.

Em 10 de maio, durante a conferência de imprensa de projeção ao Moreirense-Estoril Praia (2-2), da 33.ª ronda, o transalpino, de 49 anos, disse que o árbitro Gustavo Correia, da Associação de Futebol do Porto, atuou com “a camisola do FC Porto” no reduto ‘azul e branco’.

Roland Garros: Coco Gauff pela terceira vez nas meias-finais

Tenista norte-americana vai agora defrontar a russa Mirra Andreeva, 6.ª do ranking WTA

Coco Gauff qualificou-se esta quarta-feira pela terceira vez para as meias-finais de Roland Garros, depois de vencer a compatriota Madison Keys, campeã do Open da Austrália.

Gauff, número dois mundial, venceu Keys, oitava e que conquistou o Open da Austrália no início do ano, por 6-7 (8), 6-4 e 6-1, em duas horas e 11 minutos, chegando pela terceira vez na carreira às meias-finais do major parisiense, na qual foi finalista em 2022.

Na meia-final, a norte-americana vai defrontar a russa Mirra Andreeva, sexta da hierarquia mundial, ou a francesa Lois Boisson, 361.ª e que recebeu um convite da organização.

Por Lusa

Cientistas recriam corante azul egípcio com 5 mil anos

Uma equipa de investigadores conseguiu recriar o pigmento sintético mais antigo do mundo, denominado azul egípcio, que foi bastante utilizado no antigo Egito há cerca de 5.000 anos. Num novo estudo, investigadores da Universidade de Washington (WSU), do  Museu Carnegie de História Natural e do Museu Smithsonian tentaram recriar o conhecido “azul egípcio”, pigmento cuja receita se perdeu com o tempo. No decorrer do estudo, cujos resultados foram publicados na revista NPJ Heritage Science, os investigadores utilizaram uma variedade de matérias-primas e tempos de aquecimento para desenvolver 12 possíveis receitas para o pigmento. “Esperamos que este seja um bom caso

Líder do Irão critica proposta dos EUA mas não rejeita ideia de acordo sobre nuclear

Acompanhe o nosso liveblog sobre a guerra israelo-palestiniana

O líder supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, criticou esta quarta-feira a proposta inicial dos Estados Unidos nas negociações sobre o programa nuclear iraniano, embora tenha evitado rejeitar por completo a ideia de um pacto com Washington.

A proposta apresentada pelos Estados Unidos é “100% contrária à ideia do nosso slogan: “nós podemos” “, afirmou Khamenei, que utilizou uma frase de propaganda do Governo iraniano.

O líder iraniano insistiu também que Teerão precisa de manter a sua capacidade de enriquecimento de urânio.

“Se tivéssemos 100 centrais nucleares sem enriquecimento, não nos seriam úteis. Se não tivermos enriquecimento, então teríamos de estender a mão (implorar) aos Estados Unidos”, afirmou Khamenei.

No sábado, o Irão alegou ter recebido elementos sobre uma proposta dos Estados Unidos para um possível acordo nuclear. Os detalhes da proposta norte-americana permanecem pouco claros, após cinco rondas de negociações entre o Irão e os EUA.

Os Estados Unidos opõem-se a qualquer enriquecimento de urânio por parte do Irão, enquanto o Irão considera esta exigência uma “linha vermelha”, de acordo com o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), do qual é signatário.

Os norte-americanos não têm qualquer palavra a dizer sobre o enriquecimento de urânio, acrescentou Ali Khamenei.

O enriquecimento de urânio continua a ser um dos principais pontos de discórdia entre Washington e Teerão. Os países ocidentais e Israel acreditam que o Irão está a tentar a construir uma bomba atómica, suspeita que os iranianos negam.

Entretanto, Teerão insiste no seu direito de prosseguir um programa nuclear para fins civis, particularmente para o setor energético.

A França, o Reino Unido e a Alemanha, juntamente com a Rússia e a China, eram membros de um acordo para regular o programa nuclear iraniano, que foi concluído em 2015.

Entretanto, os Estados Unidos retiraram-se unilateralmente do mesmo três anos depois, durante o primeiro mandato do Presidente Donald Trump, o que também levou o Irão a abandonar várias medidas estipuladas no pacto, nomeadamente sobre o enriquecimento de urânio.

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