“É um miúdo que ouve durante a semana. Não é fácil ter aquela idade e fazer o que faz.” Martín Anselmi volta a render-se a Mora

Não está absolutamente definido, mas teria de acontecer uma hecatombe. Para o FC Porto deixar fugir o terceiro lugar do Campeonato na última jornada, terá de perder com o Nacional no Dragão e esperar que o Sp. Braga vença o Benfica na Pedreira por vários golos de diferença — ou seja, mesmo com um jogo por disputar, os dragões já sabem que muito dificilmente irão deixar escapar o pódio. 

Mora, um alívio surreal para a violência dos factos (a crónica do Boavista-FC Porto)

O FC Porto venceu o Boavista no Bessa com um resultado que ficou fechado na primeira parte, com mais um golo extraordinário de Rodrigo Mora e outro de Marcano, e acabou por concluir uma exibição mais sólida do que as recentes. Nehuén Pérez foi expulso por acumulação de cartões amarelos e vai falhar a última jornada do Campeonato, Diogo Costa voltou à titularidade após lesão e Pepê acabou por cair do onze inicial, entrando já durante a segunda parte.

Na sequência de um golo que levou Samu a colocar as mãos na cabeça, totalmente incrédulo com o que o jovem avançado tinha acabado de fazer novamente, Rodrigo Mora foi mais uma vez considerado o melhor jogador em campo e mostrou-se muito satisfeito com a exibição. “São coisas do momento, vi ali que tinha espaço, arrisquei, tive sorte porque bateu na trave e entrou. No último jogo bateu no poste e saiu. O mais importante são os três pontos. Quero agradecer aos adeptos e agradecer aos meus amigos e à minha família, que estiveram aqui e ajudaram”, atirou Mora, que se tornou o mais novo da história do FC Porto a chegar aos nove golos.

Já Martín Anselmi, na flash interview, também se permitiu a elogiar Rodrigo Mora — algo que se tem tornado um hábito. “É um miúdo que ouve durante a semana. Tem muita humildade, não é fácil ter aquela idade e fazer o que faz. E ter a humildade que tem. Todos sabemos como é este meio, tens de estar preparado para a tua vida mudar, para ter toda a gente a dizer que és um ídolo, ter a responsabilidade de comandar uma equipa como o FC Porto, saber que um dia vai à Seleção. Com a idade que tem, tem de saber gerir. E tem humildade para que nada mude de uma semana para a outra. Ouve, corre. Só lhe digo para continuar assim. Se continuar assim, vai cada vez mais longe”, explicou o treinador do FC Porto.

Sobre o jogo em si, Martín Anselmi elogiou o ambiente do Bessa e mostrou-se contente com o resultado, mas criticou a grande penalidade assinalada a favor do Boavista por mão na bola de Nehuén Pérez. “Há muito que não vivia algo assim, com a nossa gente a apoiar, clima de dérbi. Pareceu-me espetacular. Depois de uma primeira parte sem remates, reduzem com um penálti… Entendo que o regulamento diz que é penálti, mas há que ter bom senso. E há que rever o regulamento, estamos a ser prejudicados”, começou por dizer.

“Uma bola que vai para o outro lado e voltou para o nosso… Acabámos por ser prejudicados por uma situação, numa altura em que não tinham remates à nossa baliza. Nas transições não estivemos bem, não conseguimos criar, talvez por ansiedade, mas destaco a entrega e a competitividade. Acho que foi um dos melhores jogos que tive aqui”, acrescentou, deixando a certeza que o FC Porto “quer sempre ganhar” na última jornada, mesmo tendo o terceiro lugar praticamente garantido.

Greve na CP levou à supressão de 97 comboios até às 22 horas

Foram suprimidos 97 comboios este domingo em mais um dia de greve na CP, para uma taxa de supressão que está nos 12,5%.

Segundo números da CP até às 22 horas, a greve dos maquinistas (SMAQ) levou à surpressão de 97 dos 773 comboios programados.

Dos 60 comboios de longo curso programados, 9 foram suprimidos e dos 223 comboios regionais, 35 foram suprimidos.

A taxa de supressão foi menor nos comboios urbanos de Lisboa, onde apenas 8 foram suprimidos entre 304 ligações. Nos urbanos do Porto estavam programados 162 comboios e foram suprimidos 41.

Nos urbanos de Coimbra foram suprimidos quatro comboios em 24 ligações.

A greve, convocada por vários sindicatos, tem serviços mínimos definidos que obrigam a assegurar uma em cada quatro das ligações habituais.

Um dos mamíferos mais raros e ameaçados do mundo é… um unicórnio

Uma nova pesquisa descobriu que as saolas, conhecidas como “unicórnios asiáticos”, têm dois grupos genéticos distintos, o que pode ser útil nos esforços de conservação desta espécie ameaçada. Mais de uma década após o último avistamento confirmado, os cientistas deram um passo significativo para salvar um dos mamíferos mais raros do mundo – o saola, também conhecido como o “unicórnio asiático”. Nativa das florestas remotas do Vietname e do Laos, esta espécie esquiva (Pseudoryx nghetinhensis) não é observada desde que uma armadilha fotográfica captou uma imagem em 2013. No entanto, os investigadores continuam com esperança. Um novo estudo publicado na

Mora, um alívio surreal para a violência dos factos (a crónica do Boavista-FC Porto)

Foi um editorial honesto, mas sincero. Aproveitando o ano completo que cumpriu à frente dos destinos do FC Porto, depois das eleições em que venceu a candidatura de Jorge Nuno Pinto da Costa, André Villas-Boas abordou a primeira temporada como presidente dos dragões e não fugiu às evidências — tudo ficou muito aquém das expectativas, tanto a nível interno como nas competições europeias.

“Os factos são violentos, sobretudo os relacionados com uma época desportiva que ficou aquém das expectativas. A equipa profissional de futebol do Futebol Clube do Porto ocupa presentemente a terceira posição na classificação do Campeonato nacional, encontrando-se afastada de qualquer outra competição desportiva […] Somos o FC Porto. Um clube com valores bem definidos, que se impõe elevados padrões de exigência e apenas ambiciona o sucesso. A marca das nossas gentes e o apego às vitórias são o nosso maior trunfo. Mas quando a derrota teima em aparecer, resistem aqueles que acreditam no trabalho e na competência e que não se esquivam à luta. É neste ponto que nos inserimos, com a responsabilidade de restaurar o sorriso e a alegria de todos os portistas. É o meu maior anseio”, escreveu o presidente do FC Porto.

Ficha de jogo

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Boavista-FC Porto, 1-2

33.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Bessa, no Porto

Árbitro: Cláudio Pereira (AF Aveiro)

Boavista: Tomas Vaclík, Osman Kakay, Rodrigo Abascal, Sidoine Fogning, Filipe Ferreira (Marco van Ginkel, 87′), Sebastián Pérez, Miguel Reisinho, Joel Silva, Salvador Agra (Gboly Ariyibi, 79′), Abdoulay Diaby, Bozeník

Suplentes não utilizados: César, Ibrahima Camará, Vitalii Lystsov, Moussa Koné, Pedro Gomes, Steven Vitória, João Barros

Treinador: Stuart Baxter

FC Porto: Diogo Costa, Zé Pedro, Nehuén Pérez, Marcano, João Mário (Martim Fernandes, 79′), Alan Varela, Stephen Eustáquio (Tomás Pérez, 79′), Fábio Vieira (Danny Namaso, 85′), Francisco Moura, Samu (Otávio, 85′), Rodrigo Mora (Pepê, 67′)

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, André Franco, William Gomes, Deniz Gül

Treinador: Martín Anselmi

Golos: Rodrigo Mora (20′), Marcano (25′), Miguel Reisinho (gp, 34′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Osman Kakay (5′ e 90+5′), a Nehuén Pérez (9′ e 82′), a Miguel Reisinho (90+2′), a Sidoine Fogning (90+4′); cartão vermelho por acumulação a Nehuén Pérez (82′), a Osman Kakay (90+5′)

Era neste contexto, com a noção clara de que os objetivos para as últimas semanas da temporada são muito reduzidos, que o FC Porto visitava o Boavista no dérbi da Invicta. Com Sporting e Benfica a discutirem ainda a conquista do Campeonato, os dragões podiam aproveitar a derrota do Sp. Braga com o Casa Pia para deixar o terceiro lugar e a consequente entrada na Liga Europa praticamente assegurados na antecâmara da última jornada.

Assim, no Bessa, Martín Anselmi tinha Diogo Costa regressado de lesão e Alan Varela regressado de castigo, promovendo a inclusão dos dois no onze inicial e em detrimento de Cláudio Ramos e Pepê, sendo que Fábio Vieira avançava no terreno face aos dois últimos jogos. No Boavista, que entrava em campo no último lugar do Campeonato e a precisar de todos os pontos possíveis para ainda sonhar com a manutenção, Stuart Baxter tinha César como referência ofensiva, apoiado por Bozeník, Salvador Agra e Diaby.

O FC Porto implementou uma intensidade alta logo nos instantes iniciais e poderia ter marcado nos primeiros lances em que se aproximou da baliza do Boavista, com Samu a rematar à malha lateral (2′) e Fábio Vieira a atirar rasteiro para Tomas Vaclík defender (3′). Marcano também teve uma boa oportunidade para abrir o marcador, com um cabeceamento que passou ao lado na sequência de um canto (15′), e os dragões iam dominando o jogo sem que os axadrezados conseguissem contrariar a superioridade.

À passagem dos 20 minutos houve magia no Bessa. Rodrigo Mora recebeu descaído na esquerda, tirou dois adversários da frente com uma simulação e desenhou um remate em arco absolutamente perfeito que só parou no ângulo superior direito da baliza do Boavista (20′). O jovem avançado, que cumpriu 18 anos na semana passada e renovou contrato, chegou aos nove golos na atual temporada e voltou a mostrar que está longe de ser fogo de vista.

Os dragões não demoraram a aumentar a vantagem, com Marcano a ser o último a tocar na bola depois de um desvio pouco ortodoxo de Nehuén Pérez na grande área adversária (25′), mas o Boavista reduziu de grande penalidade, por intermédio de Miguel Reisinho (34′), após Zé Pedro acertar em cheio na mão de Pérez numa tentativa de alívio. A equipa de Stuart Baxter recuperou alguma vida com o golo, subindo as linhas e procurando ainda mais tirar dividendos da profundidade — ainda que pouco êxito, já que foi apanhada em fora de jogo diversas vezes –, e os últimos minutos da primeira parte acabaram por ser muito divididos.

Ao intervalo, o FC Porto estava a vencer o Boavista no Bessa de forma clara e justa, mas precisava de muito mais para manter a serenidade. Os axadrezados venciam a larga maioria dos duelos, conseguiram assentar arraiais no meio-campo contrário depois da grande penalidade convertida e a verdade é que, na sequência do golo de Miguel Reisinho, não mais os dragões voltaram a chegar com perigo à baliza de Tomas Vaclík.

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e Samu ficou muito perto de aumentar a vantagem logo nos primeiros minutos da segunda parte, com um desvio de calcanhar que passou ao lado após lance individual de Eustáquio (47′). O FC Porto estava mais intenso e vivo do que nos últimos minutos do primeiro tempo, mas continuava a pecar na definição e no derradeiro momento antes da finalização.

O jogo foi partindo ligeiramente com o avançar do relógio, abrindo mais espaços e a possibilidade de cada uma das equipas explorar a transição rápida. Samu voltou a aproximar-se do golo com dois remates fortes na área, com Tomas Vaclík a defender nas duas ocasiões (60′ e 65′), e o Boavista ia mantendo as dificuldades em lançar-se em profundidade sem ser apanhado em posição de fora de jogo.

Martín Anselmi mexeu pela primeira vez nesta fase, trocando Rodrigo Mora por Pepê, e o avançado brasileiro entrou bem no jogo, protagonizando desde logo num lance em que rematou para Vaclík encaixar (70′). Miguel Reisinho respondeu do outro lado, com um pontapé de primeira que Diogo Costa parou com uma boa intervenção (71′), e Fábio Vieira também assustou ao atirar ao lado na área (75′) — somavam-se as ocasiões de perigo, nas duas balizas, mas o resultado não mudava.

Já dentro dos últimos dez minutos, Martim Fernandes, Tomás Pérez, Danny Namaso e Otávio ainda entraram em campo, Nehuén Pérez e Kakay foram expulsos por acumulação de cartões amarelos, mas o resultado não foi alterado. O FC Porto venceu o Boavista no Bessa e isolou-se no terceiro lugar do Campeonato com mais três pontos do que o Sp. Braga, deixando a questão do pódio bem encaminhada — e muito graças a Rodrigo Mora, que voltou a ser o grande alívio dos dragões face a violência dos factos que André Villas-Boas sublinhou.

Para Rui Tavares, a dupla boa está à esquerda e a economia que o diga

No arranque da última semana de campanha eleitoral, Rui Tavares aposta cada vez mais nas críticas “soundbite” para tentar mostrar a viabilidade de ter uma alternativa à esquerda, após as legislativas. Este domingo, o pretexto foi o namoro na campanha ao lado. Depois de Luís Montenegro ter dito que faria uma boa dupla com Rui Rocha a jogar voleibol, Tavares entrou no jogo com um pedido aos portugueses.

Preferem a dupla do chico-esperto e do acelera? (…) Bem, do outro lado, a outra opção que os portugueses têm é uma dupla de progresso e de ecologia”, questionou, numa alusão clara à aliança com o PS, que o porta-voz do Livre tantas vezes tem apelado.

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Para Tavares, a possível aliança entre a AD e a IL tem arrufo prometido, porque nem Rui Rocha tolera “os defeitos de Montenegro”, nem os sociais-democratas veem com bons olhos o “radicalismo da IL”. Coisa diferente vai acontecer com um entendimento à esquerda, garante o Livre.

[Serei] exigente naquilo em que o PS tem de grandes defeitos e nós sabemos que tem. Quando for preciso picar os miolos ao PS para que ele se mantenha no bom caminho, o Livre não evitará fazê-lo e não ficará com uma conversinha”, assegurou, esclarecendo que não vergará em matérias como a habitação, educação, SNS, ética e também no apoio à Ucrânia e à Palestina.

O círculo de compensação eleitoral e a alternativa ao bloco central. Tavares encosta PS à parede

Nesta luta pelo namoro mais forte (e na qual Rui Tavares parece mais empenhado do que Pedro Nuno), o líder do Livre subiu hoje o escalão das críticas e apontou forte a uma das maiores bandeiras dos partidos à direita – a economia.

Perante a queda de 0,5% no primeiro trimestre deste ano, em comparação aos últimos três meses do ano passado, Rui Tavares pega no slogan da Iniciativa Liberal (“acelerar Portugal”) para adaptar a velha máxima de “a pressa é inimiga da perfeição”.

“Há quem vá para a estrada com uma teoria da condução que é acelerar em quaisquer condições de estrada. Ou há quem sabe que, antes da curva, é preciso travar, que, quando o tempo está ma, é preciso guiar com mais cuidado. Esta coisa do acelera em todas as circunstâncias nem sempre corre bem”, alertou, recordando que é provável que “surja aí uma crise provocada por Donald Trump”.

O farol “muito fraco, até na sua bússola moral”

Além das questões económicas, Rui Tavares viu nas declarações de Luís Montenegro este sábado – onde disse que se sentia “o farol do país” – uma oportunidade para aprofundar as críticas que lhe tem feito por ter “rebaixado a fasquia da ética na política em Portugal”.

Muito fraco farol foi o Luís Montenegro. Basicamente, deixa-se a ele próprio completamente desorientado na sua bússola moral e deixa o país mais confuso. Neste século XXI, Portugal devia ter muito claro que, quando um chefe de executivo é chefe de executivo, trabalha para os portugueses, não trabalha para mais ninguém”, criticou na manhã de domingo em Cascais, frisando que “com um voto em Montenegro, este tipo de comportamentos fica justificado”.

E se as reprimendas a Montenegro parecem, nas entrelinhas, dirigir-se à sua postura democrática, o mesmo acontece com a Iniciativa Liberal.

Tavares vira-se novamente para o projeto de revisão constitucional – desta vez, nem tanto para a substância, mas mais para a postura do partido perante as críticas. “Acho que tem havido, nos últimos dias, por parte de João Coutinho de Figueiredo, uma espécie de medo de que as ideias da IL sejam discutidas”, assinalou, na ação de campanha de rua à tarde, no Parque das Nações, em Lisboa.

Este é um comportamento no qual o Livre não encaixa e que, parece Rui Tavares sugerir, os eleitores acabam por premiar.

“A mensagem tem passado claramente e entramos, nesta segunda semana de campanha, à distância de uma bola no poste para podermos fazer uma diferença (…). Até ao último minuto, as coisas contam e que não está tudo decidido na jornada de atrás, e que só se vai decidir tudo mesmo na jornada do fim. Entendedores entenderão”, afirmou, recordando o derby e utilizando mais um trocadilho, que aparenta o esforço do líder do Livre em profissionalizar a campanha eleitoral.

Luís Querido a viver um “sonho” : «Em criança jogava hóquei sozinho no quarto e dizia que ganhava a Liga dos Campeões»

Autor do penálti decisivo que valeu a conquista da Liga dos Campeões ao OC Barcelos, Luís Querido não escondeu a felicidade e admitiu estar a viver um sonho. “É um sentimento para o qual não há palavras. Em criança jogava hóquei sozinho no quarto e dizia que ganhava a Liga dos Campeões e agora acabei de a ganhar. É o atingir de um sonho. Não vou falar de justiça ou injustiça, porque quem ganha o título, isso nem se coloca em causa. É um sentimento inexplicável.”

Jogar no quarto

Tinha a sorte de ter um quarto grandinho, abria a porta do armário e se a bola ficasse lá dentro era golo, se saísse o guarda-redes tinha defendido. Jogava com um stick, que os meus pais deixavam-me jogar em casa, mas não com uma bola a sério.

Imaginava este momento nessa altura?

Cresci e tive a sorte de ver o OC Barcelos atingir patamares muito altos a nível mundial. Vi o meu pai perder a Champions pelo OC Barcelos, portanto é normal que sonhasse um dia chegar a esse patamar. Chegou a minha hora e estou extremamente feliz pelo que consegui para o OC Barcelos, para a minha carreira e do que conseguimos para Barcelos, porque é o marco mais alto dos últimos anos.

Sentimento após o penálti marcado, depois da tristeza na Taça de Portugal do ano passado

Acho que para podermos chegar aqui, para termos novas oportunidades é preciso trabalhar muito. Disse, já este ano, que o mister [Rui Neto] ia arranjar antídotos para nós não desligarmos ali, continuarmos a trabalhar, porque as conquistas este ano não iam ser só a Supertaça. Acabamos de ser campeões da Europa.

Que vais fazer ao teu cabelo após esta conquista?

Quando ganhei a Supertaça pintei-o e agora vou rapá-lo, mas não sou só ele. Quase toda a equipa vai fazê-lo, só os que estão sujeitos a ficar carecas é que não se compremeteram.

Pai a assistir nas bancadas

Não o vi antes, nem durante o jogo, só agora nos festejos. O nome Querido está associado ao OC Barcelos e a títulos no OC Barcelos. O meu pai ganhou alguns deles. Ele acompanha os meus triunfos e esforçou-me para eu atingir este patamar, por isso, estou muito orgulhoso por o ter ao meu lado num dia tão importante para mim.

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Dedicatória

Dedico a toda a minha família. Tenho uma família muito unida. Como filho nunca me faltou nada, como homem, desde que casei, também nunca me faltou nada. Por isso dedico à minha família, aos meus pais, aos meus filhos, às minhas irmãs. Não só a eles, mas são inevitavelmente as primeiras pessoas que me vêm à cabeça após ser campeão europeu.

O que lhe passou pela cabeça quando levantou a Taça?

Imaginei muitas vezes este momento, mas nunca é como imaginámos, porque o entusiasmo, a emoção e o sentimento vêm ao de cima. Ia a pensar nas vezes que imaginei isso e correu lindamente. A festa será longa hoje, isso é garantida.

Suplente dos suplentes aos 14 anos

Tive de trabalhar muito e dedicar-me muito para atingir este patamar. Estive perto de deixar o Hóquei, porque não era opção aos 14 anos, mas depois as coisas mudaram de um momento para o outro. O meu pai nunca permitiu isso e hoje sou campeão da Europa. Dava um documentário na Netflix.

Que dirias ao menino atrás da rede quando o teu pai ganhou a Champions?

Agora é a tua vez. Hoje foi o meu pai que veio atrás de mim e me abraçou após uma conquista tão importante como esta.

Boavista 🆚 Porto | Golaço de Mora e dragão com pódio quase garantido

Boavista 🆚 Porto | Golaço de Mora e dragão com pódio quase garantido

O  Porto foi ao Estádio do Bessa somar um suado triunfo por 2-1 sobre o vizinho Boavista. Cientes de que uma vitória praticamente garantia o terceiro lugar, os “dragões” entraram a dominar e abriram o activo num golaço (mais um) de Rodrigo Mora. O segundo não tardou, por Marcano, na sequência de um canto, e tudo parecia tranquilo para a turma de Anselmi. Só que um penálti caricato, por uma insólita mão na bola de Nehuén Pérez, permitiu ao Boavista reentrar no jogo.

Mais sombre Boavista 🆚 Porto | Golaço de Mora e dragão com pódio quase garantido às GoalPoint.

Benfica é bicampeão da Liga Betclic feminina com muito sofrimento

Águias derrotam Esgueira também no segundo jogo do playoff final após prolongamento

O Benfica sagrou-se este domingo bicampeão da Liga Betclic feminina, ao bater, de novo o Esgueira, agora, na Luz, por 78-75, após prolongamento e depois de a equipa de Aveiro ter empatado no tempo regulamentar com um triplo nos últimos segundos.

Numa final à melhor de três jogos, as águias resolveram em apenas dois encontros, depois de ter ganho o primeiro, fora, por 80-73.

Além do bicampeonato, o Benfica aumenta para quatro os títulos, depois dos conquistados em 2020/21 e 2021/22.

Por Record

Spinumviva volta à campanha do PS. Vieira da Silva acusa Montenegro de estar “sempre a enganar”

O caso Spinumviva reentrou em força na campanha do PS pela mão do ex-ministro do Trabalho José Vieira da Silva. “Pode um primeiro-ministro em exercício acumular com essa função uma espécie de empresa familiar que funciona na sua casa e que mantém? Pode?”.

À pergunta do dirigente socialista, a plateia presente no Theatro Circo, em Braga, onde decorreu o comício do PS deste domingo à noite, teve resposta imediata: “Não”. A pergunta, segundo Vieira da Silva “tem de ser feita e incomoda muita gente. Não pode haver este conflito”.

Pedro Nuno Santos deixa agora para os pesos pesados do PS os ataques a Luís Montenegro, para se centrar na apresentação das propostas do partido. E Vieira da Silva meteu energia total no discurso e foi interagindo com a plateia.

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“Não pode haver alguém que tenha cometido essa ilegalidade e imoralidade que nunca tenha tido a coragem de falar a verdade”, disse ainda o ex-ministro de António Costa para concluir: “Sempre a enganar, sempre a fugir até ao quarto para a meia-noite de qualquer dia”.

Ao PSD, Vieira da Silva deixou ainda um desafio: “Pode o PPD aceitar essa realidade?”. E mais uma vez à pergunta, a plateia respondeu: “Não”. “Muitos não aceitam, mas têm mais dificuldade em reconhecer”, continuou o ministro, “esta é uma verdade que pode doer, mas é necessária”.

O dirigente socialista gastou boa parte do discurso no caso Spinumviva e ainda perguntou: “Não é importante saber que o primeiro-ministro tem uma empresa em casa?”.

Assis coloca Pedro Nuno e o PS na esquerda moderada contra a “grande ameaça extremista” de direita

Carneiro também atira a Montenegro: “Não está preparado para a função que está a exercer”

Já depois de Vieira da Silva, foi a vez de José Luís Carneiro atirar a Montenegro à conta do caso da empresa familiar de Luís Montenegro. O dirigente socialista e cabeça de lista do PS por Braga às eleições de 18 de maio foi taxativo.

“Quando o primeiro-ministro não sabe que não pode receber dividendos diretos ou indiretos em funções executivas é porque não está preparado para a função que está a exercer”, disse Carneiro no Theatro Circo.

“Já vimos práticas despudoradas de quem não olha a meios para ganhar eleições”, acusou ainda o dirigente socialista, sempre atirando ao primeiro-ministro. “Cumprir a lei não é um capricho porque ela é o fundamento da igualdade de todos os cidadãos numa República qualificada”.

E nem as obras na casa de Luís Montenegro escaparam às críticas. “Quando se fazem obras em casa tem de se comunicar à câmara municipal. Como é que um primeiro-ministro formado em direito não sabe que tem de comunicar à câmara municipal que tem de realizar obras?”, questionou o antigo autarca de Baião.

Pedro Nuno Santos ignora Spinumviva e atira à “coligação radical” AD/IL

Falando logo a seguir ao seu “querido camarada, companheiro e amigo”, referindo-se a José Luís Carneiro, que lhe disputou a liderança em 2024, Pedro Nuno Santos ignorou olimpicamente o caso Spinumviva e deixou de lado as acusações a Montenegro de falta de ética e de seriedade que marcaram os primeiros dias de campanha.

O líder do PS preferiu atirar ao que considera ser a “coligação radical” entre a AD e a Iniciativa Liberal, precisamente no dia em que os liberais anunciaram que o PSD os contactou para uma aliança eleitoral.

“Vivemos num mundo de grande incerteza”, disse, de novo, Pedro Nuno Santos, questionando: “Perante o quadro de incerteza, quem é que os portugueses querem a liderar o leme de um governo num contexto de incerteza?”. A plateia que enchia o Thetro Circo respondeu com “PS”.

Pedro Nuno diz que falta realismo a Montenegro e pede voto de quem não quer AD a governar

Os discursos de Pedro Nuno Santos não diferem agora muito uns dos outros. “A AD nunca foi boa a gerir crises. E sabemos quem pagou com a AD a liderar: o povo e os trabalhadores”.

A única altura em que falou diretamente de Luís Montenegro foi para puxar a fita do tempo atrás e falar do tempo da troika e da gestão da crise pela AD. “Sabem quem era o líder parlamentar que apoiou esses cortes? Era Luís Montenegro”, acusando ainda: “Tiveram sempre prazer em ir para além da troika. Só não conseguiram por causa do Tribunal Constitucional e da nossa vitória em 2015”, disse, esquecendo que o PS, de facto, perdeu essas eleições.

A nova máxima de Pedro Nuno Santos é a de que o PS é “um porto seguro, um esteio de estabilidade”, ao contrário da AD que diz não estar a “transformar o país, mas a travar o país”.

Farense “arranca” triunfo em Guimarães e mantém-se na luta pela permanência

O Farense manteve-se este domingo na luta pela permanência na I Liga portuguesa de futebol, ao vencer por 2-1 na visita ao Vitória de Guimarães, em jogo da 33.ª e penúltima jornada da prova.

No estádio D. Afonso Henriques, um golo de Dário Poveda já nos descontos (90+2 minutos) garantiu o triunfo dos algarvios, que inauguraram o marcador aos seis minutos, com um tento de Marco Matias aos seis minutos, e viram a equipa da casa empatar aos 47, por intermédio de Gustavo Silva.

A formação algarvia, que viu Ronny Lopes falhar uma grande penalidade aos 81 minutos, segue no 17.º lugar, com 27 pontos, em igualdade pontual com o AVS, 16.º, e mais três do que o Boavista, último, que hoje recebe o FC Porto.

O Vitória de Guimarães, que na próxima jornada visita o líder Sporting, segue no quinto posto, que dá acesso à Liga Conferência, com 54 pontos, os mesmos que o Santa Clara, que é sexto.