Mulher ventilada morreu durante o apagão por falta de oxigénio. Ministério da Saúde pediu investigação à IGAS

Uma mulher de 77 anos morreu de paragem cardiorrespiratória esta segunda-feira, no Cacém, durante o apagão que deixou o país sem eletricidade e comunicações. A mulher estava ventilada e acabou por morrer quando a máquina que lhe fornecia oxigénio ficou sem bateria, como conta a RTP, que divulgou a notícia.

Foi o filho desta mulher, que era o seu cuidador, a ligar para o 112. “Quando liguei para o INEM, [a bateria] estava a 50%”, contou António Casimiro. “Disseram que já vinham, demoraram 40 minutos. Quando chegaram, a minha mãe estava morta a olhar para mim.”

Contactado pela RTP, o INEM diz ter recebido a chamada às 15h52 e que a VMER chegou ao local 36 minutos depois. A demora no socorro, diz o organismo, “deveu-se ao trânsito muito condicionado”.

O Ministério da Saúde disse inicialmente não ter “conhecimento de nenhuma situação grave, de saúde ou fatal, por falta de socorro médico durante o apagão”. Na sequência da emissão da notícia da RTP, a ministra da Saúde pediu entretanto à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) para abrir uma auditoria ao caso, revelou a CNN Portugal. Ana Paula Martins terá exigido um “esclarecimento cabal deste caso”.

Isso mesmo acabou por ser confirmado pela tutela, numa nota enviada às redações. “Tendo tido o Ministério da Saúde conhecimento, esta quinta-feira, dia 1 de maio, de uma eventual vítima causada pelo corte de energia no passado dia 28 de abril, a ministra da Saúde decidiu pedir uma auditoria à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) para o esclarecimento cabal deste caso”, pode ler-se no texto.

No 1º de Maio em São Bento que “juntou o útil ao agradável”, houve muito Tony Carreira e pouco 25 de Abril

O que motivou tamanho périplo? “Tony Carreira, o único, o maravilhoso, o incrível. É um casamento longo, um casamento para a vida”, afirma Madalena, cozinheira de 45 anos numa instituição de crianças que se viajou de propósito de Guimarães para São Bento para assistir ao concerto do cantor romântico. Fã oficial, veio acompanhada de várias outras com cachecóis alusivos ao artista, admitindo todas elas que provavelmente não estariam ali presentes se não fosse Tony Carreira o cantor escolhido por Luís Montenegro para as festividades deste ano. “Estas iniciativas são brilhantes porque dão a oportunidade das pessoas de conhecer os jardins, um bocadinho da história e termos o nosso Tony”, conta, sendo secundada por outro membro do grupo que diz “para o ano deveria ser novamente assim”.

O consenso deste grupo de fãs é que, sendo Portugal “um país de tradição católica”, o adiamento das festividades do 25 de Abril para este dia foi “uma questão de respeito” devido à morte do Papa Francisco. “Acho que cada feriado é um feriado. Contudo, mediante a situação que ocorreu, não julgo a decisão tomada, era muito difícil”, conta outra das presentes ao Observador. Assim, apesar de esta quinta-feira a comemoração da Revolução dos Cravos “não ser se calhar tão forte como se fosse no próprio dia”, ao incluir as duas festividades numa só, “juntou-se o útil ao agradável”.

O casal de Dionísio e Laurinda é de opinião semelhante. Questionado se a motivação para estarem presentes foi a celebração das datas ou os concertos, o aposentado de 75 anos disse que “tudo ajuda, em conjunto, é um bloco destas coisas todas”. Para lá de todas as polémicas, ”isto o que a gente quer é destas coisas, é mais um dia de festa, de nos juntarmos uns com os outros. Sabe como é que o Papa disse? Todos, todos, todos, e aqui é paz, paz e paz. Acho que ninguém se farta da paz”, defendeu. No entanto, os dois — prestes a cumprir 50 anos de casamento em junho — admitem que acabaram por vir porque a filha queria ver Tony Carreira e levou-os a eles e à neta a São Bento. Havia, contudo, outra motivação: ambos são sociais-democratas “deste o tempo do Sá Carneiro”, com a doméstica de 76 anos a revelar-se uma fã confessa de Luís Montenegro: “Gosto dele, gosto da maneira de ser dele. Não é arrogante, como alguns, que ofendem as pessoas”.

A praia vai ter que esperar. Sexta-feira de chuva e todo o país em aviso amarelo

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alerta para o agravamento do tempo na sexta-feira, que começará durante a madrugada no sul, seguindo depois em direção ao norte, até todo o país ficar sob aviso amarelo.

Às 03h00 de sexta-feira, Faro e Beja ficam sob aviso amarelo devido à precipitação, sendo que às 06h00 juntam-se as regiões de Setúbal e Lisboa, segundo informação disponibilizada esta quinta-feira pelo IPMA, que aponta para períodos de céu muito nublado e aguaceiros que poderão ser fortes e até acompanhados de trovoada.

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Já Évora, Portalegre, Santarém, Leiria e Castelo Branco ficam sob alerta amarelo a partir das 09h00. O restante país fica em alerta amarelo a partir das 12h00, também devido à previsão de mais chuva.

Já em relação ao estado do mar, os meteorologistas apontam para ondas de oeste com 1,5 a 2 metros na costa ocidental a norte do Cabo Carvoeiro e ondas de sudoeste com 2 a 3 metros na costa ocidental a sul do Cabo Carvoeiro.

Na costa sul, as previsões são de ondas de sudoeste com 2 a 3 metros.

Entretanto, o capitão da Capitania do Porto do Funchal lançou um aviso, com base nas informações do IPMA, alertando para a possibilidade de ventos e agitação marítima fortes no arquipélago da Madeira, que deverão diminuir ao final do dia de sexta-feira.

Perante estas previsões, o capitão recomenda a que se evitem os passeios junto ao mar ou em zonas expostas à agitação marítima e que se mantenha “uma vigilância apertada das embarcações”.

“Não praticar a atividade da pesca lúdica, em especial junto às falésias e zonas de arriba frequentemente atingidas pela rebentação das ondas, tendo sempre presente que nestas condições o mar pode facilmente alcançar zonas aparentemente seguras” é outra das recomendações do aviso divulgado pela Capitania do Porto do Funchal.

Revelada mensagem secreta em violino construído por judeu em campo nazi há 80 anos

O violino, apelidado de “violino da esperança”, foi construído por um artesão de instrumentos musicais e é o único conhecido que foi feito inteiramente dentro do campo de concentração. Uma descoberta notável está a revelar detalhes sobre a vida dos prisioneiros no campo de concentração nazi de Dachau, nas vésperas do 80º aniversário da sua libertação. Segundo avança a Euronews, uma nota escondida, escrita há mais de 80 anos pelo prisioneiro judeu Franciszek “Franz” Kempa, foi encontrada dentro de um violino que ele fabricou enquanto esteve no campo nazi, revelando o único instrumento musical conhecido fabricado dentro dos muros de

Fuga de informação. O sigilo, as acusações, a lei e o eventual crime na divulgação da declaração de Luís Montenegro

Paralelamente, Pedro Delgado Alves considera não ser aplicável nesta situação o prazo de 30 dias que está previsto no regulamento de procedimentos da EpT para a validação dos dados por este organismo, que é liderado por Ana Raquel Moniz.

“A declaração em causa não é uma declaração inicial ou de alteração, para a qual existe o referido prazo de 30 dias. Como o primeiro-ministro confirmou, esta é uma resposta a esclarecimentos pedidos pela Entidade para que fiquem completos os elementos omitidos o ano passado. Nestes casos, a razão de ser do prazo das correções não existe: a própria declaração já é uma correção pedida depois da validação”, defendeu.

Reiterando que a “matéria não é secreta nem sigilosa”, o deputado do PS assinalou ainda que os elementos em causa fornecidos por Luís Montenegro “não são secretos” antes da sua publicação no portal da EpT. “Antes pelo contrário, são todos elementos de publicação obrigatória e que estão atrasados“, garantiu, sem deixar de notar que os dados sobre os clientes não seriam ocultados.

“Não são casos de sigilo profissional e o próprio declarante também não os identificou como tal”, vincou.

As normas sobre o envio, preenchimento, acesso e disponibilização pública das declarações para a EpT estão enquadradas no regulamento de normalização dos procedimentos para o registo informático das declarações únicas de rendimentos, património, interesses, incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos políticos.

Segundo este quadro legal, “após a submissão da declaração única pelos deputados à Assembleia da República e pelos membros do Governo, aquela fica no estado ‘Não publicada’ por um prazo de 30 dias, durante os quais a Comissão parlamentar afere da existência de conflitos de interesses e procede à validação do registo de interesses”.

Uma vez que a declaração foi submetida por Luís Montenegro na noite de terça-feira, na véspera do debate, as informações não foram validadas, seja pela Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, seja pela EpT. O mesmo documento estabelece também que o tratamento destas informações está sujeita ao cumprimento do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD).

“De forma a minimizar o impacto da possível destruição, perda e alteração acidentais ou ilícitas e a divulgação ou acesso não autorizados aos dados pessoais constantes da Plataforma Eletrónica da Entidade para a Transparência, aplicam-se medidas técnicas de segurança que garantem a confidencialidade, integridade e resiliência permanentes dos sistemas e dos serviços de tratamento”, lê-se ainda no regulamento.

Apesar de não ter indicações de possíveis sanções em caso de incumprimento, a referência a estas medidas técnicas de segurança para assegurar a confidencialidade deverão abranger os logins de consulta das informações, algo que o PSD, através de Hugo Carneiro, já veio requerer formalmente.

A EpT disponibiliza duas áreas para a consulta das informações: uma área pública, à qual uma pessoa pode pedir o acesso à declaração de um político após fundamentar esse pedido num requerimento, e uma área privada. A esta área reservada podem aceder os titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, bem como os membros designados pela comissão parlamentar de Transparência e Estatuto dos Deputados.

Preços das consolas e acessórios Xbox vão subir em todo o mundo. Novos jogos também vão ter preços atualizados no fim do ano

A Xbox, a divisão da Microsoft dedicada a videojogos, aumentou os preços das consolas e acessórios em todo o mundo. Os novos preços recomendados entram em cena esta quinta-feira, 1 de maio.

“A partir de 1 de maio, ajustámos os nossos preços recomendados de venda das nossas consolas e comandos em todo o mundo”, é possível ler numa publicação no site da empresa. “Compreendemos que estas mudanças são desafiantes e foram feitas com ponderação cuidadosa tendo em conta as condições de mercado e o crescente custo de desenvolvimento”, justifica a Xbox.

Na Europa, a Xbox Series S de 512 GB, a entrada de gama, deixa de custar cerca de 300 euros. Até aqui, o preço recomendado era 299,99 euros, a partir de 1 de maio aumenta 50 euros, para 349,99 euros.

A tabela de preços recomendados das consolas na Europa é a seguinte:

  • Xbox Series S 512 GB: 349,99 euros (antes 299,99 euros);
  • Xbox Series S 1 TB: 399,99 euros (antes 349,99 euros);
  • Xbox Series X Digital: 549,99 euros (antes 499,99 euros);
  • Xbox Series X: 599,99 euros (antes 549,99 euros);
  • Xbox Series X 2 TB Galaxy Black Special Edition: 699,99 euros (antes 649,99 euros).

Já nos acessórios a lista atualizada preços fica assim:

  • Comando Xbox Wireless (versão base): 64,99 euros (sem alteração);
  • Comando Xbox Wireless (versão colorida): 69,99 euros (sem alteração);
  • Comando Xbox Wireless — edição especial: 79,99 euros (sem alteração);
  • Comando Xbox Wireless — edição limitada: 89,99 euros (antes 79,99 euros);
  • Comando Xbox Elite Wireless Series 2 (versão base): 149,99 euros (antes 139,99 euros);
  • Comando Xbox Elite Wireless Series 2 (versão completa): 199,99 euros (antes 179,99 euros).

É ainda indicado que a disponibilidade das consolas Series S e X “continuará a mudar ao longo do tempo, dependendo do retalhista e do país”. Nos EUA e Canadá, também os preços dos headsets vão aumentar, enquanto na Europa não sofrem alterações.

No final do ano, também os novos jogos first-party vão ter preços atualizados, avisa a empresa. Porém, só indica que ajustará os jogos de 69,99 dólares para 79,99 dólares, deixando de fora referências concretas a outras moedas. “Esta atualização vai aplicar-se tanto às versões físicas como digitais” dos jogos, é possível ler no anúncio.

A subida de preços só se aplicará aos novos jogos, não afetando títulos que já estejam no mercado. “Outros jogos e expansões continuarão a ser disponibilizados numa variedade de preços.”

A Xbox, que tem na China o principal mercado de produção destas consolas, sobe os preços de consolas e acessórios numa altura de incerteza devido às tarifas da administração de Donald Trump — embora não haja uma menção direta a isso no anúncio destes preços. A rival Sony, a responsável pela PlayStation, também anunciou a subida dos preços da PS5 na Europa no mês passado, culpando o “ambiente económico desafiante”. No mercado europeu, a PS5 passou a custar 499,99 euros, contra os anteriores 449,99 euros.

A Nintendo, que anunciou uma nova consola Nintendo Switch 2, adiou durante algumas semanas as pré-vendas do dispositivo devido às tarifas.

Benfica vence Braga e ainda luta pelo título

O Benfica derrotou o Sp. Braga, na Luz, por 3-1, e mantém-se na luta pelo campeonato de voleibol feminino.

As encarnadas ganharam com os parciais de 25-18, 19-25, 25-20 e 25-17.

De recordar que as arsenalistas tinham vencido os primeiros dois jogos da final do “playoff” feminino e estão a uma vitória do título.

O quarto jogo da final vai decorrer em Braga no próximo domingo. Se for necessário um quinto (e decisivo) duelo será disputado na Luz no dia 8 de maio.

Já a luta pelo terceiro lugar ficou fechada esta quinta-feira. O FC Porto, campeão em título, derrotou o Sporting.

CDU escolhe enfermeiro Manuel Veiga para candidato a Tondela

O enfermeiro Manuel Veiga volta a ser o candidato pela CDU à Câmara Municipal de Tondela nas eleições autárquicas de setembro ou outubro, com o objetivo de ser uma “voz diferente” naquele concelho do distrito de Viseu.

Manuel Veiga, 52 anos, afirmou à agência Lusa que nas últimas eleições ficaram a “meia dúzia de votos” de eleger um elemento para a Assembleia Municipal, o que seria uma “voz diferente na defesa do serviço público, da habitação e da educação”.

“Estas têm sido as nossas bandeiras e queríamos que houvesse um reforço para que se ouvisse a voz e os genuínos interesses da população”, reforçou o enfermeiro, membro da Comissão de Utentes e Sobreviventes do IP3.

Entre as prioridades da CDU está a habitação. Segundo Manuel Veiga, Tondela continua com “uma grande carência de habitação”.

“A questão do emprego é uma coisa que ainda vai havendo, embora também nos preocupe. O transporte público também é uma das coisas necessárias. Já não é a primeira vez que defendemos um transporte pendular para as zonas industriais, para que não se concentrem todas as pessoas a viver em Tondela”, apontou. Com esta mobilidade, o candidato considera que as pessoas poderiam viver “nos arredores, nas aldeias”, pois teriam uma ligação.

Manuel Veiga é membro da Direção da Organização Regional de Viseu do Partido Comunista Português e da organização concelhia de Tondela. É também membro da Comissão de Utentes da Água Pública (CUDAP) e dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Carla Antunes Borges é a candidata do PSD a presidente da Câmara de Tondela, um cargo que já ocupa desde 2022, na sequência de um processo judicial do seu antecessor. O coordenador da Associação de Desenvolvimento Local Adices, Miguel Torres, vai encabeçar a lista do PS à Câmara de Tondela, como independente.

Nas últimas eleições autárquicas, o PSD conquistou 44,92% da votação, somando quatro mandatos, e o PS obteve 43,38% dos votos, conseguindo três vereadores. A CDU foi a quarta força mais votada, com 3,04% dos votos.

Rodrigo Blanco Calderón: “Nunca senti culpa por ter deixado a Venezuela, mas raiva, tristeza e frustração”

Rodrigo Blanco Calderón (n. 1981) deixou a cidade de Caracas há cerca de dez anos, em pleno êxodo dos oito milhões de cidadãos venezuelanos que abandonaram o país. Era professor universitário de teoria literária. As suas histórias (livros de contos e dois romances) foram distinguidas várias vezes, e o seu nome aparece amiúde entre os dos melhores escritores latino-americanos. Depois de emigrar, Blanco Calderón concluiu o doutoramento em linguística em Paris e actualmente vive em Espanha, em Málaga, onde dá aulas de escrita criativa.

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Os “sonhos de menino” de alguma direita homenageados neste 1º de Maio

Eu estava lá no 25 de Abril. Infelizmente, lembro-me de pouco. Houve pessoas apoiantes da ditadura que, dias depois, apareceram com um emblema do MDP/CDE (só me lembro de ouvir as conversas dos meus pais). Lembro-me do escultor Eduardo Loureiro, que era o director da Escola Comercial e Industrial, ter sido saneado. Obviamente, não era fascista, mas caiu sobre ele o anátema, que depressa também desapareceu.

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