China e Rússia fortalecem aliança e fazem exercícios militares conjuntos em “águas relevantes do Pacífico”


As marinhas da China e da Rússia iniciariam, este domingo, exercícios militares conjuntos em “águas relevantes do Pacífico”, no que está a ser visto como um fortalecimento da aliança entre os dois países. Foi nas águas próximas do porto russo de Vladivostok que se iniciariam as movimentações, que vão durar até a próxima terça-feira.
De acordo com a Reuters, que cita a Interfax, a missão conjunta sino-russa inclui, entre outros, o grande navio russo com tecnologia antissubmarino Admiral Tributs, dois contratorpedeiros chineses, dois submarinos elétricos e um navio de resgate da China. Estas embarcações vão realizar disparos de artilharia, vão treinar missões antissubmarinas e de defesa aérea, bem como vão aperfeiçoar operações conjunta de busca e salvamento.
Assim que partiram, neste primeiro dia de exercícios militares, as embarcações seguiram os planos e estabeleceram com sucesso linhas de comunicação entre si, como descreve o jornal chinês Global Times.
A Frota do Pacífico da Marinha Russa assegurou que este exercício é “defensivo” e não está “direcionado contra nenhum país”. O Ministério da Defesa chinês repetiu a mesma ideia e sublinhou que estes exercícios militares estão direcionados a “fortalecer a parceira estratégica” entre Moscovo e Pequim, que se tem vindo a fortalecer desde 2022, ano em que a Rússia invadiu a Ucrânia.
Este exercício militar ocorre dois dias depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter ordenado a mobilização de dois submarinos nucleares para perto da Rússia por causa das ameaças nas redes sociais do antigo líder russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev. Contudo, os exercícios militares já estavam programados antes do anúncio do líder dos Estados Unidos.