Palhinha volta à Premier League para jogar no Tottenham

O Tottenham anunciou, em comunicado, a contratação do internacional português João Palhinha.

O médio de 30 anos de idade é emprestado pelo Bayern por uma temporada, sendo que o Tottenham fica com uma cláusula de compra a rondar os 30 milhões de euros, de acordo com a imprensa britânica.

Palhinha custou 50 milhões aos bávaros, mas nunca se afirmou. Era um desejo do treinador Tomas Tuchel, que acabaria substituído por Vincent Kompany.

O técnico belga não tem como preferência a utilização de médios-defensivos e isso limitou o tempo de jogo de Palhinha, que fez 25 jogos em todas as provas, apenas dez como titular. Não ultrapassou os mil minutos.

Em nota oficial, o diretor desportivo do Bayern, Max Eberl, lamentou que “infelizmente, o Palhinha não teve o tempo de jogo que esperava e encontramos no Tottenham a melhor solução para todos. Desejamos-lhe tudo de bom”.

Palhinha regressa assim à Premier League, onde foi grande destaque no Fulham durante duas temporadas sob orientação de Marco Silva.

Tribunal espanhol ordena expulsão de freiras clarissas rebeldes do seu convento

Um tribunal espanhol ordenou a expulsão de um grupo de freiras excomungadas da Igreja Católica do seu convento. Se não cumprirem voluntariamente a ordem, serão despejadas à força, decretou o tribunal. As freiras, da Ordem de Santa Clara, anunciaram em maio do ano passado que tinham decidido romper com o Vaticano devido a diferenças doutrinárias e alegações de que o seu desejo de comprar outro convento tinha sido bloqueado. Desde então, as clarissas declararam lealdade a um padre ultra-conservador excomungado que rejeitou a validade de todos os papas desde a morte de Pio XII, em 1958. A resposta eclesiástica foi

Novo livro alega que os príncipes André e Harry trocaram socos após desentendimento. Os Sussex negam e ameaçam autor com processo legal

Uma nova biografia sobre o príncipe André adianta que o filho de Isabel II e o sobrinho tiveram um desentendimento que escalou para agressões físicas, com o primeiro a ficar com o nariz ensanguentado. Um representante do príncipe Harry, porém, já veio negar tudo.

Esta informação faz parte de Entitled: The Rise and Fall of the House of York, livro sobre o príncipe André — Duque de Iorque e um dos filhos da rainha Isabel II —, que caiu em desgraça desde a sucessão de revelações e escândalos sexuais que o têm afetado nos últimos anos, particularmente após ser tornada pública a sua relação de amizade com o magnata Jeffrey Epstein, tendo sido destituído dos seus títulos reais e militares em 2021.

Escrito pelo jornalista Andrew Lownie, o livro tem data de publicação para 14 de agosto no Reino Unido, mas vários excertos têm vindo a ser revelados em jeito de antecipação no tabloide Daily Mail. O mais recente, publicado este domingo, dá conta deste episódio, que terá ocorrido em 2013.

HarperCollins Publishers

Segundo Lownie, “foram trocados murros por causa de algo que André disse nas costas de Harry”, sendo que a alegada escaramuça terá tido início quando Harry disse ao seu tio “que era um cobarde por não o ter dito na cara dele”. “Harry levou a melhor sobre André, deixando-o com o nariz a sangrar antes de a luta ser interrompida”, escreve o jornalista nas passagens citadas pelo The Guardian.

O mesmo jornalista adianta que André nutre uma relação acrimoniosa com os sobrinhos William e Harry, em particular com o segundo, tendo-lhe dito que o seu casamento com Meghan “não duraria mais de um mês” e que esta não só era “uma oportunista”, como era “demasiado velha para Harry”, considerando ainda que este tinha ficado “louco” estava a “cometer o maior erro de sempre”.

Após ficarem noivos em 2017, Harry e Meghan casaram-se em 2018 e são os atuais Duques do Sussex, não obstante terem ambos protagonizado com corte com a Família Real britânica, mudando-se inclusive para os EUA.

No rescaldo da publicação deste excerto, um porta-voz dos Sussex veio a público “confirmar que o Príncipe Harry e o Príncipe André nunca tiveram uma luta física, nem o Príncipe André fez os comentários que alegadamente fez sobre a Duquesa de Sussex ao Príncipe Harry”.

Em resposta a estas revelações, os advogados de Harry e Meghan terão mesmo enviado uma carta ao Daily Mail devido à publicação de  “imprecisões grosseiras, comentários prejudiciais e difamatórios”, como caracterizou o seu porta-voz.

Esta, de resto, não é a única revelação incómoda de Untitled quanto à Família Real britânica. Como adianta o Telegraph, William — o outro filho do Rei Carlos III, herdeiro ao trono e, por isso, Príncipe de Gales — também tem uma relação difícil com André, particularmente porque este também terá sido desagradável para com Kate Middleton, Princesa de Gales.

Apesar de ter caído em desgraça, André continua a viver no Royal Lodge, palácio que faz parte do Grande Parque de Windsor, com a sua ex-mulher, Sarah Ferguson de quem se divorciou em 1996. Apesar de arrendar o espaço à coroa britânica, o Duque de Iorque tem vindo a enfrentar a enfrentar a ameaça de despejo da propriedade de 30 quartos depois de Carlos III ter cortado a sua mesada, estimada em um milhão de libras por ano, em 2024.

Segundo Lownie, William é das personalidades da Família Real britânica que mais força tem feito para que o tio seja por fim despejado. Citando uma fonte, escreve que “há muito que William trabalha nos bastidores para expulsar o tio do Royal Lodge. Ele acha que André está a abusar da propriedade e dos seus privilégios”.

Ministra fala em abusos no direito à amamentação: “Há crianças amamentadas até à primária”

A ministra do Trabalho e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, levantou este domingo questões sobre abusos no uso do direito ao horário de amamentação, sugerindo que há mães a invocar esse direito até os filhos estarem na escola primária, apenas para manterem o horário reduzido.

Em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF, diz ser difícil compreender que crianças com mais de dois anos tenham de ser amamentadas durante o horário de trabalho das mães.

“Acho difícil de conceber que, depois dos dois anos, uma criança tenha que ser alimentada ao peito durante o horário de trabalho. Isso quer dizer que se calhar não come mais nada, o que é estranho. Nada impede que uma criança com dois anos, ou três, ou quatro, ou o que seja, seja amamentada de manhã e à noite”, afirma Maria do Rosário Palma Ramalho.

A ministra fala em “muitas práticas” deste tipo de casos e que o Governo quer mudar a lei para que não haja abusos.

“Infelizmente, também temos conhecimento de muitas práticas em que, de facto, as crianças parecem que continuam a ser amamentadas para efeitos de dar à trabalhadora um horário reduzido, que é duas horas por dia que o empregador paga, até andarem na escola primária”, disse a governante em entrevista.

A medida consta de um anteprojeto de revisão das leis do trabalho que foi apresentado a parceiros sociais e aprovado na quinta-feira, em Conselho de Ministros.

Sobre as alterações na lei da greve, a ministra afirma que as paralisações têm “que se compatibilizar no seu exercício concreto com outros interesses que também têm a mesma dignidade constitucional” e que, em princípio, “as escolas não estão abrangidas”.

Sobre a revogação do luto gestacional, a ministra diz que está em causa uma “clarificação do sistema” e que também existia “utilização abusiva dessa norma” por parte dos patrões: “Nós tínhamos notícias de que havia alguma utilização abusiva dessa norma, no sentido de que ‘falta lá três dias, mas depois vens e apareces-me cá'”, disse

Quanto ao pai, que deixa de estar abrigado pelo novo regime de assistência, a ministra diz que o país mantém o direito de faltar ao trabalho, mas que não “não conseguia resolver” o problema de não receber pelos dias em que falta.

Baterias de 10000mAh nos smartphones podem enfrentar obstáculos técnicos e legais

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A tecnologia de silício-carbono promete maior autonomia, mas levanta dúvidas sobre durabilidade, segurança e compatibilidade com as normas internacionais.

Algumas fabricantes asiáticas têm vindo a testar os limites das baterias nos smartphones, apostando em capacidades até há pouco consideradas impraticáveis. Modelos como o Honor X70 ou o OPPO K13, com baterias de 8300mAh e 7000mAh, são agora dois exemplos que levantam questões e se tornaram o centro de discussão sobre capacidades que ultrapassam largamente os padrões atuais do mercado.

Um dos aspetos de destaque destas baterias é o recurso a tecnologia de silício-carbono, que substitui parcialmente o grafite tradicional do ânodo por silício. Este material permite armazenar mais energia no mesmo volume físico, em teoria, até dez vezes mais do que as soluções de iões de lítio convencionais. No entanto, este avanço técnico traz consigo um conjunto de problemas que ainda estão longe de resolvidos.

Um dos principais entraves à adoção em larga escala destas baterias está nas restrições ao transporte aéreo. De acordo com as normas internacionais, qualquer célula com mais de 20Wh passa a ser classificada como mercadoria perigosa, sujeita a requisitos logísticos e legais muito mais exigentes. Por isso, a maioria das grandes marcas mantém-se deliberadamente abaixo desse valor. O Galaxy S25 Ultra, por exemplo, apresenta uma bateria de 19,4Wh, enquanto o iPhone 16 Pro Max e o Pixel 9 Pro XL já se situam nos 17,9Wh e 19,7Wh, respetivamente.

Para contornar esta limitação, alguns fabricantes recorrem a estratégias de design como o uso de duas células independentes (uma abordagem semelhante à da OnePlus) permitindo a divisão da capacidade sem ultrapassar os limites legais por unidade.

Do ponto de vista técnico, o uso de silício puro nos ânodos continua a ser um desafio. A expansão volumétrica durante o carregamento pode atingir até 300%, o que representa um risco real para a integridade física dos componentes internos. A solução mais comum passa pela integração de compostos de silício-carbono, que reduzem a expansão, melhoram a estabilidade estrutural e aumentam a condutividade elétrica, naquele que é um dos pontos fracos do silício isolado.

As estratégias diferem de fabricante para fabricante. Enquanto marcas chinesas priorizam capacidades elevadas como fator distintivo, empresas como a Apple, Samsung e Google mantêm um ritmo mais cauteloso, dando primazia à fiabilidade e ao tempo de vida útil dos dispositivos.

De realçar que mais capacidade não significa necessariamente melhor desempenho a longo prazo. Baterias de 10000mAh podem sofrer degradação significativa em relativamente pouco tempo, enquanto que soluções mais modestas tendem a manter níveis aceitáveis de desempenho durante todo o ciclo de vida do equipamento, que dependendo do fabricante, pode, atualmente, ser prolongado até sete anos com atualizações de software e suporte oficial.

A tecnologia de silício-carbono continua a evoluir, mas permanece assim envolta em incertezas. O equilíbrio entre autonomia, durabilidade e segurança será decisivo nos próximos avanços e poderá determinar o rumo que os grandes fabricantes irão seguir.

O que fazer? Segunda é dia de voltar à Segunda Guerra Mundial e aos legos

A Segunda Guerra Mundial ao Vivo e a Cores

CARAMULO Museu do Caramulo. De 2/8 a 19/10. Todos os dias, das 10h às 13h e das 14h às 18h. 9,50€; 5,50€ (para crianças dos seis aos 15 anos). Bilhete com acesso ao museu e ao Caramulo Experience Center: 14€; 8,50€ (crianças)

Trinta e seis veículos de guerra, realidade virtual e centenas de itens da época fazem a montra da exposição que, afiança a nota que a apresenta, é a maior “dedicada à Segunda Guerra Mundial alguma vez realizada em Portugal.” Iniciada há mais de duas décadas, a colecção é revelada quando se assinalam os 80 anos sobre o fim da Segunda Guerra Mundial, “a guerra das guerras”.

A juntar ao acervo, que apresenta máquinas de ambos os lados do conflito (tanques, veículos blindados de lagartas, de comando, de transporte de tropas e de equipamento, mas também motos e bicicletas), está ainda uma experiência de realidade virtual que convida os visitantes a “mergulhar em cenários emblemáticos do conflito, transportando-os para o coração da história”.

Sonhos e Metamorfoses: O Surrealismo de Paula Rego

VILA NOVA DE FAMALICÃO Fundação Cupertino de Miranda. De 11/4 a 4/1. Todos os dias, das 10h às 12h30 (ao fim-de-semana, até às 13h) e das 14h às 18h. 7€

Com Catarina Alfaro, Marlene Oliveira e Perfecto Cuadrado como curadores, e em parceria com a Fundação D. Luís I, a exposição reúne pinturas, desenhos e gravuras que expressam a influência que o movimento surrealista exerceu na obra de Paula Rego (1935-2022), nome maior da arte contemporânea portuguesa.

Brickopolis

LOURINHÃ Rua Vale dos Dinossauros – Abelheira. Todos os dias, das 10h às 19h. 9,50€ (7€ para crianças dos quatro aos 12 anos; grátis até aos três anos)

Na Lourinhã fica “uma das maiores minicidades do mundo”. É esta a bitola da estrutura inaugurada em 2024, que combina as famosas construções de peças Lego com um espaço à medida do mundo de “cor, criatividade e entretenimento” que caracteriza a brincadeira dos tijolos que continua a marcar gerações.

Para a causa contribuem mais de cinco milhões de peças e uma moldura “impressionante” que permite aos visitantes uma imersão em três salas distintas: Mundos Imaginários, inspirada nos universos da Guerra das Estrelas, Baía dos Piratas ou Oeste Selvagem; Brickopolis, que replica uma cidade; e Construções Fantásticas, dedicada a monumentos como o Taj Mahal, o Coliseu de Roma, o Big Ben de Londres ou a Ponte 25 de Abril. Tudo devidamente equipado com iluminação, som e projecções de vídeo, numa área de aproximadamente 750 metros quadrados.

Feira de Artesanato do Estoril

ESTORIL Fiartil – Feira de Artesanato do Estoril. De 27/6 a 24/8. Todos os dias, das 17h às 23h (sexta e sábado, até às 24h). 1,50€ (grátis para crianças até aos dez anos)

A Fiartil é a mais antiga do género no país e celebra este ano 60 edições. Não é só um lugar para comprar peças feitas à mão, do mais tradicional ao contemporâneo. É também uma oportunidade para assistir à mestria dos artesãos que trabalham ao vivo materiais como pele, madeira, cerâmica, vime ou cortiça. Aos artistas vindos de todo o país juntam-se tasquinhas e animação diária.

Zé Povinho

CALDAS DA RAINHA Galeria do Centro Cultural e Congressos. De 28/6 a 28/9. Segunda e terça, das 10h às 13h e das 14h às 18h; quarta a sexta, das 10h às 13h e das 14h às 21h; sábado e domingo, das 14h às 18h. Grátis

Uma viagem de 150 anos (de 1875 a 2025) centrada na famosa figura que caricatura o povo português. A par do autor, Rafael Bordalo Pinheiro, estão representados cartoonistas como Stuart, José Vilhena, João Abel Manta, António ou André Carrilho. A curadoria é de Jorge Silva.

Festas da Cidade e Gualterianas

GUIMARÃES Vários locais. De 25/7 a 4/8. Entrada livre

As festas com base no culto a São Gualter encerram hoje, a partir das 22h, com a Marcha Gualteriana pelas ruas da cidade, o ponto alto de um cartaz feito de artesanato, folclore, desfiles, arruadas, bombos e concertos.

Fogo em fábrica de reciclagem em Ansião combatido por mais de cem operacionais

Mais de cem operacionais estão a combater um incêndio que deflagrou este domingo numa fábrica de reciclagem de plástico e metais no Parque Industrial de Ansião, no distrito de Leiria.

Segundo fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Leiria, em declarações à agência Lusa, o fogo lavra na área exterior da fábrica e o interior da nave da empresa não foi afetado.

A mesma fonte adiantou que o alerta foi dado às 15:59 e, além dos bombeiros, estão também máquinas de rasto da Câmara de Ansião a ajudar no combate às chamas, devido às características da matéria-prima com que a empresa trabalha, material inflamável.

O Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Leiria sublinhou que, atendendo ao tipo de combustível, são necessários cuidados particulares no combate ao incêndio.

De acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, estão mobilizados para a ocorrência 103 operacionais e 34 viaturas.

Ucrânia está a trabalhar numa troca de 1.200 prisioneiros com a Rússia

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou este domingo que as autoridades ucranianas estão a trabalhar para realizar uma troca de 1.200 prisioneiros, acordada com a Rússia.

“Há um acordo para trocar 1.200 pessoas. O trabalho nas listas está em curso”, escreveu Zelensky na conta do Telegram, acrescentando que a Ucrânia está a trabalhar para “desbloquear o regresso dos civis”, esclarecendo os dados de cada nome.

O Presidente ucraniano anunciou o acordo após ter realizado uma reunião com o secretário de Segurança Nacional, Rustem Umérov, e com o chefe do Gabinete da Presidência, Andriy Yermak, sobre “a implementação dos acordos alcançados nas reuniões com representantes russos em Istambul e a preparação de um novo encontro”.

De acordo com Zelensky, o chefe do Gabinete da Presidência “informou sobre a interação com parceiros-chave que estão a apoiar” a diplomacia ucraniana, “em particular os contactos com a parte norte-americana, e sobre os esforços para repatriar as crianças que foram sequestradas e levadas para a Rússia”.

Apesar da guerra iniciada em fevereiro de 2022 pela Rússia, os dois países realizaram no passado trocas de prisioneiros que permitiram o regresso de milhares de cidadãos russos e ucranianos.

As trocas foram possíveis no âmbito dos acordos alcançados nas rondas de negociações realizadas entre na cidade turca de Istambul.

Porque um dia de praia nos deixa tão cansados: se não deixasse, seríamos lagartos

Desfrutar do mar, do sol e do ar livre nem sempre resulta numa sensação de bem-estar. Pelo contrário, muitas pessoas experimentam uma fadiga intensa após passar o dia na praia. Este fenómeno tem uma explicação científica. Segundo o especialista em medicina interna Craig Crandall, este cansaço pode ser atribuído a diversos fatores fisiológicos relacionados com o calor, a hidratação e a atividade física. Segundo explica Crandall numa entrevista à Popular Science, o corpo humano precisa de manter a sua temperatura interna estável para funcionar corretamente. Ao expor-se durante horas ao calor, especialmente em pleno verão, o organismo ativa mecanismos de

Mais seis casos de Mpox em Moçambique em 24 horas e 170 suspeitos

Moçambique registou mais seis casos de mpox nas últimas 24 horas, elevando o total para 29 em cerca de três semanas, além de 170 suspeitos, anunciaram este domingo as autoridades de saúde moçambicanas.

No mais recente boletim diário da evolução da doença, divulgado pela Direção Nacional de Saúde Pública, com dados de 11 de julho a 02 de agosto, além do acumulado de 29 positivos, é referido que a doença continua a não apresentar letalidade, sem registo de óbitos até ao momento.

Todos os seis novos casos registados nas últimas 24 horas foram confirmados na província de Niassa – onde o surto está concentrado até agora, no distrito de Lago -, norte do país. Houve ainda registo de três novos suspeitos no mesmo período, nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Maputo, além de 45 contactos em seguimento pelas autoridades de saúde.

Estes seis novos casos de mpox somam-se a outros seis confirmados no sábado, incluindo o primeiro em Maputo.

Até ao momento, as autoridades sanitárias contabilizam 28 casos de mpox no Niassa e um na província de Maputo.

As autoridades moçambicanas anunciaram na última semana um reforço da vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, para travar a propagação de casos de mpox.

“Não há neste momento restrição à mobilidade das pessoas e bens, o que temos estado a fazer e recomendamos – e que estamos a trabalhar em conjunto com as outras instituições – é o reforço da vigilância nas áreas transfronteiriças”, disse o diretor Nacional de Saúde Pública, em conferência de imprensa em Maputo, na qual vincou também a aposta no rastreamento comunitário como melhor método para travar a propagação.

“Infelizmente, este não é um trabalho muito fácil, como devem perceber, o nosso país tem aquelas fronteiras formais onde conseguimos colocar colegas em vigilância, mas também tem vários pontos que são usados para a entrada e saída e muitas vezes não estão sob nosso controlo e aí é um grande desafio””, acrescentou Quinhas Fernandes.

As autoridades sanitárias garantiram também que Moçambique está preparado para lidar com o mpox, com capacidade para 4.000 testes, feitos localmente, tendo já usado mais de 150 neste surto.

“Temos capacidade boa para fazermos a testagem. A questão de testagem, pelo menos para o nosso país, está garantida”, disse à Lusa o coordenador do Centro Operativo de Emergências em Saúde Pública (COESP), Filipe Murimirgua.

“Tratando-se de uma doença infetocontagiosa, há sempre um risco de alastramento, razão pela qual todas as províncias estão em alerta, também já começaram a suspeitar de casos e a testar”, disse Murimirgua.

O responsável disse reconhecer melhorias nos processos face ao surto de 2022: “O país está melhor organizado, sobretudo a questão de deteção precoce dos casos. [No surto no Niassa] foi possível detetar os casos com a colaboração dos outros países vizinhos, Maláui, por exemplo, que apoiou na identificação e reporte, que foi bastante útil essa colaboração”.

A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No atual surto, na África austral, desde 01 de janeiro já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos.

O primeiro caso de mpox em Moçambique aconteceu em outubro de 2022, com um doente em Maputo. O coordenador do COESP, órgão da Direção Nacional de Saúde Pública, aponta a capacidade de testagem que agora existe nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança em três anos.

Moçambique tem agora capacidade para testar em todas as capitais de província, através dos laboratórios de Saúde Pública: “Há uma capacidade enorme de testagem. Diria que ainda é subutilizada a nossa capacidade. Todos os casos que estão suspeitos são testados e conseguimos dar os resultados em tempo útil”.

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