Quer uma praia com água limpa Mapa de 2025 tem recorde de 81 areais “Zero Poluição”

O que é uma praia “Zero Poluição”? A associação ambientalista Zero que faz esta avaliação anual esclarece: “Uma Praia Zero Poluição é aquela em que não foi detectada qualquer contaminação microbiológica nas análises efectuadas às águas balneares ao longo das três últimas épocas balneares.” E na lista de 2025 há boas notícias, com um recorde de 81 praias limpas em 39 concelhos – mais 22 águas balneares do que em 2024. Duas dessas praias são no interior do país.

Em relação à lista de 2024, há perdas e ganhos. Mais precisamente, saíram da lista do ano passado 19 praias e entraram 41 novas. Além disso, há outros destaques a assinalar em 2025. Por exemplo, o concelho de Torres Vedras destaca-se com um total de 11 praias Zero Poluição e há duas praias interiores classificadas: Alqueidão e Montes, ambas no concelho de Tomar na albufeira de Castelo do Bode. Tal como em 2024, os Açores continuam a brilhar neste mapa com um total de 20 praias com águas limpas em 12 concelhos.

O comunicado da associação com os dados de 2025 explica que “todas as praias classificadas no ano passado como Praias Zero Poluição estão classificadas, ao abrigo da legislação, como praias com qualidade da água ‘excelente’”. Porém, acrescentam, “na maioria das vezes, à custa de uma única análise onde foi detectada a presença de microrganismos, mesmo que muito longe do valor-limite, deixaram de poder ser consideradas Praias Zero Poluição”.

Quem sai e entra na lista?

Então quais ficam, quais saem e quais entram de novo na lista? Doze municípios: Angra do Heroísmo, Grândola, Ílhavo, Lajes das Flores, Lourinhã, Olhão, Peniche, Santa Cruz (na Madeira), Santiago do Cacém, Sines, Tomar e Torres Vedras passaram a fazer parte dos concelhos com pelo menos uma Praia Zero Poluição. Por outro lado, os concelhos de Leiria, Machico, Pombal e Santa Cruz das Flores deixaram de estar representados.

“Em termos de balanço, saíram da lista do ano passado 19 praias e entraram 41 novas”, resume a nota de imprensa. Num olhar mais distante, contabilizam-se 81 praias Zero no total do país em 39 concelhos, 55 praias Zero no Continente em 23 concelhos, 20 praias nos Açores em doze concelhos e seis praias na Madeira em quatro concelhos. Os concelhos com maior número de Praias Zero Poluição são Torres Vedras com 11 praias, Grândola com sete praias, seguidos de Alcobaça com quatro.

“É extremamente difícil conseguir um registo incólume ao longo de três anos nas zonas balneares interiores, muito mais susceptíveis à poluição microbiológica”, refere a nota de imprensa divulgada esta sexta-feira pela associação. “À excepção de duas praias “interiores”, todas as restantes praias são “costeiras”. Este facto é um indicador do muito que ainda há a fazer para garantir uma boa qualidade da água dos rios e ribeiras em Portugal, o que requer esforços adicionais ao nível do saneamento urbano e das empresas.”

Águas sem colónias

A associação faz este levantamento desde 2016 a partir de dados solicitados à Agência Portuguesa do Ambiente (APA). A monitorização das águas balneares é uma competência legal da APA, em Portugal continental, da Direcção Regional dos Assuntos do Mar (DRAM), nos Açores, e da Direcção Regional do Ordenamento do Território e Ambiente (DTROTA), na Madeira.

O resultado da análise revela não só as praias que, ao longo das três últimas épocas balneares (2022, 2023 e 2024), tiveram sempre classificação “Excelente”, mas também que apresentaram “valores zero ou inferiores ao limite de detecção em todas as análises efectuadas aos dois parâmetros microbiológicos controlados e previstos na legislação (Escherichia coli e Enterococos intestinais)”. Ou seja, sublinham, em todas as 81 praias assinaladas, as análises efectuadas não revelaram a detecção de “qualquer unidade formadora de colónias”.

Além desta lista apresentada pela Zero, também já sabemos que mais de 400 praias portuguesas têm este ano bandeira azul, mais seis do que no ano passado, com destaque para a entrada das praias de Sintra no galardão.

A distinção de boa qualidade da Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE) foi atribuída a 404 praias – das quais 354 são costeiras e 50 são praias interiores –, 18 marinas e 22 embarcações ecoturísticas, num total de 444 galardões atribuídos a Portugal pelo júri internacional em 2025. Segundo o presidente da ABAAE, José Archer, todos os municípios costeiros portugueses têm este ano praias galardoadas.

Governo apela aos proprietários para “logo que possível” limparem terrenos

O Governo apelou esta quinta-feira aos proprietários para que, “logo que possível”, limpem os seus terrenos, mas tendo em consideração as condições de segurança, após ter prolongado até 15 de junho o prazo de gestão de combustível devido à meteorologia.

Em comunicado, os ministérios da Agricultura e Pescas e da Administração Interna explicaram que, “considerando que as condições meteorológicas dos últimos meses limitaram os períodos disponíveis para a realização de trabalhos” de gestão de combustível na rede secundária, foi prolongado “o prazo de limpeza de matos e terrenos” até 15 de junho.

“Durante este período, a realização de trabalhos de limpeza e gestão de combustível continua sujeita às regras previstas no Decreto-Lei 82/2021, de 13 de outubro”, especialmente “nos dias com nível de perigo de incêndio rural “muito elevado” ou “máximo”, acrescenta-se na nota.

Nestes casos, salientam os ministérios de José Manuel Fernandes e Margarida Blasco, “os trabalhos só podem ser realizados com autorização prévia da autoridade municipal de proteção civil, mediante pedido com a localização e o calendário previsto das ações”, e desde que cumpram as condições de segurança estabelecidas.

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Assim, os trabalhos “apenas podem ser realizados por entidades com códigos de atividade económica (CAE) identificados no anexo do decreto-lei”, as “viaturas de apoio a trabalhos sem maquinaria devem dispor de um extintor adicional com capacidade mínima de 2 kg” e, nos trabalhos com maquinaria, “devem ser aplicadas as medidas de segurança definidas” e usados “equipamentos com dispositivos de retenção de faíscas/faúlhas e extintores operacionais”.

Adicionalmente, os ministérios sublinham que “é proibida a realização de queimadas”, as “queimas requerem autorização prévia”, os trabalhos “devem, sempre que possível, ser feitos nas horas de menor calor (manhã ou final da tarde)”, e é “obrigatório garantir meios de vigilância e de primeira intervenção no local durante os trabalhos”.

“O Governo apela a todos os proprietários, entidades gestoras e demais responsáveis para que realizem, logo que possível, a limpeza dos seus terrenos, tendo sempre em consideração as condições de segurança, especialmente nos dias de maior calor”, lê-se na nota.

Prazo prolongado até 15 de junho

O prolongamento do prazo para os proprietários procederem à limpeza de terrenos florestais e agrícolas em redor de edificações e infraestruturas, como pediram as associações do setor, foi esta quinta-feira publicado em Diário da República, através de um despacho conjunto dos secretários de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, e das Florestas, Rui Ladeira.

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O despacho altera um anterior, de 16 de abril, que determinava que os trabalhos na rede secundária de faixas de gestão de combustível podiam decorrer até ao próximo sábado.

A decisão foi tomada após consulta à AGIF – Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Guarda Nacional Republicana, Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e Infraestruturas de Portugal.

A gestão de faixas de combustível em terrenos florestais em redor de edificações, infraestruturas e aglomerados, prevista na lei até 30 de abril, visa prevenir fogos rurais, mas a Federação Nacional de Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) pediu ao Governo o prolongamento de “mês e meio” no prazo, devido às condições meteorológicas.

Perante as dificuldades na contratação de empresas para a limpeza, nomeadamente por escassez de mão-de-obra e limitação de equipamentos, a FNAPF e a ANEFA – Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente consideraram insuficiente o prazo para a realização da maior parte dos trabalhos e pediram mais tempo, antes que as autoridades iniciem a fiscalização dos incumprimentos e aplicação de contraordenações.

O presidente da FNAPF, Luís Damas, disse à Lusa que voltou a pedir ao Governo o prolongamento do prazo pelo menos até meados de junho e, perante a decisão de prolongar até 15 de junho, mostrou-se satisfeito e comentou: “Ao menos temos mais esta janela de 15 dias”.

Governo prolonga estrutura de missão para imigrantes até dezembro

O Governo decidiu esta quinta-feira prolongar até ao final do ano a estrutura de missão da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) criada há um ano para tratar dos processos pendentes dos imigrantes.

Em comunicado, o Conselho de Ministros refere que foi aprovada uma resolução que “prorroga a vigência da Estrutura de Missão para a Recuperação de Processos Pendentes na AIMA até 31 de dezembro de 2025, aproveitando os meios, experiência e conhecimento técnico desta estrutura, bem como as sinergias geradas pela colaboração entre esta e várias entidades públicas e privadas”.

Segundo o executivo, a estrutura de missão concluiu “de forma plena e eficaz a sua missão inicial de resolver os mais de 400 mil processos pendentes com origem em manifestação de interesse”.

O Governo indica que a estrutura de missão vai “aplicar os seus recursos à resolução de outras pendências que a Agência para a Integração, Migrações e Asilo enfrenta, nomeadamente as renovações das autorizações de residência”.

A Estrutura de Missão para a Recuperação de Processos Pendentes estava prevista no Plano de Ação para as Migrações, foi criada em julho de 2024 e tinha um prazo de validade de um ano.

Liderada por Luís Goes Pinheiro, a estrutura conta com até 100 especialistas, 150 assistentes técnicos e 50 assistentes operacionais, tendo sido criada para resolver os processos acumulados nos últimos anos e garantir a regularização dos cidadãos estrangeiros em situação pendente.

As novas regras para os imigrantes em Portugal entraram em vigor há cerca de um ano, em 4 de junho, e uma das 41 medidas do Plano de Ação para as Migrações implicava o fim das manifestações de interesse, mas cerca de 440 mil pedidos estavam ainda pendentes, tendo sido criada uma estrutura de missão para resolver pendências.

Depois de tratar dos cerca de 400.000 processos pendentes de imigrantes, a estrutura de missão resolve agora os processos relacionados com os 220 mil cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com títulos de residência precários em Portugal.

A AIMA indicou esta quinta-feira que estão concluídos 85% dos 440.000 pedidos referentes a manifestações de interesse que estavam pendentes há um ano, quando entrou em vigor o Plano de Ação para as Migrações, existindo 69.000 a aguardar decisão.

“Depois de atendidos e processados todos os processos de manifestação de interesse, cerca de 37 mil encontram-se a finalizar o processo de instrução e cerca de 32 mil estão na fase final de decisão pela AIMA. Este número representa, assim, cerca de 15% do total de mais de 440 mil processos pendentes, já tendo os restantes 85% o processo concluído”, segundo a AIMA.

Nuno Melo diz que não há militares da Força Aérea envolvidos na operação “Torre de Controlo”

O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, afirmou esta quinta-feira que não há militares da Força Aérea envolvidos na operação “Torre de Controlo”, por suspeitas de corrupção relacionadas com concursos públicos para o combate aos incêndios.

“Posso só adiantar-lhe que estou muito tranquilo em relação à Força Aérea, porque não me parece que da Força Aérea haja ninguém envolvido a esse propósito”, disse.

O também presidente do CDS-PP falava aos jornalistas na sede nacional do partido, em Lisboa, à margem de uma reunião do Conselho Nacional.

Nuno Melo recusou fazer mais comentários dado tratar-se de uma reunião partidária.

“Eu, enquanto membro do Governo, não vou falar na sede do CDS”, disse.

A Força Aérea confirmou esta quinta-feira que elementos do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público estiveram nas instalações do Estado-Maior, em Alfragide, Lisboa, com quem o ramo está a “colaborar ativamente”.

Estas informações constam de um comunicado, enviado à imprensa pela Força Aérea, depois de esta manhã, numa outra nota, a Polícia Judiciária (PJ) ter anunciado que fez 28 buscas, em vários pontos do país, por suspeitas de corrupção e burla relacionadas com os concursos públicos para o combate aos incêndios rurais, num valor que ronda os 100 milhões de euros.

A operação “Torre de Controlo” incluiu 28 mandados de busca, que decorreram em domicílios e sociedades comerciais e de contabilidade e em organismos públicos, e envolveram também a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), as instalações do Estado-Maior, em Alfragide, Lisboa, e as empresas Helibravo, Heliportugal e HTA.

Durante a tarde, o ministro da Defesa garantiu desconhecer os contornos da investigação relacionada com os concursos públicos para o combate aos incêndios, mas sublinhou que está habituado a ver nos jornais “grandes parangonas” sobre processos que “acabam em coisa nenhuma”.

Montenegro propõe apoio do PSD a Marques Mendes nas Presidenciais

O PSD reuniu-se esta quinta-feira para oficializar o apoio do partido a Luís Marques Mendes como candidato presidencial, que teve apenas um voto contra.

Na voz de Luís Montenegro, que destacou a sua “isenção e imparcialidade” política, o ex-líder parlamentar e atual conselheiro de Estado foi destacado pelo primeiro-ministro indigitado esta quinta-feira como uma figura “com quem se pode contar”.

“Ficaremos em muito boas mãos para podermos projetar em cinco anos um período de regular funcionamento das instituições, sabemos com o que podemos contar, sabendo que não vem daí nenhuma surpresa”,afirmou na na sua intervenção inicial no Conselho Nacional do PSD aberta à comunicação social.

O órgão, que é responsável por “aprovar as propostas referentes ao apoio a uma candidatura a Presidente da República”, reuniu-se poucas horas depois de outra candidatura ter sido apresentada – a de Henrique Gouveia e Melo – e ao mesmo tempo que André Ventura revelava que o atual chefe de Estado o aconselhou a não se candidatar às eleições que se realizam apenas no início de 2026.

Perante os conselheiros nacionais do PSD, Montenegro recordou que no último congresso traçou um perfil para um candidato presidencial a ser apoiado pelo partido, que considerou encaixar no antigo líder do PSD Luís Marques Mendes.

“Temos alguém do nosso espaço político que é um anterior presidente do PSD, uma pessoa altamente qualificada que nós conhecemos muito bem e que o país também conhece bem e que apresenta características que são muito consentâneas e adequadas ao exercício da função do Presidente da República”, disse.

Ironizando, Montenegro acrescentou que até tem uma característica “que não é propriamente a mais agradável para o PSD”, provocando risos na audiência.

“É que nem sempre concorda com o PSD, mas isso é uma das características dos Presidentes da República que nós já elegemos”, afirmou, referindo-se a Cavaco Silva e a Marcelo Rebelo de Sousa.

Montenegro garante que há “condições diferentes" na relação entre o Parlamento e o Governo

Para o primeiro-ministro indigitado, quer um, quer outro, deram mostras “da sua neutralidade, da sua imparcialidade no exercício da função”, ainda que o PSD nem sempre tenha concordado com tudo o que defenderam.

Por outro lado, Montenegro defendeu que Mendes “conhece muito bem o alcance das competências do Presidente da República, conhece muito bem a forma como os órgãos de soberania se devem relacionar e como a estabilidade política e a governabilidade do país também dependem da magistratura de intervenção da Presidência da República”.

“Nós sabemos quais são os seus princípios e valores, sabemos qual é a sua visão política”, frisou, sem nunca se referir de forma direta ao adversário Gouveia e Melo.

Luís Marques Mendes tem 67 anos e foi militante do PSD desde os 16 anos — tendo entregado o cartão partidário no dia em que anunciou a candidatura a Belém. Por este partido, foi deputado, líder parlamentar e integrou Governos como secretário de Estado e ministro, ocupando o cargo de presidente do PSD entre 2005 e 2007.

Atualmente, é conselheiro de Estado escolhido pelo atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e foi comentador televisivo na SIC ao longo de mais de uma década, espaço do qual se despediu antes de se apresentar a Belém.

Nas últimas presidenciais, o PSD aprovou, na direção de Rui Rio, o apoio à recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa Belém em setembro de 2020, ainda antes de o próprio a ter anunciado, uma moção que passou sem votos contra (61 a favor e nove abstenções).

[notícia atualizada às 00h31 de 30 de maio]

Poeiras do Norte de África afetam qualidade do ar a partir de 6.ª feira

Uma massa de ar proveniente dos desertos do Norte de África, que transporta poeiras em suspensão, vai prejudicar a qualidade do ar em Portugal continental a partir de sexta-feira, alertou esta quinta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O fenómeno pode estender-se a 31 de maio (sábado) e dias seguintes, apontou a autoridade de saúde, numa nota.

“Prevê-se a ocorrência de uma situação de fraca qualidade do ar no Continente, registando-se um aumento das concentrações de partículas inaláveis de origem natural no ar”, pode ler-se.

Este poluente (partículas inaláveis) tem efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, como as crianças e os idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados.

Atenção: Poeiras do Norte de África vão afetar qualidade do ar

Enquanto este fenómeno se mantiver, a DGS recomenda a população a evitar esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.

Pela sua maior vulnerabilidade, as crianças e os idosos, assim como as pessoas com problemas crónicos respiratórios e os doentes do foro cardiovascular, além de cumprirem as recomendações gerais, devem, sempre que possível, permanecer no interior dos edifícios, preferencialmente com as janelas fechadas.

Em caso de agravamento de sintomas a DGS aconselha o contacto com a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou, em caso de necessidade, o recurso aos serviços de saúde.

A autoridade de saúde refere ainda que pode ser consultada a página da internet da APA (Agência Portuguesa do Ambiente) ou a App QualAr para “informação adicional sobre a qualidade do ar e os valores medidos nas estações de monitorização”.

DGS alerta para fraca qualidade do ar este sábado devido a poeiras do Norte de África

A DGS recomendou também esta semana medidas preventivas, como a ingestão de água, face às previsões de aumento de temperatura nos próximos dias, que deverá atingir valores acima de 30°C na generalidade do território nacional.

Considerando as previsões meteorológicas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Direção-Geral da Saúde (DGS) aconselha o consumo regular de água, evitando a ingestão de bebidas alcoólicas.

A DGS refere que a exposição solar deve ser evitada entre as 11h00 e as 17h00, recomendando o uso de roupa larga, que cubra a maior parte do seu corpo, e chapéu de abas largas e óculos de sol, bem como protetor solar de fator proteção 30 e renovar a sua aplicação de duas em duas horas.

De acordo com o IPMA, Bragança, Évora, Guarda, Faro, Vila Real, Setúbal, Santarém, Lisboa, Beja, Castelo Branco e Portalegre estão até às 18h00 de sábado sob alerta amarelo devido à previsão de tempo quente.

Administração Trump cancela contrato com Moderna para criar vacina anti virus de gripe

O governo de Donald Trump cancelou um contrato, com a Moderna, de 766 milhões de dólares, para o desenvolvimento de uma vacina contra vários vírus da gripe, potenciais criadores de pandemias, incluindo o H5N1, da gripe das aves.

A empresa disse que foi informada na quarta-feira que o Departamento de Saúde e Serviços Humanos tinha retirado os fundos atribuídos em julho de 2024 e janeiro para financiar o desenvolvimento e compra da sua vacina.

A nova vacina, batizada mRNA-1018, usou a mesma tecnologia que autorizou o desenvolvimento e generalização das vacinas para combater o Covid-19 em tempo recorde. O secretário do Departamento, Robert F. Kennedy Jr., tinha expressado o seu ceticismo quanto à segurança das vacinas mRNA.

O cancelamento foi divulgado depois de a Moderna ter anunciado resultados positivos de um ensaio preliminar da vacina que visava o vírus da gripe H5, testada em 300 adultos, saudáveis.

“Apesar de o cancelamento do financiamento aumentar a incerteza, estamos satisfeitos pela robusta resposta imunitária e perfil de segurança observada por este ensaio preliminar“, afirmou a empresa, em comunicado.

[A polícia é chamada a uma casa após uma queixa por ruído. Quando chegam, os agentes encontram uma festa de aniversário de arromba. Mas o aniversariante, José Valbom, desapareceu. “O Zé faz 25” é o primeiro podcast de ficção do Observador, co-produzido pela Coyote Vadio e com as vozes de Tiago Teotónio Pereira, Sara Matos, Madalena Almeida, Cristovão Campos, Vicente Wallenstein, Beatriz Godinho, José Raposo e Carla Maciel. Pode ouvir o 2.º episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E o primeiro episódio aqui.]

o zé faz 25 — imagem para link nos artigos

O vírus H5N1, também designado gripe das aves, espalhou-se dos pássaros para o gado, nos EUA, no último ano, infetando centenas em vários Estados. Contaminou ainda várias pessoas nos EUA, das quais uma chegou mesmo a morrer.

Os cientistas receiam que a contínua mutação do vírus possa agravar a sua virulência ou facilitar a contaminação das pessoas, com a possibilidade de desencadear uma pandemia. A Moderna recebeu 176 milhões em julho de 2024 e 590 milhões em janeiro.

Esta última verba destinava-se a financiar um ensaio clínico de fase mais avançada, que poderia determinar a eficácia da vacina contra vírus potencialmente criadores de pandemias, incluindo a gripe das aves, disse um porta-voz da empresa.

César propõe Delgado Alves para liderança parlamentar do PS de forma interina

O presidente do PS, Carlos César, vai propor que o deputado Pedro Delgado Alves assuma a liderança parlamentar socialista de forma interina até à eleição do secretário-geral, adiantaram à Lusa fontes do partido.

Esta proposta foi anunciada por Carlos César numa reunião do Secretariado Nacional do PS, que decorre esta noite, segundo confirmaram à Lusa fontes socialistas.

Esta tarde, à saída da audiência com o Presidente da República, o presidente do PS disse já tinha tomado uma decisão em relação à liderança parlamentar socialista e que a iria transmitir ao Secretariado Nacional desta quarta-feira, escusando-se então a avançar nomes ou um perfil.

“É uma matéria sobre a qual também já tomei uma decisão, que vou transmitir hoje ao Secretariado Nacional do Partido, e no dia 3 de manhã ao Grupo Parlamentar, e que não me parece difícil nem polémica de tomar”, apontou.

Carlos César — que assumiu de forma interina a liderança do PS após a demissão de Pedro Nuno Santos — reriu que a seu tempo iria comunicar a sua decisão, sobretudo “depois de hoje ainda falar com o Secretariado Nacional, que se mantém em funções”.

Questionado sobre o perfil, Carlos César considerou que isso “é muito rebuscado”. “Além disso, o perfil de que me estou a lembrar da pessoa, poderia caber num número vasto de pessoas, portanto, induziria certamente o meu amigo em engano, e não estou disposto a fazer isso”, respondeu.

Dermatologista do Santa Maria somou ao todo quase 715 mil euros, mas a codificação estaria correta

Desde 2021, data em que começou a realizar cirurgias adicionais, até ao ano passado, Miguel Alpalhão, dermatologista no hospital de Santa Maria, realizou, um total de 497 cirurgias adicionais, pelas quais ganhou 714.829 euros, revelou esta quinta-feira o jornal Expresso, que teve acesso aos números do hospital de Lisboa.

Os dados registam uma tendência de crescimento na sua atividade adicional, ou seja, operações eletivas realizadas ao sábado com o objetivo de reduzir o número de doentes em filas de espera em troca de incentivos financeiros aos profissionais de saúde — uma tendência da qual o dermatologista faz parte e não é caso isolado. No primeiro ano, 2021, realizou 64 cirurgias neste registo e no ano passado o número chegou às 234.

A evolução de cirurgias adicionais revela ainda uma quebra em 2023, ano em que fez apenas 86 operações, uma vez que só trabalhou durante quatro meses desse ano. Na passada quarta-feira, a CNN Portugal já tinha avançado que o médico tinha passado oito meses de baixa em 2023.

Além dos valores mais detalhados sobre os ganhos do dermatologista, o semanário também relatou que a situação irregular não deverá ter sido causada por uma codificação incorreta. Este processo deveria ser feito por um médico codificador, mas devido à falta de recursos não é inédito que os médicos façam a codificação das suas próprias cirurgias. No caso do dermatologista de Santa Maria, codificação estava clinicamente correta — ou seja, as cirurgias indicadas no sistema eram, efetivamente, as que o médico realizava.

O que acontecia é que os casos mais caros eram marcados como cirurgias adicionais, enquanto as cirurgias mais simples eram realizadas durante o horário normal de trabalho, ao abrigo do qual realizou, no mesmo período, quase 1500 cirurgias.

O jornal adianta que estas irregularidades fizeram soar alertas na administração do hospital que tomou medidas, como afastamento do médico codificação e o limite de severidade das operações pelas que poderia receber, assim como a realização de uma auditoria clínica, que teve resultados de “normalidade”.

[A polícia é chamada a uma casa após uma queixa por ruído. Quando chegam, os agentes encontram uma festa de aniversário de arromba. Mas o aniversariante, José Valbom, desapareceu. “O Zé faz 25” é o primeiro podcast de ficção do Observador, co-produzido pela Coyote Vadio e com as vozes de Tiago Teotónio Pereira, Sara Matos, Madalena Almeida, Cristovão Campos, Vicente Wallenstein, Beatriz Godinho, José Raposo e Carla Maciel. Pode ouvir o 2.º episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E o primeiro episódio aqui.]

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PR recorda “infatigável empenho” de Barbedo de Magalhães no apoio à causa timorense

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou esta quinta-feira a morte do professor universitário António Barbedo de Magalhães, lembrando o “infatigável empenho” no apoio à causa timorense e na defesa dos direitos humanos do povo de Timor-Leste.

Numa nota de pesar publicada na página na Internet da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou “com sentido de gratidão o infatigável empenho do professor António Barbedo de Magalhães no apoio à causa timorense e na defesa dos direitos humanos do povo de Timor-Leste”.

“O Presidente da República apresenta as mais sentidas condolências à família e amigos do professor António Barbedo de Magalhães, Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique”, pode ler-se.

António Barbedo de Magalhães, 82 anos, que nasceu na cidade da Horta, na ilha açoriana do Faial, e que foi um dos grandes apoiantes e divulgador da causa timorense durante e ocupação indonésia, morreu na quinta-feira no Hospital Fernando Pessoa, em Gondomar, disse à Lusa a nacionalista timorense Fátima Guterres.

Professor Emérito da Universidade do Porto, por decisão unânime do Senado de 22 de janeiro de 2014, Barbedo Magalhães cumpriu o serviço militar a partir de outubro de 1974 em Timor, país para o qual, já doutorado em Ciências Aplicadas pela Universidade de Gand, na Bélgica, em 1973, em Ciências Aplicadas, na área da Metalurgia, coordenou o trabalho de uma equipa luso-timorense que elaborou um projeto para a reestruturação do ensino em Timor, com vista a uma eventual independência a médio prazo.

Membro da Comissão para os Direitos do Povo Maubere, da Associação Paz e Justiça para Timor-Leste e da Comissão Organizadora das Jornadas de Timor da Universidade do Porto, além de ter organizado numerosas conferências em Portugal, Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Canadá, Brasil e outros países, é autor de sete livros sobre Timor-Leste, o último dos quais, editado pela Afrontamento em 2007, tem 3 volumes (1.000 páginas) e cerca de mais 10.000 páginas em documentos anexos, sobre a história política de Timor-Leste desde 1942 até 2007.

Pelo seu trabalho em prol da causa de Timor-Leste, foi agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique (Grande Oficial), em 10 de junho de 2000, pelo então Presidente português, Jorge Sampaio, e com a Ordem de Timor, em 20 de Maio de 2012, pelo então Presidente da República Democrática de Timor-Leste, Taur Matan Ruak.

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