Totoloto. Esta é a chave desta quarta-feira

A chave vencedora do sorteio do Totoloto desta quarta-feira, 30 de abril de 2025 é composta pelos números 8 – 25 – 27 – 28 – 44 + Número da Sorte 13.

Em jogo no primeiro prémio está um jackpot de 1,6 milhões de euros.

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A chave constante neste artigo não dispensa a consulta do site do Departamento de Jogos da Santa Casa.

Os prémios atribuídos de valor superior a 5 mil euros estão sujeitos a imposto do selo, à taxa legal de 20%, nos termos da legislação em vigor.

O Totoloto é sorteado à quarta-feira e ao sábado.

Sporting volta a perder com o Nantes e falha meia-final da Champions de andebol

O Sporting voltou a perder com o Nantes e falhou a passagem à meia-final da Liga dos Campeões de Andebol. No lotado Pavilhão João Rocha, os franceses voltaram a levar a melhor ao vencerem por 32-30.

O Sporting, campeão nacional e líder do campeonato, que chegou diretamente a esta fase com o segundo lugar no Grupo A da fase principal, não conseguiu, em casa, a reviravolta.

Depois de ter perdido fora de portas por 28-27, o Sporting sabia que tinha de vencer por dois tentos para continuar a fazer história nesta edição da Liga dos Campeões de andebol.

Num primeiro tempo equilibrado, o Nantes terminou com um golo de vantagem (16-15). No segundo tempo os franceses aumentaram a eficácia e, carregados por um inspirado Iván Pesic, guarda-redes, foram mantendo sempre a vantagem no marcador até terminar com nova vitória, agora por 32-30.

O Sporting tentava tornar-se na primeira equipa portuguesa a atingir a ‘final four’ da ‘Champions’, sendo que, no anterior formato, sem uma final a quatro concentrada, o ABC de Braga foi finalista vencido em 1993/94, face aos espanhóis do TEKA Santander.

Além do Nantes, também apurado para a ‘final four’, marcada para a cidade alemã de Colónia, em 14 e 15 de junho, está o germânico Fuchse Berlim, que bateu os dinamarqueses do Aalborg, enquanto os restantes semifinalistas vão ficar definidos na quinta-feira, com os embates entre Veszprem-Magdeburgo e FC Barcelona-Szeged.

Sporting-Nantes, 30-32: Lágrimas no João Rocha no adeus dos leões à Liga dos Campeões

Leões falham presença inédita na final-four da prova europeia

Em ambiente de euforia no Pavilhão João Rocha, onde não faltaram nas bancadas Frederico Varandas, Rui Borges e Daniel Bragança, e se cumpriu minuto de silêncio em homenagem à lenda José Carlos, recentemente falecido, o Sporting não cumpriu o sonho. Falhou uma inédita presença na Final-4 da Champions, ao perder (30-32) com o Nantes na 2ª mão dos quartos de final.

Por Alexandre Reis

Sporting vence Benfica e segue vivo na luta pelo título de voleibol

O Sporting reduziu, esta quarta-feira, a desvantagem na final do campeonato nacional de voleibol, ao vencer na Luz o Benfica por 3-1, no terceiro jogo, passando agora a perder por 2-1

Depois de terem vencido os primeiro e segundo encontros por 3-1, no Pavilhão da Luz e depois no Pavilhão João Rocha, os ‘encarnados’, pentacampeões em título, falharam a primeira oportunidade de se sagrarem já hoje campeões, tendo os leões conseguido adiar a decisão para o Pavilhão João Rocha, ao vencerem com parciais de 26-24, 25-22, 23-25 e 25-22.

O quarto encontro da final está agendado para o próximo sábado, em casa do Sporting.

Uma América pequena, isolada e capturada

Reflectia em voz alta ao conversar com um colega: os jornalistas, ao tentarem domar as suas emoções, acabam frequentemente por exagerar na autocontenção e por não conseguir chamar os bois pelos nomes, quando fazê-lo seria, na verdade, um acto de lucidez e não de descontrolo. 

Tenho-me deparado com este dilema ao longo dos 100 dias, que agora se cumprem, desta segunda era Trump. Estaria a cumprir o meu papel se não dissesse o que vejo aqui nos Estados Unidos? Estarei a conseguir explicar a gravidade de um momento histórico?

Eis o que via nos Estados Unidos: uma América evidentemente imperfeita, pejada de injustiças e contradições, mas ainda assim livre e democrática, pelo menos para uma vasta maioria da sua população. Uma economia desigual e sem uma rede suficientemente forte para amparar os que caem, mas ainda assim geradora de oportunidades que atraíam milhões de pessoas de todo o mundo. 

Uma cultura massificada e homogeneizante, mas simultaneamente rica e diversa, para lá das primeiras impressões necessariamente superficiais (há uma semana, Miguel Sousa Tavares escrevia no Expresso que lhe tinha bastado uma viagem pelos Estados Unidos para decidir que os americanos eram “uma massa uniforme de gente que juntava uma chocante ignorância a uma superior arrogância”, numa inadvertida confissão de incapacidade de superação do preconceito anti-americano).

O muito que havia a corrigir na América seria sempre passível de melhoria: a captura da política pela finança, a ausência de um sistema público de saúde, os custos proibitivos da educação, o legado económico e social da escravatura e do racismo, um sistema de imigração ineficiente que é um convite à ilegalidade, o fracasso da guerra contra as drogas, ou a contradição entre o direito individual à posse de armas e o direito à segurança de todos.

Eis agora o que vejo nos Estados Unidos: 100 dias depois de 20 de Janeiro, sabemos que Donald Trump seguiu em sentido inverso. Nenhum dos problemas de fundo foi resolvido e somam-se agora outros. Chamemos, então, os bois pelos nomes: os Estados Unidos estão hoje em rápido afastamento do seu passado democrático e cada vez mais próximos de um futuro autoritário, trocando a ambição do excepcionalismo pelo exemplo da Hungria, de El Salvador ou da Rússia. Entre os dois pólos do espectro, os EUA são hoje o que os cientistas políticos chamam de “regime híbrido”, ou o que Steven Levitsky e Daniel Ziblatt descrevem como um exemplo de “autoritarismo competitivo”: quando um regime mantém certas instituições democráticas, como a realização regular de eleições, e as combina com outras características iliberais que impedem o regular funcionamento de uma democracia plena.

A separação de poderes e os pesos e contrapesos do Estado norte-americano estão em perigo. Com a conivência do Partido Republicano, o Congresso cessou a sua produção legislativa e fiscalizadora (cinco diplomas legais aprovados em três meses) e entregou-a a Trump (mais de 140 decretos assinados na Sala Oval). E este declarou guerra ao poder judicial, apelando ao Congresso para depor juízes incómodos, ignorando veredictos e desobedecendo já ao Supremo Tribunal de Justiça no caso da deportação extrajudicial de Kilmar Abrego Garcia

Com o Departamento de Justiça e o FBI sob firme controlo, suspenderam-se as investigações aos aliados, perdoaram-se os vândalos de 6 de Janeiro e perseguem-se críticos e adversários políticos. 

A liberdade de expressão está agora fortemente condicionada num país em que se dizia e escrevia quase tudo. Há listas de palavras proibidas na administração federal e onde dela se depende, incluindo nas universidades. A Casa Branca escolhe agora a dedo quem a cobre mais de perto, trocando jornalistas por influencers republicanos. Órgãos como a NBC, a CBS ou a NPR enfrentam processos, investigações e auditorias.

A Administração Trump pune abertamente os estudantes estrangeiros pró-palestinianos pelo que dizem, escrevem e pensam. Mahmoud Khalil diz-se um “preso político” e o secretário de Estado Marco Rubio dá-lhe razão quando declara que pode deter e expulsar estrangeiros cujas “crenças passadas, actuais ou esperadas, declarações ou associações que de outra forma serão legais” comprometam “o interesse da política externa dos EUA”.

O caso de Khalil, de Rumeysa Ozturk ou de Mohsen Mahdawi não podem ser vistos como um problema exclusivo de estrangeiros, ainda por cima defensores de causas pouco populares nos EUA. Pelo contrário, revelam que o compromisso do Governo norte-americano com a liberdade de expressão não é incondicional e que castigará quem possa. 

Dizendo de outra forma: o Governo norte-americano só não cala os seus cidadãos porque não pode; não porque não queira. E essa ameaça é perceptível nas conversas com amigos e conhecidos, nas contas nas redes sociais apagadas ou fechadas a cadeado. Na falta de resposta a emails de um jornalista, agora a regra quando antes era a excepção.

Governo, esse, constituído por quem mais pagou para lá estar. Elon Musk, que investiu mais de 260 milhões de dólares na campanha eleitoral de Trump, tem hoje a cargo o corte e redesenho de um Estado que continuará a pagar outros tantos milhões às suas empresas. Linda McMahon deu 21 milhões e é agora gestora liquidatária do Departamento de Educação. Howard Lutnick doou nove milhões e é agora secretário do Comércio. Outros seis membros do executivo fizeram donativos milionários.

Outra porta de entrada no Governo: a Fox News, de onde veio Pete Hegseth, que partilha informação classificada do Pentágono em grupos da aplicação Signal. Outra porta ainda: o universo de empresas de Musk e de outros aliados de Trump, e que agora ocupam lugares de relevo na Defesa, na NASA e noutros departamentos e agências com extensas listas de compras ao sector privado. Quem não cabe no Governo e na administração federal: milhares de funcionários de carreira, de peritos, cientistas, diplomatas e advogados, despedidos ou destratados até que saiam pelo próprio pé.

A promessa da meritocracia caiu, a da transparência e da eficiência também. Os dados dos cortes anunciados pelo chamado Departamento de Eficiência Governamental de Musk estão pejados de erros e embrulhados em alegações vagas de “fraude, desperdício e abuso”. Há beneficiários da Segurança Social a tentar reaver os seus benefícios depois de terem sido declarados mortos por engano. Há verbas canceladas ilegalmente, com efeitos catastróficos e irreversíveis na ajuda internacional (a USAID foi o tubo de ensaio para o assalto generalizado do DOGE ao Estado), na saúde pública (hoje a cargo de um negacionista da ciência, Robert F. Kennedy Jr.), na ciência e nas comunidades locais. 

Sarah Huckabee Sanders, antiga porta-voz de Trump que agora governa o Arkansas, implora por fundos federais para as cidades destruídas pelos tornados de Março. Congressistas e senadores republicanos tentam fazer chegar ao Presidente e a Musk, que por vezes se confundem, pedidos de desbloqueio de verbas para as comunidades que representam. “Temos todos medo… Fico frequentemente ansiosa por usar a minha voz porque a retaliação existe”, declarou em Abril a senadora republicana do Alasca, Lisa Murkowski. 

Mas a “revolução” prossegue e Trump não abdicará do “poder da carteira”. Congelou milhares de milhões a universidades previamente declaradas como “o inimigo”, sob o pretexto de uma luta contra o anti-semitismo ou em represália pela recusa de excluir pessoas transgénero do desporto universitário ou de abolir programas de promoção da inclusão. Mas para a Starlink de Musk haverá dinheiro.

A “América grande outra vez” de Trump é afinal uma América mais pequena e mais isolada. Uma política alfandegária de base e de propósitos ainda pouco claros esvaziou os cargueiros que atravessavam o Pacífico entre a China e a Califórnia. Washington alienou os seus mais próximos e antigos aliados, ameaçando agora anexar o Canadá e a Gronelândia dinamarquesa. Os turistas trocam cada vez mais os Estados Unidos por outras paragens perante as notícias de detenções aparentemente arbitrárias.

É, de momento, também menos próspera e menos confiante: o Produto Interno Bruto norte-americano recuou 0,3% no primeiro trimestre de 2025 e o índice de confiança dos consumidores medido pela Universidade do Michigan recuou 32% entre Janeiro e Abril, no seu maior tombo desde 1990. O gambito económico de Trump até poderá vir a surtir efeito, mas dependerá de uma confiança que foi trocada por uma instabilidade permanente incutida nos mercados.

Em 100 dias, chegámos aqui. Resta a dúvida sobre os próximos 1461. As sondagens apontam que o segundo estado de graça de Trump se esgotou em meados de Março. O ano de 2026 trará, em teoria, uma oportunidade para a oposição democrata retomar o controlo do Congresso nas eleições intercalares e começar a condicionar a acção da administração republicana. Ou, a dado momento, a erosão da popularidade de Trump (e de Musk) poderá levar o próprio Partido Republicano a encetar um processo de distanciamento. Por agora, são cenários no campo do wishful thinking

Ricardo Costa: «A tristeza tem de dar lugar ao orgulho. Fizemos sonhar os nossos adeptos»

As declarações do treinador do Sporting após eliminação nos ‘quartos’ da Liga dos Campeões de andebol

Apesar da eliminação nos quartos de final da Liga dos Campeões, Ricardo Costa mostrou-se muito satisfeito com tudo aquilo que os seus jogadores fizeram na eliminatória frente ao Nantes. Ainda assim, em declarações no final da partida (30-32) no Pavilhão João Rocha, o técnico do Sporting assumiu ser “duro” dizer adeus à competição europeia.

“A tristeza tem de dar lugar ao orgulho. Fizemos sonhar os nossos adeptos, mas é, realmente, duro. Temos de aceitar. O Nantes, nestes dois jogos, foi melhor do que nós em algumas coisas, principalmente no controlo das emoções. Precisamos de crescer nesse aspeto. Era o nosso primeiro ano na Liga dos Campeões. Há muitas coisas para conquistar. Eu sei que é duro, subimos muito alto, mas a queda não nos pode fazer desistir”, disse o treinador dos leões.

Já Andrè Kristensen realçou o sentimento de orgulho que existe na equipa pelo trajeto. “Estamos muito desapontados, porque estivemos muito perto, mas temos de estar orgulhosos da campanha que fizemos. Para todos na equipa foi a primeira vez na Liga dos Campeões e eu acredito que vamos voltar a competir outra vez a este nível. Temos de aprender com isto”, atirou.

Por Record com Lusa

Deepfakes atingem novo nível assustador: já imitam batimentos cardíacos

Nova camada de realismo nos vídeos falsos gerados por IA, que agora fintam a deteção dos batimentos cardíacos humanos reais, segundo um novo estudo. “Agora, só porque uma pessoa tem um pulso mensurável num vídeo, isso não significa que possamos assumir que ela é real”. A cada dia que passa, a Inteligência Artificial (IA) torna-se mais realista, e a tecnologia deepfake acaba de atingir um novo, assustador marco para evitar ferramentas de deteção, desestabilizado ainda mais a ténue linha entre o bem e o mal. Segundo um estudo publicado esta quarta-feira na Frontiers in Imaging, a tecnologia deepfake gerada por

Uma vida extra pelo título: Sporting vence na Luz, “força” jogo 4 e impede hexacampeonato do Benfica

Começou de uma forma diferente, podia terminar da maneira do costume. O panorama nacional do voleibol voltou esta temporada a ter Benfica e Sporting à frente de qualquer concorrência mas, ao contrário daquilo que se viu nas últimas épocas, os leões queriam mostrar outros argumentos na luta por troféus apresentando uma equipa renovada que conquistou a Supertaça de Portugal e a Supertaça Ibérica além de vencer também o primeiro encontro frente ao rival na fase inicial do Campeonato. Depois, na fase decisiva, tudo mudou. E, na sequência de um triunfo fora que valeu a vantagem do fator casa no playoff final, os encarnados podiam fechar a conquista do sexto título seguido já no jogo 3 da decisão em pleno Pavilhão da Luz.

“Temos feito uma boa série e temos um desempenho que é considerável nos dois primeiros jogos. Claro que oscilando em alguns setores – cada jogo apresenta algum tipo de oscilação –, mas estamos focados em fazer um bom jogo, sabendo da dificuldade que vai ser. O Sporting vem para o jogo do tudo ou nada mas temos a primeira oportunidade de tentar fechar a série. O jogo é em casa, onde trabalhamos, com o apoio dos nossos adeptos. Vamos com tudo para fechar a série nesta primeira oportunidade. O que fizemos, temos de fazer melhor porque o Campeonato vai ser jogado e ganho na quadra. É preciso continuar a monitorizar tudo. A equipa é experiente, é madura e vai estar bem preparada”, apontara Marcel Matz, treinador das águias.

“Os curtos espaços de tempo entre cada jogo obrigam a recuperar e avaliar os jogadores, e afinar estratégias do que correu menos bem e do que podemos fazer melhor. Temos de apresentar níveis ofensivos mais homogéneos e elevados. É um aspeto crítico. Não falhámos tanto no primeiro encontro mas no segundo foi algo que nos deixou mais longe da imagem que queremos deixar e da competitividade que queremos apresentar, o que nos aproximaria bastante mais do que queremos: ganhar. Não temos nada a perder e vamos tentar espelhar a nossa época e não os últimos dois jogos. Queremos uma atitude e agressividade diferentes, não nos podemos deixar levar pela emoção. Temos de pensar ponto a ponto e ganhar. Não pensamos muito no que o adversário possa fazer, mas sim em nós”, destacara João Coelho, técnico dos leões.

Os dados estavam lançados depois dos dois triunfos iniciais do Benfica, no jogo 1 a perder o primeiro set mas a recuperar os índices ofensivos até ao 3-1 e no jogo 2 a mostrar-se quase sempre melhor do que os rivais para fechar com novo 3-1. Agora, o filme foi diferente e apareceu a versão do Sporting no início da época, com uma exibição regular e bem mais conseguida a todos os níveis que levou a decisão para o jogo 4.

Depois de um início equilibrado de jogo, com as duas equipas quase numa fase de estudo, o Benfica soube aproveitar mais uma vez a maior variedade de recursos ofensivos para ganhar um ligeiro avanço de dois pontos mas o Sporting, com um serviço agressivo e um crescendo na receção e no bloco, não só recuperou como passou para a frente, fechando o set inicial com 26-24 na sequência de mais um grande serviço de Valência. Apesar da situação de desvantagem no contexto da final, a equipa de João Coelho dava uma boa resposta a um jogo sem margem de erro, prolongando o ascendente também no segundo set (25-22).

A perder por 2-0 num encontro onde podia fazer a festa, Marcel Matz procurava novas soluções para poder inverter o cenário e evitar um jogo 4 no Pavilhão João Rocha. Procurou, encontrou: o Benfica começou de outra forma o terceiro parcial, chegou a ter três pontos de vantagem mas voltou a claudicar num momento chave, permitindo que o Sporting conseguisse de novo empatar com um parcial de 3-0 que deixava tudo em aberto para a fase decisiva do set, altura em que os leões chegaram ao 23-22 antes do 25-23 das águias. A Luz voltava a acreditar, com esse apoio das bancadas a fazer-se sentir de forma mais audível num arranque de quarto parcial favorável para os encarnados, mas foram mesmo os visitantes a levar a melhor por 25-22, com os últimos pontos das duas equipas a saírem de pedidos de revisão do VAR com sucesso.

Aberta a época dos golaços. Barcelona e Inter empatam numa noite épica na Catalunha

Num jogo de loucos, com golaço atrás de golaço, Barcelona e Inter de Milão empataram a três golos, na Catalunha, na primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões.

O jogo começou de forma fantástica para os italianos, que vivem momento conturbado na Serie A ao perderem a liderança para o Nápoles. No primeiro minuto de jogo, Marcus Thuram abriu o marcador com um desvio de calcanhar impressionante.

20 minutos depois, o 2-0 e um gigante balde de água gelada no estádio. Dimarco bateu um canto da esquerda, Acerbi cabeceou e Dumfried apanhou a bola no ar, com um remate acrobático e fulminante.

Os dois golos irritaram o pequeno enorme génio do Barcelona. Lamine Yamal, de 17 anos, decidiu que isto não iria ficar por ali e o primeiro do Barcelona chegou dois minutos depois.

A partir da direita, fugiu a Thuram, fintou Mkhitaryan como se o arménio nem tivesse uma palavra a dizer na questão e remate colocado. Bateu no poste e entrou. Em muitos aspetos, parece que o vetereno é Yamal e os adversários é que são os jovens.

O empate chegaria ainda antes do intervalo. Pedri fez um incrível passe para o segundo poste aos 38 minutos, Raphinha amorteceu de cabeça e Ferrán Torres encostou para um grande golo coletivo.

A segunda parte reduziu ligeiramente o ritmo, mas não faltaram chances. Ainda durante o intervalo, o ex-Porto Mehdi Taremi foi lançado para o lugar de Lautaro Martínez, que saiu em dificuldades físicas.

Aos 62 minutos, Dumfries voltou a marcar e novamente de forma oportunista na sequência de um canto. Çalhanoglu cruzou e o holandês cabeceou para o fundo da baliza.

A grande noite do Inter de Milão não ia ser suficiente. Um minuto depois, em mais uma incrível jogada do Barcelona com um canto cobrado para a entrada da área, Yamal deixou a bola passar pelo meio das pernas e Raphinha rematou de longe.

A bola bateu na trave, ressaltou nas costas de Yann Sommer e entrou na própria baliza. Um golo com sorte (ou azar dos italianos) à mistura.

Não faltaram grandes oportunidades para lá dos golos: Mkhitaryan ainda marcou um quarto, anulado pelo VAR por fora de jogo, e Yamal enviou duas bolas ao ferro. Um jogo para mais tarde recordar. Já a eliminatória decide-se na próxima terça-feira, em Milão.

Espinho: PS local inviabiliza relatório de contas da Câmara do próprio executivo

A presidente da Câmara de Espinho, eleita pelo PS, classificou de “vergonhosa manobra eleitoral” a abstenção da bancada socialista da Assembleia Municipal e consequente chumbo do relatório de contas da autarquia, que é liderada por esse mesmo partido.

Em causa está o concelho do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto que desde janeiro de 2023 vem sendo gerido por Maria Manuel Cruz, que era a número 3 do PS nas eleições autárquicas de 2021 e subiu ao poder após a detenção de Miguel Reis no âmbito do caso Vórtex e a subsequente renúncia do número 2 da mesma lista.

Também é esse o município onde o PS escolheu para cabeça-de-lista local nas próximas autárquicas o atual presidente da concelhia socialista, Luís Canelas, que foi vice-presidente no executivo da própria Maria Manuel Cruz até anunciar em fevereiro que ia concorrer contra a autarca – que admite ser candidata a título próprio – e ela lhe retirar a confiança política e os respetivos pelouros.

É assim nesse contexto específico que a presidente da Câmara diz, em comunicado à Lusa, que o posicionamento dos deputados do PS na Assembleia Municipal de terça-feira – face ao contra de PSD, CDU e BE – foi “particularmente insólito e desprovido de sentido”, na medida em que reflete a falta de apoio do partido aos seus próprios eleitos.

“O documento do Relatório e Contas da Câmara Municipal referente ao ano de 2024 foi ontem chumbado na Assembleia Municipal numa vergonhosa manobra política, partidária e eleitoral que em nada serve os interesses de Espinho nem dos Espinhenses”, acusa a autarca.

Defendendo que a prestação de contas de 2024 “é inequívoca”, foi “certificada por revisor oficial” e cumpre o princípio do equilíbrio orçamental, Maria Manuel Cruz realça: “Reforçámos a poupança corrente, não contraímos nova dívida bancária e tivemos um saldo de gerência de 8,8 milhões de euros, sinais claros de recuperação, reforço da capacidade de resposta da Câmara Municipal e consolidação de uma gestão mais equilibrada, rigorosa e sustentável”.

Para a autarca, “o futuro” de Espinho e da Câmara Municipal está, por isso, a ser “utilizado como arma de arremesso e guerrilha partidária por aqueles que, na falta de visão e ideias para o concelho, continuam a querer afirmar-se na vida política sem a maturidade e a responsabilidade que a exigência do compromisso com os espinhenses exige”.

Já o comunicado remetido à Lusa pelo candidato e presidente da concelhia local do PS, Luís Canelas, afirma: “É lamentável que a presidente da Câmara tenha optado por transformar a votação da prestação de contas de 2024 numa operação de vitimização e propaganda política completamente eleitoralista, ignorando os verdadeiros motivos que levaram à abstenção do PS e dos presidentes de junta de freguesia, e ao voto contra dos partidos da oposição”.

Salientando que a abstenção não quis negar “o mérito ao trabalho técnico dos serviços municipais”, o documento do PS atribui antes o seu sentido de voto à falta de liderança, responsabilidade política e transparência da presidente da Câmara, acusando-a de “continuar a governar sem prestar contas à oposição, aos vereadores eleitos e à Assembleia Municipal”.

“A tentativa de colar o chumbo destas contas ao PS é um ato de desonestidade política”, diz o comunicado de Luís Canelas. “A presidente promoveu alterações relevantes ao orçamento de 2024 de forma unilateral, sem procurar aprovação quer do restante Executivo quer da Assembleia, e o próprio Revisor Oficial de Contas do município, em documento próprio, não esconde os sinais preocupantes de falta de clareza e sustentabilidade, sublinhando que a narrativa de sucesso que a presidente tenta vender à pressa não corresponde à realidade financeira do concelho”.

Em conclusão, o PS declara que “a responsabilidade pela má gestão e instabilidade política [na autarquia] é exclusivamente da presidente da Câmara”, que opera por via “autocrática, governa de forma opaca, ignora os alertas, impede o normal funcionamento das instituições e utiliza os recursos do Município ao serviço de uma agenda pessoal e eleitoral”.

A Lusa solicitou à Câmara o relatório de contas e outros dados, mas esses não foram disponibilizados.

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