Qual Estado da Palestina Netanyahu ri-se dos europeus – e anuncia ofensiva contra a cidade de Gaza

Será “muito em breve”, avisa o primeiro-ministro de Israel, que assegura que o plano não tem como objetivo ocupar Gaza. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou neste domingo que Israel vai lançar “muito em breve” uma ofensiva contra a cidade de Gaza e os campos de refugiados que considera bastiões do Hamas, afirmando que esse plano “não visa ocupar Gaza”. Benjamin Netanyahu disse que este novo plano de Israel é a “melhor forma de pôr fim à guerra” que se prolonga há 22 meses em território palestiniano, indicando que a ideia de conquistar a cidade de Gaza “não visa ocupar

Mais sombras ou jardins: como as cidades podem ficar mais frescas no calor

As projecções têm vindo a mostrar um caminho que parece estar a ser certeiro: as ondas de calor serão cada vez mais frequentes, duradouras e intensas em cidades mediterrânicas. Como se pode então reduzir o desconforto térmico, sobretudo para quem tem de trabalhar ou fazer actividades ao ar livre? Uma equipa de investigadores, que tem a coordenação científica da Universidade de Coimbra, está a testar soluções para diminuir o calor extremo sentido no exterior. Lisboa é um dos sítios em estudo no projecto, que tem financiamento europeu, mas as estratégias encontradas poderão vir a aplicar-se noutros locais, como no Porto.

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Adidas e Willy Chavarria acusados de apropriação cultural de sandálias mexicanas

O México está a pedir que a Adidas pague uma multa depois do designer mexicano-americano Willy Chavarria ter lançado umas sapatilhas inspiradas numa sandália indígena tradicional em colaboração com a gigante alemã de calçado. O criador já pediu desculpa por não ter “honrado” a comunidade artística de Oaxaca.

Chavarria, que tem sido aclamado nos Estados Unidos pelo activismo na moda, trazendo à tona questões ligadas à comunidade hispânica nos EUA — incluindo uma colecção controversa que aborda os supostos membros de gangues presos na famosa prisão CECOT, em El Salvador —, lançou recentemente o Oaxaca Slip On, uns ténis de sola coberta com o tecido das sandálias mexicanas huarache.

Mas não demorou até estalar a polémica: o sapato usa o nome do estado do sul do México, um grande fabricante das tradicionais sandálias de couro, enquanto o design de Chavarria é produzido na China, sem que os artesãos indígenas tenham recebido qualquer benefício por parte da multinacional.

“As grandes empresas muitas vezes pegam em produtos, ideias e designs das comunidades indígenas”, declarou a Presidente do México, Claudia Sheinbaum, em conferência de imprensa na passada sexta-feira. “Estamos a analisar a parte legal para poder apoiá-los [aos artesãos].”

A vice-ministra da Cultura, Marina Nunez, confirmou que a Adidas entrou em contacto com as autoridades de Oaxaca para discutir a “restituição às pessoas que foram plagiadas”.

Entretanto, Chavarria também veio a público dizer estar “profundamente arrependido de se ter apropriado do design e não ter desenvolvido uma parceria directa e significativa com a comunidade de Oaxaca”.

Willy Chavarria com os ténis da Adidas
DR

A abordagem ficou aquém do respeito que a comunidade merecia, reconheceu, afirmando que a sua intenção sempre foi “honrar o poderoso espírito cultural e artístico de Oaxaca e das suas comunidades criativas”, acrescentou em comunicado.

A Adidas ainda não reagiu oficialmente à polémica. As sapatilhas Oaxaca não aparecem na loja online de Willy Chavarria, nem na da Adidas.

A propósito do lançamento da colecção, Chavarria, nascido nos Estados Unidos, filho de mãe irlandesa-americana e pai mexicano-americano, disse à Sneaker News, que pretendia celebrar a sua herança cultural neste trabalho. Os ténis partiam da sandália mexicana huarache, mas evoluíam para uma silhueta do street style norte-americano, explicou.

A disputa é a mais recente contenda do México para proteger seus designs tradicionais de empresas de moda globais, tendo anteriormente apresentado queixas contra a Inditex, proprietária da Zara, e a Louis Vuitton.

Os casos de apropriação cultural não são uma novidade na moda de luxo e, recentemente, a Prada foi acusada de plagiar o design dos chinelos indianos Kolhapuri, do estado de Maharashtra, que aproveitaram a oportunidade de atenção internacional para impulsionar a venda dos originais. Em Portugal, o caso mais mediático aconteceu em 2021 com a camisola poveira replicada pela norte-americana Tory Burch sem qualquer menção à origem da peça da Póvoa de Varzim.

Faltaram ao exame e ficaram retidas no secundário. Alunas culpam “informação incorreta” de professora

A professora disse às alunas que poderiam faltar aos exames que não precisavam para ingressar no Ensino Superior, mas as estudantes acabaram por chumbar devido às faltas. Quatro estudantes da Escola Secundária de Ponte de Lima ficaram retidas no ensino secundário depois de seguirem a orientação da diretora de turma, que lhes terá garantido que poderiam faltar ao exame de Geometria Descritiva sem prejuízo na avaliação. A situação, contestada pelos pais, está agora nas mãos do Ministério da Educação e da Inspeção-Geral da Educação. A polémica começou no ano letivo de 2023/2024, quando uma das alunas, no 11.º ano, questionou

Uma família de neandertais passou por um mau bocado na Gruta de El Sidrón

Ossos de uma família de 13 pessoas encontrados em Espanha mostra que as suas mortes estiveram longe de ser naturais: crânios fraturados e cortes precisos revelam que morreram de forma violenta às mãos de outro grupo de neandertais. E depois, as coisas pioraram ainda mais. Há trinta mil anos, os humanos tornaram-se a última espécie humana sobrevivente. A nossa espécie-irmã, Homo neanderthalensis, resistira mais tempo do que todas as outras, mas, por fim, também desapareceu. Restou apenas o Homo sapiens. O destino dos neandertais é a aproximação mais real que teremos de saber como é ver uma espécie humana ser

Ataques de spoofing crescem em Portugal. Instituições reforçam alertas

O spoofing apareceu em Portugal no ano passado e, desde então, tem sido cada vez menos comum não conhecermos uma pessoa que já tenha sido alvo de uma tentativa de burla. Em Itália, os números falsos vão começar a ser bloqueados. O spoofing consiste na falsificação/roubo de uma entidade como email, número de telefone, site, endereço IP, entre outros, para dar uma aparência de legitimidade e de confiança naquele contacto, tendo em vista iludir a vítima. Os casos mais recorrentes de spoofing são por email, chamadas e SMS assinadas com o nome, por exemplo, de instituiões bancárias ou empresas conhecidas.

Incêndios. O pior dia do ano: a coragem que falta, os governantes que não vão ao terreno

Trancoso, Covilhã, Vila Real ou Moimenta da Beira: populações assustadas, bombeiros não conseguem estar em todo o lado. Este domingo foi um dia muito complicado, no que diz respeito a incêndios em Portugal. Em vários pontos do Norte e do Centro do país: Trancoso, Penacova, Vila Real, Moimenta da Beira, Ribeira de Pena ou Covilhã. Foi mesmo o pior dia dos incêndios deste ano, resume o Correio da Manhã, que relata o desespero de muitos habitantes locais – a correr de um lado para o outro, com baldes, com mangueiras. E sempre a olhar em duas direcções: uma, para ver

Adeptos do Crystal Palace cancelaram minuto de silêncio em homenagem a Diogo Jota e André Silva

Dada a ordem para o minuto de silêncio por parte do árbitro Chris Kavanagh, esperava-se que tudo decorresse como é suposto na Supertaça de Inglaterra. Seriam homenageados Diogo Jota e André Silva durante aqueles 60 minutos silenciosos.

Mas não foi assim. Uma zona do estádio com adeptos do Crystal Palace começou a manifestar-se. E os seguidores do Liverpool reagiram (e também do Palace, convém, dizer, a exigir respeito pelos futebolistas). Depois de apenas 20 segundos, Kavanagh interrompeu a homenagem em Wembley aos irmãos que perderam a vida, em julho, num acidente de viação.

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O treinador dos reds, Arne Slot, afirmou ser um homem “positivo” e disse que a ação não terá sido planeada e que não terá havido má intenção, admitindo até que o adepto ou os adeptos em questão não se terão apercebido do minuto de silêncio. “Eu olho para o respeito que o Diogo e o André tiveram pelo mundo fora.”

Van Dijk disse estar “desiludido” no final da partida, que até sorriu aos de Londres, nos penáltis. “É a única coisa que posso dizer. Muita gente tentou abafar a situação, mas obviamente isso não ajudou. É o que é.”

O central neerlandês lembrou que é impossível controlar uma multidão de 80 mil pessoas. “Se essas pessoas vão para casa e vão felizes com elas próprias, então…”

O Crystal Palace venceu o primeiro troféu da temporada no mítico Wembley, em Londres. O Liverpool até esteve em vantagem em duas ocasiões, com golos dos reforços Hugo Ekitiké e Jeremie Frimpong, mas Jean Mateta e Ismaila Sarr deixaram tudo empatado e levaram o jogo para os penáltis.

Anas al-Sharif, o jornalista da Al-Jazeera morto por Israel sob acusações de ser líder de uma célula terrorista do Hamas

Em dezembro de 2023, Anas al-Sharif já tinha visto o seu pai ser morto por um ataque israelita na casa da família no campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, recusando-se então a abandonar o território ou a parar a cobertura da guerra. Agora, foi o próprio jornalista da Al-Jazeera ser morto por um ataque de um drone das IDF no fim de semana e que atingiu uma tenda que albergava repórteres junto ao hospital de Al Shifa, em Gaza, provocando oito feridos e sete mortos, dos quais quatro eram jornalistas da estação árabe.

Anas al-Sharif, de 28 anos, era um dos rostos mais mediáticos da Al Jazeera em Gaza e a sua morte não foi um acidente, já que as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) visaram o jornalista sob a acusação de liderar “uma célula terrorista do Hamas”, além de ser alegadamente “responsável por promover ataques com foguetes contra civis israelitas e forças das IDF”.

Na rede social X, as IDF divulgaram informações e documentos com o intuito de provar a ligação de al-Sharif ao Hamas, considerando que “um cartão de imprensa não é um escudo para o terrorismo”. Israel já tinha lançado anteriormente a acusação de ligações a terroristas sobre o jornalista, mas al-Sharif e a estação Al Jazeera já tinham desmentido a alegação, enquanto defensores dos direitos humanos vincaram que o jornalista foi atacado devido à cobertura jornalística da linha da frente da guerra.

De igual modo, a relatora especial da ONU para a liberdade de expressão, Irene Khan, criticou então a acusação israelita de ligações ao Hamas, considerando-a uma “alegação infundada” e um “ataque flagrante aos jornalistas”.

Na reação ao ataque — que vitimou ainda o correspondente Mohammed Qreiqeh e os repórteres de imagem Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa —, a estação sediada no Qatar enalteceu al-Sharif como “um dos jornalistas mais corajosos de Gaza” e defendeu que o ataque israelita constituiu “uma tentativa desesperada de silenciar vozes em antecipação à ocupação de Gaza”.

O Comité de Proteção dos Jornalistas manifestou-se “chocado” com a morte dos profissionais neste ataque israelita, algo que al-Sharif assumiu em julho estar à espera de que pudesse acontecer, confessando estar a viver com a “sensação de que poderia ser bombardeado a qualquer momento”.

“O padrão de Israel de rotular jornalistas como militantes sem fornecer provas credíveis levanta sérias questões sobre a sua intenção e respeito pela liberdade de imprensa”, afirmou a  diretora regional do CPJ, Sara Qudah, lembrando que os “jornalistas são civis e nunca devem ser alvo de ataques” por parte de Israel.

Já depois da morte de al-Sharif, foi partilhada na sua conta na rede social X uma mensagem que a Al Jazeera esclareceu ter sido escrita a 6 de abril e na qual o jornalista expressou dor e sofrimento na sua atividade, mas que foi fiel à transmissão da verdade, “sem distorção ou falsificação”.

“Alá pode testemunhar contra aqueles que permaneceram em silêncio, aqueles que aceitaram a nossa morte, aqueles que sufocaram a nossa respiração e cujos corações não se comoveram com os restos mortais espalhados das nossas crianças e mulheres, não fazendo nada para impedir o massacre que o nosso povo enfrenta há mais de um ano e meio”, referiu.

Al-Sharif, que cobriu o conflito em Gaza praticamente desde o ataque do Hamas no dia 7 de outubro de 2023, deixa mulher e dois filhos.

Três mortos em ataque terrorista a aldeia em Cabo Delgado

O Instituto de Psicologia Paz de Moçambique (IPPM) alertou esta segunda-feira que problemas logísticos e a insegurança em Cabo Delgado estão a dificultar a assistência humanitária a deslocados, vítimas de ataques terroristas naquela província do norte do país.

Num relatório sobre a situação no terreno, com dados até 9 de agosto, aquela Organização Não-Governamental (ONG) refere que a situação em Chiúre, sul da província de Cabo Delgado, epicentro da nova onda de ataques de terroristas desde finais de julho, “mantém-se instável”, embora “sem registo de novos ataques no distrito desde 03 de agosto”.

Naquele distrito, um local — Samora Machel/N’rehil — que reúne 1.332 famílias deslocadas “permanece sem assistência”, por “dificuldades de segurança e logística em fazer chegar o apoio humanitário”.

“Registaram-se novos ataques pontuais em Mocímboa da Praia, Macomia e Ancuabe nos dias 07 e 08 de agosto, gerando novos deslocados internos em Metoro e Ancuabe”, alerta-se no relatório.

Acrescenta-se que a população deslocada de Chiúre concentra-se nos centros de transição de Namicir e Micone, duas escolas na vila sede, e de reassentamento de Megaruma, Maningane, com “sinais de cansaço, desconfiança e fragmentação das unidades familiares, por opção própria, nos processos de realocação”.

“As operações das Forças de Defesa e Segurança prosseguem com o objetivo de garantir a segurança de todos e restaurar a confiança nas zonas rurais, criando condições mais seguras para a expansão da resposta humanitária”, reconhece ainda o IPPM no mesmo relatório.

O último balanço global, de 04 de agosto, da Organização Internacional para as Migrações (OIM) aponta para mais de 57 mil deslocados desde a última semana de julho, devido à nova onda de ataques terroristas na província de Cabo Delgado.

O IPPM alerta para “três pontos críticos exigem atenção imediata” devido à situação destes deslocados, envolvendo quase 14.000 famílias que deixaram as suas aldeias para trás, desde logo o “trauma coletivo e hiper-reatividade nas comunidades, exigindo expansão dos serviços de apoio psicossocial”.

Também aponta a existência de “ocupações irregulares” em Chiúre Velho, alvo dos primeiros ataques nesta nova onda de violência, “e perda de registo de beneficiários”, bem como a “fragmentação familiar nas realocações”, incluindo o “recrutamento de menores nos campos de transição”.

A Lusa noticiou no sábado que dois paramilitares “naparamas” e um popular foram mortos por alegados terroristas na aldeia de Nankumi, distrito de Ancuabe, província moçambicana de Cabo Delgado, segundo fontes da comunidade.

O ataque aconteceu na noite de quinta-feira, a cerca de cinco quilómetros da localidade de Sunate (Silva Macua), e culminou com a morte das três pessoas, após a invasão da comunidade pelos rebeldes, relataram as fontes.

“Mataram três pessoas, dois naparamas, sendo um comandante e um civil”, disse uma fonte a partir de Silva Macua.

Acrescentou que, os corpos dos “naparamas” foram encontrados no mesmo dia, a escassos quilómetros da aldeia, e na sexta-feira foi encontrado o terceiro corpo.

Localizada ao longo da estrada Nacional 1, a aldeia de Nankumi acolhe deslocados da insurgência que afeta Cabo Delgado, tendo esta incursão precipitado a fuga de famílias para Silva Macua.

Elementos associados ao grupo extremista Estado Islâmico reivindicaram no mesmo dia novos ataques nos distritos de Ancuabe e Balama, com pelo menos uma pessoa decapitada, num momento de crescente violência.

O ministro da Defesa Nacional admitiu no final de julho preocupação com a onda de novos ataques em Cabo Delgado — conflito que desde 2017 já provocou mais de um milhão de deslocados —, adiantando que as forças de defesa perseguem os rebeldes armados.

“Como força de segurança não estamos satisfeitos com o estado atual, tendo em conta que os terroristas nos últimos dias tiveram acesso às zonas mais distantes do centro de gravidade que nós assinalámos”, disse Cristóvão Chume.

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