O tamanho importa África apoia campanha para ficar maior nos mapas


A União Africana é a mais recente apoiante da campanha “Correct The Map” (Corrigir o Mapa), uma coligação que pretende convencer governos e organizações internacionais a trocar de mapas para representar de forma fiável o continente de África.
Os mapas são representações complexas da Terra. Não só são políticos — tanto nas fronteiras como nos nomes utilizados, como sublinhou Donald Trump quando quis mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América” —, como obrigam a escolhas para projetar a superfície de uma esfera num plano.
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O mapa mais conhecido, utilizado por governos e manuais escolares, é a projeção de Mercator, desenhada pelo geógrafo flamengo Gerardus Mercator, em 1569. Foi já no século XVIII que se tornou o mapa padrão na navegação marítima, devido à representação dos meridianos e paralelos como linhas retas.
No entanto, essa opção pela facilidade de navegação leva à distorção do tamanho dos continentes. Os continentes perto dos pólos, como a América do Norte e a Gronelândia, aparecem maiores, enquanto a África e a América do Sul, por onde passa a linha do Equador, ficam reduzidos face à realidade.
Essa perceção, que foi aumentando ao longo do século XX, levou à procura de outras projeções, chamadas de projeções equivalentes — devido à intenção de manter a área constante em toda a representação, e assim reduzir a distorção. Talvez nunca essa procura tenha tido tanta exposição pública como quando fez parte de um episódio da série “The West Wing” (“Os Homens do Presidente”, em português), visto por mais de 18 milhões de pessoas, em que a fictícia “Organização de Cartógrafos para a Igualdade Social” vai à Casa Branca apresentar uma nova projeção para os mapas.