Mais de 150 detidos em Londres num novo protesto de apoio à Palestine Action

Mais de 150 pessoas foram detidas este sábado em Londres na sequência de um protesto contra a proibição da organização não governamental (ONG) pró-palestiniana Palestine Action, naquela que foi a maior manifestação desde que o grupo foi banido no início de julho ao abrigo de uma lei antiterrorismo do ano 2000.

Segundo o jornal The Guardian, a polícia metropolitana londrina chamou inclusivamente outras forças de segurança para conseguir uma “presença policial significativa” na capital britânica, face à existência de diversas ações de protesto no fim de semana.

A praça diante do parlamento britânico foi o epicentro dos protestos, numa manifestação organizada pelo grupo de campanha Defend Our Juries, com os manifestantes a empunharem cartazes que faziam referência ao Palestine Action.

A proibição significa que ser membro ou apoiar a organização Palestine Action é um crime punível com uma pena até 14 anos de prisão, ao abrigo da Lei do Terrorismo de 2000.

“O ministro do Interior deixou claro que a proibição da Palestine Action não tem a ver com a Palestina, nem afeta a liberdade de protestar pelos direitos palestinianos”, adiantou antes do protesto um porta-voz do Ministério do Interior.

Os advogados desta ONG têm argumentado que a proibição representa “um abuso autoritário” de poder, segundo a BBC.

O atual Governo do Reino Unido, liderado por Keir Starmer, promoveu a ilegalização do grupo após um ataque a uma base aérea, no qual vários ativistas grafitaram aeronaves militares, com as autoridades a estimarem prejuízos no valor de 7 milhões de libras (8,1 milhões de euros).

O vice-comissário adjunto da Polícia Metropolitana, Ade Adelekan, realçou a experiência da Polícia Metropolitana “com protestos em grande escala, incluindo aqueles em que a atividade de protesto se transforma em criminalidade, exigindo detenções”.

“Teremos os recursos e os processos necessários para responder a qualquer eventualidade. Qualquer pessoa que demonstre apoio à Palestine Action pode esperar ser presa. Mais uma vez, exorto as pessoas a considerarem a gravidade desse resultado. Uma prisão ao abrigo da Lei do Terrorismo pode ter implicações muito reais a longo prazo”, acrescentou.

Constrangimentos na urgência de obstetrícia de Aveiro podem “manter-se” até Dezembro

Se não for possível reforçar o serviço de ginecologia/obstetrícia com mais clínicos e se os médicos do quadro, que já atingiram o limite anual de horas extraordinárias, não realizarem mais trabalho suplementar, a urgência do Hospital de Aveiro pode continuar a registar constrangimentos até ao final do ano, admite a Unidade Local de Saúde (ULS) em resposta dada a uma pergunta feita pelo PS. A falta de clínicos levou ao pedido de demissão do director do serviço do cargo e a um pedido de intervenção por parte da Ordem dos Médicos.

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A história celebra-se no festival Neopop: vamos dançar como se fosse 1994 outra vez

A variedade a nível de influências e sons que o Neopop apresenta este ano é considerável, e o primeiro dia foi uma mostra dessa variedade. Desde o puro house até ao hard techno, foi uma noite em que qualquer fã de eletrónica pôde encontrar o seu nicho. No entanto, esta sexta-feira o minimal techno e as influências industriais dominaram a atenção do público durante grande parte da noite. Em vez da versatilidade, fomos apresentados com pura qualidade do início ao fim, e o público respondeu com elevada energia e a sua presença: o recinto do Forte de Santiago da Barra viu se muito mais cheio ao segundo dia.

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Detidas mais de 150 pessoas em protesto solidário com grupo pró-Palestiniano proibido por Londres

A polícia metropolitana do Reino Unido deteve mais de 150 pessoas que se manifestavam contra a decisão do governo de proibir o grupo Palestine Action (Ação pela Palestina).

As detenções ocorreram depois de uma multidão se reunir com cartazes de apoio à organização em frente ao parlamento britânico.

O parlamento britânico aprovou no início de julho a proibição da atividade do grupo Palestine Action no Reino Unido e classificou-o como “organização terrorista”.

O processo foi desencadeado pelo governo após alguns membros do grupo terem invadido uma base aérea da Royal Air Force, em junho, e terem danificado aviões. Na altura, o grupo Palestine Action alegou que o protesto visou interromper “a participação direta do Reino Unido” em “genocídios e crimes de guerra no Médio Oriente”, nomeadamente na guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

As autoridades estimaram os prejuízos no valor de 7 milhões de libras (8,1 milhões de euros). Quatro pessoas foram então detidas.

Os legisladores britânicos determinaram que pertencer ao movimento Palestine Action passaria a ser crime, punível com até 14 anos de prisão.

Peritos da ONU criticaram a decisão de Londres, assinalando que “meros danos materiais, sem colocar em perigo a vida de outras pessoas, não são suficientemente graves para serem classificados como terrorismo”.

O co-fundador do movimento, Huda Ammori, ganhou uma ação para recorrer da decisão do governo britânico.

Iniciativa Liberal disponível a negociar solução com o Governo na lei dos estrangeiros

A Iniciativa Liberal (IL) está disponível a “negociar uma solução urgente e rigorosa” para ultrapassar qualquer impasse na lei dos estrangeiros “chumbada” pelo Tribunal Constitucional (TC), anunciou este sábado a presidente do partido.

Numa carta enviada a Carlos Abreu Amorim, ministro dos Assuntos Parlamentares, a que a Lusa teve acesso, Mariana Leitão propõe-se dialogar com o executivo para conseguir “uma solução urgente e rigorosa” da lei que, com o “chumbo” do TC e o veto do Presidente da República, não entra em vigor e tem que voltar a ser discutida e votada no parlamento.

Mariana Leitão escreve, na carta, que para ultrapassar uma eventual “situação indesejável de impasse constitucional”, mantendo a atual lei, “perpetuando a política de portas abertas” na imigração e ajudando a “agravar a atual situação de emergência, a IL manifesta a sua “abertura para negociar uma solução urgente, rigorosa e com garantias processuais adequadas.

Lei dos Estrangeiros. Os cinco chumbos do TC, a divisão dos juízes e a visão dos constitucionalistas para o futuro do diploma

E disponibiliza-se para, em resultado de uma “solução negociada, participar numa eventual maioria de 2/3 para a aprovação do diploma, caso a proposta alterada volte a levantar reservas politicamente motivadas por parte do Tribunal Constitucional”.

A lei agora chumbada pelos juízes do TC foi aprovada em 16 de julho na Assembleia da República, com os votos favoráveis de PSD, Chega e CDS-PP, a abstenção da IL e votos contra de PS, Livre, PCP, BE, PAN e JPP.

O Tribunal Constitucional “chumbou” cinco normas do decreto do parlamento que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional.

Vice-presidente do TC critica inconstitucionalidade e sugere que decisão sobre lei de estrangeiros baseou-se em convicções pessoais

O diploma, enviado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao TC para fiscalização da constitucionalidade no dia 24 de julho, será agora devolvido ao parlamento para que sejam alteradas as normas que violam a lei fundamental.

Na carta, a líder da Iniciativa Liberal alega que “o país enfrenta uma situação de crise migratória que decorre da política irresponsável de portas abertas adotada pelos governos do Partido Socialista”, com o apoio de forças da esquerda, e que “obriga a que sejam consideradas, com caráter de urgência, medidas de emergência mais restritas”.

Apesar de estar disponível a dialogar com o Governo do PSD, Mariana Leitão critica a “inépcia do Governo na condução do processo” e argumenta que teria sido possível “conciliar o caráter urgente da decisão parlamentar, a necessária resposta à situação de emergência e o respeito pelos limites fundamentais e pelas garantias processuais”.

Chumbo da lei dos estrangeiros. Qual é o próximo passo?

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Neemias Queta com “lesão ligeira” na anca

Neemias Queta tem uma “lesão ligeira na região da anca direita”, anunciou este sábado a equipa médica da seleção portuguesa de basquetebol, que prepara em Espanha a participação no Europeu.

O poste dos Boston Celtics saiu lesionado do jogo de quinta-feira com a Espanha B, quando faltavam 2.12 minutos para o final do encontro, que Portugal perdeu por 64-63, em Málaga.

No mesmo embate, também o base Anthony da Silva não completou o jogo, saindo sobre o final do terceiro período, devido a uma “contusão óssea de pequena dimensão”.

“Ambos os jogadores mantêm-se integrados no plano de reabilitação definido pela equipa médica, estando a sua evolução a ser avaliada diariamente”, avançou a federação.

Apesar das lesões, Neemias Queta e Anthony da Silva “continuam integrados nos trabalhos da equipa”, que defronta no domingo a Argentina, no terceiro encontro de preparação para o Eurobasket2025.

Em Málaga, Portugal cumpriu os dois primeiros jogos, somando um histórico triunfo frente à seleção principal de Espanha, campeã europeia em título, na terça-feira, por 76-74, antes de, dois dias depois, cair por 64-63 face à Espanha B.

Depois de defrontar os argentinos, num jogo que será disputado à porta fechada, Portugal regressa a Portugal, onde defronta, em Braga, a Islândia (sexta-feira) e a Suécia (sábado). Já em Sines, ainda joga com o Sporting, em 21 de agosto.

Em 24 de agosto, Portugal parte para Riga, onde irá disputar o Grupo A do Europeu, defrontando República Checa (27), Sérvia (29), Turquia (30), Letónia (01 de setembro) e Estónia (03). Para chegar aos ‘oitavos’, terá de ficar num dos quatro primeiros lugares.

A seleção lusa conta três participações na fase final, tendo sido 15.ª, entre 18 equipas, em 1951, em França, edição que jogou por convite, nona, entre 16, em 2007, em Espanha, e 21.ª, entre 24, com o pleno de cinco derrotas, em 2011, na Lituânia.

A fase final do Europeu de 2025, que será a 42.ª edição do evento, realiza-se na Letónia, Chipre, Finlândia e Polónia, entre 27 de agosto e 14 de setembro.

Diomande e Maxi Araujo no departamento médico

O Sporting voltou aos treinos este sábado, mas sem Diomande e Maxi Araujo, que saíram lesionados da partida contra o Casa Pia.

A equipa de Alvalade não deu pormenores sobre as lesões, mas confirma que ambos “estão entregues à Unidade de Performance”.

Os titulares do jogo de sexta-feira fizeram trabalho de recuperação e os restantes treinaram normalmente.

Os leões voltam aos treinos na próxima segunda-feira.

De recordar que o Sporting derrotou o Casa Pia, por 2-0, com golos de Trincão e Hjulmand, no primeiro jogo do campeonato.

Entrevista a Greg Ginn, o histórico dos Black Flag que salva gatos: “As celebridades deviam estar caladas, seja o Kid Rock ou o Springsteen”

Greg Ginn não costuma dar entrevistas. Aliás: a última entrevista que deu, antes de a BLITZ se sentar com ele no hotel Meliá Ria, em Aveiro (na véspera da atuação dos Black Flag no Vagos Metal Fest), foi há mais de dez anos. Por vergonha, por opção, por acreditar que todas as respostas estão ali, na sua música? Dir-se-ia todas as três. Ginn, guitarrista nascido em 1954 em Tucson, no Arizona, é o principal responsável pela existência de uma vertente hardcore no punk, uma sonoridade que moldou sobretudo com “Damaged”, álbum-charneira do movimento, dos Black Flag, lançado em 1981.

E é, também, o principal responsável por existir uma cena underground nos Estados Unidos, ao ter percorrido o país de lés a lés, nos anos 80, tocando em cidades e vilarejos que de outra forma não conheceriam o punk, abrindo portas para todos os grupos subsequentes, fossem ou não acólitos dos três acordes. Não só: foi o fundador da famigerada SST, “casa” para bandas como Minutemen, Hüsker Dü ou, a dada altura, Sonic Youth. A história de toda a música alternativa não se faria sem ele.

Encontramo-lo envelhecido, mas sorridente, rindo de piadas em relação aos berbequins e martelos que se escutavam no hotel em obras, e que ameaçaram estragar a entrevista. Sobretudo, encontramo-lo com vontade: de continuar com os Black Flag (apesar das críticas dos fãs da velha guarda, que acreditam que a banda morreu com a saída de Henry Rollins), que se reuniram em 2003 para um concerto de beneficência, e que regressariam em pleno em 2013 e 2019; de continuar a fazer música desafiante; de continuar a ensaiar seis dias por semana. Desta feita, contratou três jovens para a banda: a vocalista brasileira Max Zanelly, o baixista David Rodriguez e o baterista Bryce Weston. Faz sentido: ‘Rise Above’ será sempre dos não-adultos, seja a nível físico ou mental.

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Débora Monteiro: “Ter uma depressão pós-parto é saberes que tens tudo e mesmo assim não consegues estar feliz, isso é muito avassalador”

Aos 40 anos, Débora Monteiro olha para o seu percurso com orgulho: realizou muitas das ambições que tinha como mãe, na família e na carreira. Mas chegar até aqui não foi simples. Mãe de gémeas e apresentadora do ‘Domingão’, fala com franqueza sobre os desafios da maternidade, desde o período em que precisou de cirurgia, injeções e “hora marcada para fazer amor” para engravidar, até aos primeiros anos das filhas, vividos em plena pandemia, enquanto conciliava o trabalho e a vida familiar. Para a atriz, a maternidade é muitas vezes romantizada, quando na verdade “a realidade é cansativa e exige uma grande adaptação”. Ainda assim, quando Daniel Oliveira lhe pergunta o que é que foi o melhor destes quarenta anos, a atriz não hesita em responder: “As minhas filhas”.

Este programa foi inicialmente emitido na SIC a 10 de junho de 2023, recorde aqui o testemunho da atriz com a versão podcast do ‘Alta Definição’. A sinopse deste episódio foi criada com o apoio de IA. Saiba mais sobre a aplicação de Inteligência Artificial nas Redações da Impresa.

Entrevistas intimistas conduzidas por Daniel Oliveira. Todas as semanas um novo convidado no ‘Alta Definição’, um programa da SIC. Ouça mais episódios:

As outras músicas do festival SonicBlast: uma trip com bolinhas de sabão e uma banda ‘queer’ para discotecas suadas

Não há de facto volta a dar-lhe: o SonicBlast é o festival onde o riff é rei e senhor. Pode assumir várias formas, das mais lentas às mais pesadas, das mais lamaçais às mais limpas, mas é sempre aquilo que desperta a atenção do público. No segundo dia do festival de Âncora, os My Sleeping Karma – outros velhos conhecidos do SonicBlast, tendo já cá tocado por quatro vezes – procuraram despertar os fiéis com um psicadelismo soft, mas propício ao encerrar dos olhos e à viagem da mente que à fisicalidade do mosh.

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