Suspeitas de relação extraconjugal na origem de homicídio em Sines

O presumível autor do homicídio de outro homem em Sines, distrito de Setúbal, na terça-feira, suspeitava que este mantinha uma relação extraconjugal com a sua mulher, revelou hoje a Polícia Judiciária (PJ).

Em comunicado, esta polícia de investigação criminal disse que as diligências que efetuou, relacionadas com este caso, “permitiram apurar que o agressor, suspeitando de uma relação extraconjugal da sua esposa com a vítima, arquitetou um plano para matar ambos”.

O alegado homicida, de 65 anos, “conhecedor das rotinas da vítima, muniu-se de uma arma caçadeira e aguardou pela mesma nas imediações do mercado municipal de Sines”, pode ler-se.

Quando a vítima, um homem de 71 anos, chegou ao mercado, “o suspeito saiu da sua viatura e desferiu vários tiros”.

“De seguida, após municiar a arma, deslocou-se para o interior do mercado visando matar a sua esposa, que, entretanto, se havia refugiado”, pelo que não a conseguiu localizar.

A PJ indicou que o alegado homicida regressou à zona onde se encontrava a vítima, efetuou novo disparo e fugiu.

Na terça-feira, em declarações à agência Lusa, fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral explicou que alerta para uma ocorrência envolvendo disparos junto ao Mercado Municipal de Sines foi dado às autoridades às 09h27.

“O óbito do homem atingido com tiros de arma de fogo foi confirmado pelo médico da viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do Hospital do Litoral Alentejano”, situado no concelho vizinho de Santiago do Cacém, acrescentou a fonte.

Nesse dia, fonte da GNR indicou que a vítima tinha 62 anos e o alegado homicida 66, mas afinal têm 71 e 65, respetivamente, de acordo com as informações fornecidas hoje pela Judiciária.

O autor dos disparos, suspeito da autoria do crime de homicídio consumado, acabou por ser detido logo nessa terça-feira, pouco tempo depois, “numa rotunda à saída de Sines”.

No comunicado, a PJ explicou que, através do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal, o suspeito foi detido em colaboração com a GNR, fora de flagrante delito.

No local onde ocorreu o homicídio, junto do mercado, “foram encontrados quatro cartuchos de caçadeira”, segundo a GNR.

O suspeito, sem antecedentes criminais, será hoje presente às autoridades judiciárias, para aplicação das medidas de coação.

Turista irlandês encontrado morto no fundo de ravina em Albufeira. Jovem estava desaparecido desde sábado

Um jovem irlandês foi encontrado morto esta segunda-feira no fundo de uma ravina, em Albufeira, avança o Correio da Manhã. Mark Kiely, que passava férias na cidade algarvia, estava desaparecido desde a madrugada de sábado. A Polícia Judiciária foi chamada para investigar o caso, devido às condições em que o corpo foi encontrado.

O irlandês natural da cidade de Donegal tinha sido visto, pela última vez, na madrugada de sábado, na zona dos bares próxima do túnel da praia do Peneco, segundo o Correio da Manhã. Os familiares e amigos de Mark lançaram um pedido de ajuda à população algarvia para tentar apurar o paradeiro do jovem.

As autoridades receberam, na segunda-feira, um alerta para a presença de um corpo no fundo de uma ravina, próxima da praia de pescadores da cidade. As equipa dos Bombeiros de Albufeira acionadas declararam o óbito no local.

A Polícia Judiciária seria acionada pela Polícia Marítima para investigar o caso, devido às circunstâncias em que o corpo foi encontrado. De acordo com o Correio da Manhã, as primeiras diligências das autoridades não permitiram concluir por qualquer indício de crime, apontando para uma morte acidental.

A família de Mark Kiely também já confirmou publicamente a morte. “Encontramos o Mark, mas infelizmente não foi o resultado que esperávamos. Agradecemos imensamente a todos os nossos amigos e familiares pelo apoio e ajuda na tentativa de o encontrar. Que o Mark descanse em paz.”

Marina do porto de Leixões vai ser relocalizada para junto do terminal de cruzeiros

A marina do porto de Leixões vai ser relocalizada para junto do terminal de cruzeiros, na sequência da construção do novo terminal de contentores a norte do rio Leça, confirmou esta quarta-feira a administração portuária à Lusa.

“A marina de Leixões será relocalizada para a área adjacente ao terminal de cruzeiros, onde já existem infraestruturas projetadas há 10 anos para o efeito”, pode ler-se numa resposta da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) a questões da Lusa.

A Lusa questionou a APDL na sequência da estratégia Portos 5+ do Governo, que prevê um investimento de 931 milhões de euros no porto de Leixões, entre fundos públicos e privados, até 2035.

Segundo a administração liderada por João Pedro Neves, quanto à marina, “estão ainda a ser estudadas soluções complementares nessa envolvente que permitam garantir um crescimento sustentado da atividade da náutica no concelho de Matosinhos e melhores condições para os clubes de vela sediados no Porto de Leixões”.

“Em ambas as situações pretende-se garantir melhor integração com as infraestruturas portuárias existentes, melhor serviço para os utilizadores da Marina e acima de tudo uma integração harmoniosa entre a Marina e a cidade com foco na valorização do espaço público e de oferta de novos percursos junto ao mar para usufruto da população de Matosinhos e da região”, refere a APDL.

A mudança insere-se também no Plano Estratégico do Porto de Leixões, “que assenta nos eixos estratégicos dos Portos 5+ apresentado recentemente pelo Governo” e está “em fase de conclusão”.

“A sua apresentação publica ocorrerá dentro de aproximadamente três meses”, refere a APDL, tendo já sido submetido o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) junto da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), estando “em fase de resposta a esclarecimentos solicitados”.

Já sobre a localização do terminal de contentores a norte e o seu impacto paisagístico sobre Leça da Palmeira, a APDL assegura que a sua localização “vai permitir afastar o centro da operação de contentores da malha urbana de Leça da Palmeira, transferindo-a para uma zona mais longe da cidade e mais próxima do mar”.

“Desta forma, o impacto visual e sonoro sobre Leça da Palmeira será mais reduzido, salvaguardando-se a qualidade de vida das populações”, refere a administração portuária.

O Governo prevê um investimento de 931 milhões de euros (ME) no porto de Leixões nos próximos 10 anos, com construção de um novo terminal de contentores no molhe norte, segundo a estratégia nacional Portos 5+.

De acordo com a estratégia, cuja resolução de Conselho de Ministros foi publicada na semana passada, dos 931 milhões de euros de investimento previstos até 2035, 219 milhões terão origem na autoridade portuária ou em fundos comunitários, e 712 milhões em empresas privadas.

“No porto de Leixões, a capacidade deverá aumentar 10 milhões de toneladas. Os maiores incrementos de capacidade ocorrerão na carga contentorizada com o novo Terminal de Contentores Norte, e na carga em sistema “roll-on roll-off”” [carga móvel, como automóveis], pode ler-se numa resolução do Conselho de Ministros publicada na semana passada.

A estratégia Portos 5+, para promover o crescimento do setor portuário em 10 anos, prevê o investimento de 4 mil milhões de euros, dos quais 75% privado, e o lançamento de 15 novas concessões, anunciou o Governo em 30 de julho.

Está também previsto o lançamento de 15 novas concessões até 2035 a nível nacional.

Tudo o que Ucrânia e Rússia exigem para pôr fim à guerra

Esforços e mais esforços, reuniões inéditas — mas nenhum dos lados cede. A guerra europeia mais sangrenta desde a 2.ª Mundial vai fazer quatro anos e ainda tem vários pontos de discórdia nas trincheiras. Ao que tudo indica, Volodymyr Zelenskyy e Vladimir Putin vão estar juntos pela primeira vez desde o início da guerra na Ucrânia, há três anos e meio. Esquecendo a paz em si, este é, para muitos, o maior passo possível nas conversações pelo fim da guerra. No entanto, o conflito europeu mais sangrento na Europa desde a Segunda Guerra Mundial não parece ter um fim próximo

Que se lixe tudo, aí estão os Sex Pistols em Vilar de Mouros: o que pode esperar do concerto com Frank Carter

Dizer que os Sex Pistols são uma das bandas mais importantes da história do rock n’ roll, tendo em conta todos os artistas e movimentos que subsequentemente inspiraram, não é frase feita: é facto. Porém, será que aquilo que o festival de Vilar de Mouros irá acolher na próxima quinta-feira, 21 de agosto (00h00) é, efetivamente, Sex Pistols? Haverá quem torça o nariz, haverá quem diga que este conjunto que se irá apresentar no “Woodstock português” não é mais que uma banda de versões, mesmo que três dos seus principais elementos – Steve Jones, Paul Cook e Glen Matlock – se mantenham. A “culpa” está na ausência de John Lydon, vulgo Johnny Rotten, o carismático vocalista que acabou por se tornar maior do que o grupo, símbolo de toda uma juventude alienada que, no final da década de 70, orgulhosamente se designou de punk – uma palavra que, no inglês, tinha uma conotação assaz negativa.

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Grupos Ocidental e Central dos Açores com aviso amarelo devido a chuva forte

As ilhas dos grupos Ocidental e Central dos Açores vão estar sob aviso amarelo na quinta e sexta-feira devido às previsões de chuva “por vezes forte”, informou esta quarta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com um comunicado do IPMA, as ilhas do grupo Ocidental (Flores e Corvo), vão estar sob aviso amarelo entre as 08h00 e as 20h00 locais (mais uma hora em Lisboa) de quinta-feira, por causa de “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada”.

Para as ilhas do grupo Central dos Açores (Pico, Faial, São Jorge, Terceira e Graciosa) o aviso amarelo, pelas mesmas razões, vai vigorar das 08h00 às 17h00 locais de sexta-feira.

O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O conselho de Bruno Lage a Aktürkoglu

A boa disposição foi evidente no último treino do Benfica antes de defrontar, amanhã, o Sporting na Supertaça (20H45). Nos 15 minutos de treino abertos aos jornalistas, viram-se brincadeiras entre os jogadores, em ‘meiinhos’ bem animados, e até Bruno Lage a dar um conselho a Aktürkoglu… Como pode conferior no vídeo captado por Record, o treinador surge a segredar ao ouvido do internacional turco, defendendo-se depois: “Estava a dar-lhe um conselho!”

Florestas públicas são mais resilientes: densidade de árvores em explorações privadas aumenta risco de incêndios graves

Um estudo feito nos Estados Unidos, e divulgado esta quarta-feira, concluiu que a probabilidade de haver incêndios florestais de gravidade elevada é quase uma vez e meia maior em florestas privadas do que em florestas públicas.

Segundo o estudo, divulgado na publicação científica Global Change Biology, as florestas geridas por empresas madeireiras têm maior probabilidade de apresentar as condições propícias aos grandes incêndios, como densas formações de árvores regularmente espaçadas, com vegetação contínua a ligar o sub-bosque à copa das árvores.

O trabalho, conduzido pelas universidades de Utah e da Califórnia e pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos, é apresentando como o primeiro a identificar como as condições meteorológicas extremas e as práticas de gestão florestal têm impacto conjunto sobre a gravidade dos incêndios.

Reunindo diversos dados, os autores do trabalho criaram mapas tridimensionais de florestas públicas e privadas antes de cinco fogos terem queimado mais de 400 mil hectares no norte da Serra Nevada americana, na Califórnia, entre 2019 e 2021.

Em períodos de clima extremo, a densidade de troncos, o número de árvores por hectares, tornou-se o indicador mais importante de um incêndio de elevada gravidade, que, por definição, queima mais de 95% da cobertura arbórea.

Perante a aceleração das alterações climáticas, a forma como é gerida a terra fará a diferença, segundo os investigadores, refere em comunicado a Universidade de Utah, envolvida no estudo.

“Estratégias que reduzam a densidade, eliminando árvores pequenas e maduras, tornarão as florestas mais robustas e resilientes ao fogo no futuro”, defendeu, citado no comunicado, Jacob Levine, principal autor do estudo, assinalando que, “sem grandes mudanças na gestão florestal, as gerações futuras podem herdar uma paisagem muito diferente da que hoje se preza”.

Em Portugal, que tem sido assolado este mês por incêndios florestais, concentrados nas regiões Norte e Centro do continente, a propriedade florestal é maioritariamente privada, incluindo pequenos proprietários e empresas (ligadas designadamente à indústria do papel e da madeira).

PJ com o apoio da Europol apreende mais de 66 milhões de euros em notas e moedas falsas

A Polícia Judiciária (PJ) participou numa operação policial apoiada pela Europol, que conseguiu impedir a distribuição e disseminação de notas e moedas falsas, através dos serviços postais europeus, num valor total estimado superior a 66 milhões de euros.

Em comunicado enviado à Renascença, a PJ explica que a operação “Decoy II”, liderada por Portugal, Espanha e Áustria, contou com as autoridades de 18 países, entre órgãos de polícia criminal e autoridades alfandegárias europeias e resultou na abertura de 102 novas investigações, que visam o desmantelamento de redes criminosas dedicadas à falsificação de moeda.

“Globalmente, foram apreendidas perto de três centenas de encomendas contendo moeda falsa e mais de 990 mil artigos de contrafação, incluindo notas e moedas de valor superior a 280 mil euros, 679 mil dólares americanos e 12 mil libras esterlinas”, lê-se na nota.

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Segundo a PJ, em Portugal foram efetuadas diligências que resultaram na deteção de oito encomendas oriundas do Extremo-Oriente, as quais culminaram na apreensão de mais de duas mil notas falsas — maioritariamente euros —, num valor global de 35.235 euros e 8.000 JPY (ienes japoneses).

A operação ocorreu entre outubro de 2024 e maio de 2025, no âmbito do EMPACT/AP SOYA e contou ainda com o apoio do OLAF/Organismo Europeu de Luta Antifraude.

Governo está a falhar aos doentes em fim de vida, acusa Fnam

A Federação Nacional dos Médicos
(Fnam) acusa o Governo liderado por Luís Montenegro de estar a falhar aos
doentes em fim de vida, apontando lacunas estruturais que comprometem o acesso
a cuidados paliativos em Portugal.

A denúncia surge após a realização de um
inquérito promovido pela Fnam entre 30 de maio e 30 de junho, que contou com a
participação de 160 médicos de todo o país com experiência nesta área. De
acordo com a federação, os resultados são preocupantes e revelam uma realidade
marcada pela sobrecarga dos profissionais, pela escassez de meios e pela
desigualdade no acesso aos cuidados.

“As equipas estão
sobrecarregadas, os recursos são insuficientes, e isso traduz-se numa enorme
dificuldade de acesso a cuidados paliativos, que são fundamentais em Portugal
no século XXI”, afirma Joana Bordalo e Sá, dirigente da Fnam.

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Segundo a organização, há doentes
em fim de vida que continuam sem qualquer tipo de resposta por parte do sistema
de saúde, sobretudo em zonas do país onde não existem equipas organizadas ou
camas disponíveis para internamento.

“Como as equipas são pequenas e
completamente insuficientes, o acesso torna-se desigual. Temos metade das camas
de internamento que deveriam existir e também apenas metade das equipas
comunitárias recomendadas. Há ainda distritos inteiros que não têm qualquer
resposta”, sublinha.

A Fnam denuncia também condições
de trabalho que classifica como degradantes, com médicos sujeitos a desgaste
emocional acentuado, risco de burnout e dificuldades na progressão na carreira.
A acumulação de funções nos serviços das especialidades de origem, associada à
falta de reconhecimento institucional, tem afastado profissionais da área e
comprometido a formação em Medicina Paliativa.

“O Ministério da Saúde, liderado
por Ana Paula Martins, e o Governo de Luís Montenegro estão a falhar aos
doentes em fim de vida e às suas famílias”, reforça Joana Bordalo e Sá,
apelando a uma intervenção urgente por parte do Executivo.

Entre as várias reivindicações, a
Fnam exige o reforço urgente de recursos humanos e materiais, além do
reconhecimento da autonomia das equipas de cuidados paliativos, tanto
intra-hospitalares como comunitárias.

“Luís Montenegro tem de garantir
justiça, dignidade e o reforço imediato das equipas. Para isso, é essencial
aumentar os recursos humanos e materiais em todas as áreas, sejam elas
comunitárias, hospitalares ou de cuidados continuados, e melhorar a
articulação entre todas. Tem de haver um reconhecimento claro da autonomia das
equipas, tanto hospitalares como comunitárias. E, acima de tudo, do ponto de
vista dos médicos, é inadmissível continuarem com as carreiras bloqueadas e sem
qualquer valorização”, defende a dirigente da Fnam.

Está atualmente em discussão na
Ordem dos Médicos a criação da especialidade de Medicina Paliativa, uma
proposta que a Fnam considera essencial para o reconhecimento técnico e
profissional da área. A federação garante que continuará a exigir “justiça,
dignidade, reforço das equipas e o cumprimento da lei”, num contexto em
que milhares de doentes permanecem sem acesso a cuidados essenciais no fim da
vida.

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