EUA. Tiroteio em bar acaba com quatro mortos

Pelo menos quatro pessoas morreram num tiroteio num bar no estado norte-americano de Montana.

O suspeito, um homem de 45 anos, que já foi identificado pelas autoridades, colocou-se em fuga.

O fugitivo reside a o ldo do estabelecimento onde se deu o desacato.

Como o acordo entre os EUA e a UE pode impactar a economia portuguesa

A tarifa de 15% acordada entre os Estados Unidos e a União Europeia supera as previsões da OCDE e do BCE, que apontavam para 10%. Em março, o Banco de Portugal estimou um impacto negativo de 0,7% no PIB nos próximos três anos, com efeitos mais acentuados a partir de 2025.

Neste podcast falamos dos temas económicos que marcam a atualidade. Todos os dias resumimos o que precisa de saber sobre os números nacionais e internacionais em episódios de dois minutos. E ao sábado, as grandes notícias são discutidas pelos jornalistas de Economia do Expresso. Oiça e subscreva o Economia dia a dia em qualquer plataforma de podcasts ou siga em Expresso.pt

Ser ponte, ser fresta, ser força: a ação ambiental não cabe numa só frente

Chamamos-lhe “crise climática”, mas é mais do que clima − é o rasto de escolhas políticas, económicas e sociais que empurram o planeta para o colapso. Um incêndio com várias frentes: começa num despacho, alastra por um rio represado, consome uma floresta, chega a quem perde tudo. E ainda assim, tentamos apagá-lo com baldes de água. Informamos, protestamos, propomos. E o que muda? Quase nada. Porque quem decide age como se o tempo fosse elástico, e o planeta descartável.

Às vésperas da COP30, a UE propõe cortar 90% das emissões até 2040 − mas permite compensações fora da Europa, como se o planeta fosse divisível em zonas de sacrifício. A ciência já disse: isso não chega. As emissões aumentam, os extremos climáticos sucedem-se, e os recordes batem-se dia após dia. Este é mais um exemplo de como, mesmo com dados e alternativas, a resposta continua tímida. É por isso que precisamos de atuar em todas as frentes − propor, pressionar, perturbar. Porque discutir já não basta.

A Quercus tem mostrado, ao longo de quase 40 anos, que não se muda o mundo de forma parcial. Atua em várias frentes ao mesmo tempo: política e técnica, local e global, cívica e institucional. Porque proteger o ambiente é também desmontar sistemas que o destroem. É fazer nascer o novo dentro do velho. É resistir quando já poucos acreditam.

Em Envisioning Real Utopias (2010), Erik Olin Wright não fala de utopias vagas, mas de alternativas reais − brechas no sistema onde já se ensaia outra forma de viver. Três caminhos estruturam essa mudança: intersticial (criar espaços novos dentro do velho), simbiótico (negociar para mudar normas) e ruptural (confrontar o que bloqueia a transformação).

A Quercus move-se nos três. Com os pés na terra.

  • No plano intersticial, responde onde o sistema falha: Centros de Recuperação de Animais Selvagens, plantações de espécies autóctones, campanhas contra herbicidas, agricultura biológica, proteção dos polinizadores − práticas concretas, com impacto.
  • Na frente simbiótica, propõe, pressiona, participa: em consultas públicas, redes de ONGAs, plataformas europeias − usando o sistema para o empurrar para além de si.
  • Na via ruptural, age quando o essencial está em risco: denúncias, ações judiciais, confrontos públicos com políticas destrutivas. Porque há momentos em que só o confronto abre caminho.

Hoje, a justiça climática é mais do que um conceito: é o reconhecimento de que proteger a terra é proteger quem nela vive − e com ela sofre. Isso significa ouvir as comunidades antes das decisões. Significa questionar megaprojetos que prometem “transição” mas entregam desigualdade. Significa resistir à exploração do ambiente como se fosse um recurso inesgotável − e estar ao lado de quem, em campo, floresta ou cidade, defende o seu direito a existir.

A COP30 será um ponto de viragem: ou se adiam decisões com promessas, ou se assumem compromissos à altura da crise. Não é tempo de ajustes − é tempo de reconstrução. É por isso que a presença da Quercus é essencial: para exigir, com outros movimentos e organizações, cortes reais, metas sérias e justiça no centro da transição.

Ser ponte, ser fresta, ser força. É isso que tem sido a Quercus. É isso que devemos ser − com todos os que lutam, de formas diferentes, pelo mesmo futuro. Porque o que está em causa já não é só o planeta. É a possibilidade de nele continuarmos a ter lugar. Com dignidade. Com justiça. Com esperança.

A autora escreve segundo o novo acordo ortográfico

IA na medicina: novo modelo muda as regras da deteção do cancro da mama

Estudo apresenta abordagem promissora baseada em Inteligência Artificial. FCDD baseia-se na deteção de anomalias em vez da classificação tradicional. O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre mulheres em todo o mundo. Há rastreio, que leva à deteção precoce, e que é a ferramenta mais eficaz para salvar vidas. Mas a ressonância magnética continua a ser imperfeita: tem alta sensibilidade, mas também apresenta muitos falsos positivos, aumenta a ansiedade nos pacientes e origina biópsias desnecessárias. Mais exames, mais incerteza e mais procedimentos de seguimento que acabam por ser desnecessários. Até porque apenas menos de 5% das

Por que alguns sismos causam tsunamis e outros não?

O sexto maior sismo alguma vez registado, com magnitude 8.8 na escala de Richter, teve epicentro na região de Kamachtka, na Rússia, e levou a avisos de tsunami por todo o Oceano Pacífico, tão distantes como Havai, Alasca, Nova Zelândia ou Peru.

Em alguns locais, como nas ilhas Curilas do norte da Rússia, as ondas do tsunami atingiram alturas superiores a cinco metros, mas não causaram grandes estragos. No entanto, em grande parte do Pacífico, o cenário de grandes ondas não se concretizou. Porquê?

Nem todos os sismos submarinos resultam em tsunamis. Para que um tsunami aconteça, a crosta terrestre no local do sismo tem de ser empurrada para cima num movimento conhecido como deslocamento vertical. Isto ocorre normalmente durante falhas inversas, ou na sua forma menos inclinada, conhecida como falha de empurrão, em que um bloco da crosta terrestre é forçado para cima e por cima de outro, ao longo de um plano de falha.

Não é coincidência que este tipo de movimento de falha tenha ocorrido numa zona em que uma placa tectónia desliza sobre a outra no chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, onde a densa placa oceânica do Pacífico está a ser forçada por baixo da menos densa placa continental euro-asiática.

Estatística de desemprego faz cair Wall Street. Trump despediu diretora da estatística

A bolsa nova-iorquina encerrou esta sexta-feira em forte baixa, com os investidores particularmente preocupados com os números do emprego, em contexto de agravamento das taxas alfandegárias aplicadas pelos EUA às suas importações. Donald Trump decidiu “matar o mensageiro”. Há quem diga, a brincar, que quando o dólar sobe, o Bangla Desh. Menos a brincar, sabe-se que quando o desemprego sobe, Wall Street desce. O relatório de emprego do Departamento do Trabalho dos EUA, divulgado esta sexta-feira, revela que o crescimento do emprego no país foi mais fraco do que o esperado em Julho, e a taxa de desemprego subiu para

Vem aí mais calor e um risco ainda maior de incêndios. Mário Marques defende a criminalização da negligência

O mês passado, Junho, foi muito quente e muito seco. O terceiro mais quente e quarto mais seco em quase cem anos, com duas ondas de calor, a última a durar 13 dias e a entrar bem dentro do mês de julho. Este onde estamos e vemos o país a arder. E agosto, como será?

Tiago Pereira Santos

Neste podcast diário, Paulo Baldaia conversa com os jornalistas da redação do Expresso, correspondentes internacionais e comentadores. De segunda a sexta-feira, a análise das notícias que sobrevivem à espuma dos dias. Oiça aqui outros episódios:

Violência geriátrica: romper o silêncio

A violência contra idosos é uma emergência silenciosa, um drama invisível frequentemente esquecido ou ignorado pela sociedade e pelas políticas públicas. Enquanto a sociedade ganha consciência e mobiliza esforços contra várias formas de violência, como a doméstica, escolar, racial, de género, a violência geriátrica permanece ainda oculta e esquecida, sendo muitas vezes encarada com desconfortável indiferença. A realidade, contudo, é tão dura quanto alarmante.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue – nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para [email protected].

Há nova luz sobre os “planetas de lava”

Através de simulações numéricas sem precedentes, novo estudo prevê dois estados evolutivos extremos. Um novo estudo publicado na revista Nature Astronomy introduz uma estrutura teórica simples para descrever a evolução do sistema acoplado interior-atmosfera de exoplanetas rochosos quentes conhecidos como “planetas de lava”. “Os planetas de lava estão em configurações orbitais tão extremas que o nosso conhecimento sobre planetas rochosos no Sistema Solar não se aplica diretamente, deixando os cientistas incertos sobre o que esperar ao observar planetas de lava”, diz o primeiro autor Charles-Édouard Boukaré, professor assistente no Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade

Ex-parceira de Jeffrey Epstein transferida para prisão de segurança mínima

A ex-parceira do agressor sexual norte-americano Jeffrey Epstein, Ghislaine Maxwell, foi transferida pelas autoridades de uma prisão na Florida para uma prisão de segurança mínima no Texas, segundo o Gabinete Federal de Prisões (BOP).

A transferência, confirmada pelo BOP à EFE, teve lugar após Maxwell ter sido ouvida na semana passada pelo procurador-geral adjunto dos Estados Unidos, Todd Blanche, e numa altura em que congressistas em Washington também pretendem chamá-la a prestar depoimento sobre o caso de que o Presidente Donald Trump tem tentado distanciar-se, sem sucesso.

“Podemos confirmar que Ghislaine Maxwell está sob custódia do BOP no Campo Prisional Federal (FPC) Bryan, em Bryan, Texas”, informou o gabinete, sem fornecer mais detalhes sobre a transferência de Tallahassee.

A prisão de Bryan é designada pelo BOP como “um campo prisional federal de segurança mínima” com 635 reclusas no condado de Brazos, no sul do Texas.

O advogado de Maxwell, David Markus, também confirmou a transferência, escusando-se a dar pormenores.

A confirmação pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) e o Departamento de Justiça (DOJ), no início deste mês, de que não havia provas da existência de uma “lista de clientes” chantageados por Epstein, e que a morte do pedófilo numa prisão federal em 2019 resultou de suicídio, levou a uma crise entre os membros do movimento MAGA (“Make America Great Again”, “Tornar a América Grande de Novo”) de Donald Trump.

Sob pressão de segmentos conspiracionistas da sua base política para divulgar mais informações sobre o caso Epstein, criminoso sexual com quem manteve relações próximas durante décadas, Trump negou o conhecimento ou o envolvimento nos crimes de Epstein e disse que terminou a amizade há anos.

A equipa de defesa de Maxwell, que cumpre uma pena de 20 anos de prisão por tráfico sexual, respondeu com uma lista de condições ao pedido feito na semana passada pelo presidente da Comissão de Supervisão da Câmara de Representantes, James Comer, que a intimou a depor a 11 de agosto para fornecer novas informações sobre o caso.

Como principal pedido, o advogado David Markus exigiu que fosse concedida imunidade a Maxwell e que a comparência se realizasse em Washington e não na prisão.

“Se a senhora Maxwell recebesse clemência, estaria disposta e ansiosa por testemunhar aberta e honestamente em público perante o Congresso em Washington, D.C.. E congratula-se com a oportunidade de partilhar a verdade”, refere a carta partilhada pelo jurista.

Como segunda condição, o advogado de Maxwell solicitou que o Congresso lhe fornecesse antecipadamente as perguntas a colocar à sua cliente, para que se pudesse preparar “de forma significativa” e preparar documentos para corroborar as suas respostas.

Por fim, solicitou que a audiência se realizasse após o Supremo Tribunal ter considerado a revogação da condenação, argumentando que Epstein fez um acordo em 2007 no Distrito Sul da Florida, no qual o governo “concorda em não apresentar qualquer acusação criminal contra qualquer potencial cúmplice”.

“Ela merece compensação. Estamos abertos a trabalhar com a comissão para encontrar um caminho a seguir que respeite os seus direitos constitucionais e lhe permita auxiliar o povo americano e a comissão nesta importante missão de supervisão”, concluiu a defesa.

Na segunda-feira, o advogado de Ghislaine Maxwell apresentou nova argumentação escrita em apoio do recurso da sua cliente para o Supremo Tribunal, procurando rejeitar as acusações que levaram à sua condenação em 2022 a 20 anos de prisão por tráfico sexual.

Critica especificamente o Departamento de Justiça por se opor a este recurso ao tentar “criar uma distração com uma recitação escabrosa e irrelevante das ações de Jeffrey Epstein”.

De acordo com o Wall Street Journal, foi Ghislaine Maxwell quem recolheu cartas de Trump e de outros parceiros de Epstein para as incluir num álbum como presente.

Por divulgar a alegada carta a Epstein, cuja autoria nega, Trump processou o WSJ, a News Corp, grupo que inclui o jornal, e o seu proprietário, Rupert Murdoch.

O jornal de referência da Newscorp declarou que vai “defender-se vigorosamente” contra o Presidente norte-americano, mantendo total confiança no rigor e exatidão das informações publicadas.

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