Houston, temos um problema: morreu o astronauta Jim Lovell

O famoso astronauta da NASA, Jim Lovell, que comandou a quase desastrosa missão Apollo 13 — que foi forçada a abandonar a tentativa de alunagem em 1970 — faleceu esta quinta-feira, aos 97 anos. Morreu o astronauta Jim Lovell, comandante da missão Apollo 13, da NASA, que tornou célebre a frase “Houston, we have a problem”. A família de Lovell pediu privacidade, mas declarou estar “triste por anunciar o falecimento do nosso querido pai, Capitão da Marinha dos EUA Jim Lovell, piloto e oficial da Marinha, astronauta, líder e explorador do espaço”. Segundo um comunicado da NASA, Lovell morreu a

ANAC aplicou 1,98 milhões em coimas por voos fora dos horários autorizados no 1.º semestre

A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) aplicou quase dois milhões de euros em coimas por incumprimento do regime jurídico relativo às faixas horárias e restrições noturnas durante o primeiro semestre de 2025.

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De acordo com os dados enviados à Lusa pelo regulador, na primeira metade do ano foram instaurados 51 processos de contraordenação e concluídos 81, num valor total de coimas aplicadas de 1.978.700 euros. Porém, a ANAC ressalva que os dados do primeiro semestre ainda não estão totalmente fechados.

Estão em causa os voos que aterraram ou descolaram entre as 00:00 e as 06:00, ultrapassando os limites diários ou semanais estabelecidos pelas atuais portarias que impõem restrições ao tráfego aéreo noturno devido ao ruído.

Sobre os incumprimentos de ruído registados em junho e no restante primeiro semestre, a autoridade adiantou que, segundo os últimos dados, até ao fim de abril, foram recebidos 595 reportes de potenciais incumprimentos que ainda estão a ser analisados, pelo que não há dados finais disponíveis.

O número de processos instaurados às transportadoras aéreas tem vindo a aumentar, passando de 202 em 2023 para 208 em 2024, o que indica um crescimento continuado da fiscalização e da aplicação das sanções.

Os processos concluídos aumentaram de 34 para 246 no mesmo período, enquanto as coimas aplicadas também dispararam, passando de 266.200 euros em 2023 para 8.721.600 euros em 2024.

No entanto, o valor total das coimas pode vir a diminuir, uma vez que nem todos os processos transitaram em julgado, estando ainda sujeitos a recurso judicial por parte das transportadoras visadas.

De acordo com a portaria de 2004, está estabelecido um máximo de 91 movimentos aéreos semanais e 26 diários entre as 00:00 e as 06:00.

A portaria condiciona ainda a autorização para movimentos no período noturno aos níveis de ruído das aeronaves utilizadas.

A associação ambientalista Zero tem alertado para o aumento dos voos fora das horas permitidas e para as consequências da poluição sonora provocada pelas aeronaves.

A Zero apelou à proibição de voos noturnos entre as 01:00 e as 05:00 já partir do verão de 2025, bem como ao reforço da fiscalização e aplicação de sanções em caso de incumprimento da legislação.

Este tema tem sido alvo de atenção no contexto da implementação das medidas de mitigação do ruído, conforme determinado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 58/2025.

A ANAC, em conjunto com a NAV Portugal, prepara a operacionalização destas medidas, apesar dos prazos poderem ser alargados devido aos exigentes requisitos da legislação europeia, como explicou fonte oficial do regulador à Lusa.

Começo de transportes intermunicipais na região de Coimbra gera várias críticas

Paragens sem horários, falta de informação e terminais em Coimbra desajustados às necessidades são algumas das críticas dos utentes aos novos transportes intermunicipais na região de Coimbra, que começaram a 01 de agosto.

O novo sistema de transportes intermunicipais, intitulado SIT (Sistema Intermunicipal de Transportes), tem gerado algum desagrado junto dos utentes ouvidos pela agência Lusa.

Apesar de reconhecerem que há mais autocarros e que as viaturas operadas pela israelita Busway têm melhores condições que o sistema anterior (assegurado pela Transdev), os utentes notam que falta informação nas paragens e várias linhas terminam agora em São José, junto ao Estádio Cidade de Coimbra, e não na zona da Baixa, como acontecia no passado.

“Não vai ao centro e isso faz falta”, disse à Lusa Alice, mesmo antes de apanhar o autocarro para Vila Nova de Poiares, naquele terminal, onde outra utente contava que teve de recorrer a um TVDE (transporte individual de passageiros a partir de plataforma eletrónica) para chegar à Baixa.

Essa é a grande crítica ouvida pela Lusa junto a essa paragem, que é o fim e início da viagem de várias linhas.

Os passageiros que se dirigem para a zona da Baixa são agora obrigados a viagens mais longas e a mais transbordos, recorrendo aos Serviços Municipalizados dos Transportes de Coimbra (SMTUC) para chegar ao destino final.

Maria Luísa, de 78 anos, a morar em Miranda do Corvo, é ainda mais contundente nas críticas: “Foi a pior coisa que fizeram”.

“Faz algum sentido acabar aqui? Quem quer ir para a Baixa tem de apanhar dois autocarros”, nota.

Ao seu lado, outra mulher, de Semide, também no concelho de Miranda do Corvo, nota que “os autocarros são melhores e têm mais condições — têm ar condicionado — e há mais horários”, mas diz que “não faz sentido a viagem acabar” junto ao estádio.

A mesma utente notou que uma viagem que durava “uma hora e pouco”, entre a Baixa e a sua casa, passa a quase duas horas e meia, face aos transbordos.

Questionada pela agência Lusa, a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIMRC), que assegurou a concessão do sistema, afirmou que “ainda estão a ser alinhados alguns aspetos”, nomeadamente os fins das linhas.

De acordo com a CIMRC, está já a ser realizado trabalho técnico que permita a alteração da última paragem nas linhas da Estrada da Beira, passando de São José para a Portagem, na zona da Baixa.

Além do problema daquele terminal, o serviço que arrancou há uma semana não disponibiliza nas paragens qualquer horário das linhas que servem.

Em São José, onde as pessoas aguardam pelos autocarros debaixo do viaduto do Calhabé, o único sinal de que por ali poderá ser a paragem do novo sistema intermunicipal é um painel informativo desligado do SIT que anuncia uma nova mobilidade que está a chegar.

Num abrigo da Metro Mondego para serviços rodoviários alternativos do ramal da Lousã, o SIT não disponibiliza qualquer informação sobre horários, estando apenas duas folhas A4 impressas com indicações da localização das paragens em Coimbra para cada linha.

As mesmas folhas aparecem nas paragens dos SMTUC junto à gare rodoviária de Coimbra, aí sem sinalética que indique o terminal do SIT.

Já os horários só se encontram no site do SIT Região de Coimbra, em formato PDF para cada concelho.

A Lusa tentou obter esclarecimentos junto da Busway, através do único número disponibilizado no ‘site’ do SIT, mas não foi atendida, depois de 15 minutos de chamada em espera.

Sobre a ausência de sinalética e horários, a CIMRC garantiu que todas as paragens terão horários e sinalética, assegurando que a questão está a ser tratada pelo operador.

Fonte oficial da CIMRC disse ainda que será lançada uma campanha de comunicação à escala das freguesias e que os horários serão integrados na aplicação Google Maps, a quem a Região de Coimbra já enviou todos os dados necessários, acreditando que essa integração aconteça “muito em breve”.

Os municípios também vão fazer investimentos para haver um maior número de abrigos em paragens que não os têm, indicou.

“Secretamente”, Donald Trump terá enviado diretriz para destacar forças militares para o combate contra cartéis na América Latina

Desde o início da sua campanha presidencial, Donald Trump fez do combate à entrada de drogas no país uma das suas principais bandeiras. Agora, na sua segunda passagem pela Casa Branca, o Presidente terá assinado uma diretriz para garantir que vai conseguir vencer a batalha. Trump ordenou “secretamente” ao Pentágono para utilizar as forças militares norte-americanas contra cartéis na América Latina que estão assinalados como organizações terroristas, avança o New York Times, citando fontes familiares com o processo, no que é o “passo mais agressivo” desta administração para combater o narcotráfico nos EUA.

Assinado o documento, abre-se a porta para a realização de operações militares “no mar ou até mesmo em território estrangeiro” para atingir os cartéis. Numa das suas primeiras medidas enquanto Chefe de Estado, Trump catalogou oficialmente diversos destes grupos organizados como organizações terroristas e, desta forma, estendem-se as possibilidades e as formas de atacar diretamente os cartéis. Assim, podem “usar outros elementos do poder americano, entre agências de serviços secretos, o Departamento de Defesa, para ter estes grupos na mira” caso tenham uma oportunidade para atuar, explicou o Secretário de Estado Marco Rubio, numa entrevista citada pelo jornal norte-americano.

A abordagem mudou. “Temos de começar a tratá-los como organizações terroristas armadas, não apenas como organizações de tráfico de droga”, continuou o responsável pela diplomacia dos EUA. De acordo com uma porta-voz da Casa Branca, a principal prioridade de Donald Trump é “proteger a pátria”, indicando que esta razão justifica esta nova designação atribuída aos gangues e cartéis visados.

Com a medida oficializada internamente, mas ainda sem quaisquer detalhes divulgados, surgem múltiplas questões. A primeira que se coloca é sobre o tipo de operações que as forças norte-americanas vão levar a cabo. Serão apenas missões de interceção dos traficantes? Vão destacar militares para derrubar diretamente o teatro de operações dos cartéis? Ou, como questiona o New York Times, o Pentágono vai organizar excursões para eliminar suspeitos de estarem envolvidos nos grupos? As dúvidas mantêm-se, uma vez que nem a Casa Branca, o Pentágono ou até o Departamento de Justiça se pronunciaram sobre o tema quando questionados pelo jornal.

Especialistas legais consultados pelo New York Times referem que a legislação norte-americana permite apenas que a administração de Donald Trump aplique sanções contra os grupos ou determinados membros destas associações criminosas, para congelar fundos e dificultar a sua mobilidade internacional. Porém, advertem que não existe qualquer artigo que fornece a autoridade legal para operações “estilo guerra” que visem um combate com forças armadas.

[Um jovem polícia é surpreendido ao terceiro dia de trabalho: a embaixada da Turquia está sob ataque terrorista. E a primeira vítima é ele. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o terceiro episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro episódio aqui e o segundo aqui]

Recorde que esta quinta-feira, o governo norte-americano anunciou um aumento na recompensa por informação que conduza à detenção do Presidente da Venezuela Nicolás Maduro, um “líder de cartel” aos olhos da administração. “[Maduro] não vai escapar a justiça e vai ser responsabilizado pelos seus crimes repugnantes”, declarou a Procuradora-Geral Pam Bondi. Ora, da mesma forma, não é conhecido se este reforço no combate ao narcotráfico poderá estar associado a uma missão futura para chegar até ao líder venezuelano, mas não seria algo sem precedentes.

Pintadas como missões de apoio às autoridades locais, os Estados Unidos já enviaram, em diversas ocasiões, forças militares para operações dedicadas à luta contra os cartéis na América Latina. Em 1989, o então Presidente George H. W. Bush enviou mais de 20 mil militares norte-americanos para o Panamá com o intuito de deter o igualmente acusado de tráfico de droga e líder panamense, Manuel Noriega.

Esta também não é a primeira instância em que Donald Trump encarrega as forças militares com competências que têm sido maioritariamente atribuídas aos agentes de autoridade. Ainda este ano, o Chefe de Estado destacou a Guarda Nacional e membros do exército para a fronteira com o México para limitar não só a entrada de drogas para o país, mas também de imigrantes. Na mesma altura, estes meios foram também acionados para a Califórnia para conter a vaga de protestos contra as deportações em série que marcaram o mês de junho no Estados Unidos.

Morreu Jim Lovell, o astronauta que comandou a Apollo 13

O astronauta James A. Lovell, conhecido como Jim Lovell, que comandou a famosa missão falhada Apollo 13 à Lua e de volta, morreu aos 97 anos, anunciou esta sexta-feira a NASA. O falecimento foi confirmado ao jornal The New York Times pela nora, Darice Lovell.

“Estamos tristes com o falecimento de Jim Lovell, comandante da Apollo 13 e veterano de quatro voos espaciais”, escreveu a agência espacial norte-americana numa nota nas redes sociais.

“A vida e o trabalho de Lovell inspiraram milhões de pessoas. A sua coragem sob pressão ajudou a abrir o caminho para a Lua e além — uma jornada que continua até hoje”, continua.

A missão que Lovell comandou, marcada por uma alunagem abortada devido a uma explosão a bordo que colocou em risco a vida dos três astronautas, ganhou especial relevo devido ao filme de 1995 em que Tom Hanks imortaliza Lovell, no filme Apollo 13, de Ron Howard​.

Mas os feitos astronómicos de Lovell vão além desse episódio quase trágico: o americano nascido em Cleveland, Ohio, a 25 de Março de 1928, integrou como piloto do módulo de comando da Apollo 8, a primeira missão tripulada a abandonar a órbita terrestre e a orbitar a Lua.

No filme que conta a história da missão, foi-lhe atribuída erradamente a famosa frase “Houston, temos um problema”, proferida de forma célebre por Tom Hanks. Na realidade, a frase foi dita por Jack Swigert, que viu uma luz de aviso e disse ao Controlo de Missão “Houston, temos um problema aqui”.

Preso mata colega de cela com tampa de lata de atum em Murcia

Um prisioneiro está a ser acusado de matar o companheiro de cela no Estabelecimento Prisional de Murcia na madrugada desta sexta-feira. O caso foi confirmado pela Secretaria-Geral das Instituições Prisionais, que está a investigar o caso com pela Guardia Civil espanhola.

Segundo o jornal La Opinión de Murcia, o alegado agressor deu entrada no estabelecimento há apenas dois dias, em regime de prisão preventiva. Já a vítima era um homem de meia idade também em preventiva por alegadas agressões sexuais e que sofria de problemas de saúde mental.

Os prisioneiros, ambos de nacionalidade marroquina, partilhavam uma cela naquele que era considerado o departamento “mais tranquilo” da prisão, escreveu a Cadena SER — um “módulo de respeito”, dedicado a reclusos de baixo risco. Já as fontes do El País sublinham que nenhum deles era considerado “conflituoso“.

[Um jovem polícia é surpreendido ao terceiro dia de trabalho: a embaixada da Turquia está sob ataque terrorista. E a primeira vítima é ele. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o terceiro episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro episódio aqui e o segundo aqui]

De acordo com este mesmo jornal, o autor terá tirado a tampa de uma lata vendida na cantina do estabelecimento para a prática do crime. Os reclusos nas celas ao pé terão gritado que estava a haver uma agressão, tendo os guardas prisionais encontrado o homem já com um “ferimento profundo no pescoço causado por um objeto cortante“, levando depois o agressor para uma cela na solitária.

Estes homicídios, apesar de excecionais, não são novos. O sindicato de funcionários prisionais Acaip-UGT denunciou ao El País que alertava há vários anos para o risco da venda de embalagens que possam ser usadas como arma nas prisões, afirmando que não foi a primeira vez que uma lata de atum foi utilizada numa agressão.

O jornal espanhol lembra outros dois homicídios na prisão, ainda que sem o uso da mesma arma. O primeiro, em dezembro de 2018, envolveu um prisioneiro identificado como Jesús R.H., perito na arte marcial muay thai, que matou o companheiro de cela com agressões após uma discussão sobre quem ficava com as camas de cima e de baixo no beliche, tendo sido condenado a 12 anos de prisão por homicídio em 2020.

Em fevereiro de 2024, Dilawar Choudhary, então preso preventivamente depois de confessar ter matado três idosos irmãos entre os 68 e os 72 anos, matou o seu companheiro desferindo vários golpes com um haltere, alegando que era “muito sujo, tanto na sua higiene pessoal, como na arrumação da cela” e que olhava para ele “de uma forma que não gostava“.

Incêndios: Proteção Civil eleva nível de prontidão a partir de domingo

A Proteção Civil registou esta sexta-feira 59 ocorrências de incêndios rurais, mobilizando 1.679 operacionais, mas prepara-se para elevar para o nível máximo de prontidão operacional entre domingo e terça-feira, devido à prevista “complexidade significativa” das condições meteorológicas.

O comandante nacional de emergência e proteção civil, Mário Silvestre, informou que, entre as 00h00 e as 17h00 de hoje, no território continental, foram registadas “59 ocorrências, 13 das quais em período noturno”, que “estão a empenhar 1.679 operacionais, 443 meios terrestres e houve 96 missões realizadas com meios aéreos”.

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“No dia de ontem [quinta-feira], realçar que o dispositivo de combate a incêndios teve uma taxa de sucesso de 94%, ou seja das 67 ocorrências, 63 ficaram resolvidas dentro dos primeiros 90 minutos”, destacou.

"Nunca vi nenhum javali a fumar". Autarca desconfia de mão criminosa em maioria dos incêndios

O responsável operacional, que fazia pelas 19h00 o ponto da situação na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide (Oeiras), referiu que nessa altura existiam “quatro ocorrências que têm mais alguma preocupação”, localizadas em Figueira de Castelo Rodrigo, Ribeira de Pena, Moimenta da Beira e Marco de Canavezes.

Nestes quatro incêndios, estavam empenhados 582 operacionais, 162 veículos e 22 meios aéreos, apontou.

No âmbito da declaração de situação de alerta, prolongada até dia 13, quarta-feira, o nível de prontidão especial mantém-se em três, numa escala de quatro, mas Mário Silvestre adiantou que, face à análise das “condições meteorológicas previstas para os próximos dias”, a ANEPC irá “elevar o estado de prontidão especial” do dispositivo de combate a incêndios “para nível quatro a partir do próximo dia 10”.

O aumento do estado de prontidão para o nível máximo a partir das 00h00 de domingo prolongar-se-á até às 23h59 de dia 12, com vista ao reforço de pré-posicionamento de meios face à previsão de uma “complexidade significativa” das condições meteorológicas nesse período, explicou o comandante nacional da ANEPC.

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“Vice” do Constitucional critica chumbo da Lei dos Estrangeiros

O vice-presidente do Tribunal Constitucional (TC) critica a declaração de inconstitucionalidade da Lei dos Estrangeiros, considerando que as medidas do decreto são “perfeitamente razoáveis”, e sugeriu que a decisão baseou-se em convicções pessoais.

Numa declaração de voto conjunta anexa ao acórdão do TC que declarou inconstitucional cinco normas da lei de estrangeiros, o vice-presidente do tribunal, Gonçalo Almeida Ribeiro, e o juiz conselheiro José António Teles Pereira dizem ter discordado dessa decisão.

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Para os dois juízes, apesar de algumas das normas constantes no decreto “serem polémicas e discutíveis”, são “perfeitamente razoáveis e legítimas”, constituindo “uma expressão normal da arbitragem democrática do dissenso político”.

“A legislação numa democracia constitucional não deve ser produto de uma transação entre as preferências políticas da maioria parlamentar e da maioria dos membros da jurisdição constitucional, mas um exercício de liberdade programática limitado pelo respeito pelos direitos fundamentais e princípios estruturantes de uma república de pessoas livres e iguais”, defendem.

Nova Lei dos Estrangeiros chumbada pelo Tribunal Constitucional

Gonçalo Almeida Ribeiro e José António Teles Pereira consideram que, “para que um juízo constitucional informado por valores tão abstratos e elásticos se revele um exemplo de razão jurídica, em vez de uma escolha ideológica, deve satisfazer um ónus exigente de fundamentação”, considerando que isso não se verificou nos argumentos do acórdão divulgado esta sexta-feira.

Os dois juízes reconhecem que as opções do legislador relativamente ao direito dos estrangeiros deve “merecer um escrutínio severo ou um controlo intensificado por parte do juiz constitucional”.

“Só que um escrutínio judicial intenso não pode ser um pretexto para os juízes transportarem para o plano constitucional as convicções que legitimamente têm enquanto cidadãos – violando a igualdade democrática -, antes constituindo-os num dever acrescido de se inteirarem dos factos pertinentes, examinarem os textos aplicáveis, consultarem doutrina autorizada e articularem argumentos consistentes, cuidadosos, ponderados e persuasivos”, referem.

“Exigências constitucionais inéditas”

Gonçalo Almeida Ribeiro e José António Teles Pereira reconhecem que isso não é “verdadeiramente viável” neste caso, uma vez que o Presidente da República pediu que o TC se pronunciasse em 15 dias, mas frisam que, perante a urgência desse pedido, “o melhor que se poderia fazer, com sentido de responsabilidade institucional, seria procurar respaldo noutras jurisdições”, como o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos ou o Tribunal de Justiça da União Europeia.

“Em vez disso, profere-se um acórdão em que se fazem exigências constitucionais inéditas e se desenha o esboço de um caderno de encargos”, criticam.

Reações partidárias: PS pede “humildade” ao Governo após chumbo da Lei dos Estrangeiros

À semelhança de Gonçalo Almeida Ribeiro e José António Teles Pereira, a juíza conselheira Maria Benedita Urbano também discordou da decisão da maioria relativamente à declaração de inconstitucionalidade das cinco normas.

Numa declaração de voto, a juíza considera que o chumbo do diploma “tem como consequência a manutenção de uma política de fronteiras abertas” e a decisão “mostrar-se alheada (ou não tem na devida consideração)” a “realidade socioeconómica atual do país, com setores vitais, como a saúde, a habitação e o ensino, em risco de colapsar”.

“Basta viver em Portugal e ter em atenção e, mais do que isso, sentir a realidade que nos rodeia para ter a certeza de que a situação catastrófica que presentemente presenciamos no nosso país, não entra na categoria das ‘fake news'”, aponta.

O único outro juiz que discordou da decisão do TC na declaração de inconstitucionalidade das cinco normas foi João Carlos Loureiro, que, numa declaração de voto, defende que, “num quadro de separação de poderes, é irrelevante o que cada juiz constitucional pensa sobre o mérito das soluções resultantes de opções político-legislativas”.

Deve “apenas nortear-se por uma avaliação jurídico-constitucional, num quadro marcado por uma relevante internormatividade, em que importam referentes internacionais e supranacionais”, refere.

No entanto, João Carlos Loureiro reconhece que a decisão foi tomada “em circunstâncias particularmente difíceis”, numa alusão ao facto de o Presidente da República ter pedido ao Tribunal Constitucional que se pronunciasse num prazo de quinze dias.

Serviço internacional Celta entre Portugal e Espanha com ajustes temporários a partir deste mês

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A CP vai implementar alterações provisórias no serviço Celta a partir de 17 de agosto de 2025, com transbordo em Viana do Castelo mas sem cortes de ligações.

A partir de 17 de agosto de 2025, o serviço internacional Celta, que liga Portugal e Espanha, vai sofrer alterações temporárias na sua operação. Segundo a CP – Comboios de Portugal, a ligação entre Porto-Campanhã e Viana do Castelo passará a ser efetuada com automotoras elétricas UTE 2240, enquanto o troço entre Viana do Castelo e Vigo continuará a ser assegurado pelas automotoras UTD 592.

Estas mudanças, de caráter excecional e limitado no tempo, não implicam a supressão de circulações. O percurso continuará disponível na totalidade, mas com transbordo obrigatório em Viana do Castelo.

A transportadora sublinha que esta solução visa assegurar a continuidade do serviço Celta, garantindo a mobilidade dos passageiros e reduzindo ao mínimo possíveis impactos na operação. A CP refere ainda que manterá coordenação estreita com a RENFE, parceira na exploração desta ligação, monitorizando de forma contínua os efeitos da medida e prestando informação atualizada aos utilizadores.

Foto: Site da CP – Comboios de Portugal

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