Google pode manter Chrome, mas terá que partilhar informações com rivais


Depois de cinco anos de batalha jurídica, um tribunal norte-americano decidiu esta terça-feira que a Google não terá que vender o seu motor de busca Chrome, nem o sistema operativo Android, num processo que é visto como uma grande vitória para a tecnológica depois de uma decisão no ano passado que determinou que a Google operava um monopólio ilegal no mercado de pesquisas online.
“A Google não será obrigada a alienar o Chrome; nem o tribunal incluirá uma venda contingente do sistema operativo Android na sentença final”, indicou o juiz Amit Mehta.
A decisão fez as ações da Alphabet, a dona da Google, disparar 7% após o fecho de Wall Street esta terça-feira.
Em agosto de 2024, foi comprovado que a Google tinha utilizado métodos desleais para estabelecer um monopólio sobre o mercado.
Na decisão do juiz esta terça-feira, foi deliberado que os fabricantes de telemóveis são livres de promover outros motores de busca, com a Google a ser proibida de estabelecer contratos de distribuição exclusiva para o Google Search, o Chrome, o Google Assistent ou a aplicação Gemini.
No entanto, a Google também não será obrigada a vender o seu sistema operacional Android, que é usado por cerca de 75% dos telemóveis em todo o mundo.
Antes da decisão, a Google já havia anunciado que iria contestar a decisão, o que significa que poderá levar anos até que a empresa seja obrigada a agir de acordo com a decisão.
O seu CEO, Sundar Pichai, expressou preocupações no julgamento do caso em abril, afirmando que a partilha de dados poderá permitir que os rivais do Google façam engenharia reversa com a sua tecnologia.
No entanto, o juiz do tribunal norte-americano considera que a Google não deve compartilhar todos os dados solicitados e que, mesmo que os concorrentes os recebam, “imitar a busca do Google não seria uma tarefa fácil”.