“Não devemos resignar-nos à lógica do conflito e das armas”, pede Leão XIV

“Infelizmente, sentimo-nos impotentes diante da propagação no mundo de uma violência cada vez mais surda e insensível a qualquer movimento de humanidade”, lamentou esta manhã o Papa.

No final do Angelus que rezou em Castel Gandolfo, Leão XIV insistiu que não devemos deixar de ter esperança: “Deus é maior do que o pecado dos homens. Não devemos resignar-nos à prevalência da lógica do conflito e das armas”, frisou. “Com Maria, acreditamos que o Senhor continua a socorrer os Seus filhos, lembrando-Se da Sua misericórdia. Só nela é possível reencontrar o caminho da paz”.

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A propósito da solenidade da Assunção da Virgem que se assinala esta sexta-feira, o Papa acrescentou: “Hoje, queremos confiar a nossa oração pela paz à intercessão da Virgem Maria, assunta ao céu. Ela, como mãe, sofre pelos males que afligem os seus filhos, sobretudo os pequenos e os fracos”.

Leão XIV recordou ainda as palavras que Pio XII proferiu ao proclamar o dogma da Assunção, em 1950, quando ainda estava viva a trágica a experiência da Segunda Guerra Mundial: “É de esperar que todos os que meditarem no glorioso exemplo de Maria sejam cada vez mais profundamente persuadidos do valor da vida humana.” Nessa altura, Pio XII “desejava que nunca mais se desperdiçassem vidas humanas suscitando guerras. Como são atuais estas palavras”, concluiu o Papa Leão.

Laboratórios de análises propõem rede a funcionar à noite e fins de semana para aliviar urgências hospitalares

A associação que representa os laboratórios clínicos a funcionar em Portugal propõe a criação de uma rede de pontos de análises clínicas abertos em horário alargado (à noite e fins de semana) que permita dar resposta às congestionadas urgências dos hospitais — onde os utentes chegam a esperar várias horas pelos resultados das análises. O projeto, denominado “Laboratório de Serviço” — que vai ainda ser analisado pelo Ministério da Saúde —,  poderá funcionar em zonas do país muito pressionadas pela afluência às urgências, como a zona envolvente do Hospital Amadora-Sintra, disse ao Observador o diretor-geral da Associação Nacional dos Laboratórios Clínicos (ANL), Nuno Marques.

“Muitas vezes, as pessoas ficam horas numa urgência à espera de uma análise, para saber o que vai ser necessário fazerem. Com este projeto, queremos descongestionar as urgências e reforçar a resiliência do Sistema Nacional de Saúde em situações de emergência”, diz Nuno Marques.

Inspirado no modelo das farmácias de serviço , o projeto visa criar uma rede rotativa de laboratórios convencionados com gestão de escalas. Estes laboratórios estarão integrados no sistema “Exames Sem Papel” e articulados com os centros de saúde e hospitais do SNS, permitindo assim a realização de análises clínicas por utentes com prescrição, mesmo fora do horário habitual.

“É uma solução prática, acessível e eficiente, sem necessidade de novos investimentos públicos em termos de infraestrutura. É um projeto de utilidade pública com potencial para transformar a resposta assistencial e de saúde pública em Portugal”, diz o diretor-geral da ANL, associação que representa 98% dos cerca de 3300 laboratório de análises clínicas de Portugal.

Se receber luz verde da tutela, o projeto vai permitir que um utente possa “fazer as análises perto de casa, numa lógica de proximidade”, sendo os resultados encaminhados de imediato para o hospital, o que permitirá diminuir, em muitos casos, o tempo de espera nas urgências. “Há pessoas que ficam noites inteiras à espera, porque não há serviços disponíveis ou então estão à espera do médico para fazer o relatório”, sublinha Nuno Marques, acrescentando que, em muitas unidades hospitalares do SNS, escasseiam os técnicos de diagnóstico e terapêutica, responsáveis pela análises clínicas.

A ANL propõe que o alargamento do horário dos pontos de análises clínicas seja, numa primeira fase, testado num projeto-piloto, em área geográfica a definir com o Ministério da Saúde, e de modo a avaliar o impacto do modelo em indicadores como a realização de análises fora do horário regular ou a redução da afluência às urgências. No entanto, Nuno Marques adianta que a associação vai propor que o projeto seja implementado em “grandes centros urbanos”, onde a conjugação de uma grande afluência às urgências e a maior falta de recursos humanos nos hospitais provocam maiores tempos de espera. Uma das hipóteses, diz o responsável, é a zona envolvente do Hospital Fernando Fonseca (mais conhecido por Amadora-Sintra), onde o tempo de espera para doentes triados com pulseira amarela — e considerados urgentes — chega a ultrapassar as 30 horas durante o inverno.

Em 2024, os laboratórios convencionados da ANL (entre os quais estão empresas como a Unilabs, Germano de Sousa, Affidea ou Synlab) realizaram 101 milhões de atos, dos quais 54,7 milhões para o SNS.

O presidente da associação que representa os laboratórios de análises clínicas assegura que, a ser aceite, o projeto “Laboratório de Serviço” não resultaria em custos acrescidos para o Estado, uma vez que, diz Nuno Marques, o “SNS paga menos ao setor convencionado do que paga às próprias unidades do SNS” pelos mesmos atos. “As tabelas de atos convencionados são 50% abaixo do valor de mercado“, sublinha. O responsável cita, aliás, um estudo de uma consultora que diz ter concluído que “compensa externalizar as análises [contratar a entidades externas] e que não há racional na internalização das análises”, uma posição não consensual dentro do SNS. Mas relativamente ao custo do projeto em si, Nuno Marques não avança valores.

Nuno Marques realça os benefícios da externalização destes serviços mesmo fora do contexto das urgências hospitalares, e sobretudo nas zonas do interior país onde as populações vivem longe do hospital mais próximo e são obrigadas a percorrer grandes distâncias para realizar análises na unidade hospitalar onde estão a ser seguidas. “Há Unidades Locais de Saúde onde se pode ficar várias semanas à espera. E no Alentejo, às vezes as pessoas têm fazer 50 quilómetros para cada lado para fazer uma análise”, diz o presidente da ANL, um problema que poderia ser solucionado, defende, com a entrega do serviço de análises à rede dos convencionados, que têm postos de recolha de sangue mais próximos das populações.

Nuno Marques pede, no entanto, a revisão das tabelas de atos convencionados, que, diz, não foram alvo de atualização nos últimos 16 anos e que não refletem o valor real dos atos praticados.

Quanto ao projeto “Laboratório de Serviço”, que prevê a abertura de laboratórios à noite e aos dias não úteis para aliviar as urgências, o presidente da ANL adianta que já enviou a proposta a várias entidades do setor da saúde. Questionado sobre se existe abertura para colocar o projeto no terreno, o Ministério da Saúde diz apenas ao Observador que este “será oportunamente analisado”.

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A Suíça pondera abandonar a sua histórica neutralidade

A secular neutralidade da Suíça pode já não ser adequado ao mundo moderno. Segundo os especialistas, já não protege a nação — que acaba de ser brutalmente atingida pelos estilhaços da guerra das tarifas impostas por Donald Trump. A Suíça, há muito considerada um bastião de neutralidade permanente, enfrenta desafios fundamentais à sua posição internacional como resultado das tarifas impostas pelos Estados Unidos sob a administração Trump, diz o The Wall Street Journal. O princípio da neutralidade é, desde o século XIX, o fundamento central da política externa da Suíça. Em 1815, no Congresso de Viena, as grandes potências europeias

Tenho cancro. E depois? – Tenho cancro. E depois? em Podcast

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Incêndios: Após festa do PSD no Algarve, Gouveia e Melo critica políticos por não estarem “ao lado do povo” e enfiarem “cabeça na areia”

Henrique Gouveia e Melo condenou esta sexta-feira que “alguns responsáveis políticos” mantenham a agenda “alheios ao terror vivido pelas populações” nos incêndios. “Estamos a assistir a uma bolha de cinismo frio perante o sofrimento”, alertou.

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Gouveia e Melo ataca Montenegro por manter festa do Pontal “numa bolha de cinismo frio perante o sofrimento”.

“Se não conseguem prevenir nem remediar, espera-se, no mínimo, que estejam presentes, ao lado do povo, no seu sofrimento”.

Durante o discurso, o primeiro-ministro garantiu que o Governo estava a acompanhar a situação dos incêndios “de forma discreta” e defendeu que não é a meio da guerra que vamos fazer a discussão. Vamos primeiro a ganhar guerra”.

Numa intervenção em que prometeu penas mais pesadas para os incendiários, Luís Montenegro reconheceu, ainda assim, que o Pontal “é uma festa”, apesar de garantir também “que estamos a fazer isto ao mesmo tempo que estamos a fazer tudo para ajudar todos aqueles que estão a sofrer”.

No Pontal, Luís Montenegro promete aumentar penas para incendiários. E garante que medidas da Lei dos Estrangeiros “vão continuar não obstante alguns percalços”

Gouveia e Melo não aceita argumentos “de que não se pode falar agora dos incêndios porque é aproveitamento político” porque “só depois do combate se pode discutir”, o que que considera serem “meros pretextos para ganhar tempo e tentar diminuir as responsabilidades.” E lembra que “ano após ano, a memória apaga-se e a prevenção, o planeamento e os investimentos estruturais ficam fora da agenda” para concluir que “se isto é política, tenho muita sorte em não ter passado por ela”.

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Incêndios. Vias cortadas em Sernancelhe, Penedono e Aguiar da Beira

Os municípios de Sernancelhe, Penedono, Cinfães e ainda Trancoso e Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, têm estradas nacionais e municipais cortadas devido aos incêndios nesta sexta-feira, segundo fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Segundo fonte da GNR, estão cortadas ao trânsito:.

  • A Estrada Nacional (EN) 331, em Penedono, entre Castaínço e Macieira.
  • A EN229-1, entre Antas, Sernancelhe, distrito de Viseu, e Trancoso, distrito da Guarda.
  • A EN 229, em Aguiar da Beira, distrito da Guarda, entre a Ponte do Abade e Aguiar da Beira.
  • A Estrada Municipal (EM) 506, em Sernancelhe, entre Sernancelhe e Ferreirim.
  • A Estrada Regional 321, em Cinfães, entre Travassos e Tendais.

Detido em Coimbra homem procurado pelo Brasil por crimes sexuais contra crianças

A Polícia Judiciária (PJ) deteve em Coimbra um homem de 35 anos que estava a ser procurado pelo Brasil por crimes sexuais contra crianças.

Em comunicado, a PJ esclarece que o detido, de 35 anos, “é suspeito de ter praticado crimes de abuso sexual de crianças e de pornografia de menores, em território brasileiro, no ano de 2019, tendo viajado para Portugal, no final de 2022”.

“Em território nacional, o mesmo já se encontrava em investigação por crimes de idêntica natureza, pelo que, em momento prévio à detenção com vista à extradição, foi realizada busca domiciliária à residência do suspeito, que resultou na apreensão de equipamentos informáticos contendo ficheiros compatíveis com abuso e exploração sexual de crianças”, acrescenta a nota.

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Segundo a PJ, o detido é suspeito de proceder à gravação dos abusos praticados e respetiva divulgação em plataformas dedicadas à partilha e disseminação de pornografia de menores.

A investigação, iniciada no passado mês de junho, teve origem na sinalização por entidades internacionais e contou com a estreita articulação da Polícia Federal Brasileira, designadamente no que concerne à partilha de informação policial.

O detido está agora em prisão preventiva, aguardando extradição.

“Interação antagónica”. Cafeína reduz a eficácia de alguns antibióticos

Segundo um novo estudo, conduzido por uma equipa de investigadores liderada pela portuguesa Ana Rita Brochado, alguns ingredientes da nossa dieta diária — incluindo a cafeína — podem influenciar a resistência das bactérias aos antibióticos. O café anima-nos e ajuda-nos a ter um melhor desempenho em diversos tipos de atividades. Infelizmente, a cafeína presente no café também pode estimular as bactérias que vivem no nosso organismo, tornando-as mais resistentes aos antibióticos. Esta é a descoberta inesperada de uma equipa de investigadores da Universidade de Tübingen e da Universidade de Würzburg, liderada pela engenheira biológica portuguesa Ana Rita Brochado. Bactérias como

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