Miguel Araújo, Aurea e Os Quatro e Meia na estreia do Fura Festival em Ovar

O município de Ovar lança no dia 15 o festival balnear Fura, que levará Miguel Araújo, Aurea e Os Quatro e Meia à praia do Furadouro, integrando também experiências náuticas, teatro de rua, passeios e arte urbana.

Segundo revelou a autarquia do distrito de Aveiro, o evento dura três dias e todas as iniciativas são de entrada gratuita, embora algumas impliquem inscrição prévia para controlo de lotação.

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“O Fura Festival quer ser uma marca forte, capaz de alavancar toda a oferta de verão do concelho e de consolidar Ovar como um destino de excelência nesse período”, afirmou Domingos Silva, presidente da Câmara Municipal.

O autarca disse que o festival resulta de “um trabalho que foi pensado, experimentado e estruturado ao longo dos últimos anos” e depois “desenhado tendo como premissas os atrativos naturais do território e as suas tradições e vivências mais genuínas”, o que culminou num programa cultural “plural, dinâmico e muito atrativo”.

No total, o Fura Festival integra mais de 40 propostas para diferentes idades. Em destaque estão os concertos noturnos, que terão como cabeças de cartaz os já mencionados músicos portugueses, mas serão sempre precedidos por artistas locais, em concreto Flaviana Borges, Rui Oliveira e Cátia Gonçalves.

Quanto a artes de rua, estão anunciadas performances de Enano Clown, Karcocha e Thorsten Grütjen, e a apresentação dos espetáculos “MANInFESTAÇÃO”, pelo coletivo Sol D”Alma, e “Sem Lugar”, pela Companhia Vareira.

A primeira edição do evento prevê ainda a criação de um mural de arte urbana em que a artista Bárbara R. orientará o trabalho da comunidade local interessada em participar no projeto.

No restante, o festival propõe, para o mar, sessões de surf, bodyboard, surfskate e longboard, e, em terra, passeios guiados de bicicleta, circuitos de kart e aulas de yoga, zumba e dança – a que se juntam ainda insufláveis para crianças, um mercado urbano (apenas sábado e domingo) e uma ação de limpeza ambiental na praia (a realizar no areal local no domingo de manhã).

Ricos em casas, pobres em liquidez: o paradoxo de uma geração e o seu legado

Durante décadas, em Portugal ter casa própria foi sinónimo de estabilidade financeira. A geração que hoje tem entre 60 e 80 anos conseguiu, com esforço, concretizar esse objetivo. Compraram, pagaram, mantiveram. Hoje, essas casas são o ativo mais valioso — por vezes único — de muitas famílias.

Entre 2008 e 2023, o preço médio da habitação duplicou. Em Lisboa, mais do que duplicou. Uma valorização que criou um paradoxo: milhares de pessoas habitam em casas que valem meio milhão — mas vivem com pensões de 600 euros. Têm património, mas falta-lhes liquidez.

A casa é, simultaneamente, abrigo, peso financeiro e herança futura. Mas poucos estão dispostos a vender. Porquê? Porque a casa é muito mais do que tijolo. É onde criaram os filhos, onde resistiram às crises, onde esperam deixar uma marca. O apego emocional e o desejo de deixar algo aos filhos sobrepõem-se a decisões racionais.

Já está em marcha uma nova fase: uma transferência geracional de riqueza sem precedentes, estimada em mais de 300 mil milhões de euros em imóveis. Esta herança poderá oferecer estabilidade a muitas famílias — ou agravar desigualdades. Os imóveis concentram-se nas mesmas faixas populacionais, com enorme disparidade territorial: o que vale 500 mil euros em Lisboa pode valer 100 mil no interior. E é esta disparidade que se vai herdar também.

Além disso, esta herança chega muitas vezes tarde demais. Aos 50 ou 60 anos, quando o grande peso das prestações, da educação dos filhos… os grandes encargos da vida já passaram. A falta de literacia financeira e planeamento sucessório pode transformar esta oportunidade num problema: conflitos familiares, imóveis fechados, a degradar-se. Vendas forçadas. E uma herança que perde valor — financeiro e emocional.

É urgente preparar este momento. Políticas públicas que incentivem o arrendamento acessível, reabilitação urbana ou instrumentos como a hipoteca inversa podem ajudar. Mas também é essencial apoiar famílias com informação neutra, literacia financeira e aconselhamento legal.

Se bem gerido, este património pode ser um motor da mobilidade social e contribuir para um mercado mais equilibrado. Se ignorado, será apenas mais um capítulo na história das desigualdades.

A casa foi o símbolo da prosperidade do século XX. Saber o que fazer com ela será um dos maiores desafios económicos do século XXI.

O Provedor do Utente no SNS

O Decreto-Lei nº. 52/2022 de 4 de agosto define o Estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O seu Artigo 26º (Secção VI – Participação no Serviço Nacional de Saúde) promove a Participação dos Beneficiários, quer a título individual quer através de entidades que representem beneficiários ou utentes. Neste mesmo Artigo surge como obrigatória a criação, nas Unidades de Saúde do SNS, da figura do Provedor do Utente com a missão de representar os interesses dos utentes e famílias.

O Provedor do Utente é uma figura inovadora no panorama da saúde portuguesa. Com a sua criação pretende-se que este possa vir a atuar como representante dos utentes junto do Conselho de Administração das Unidades de Saúde. Esta função revela-se como uma mudança de paradigma, em que o hospital segue o doente, e não o contrário, colocando assim a pessoa no centro da prestação de cuidados de saúde.

O Provedor tem como preocupação central ouvir ativamente os doentes e os utentes e deve procurar dar-lhes respostas, ajudando-os e esclarecendo-os sobre o atendimento e cuidados prestados. Trata-se de uma figura independente que faz um serviço não remunerado, que serve de ligação entre os utentes e as estruturas hospitalares, e tem por missão defender os seus direitos e interesses legítimos.

O Provedor do Utente deve exercer as suas funções com total autonomia, sem influência de interesses ilegítimos ou de pressões de qualquer natureza, nomeadamente política, financeira, gestionária, profissional ou pessoal. Deverá promover a contínua humanização dos cuidados de saúde, garantindo que a voz dos cidadãos seja efetivamente ouvida nos processos de tomada de decisão. A sua função vai, portanto, muito além da simples receção de reclamações, procurando ser uma oportunidade de escuta ativa tendo em vista a melhoria dos cuidados.

Esta figura tem vindo a ser criada em várias instituições de saúde portuguesas demonstrando a crescente importância atribuída à participação dos utentes no sistema de saúde nacional. Em outros países assume diferentes designações mas cumpre os mesmos propósitos: Ouvidor (Brasil), Defensor (Espanha), Mediateur (França). O termo Ombudsman – da palavra sueca Ombud (representante) – é usado quer nos países nórdicos quer nos de expressão inglesa.

O Provedor do Utente enfrenta os desafios que refletem as complexidades do sistema de saúde português: o aumento das exigências por parte da comunidade e a crescente mediatização da Saúde, a baixa literacia e a deficiente humanização dos cuidados, a maior longevidade da população e o consequente aumento da incidência de doenças crónicas, os constrangimentos financeiros, a escassez de recursos materiais e humanos, o burnout dos profissionais, a fragmentação dos cuidados de saúde e a sobrecarga dos serviços nomeadamente os de urgência. Os sentimentos de desilusão e de descrença na capacidade operacional do SNS poderão também vir a constituir desafios relevantes.

É fundamental que o Provedor do Utente não se limite a ser uma figura meramente decorativa, nomeada apenas para satisfazer o requisito legal. Deverão ser-lhe proporcionadas as condições adequadas para que possa desenvolver a sua missão com dignidade e eficácia. Só assim poderá assumir um papel significativo quer na humanização dos cuidados de saúde, quer na promoção da participação ativa dos cidadãos e na construção de pontes entre os utentes e as instituições, contribuindo desse modo para um SNS mais centrado nas pessoas.

Referências: Decreto-Lei n.º 52/2022 de 4 de agosto, Claude IA (2025)

Empire of the Sun – Reportagem: O Império do Sol aos pés do Campo Pequeno

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A viagem deste concerto dos Empire of the Sun resume-se a uma peça teatral visualmente preparada ao detalhe com a música e a alegria excêntrica em pano de fundo.

Quem disse que o indie não podia ser dançável, eletrónico e festivo? Enganou-se redondamente. A noite de 23 julho foi majestosa e visualmente irrepreensível a todos os níveis.

Com casa cheia e rendida ao seu espetáculo cénico, os Empire of the Sun provaram que este campeonato é deles, não obstante da qualidade dos restantes como os seus conterrâneos Naked and Famous, nascidos também no ano de 2007. A banda formada por Luke Steele e Nick Littlemore cativam espetadores e os seus seguidores através de espetáculos cinematográficos e teatrais, numa espécie de experiência imersiva e caleidoscópica.

A noite sonhadora marca o início da digressão europeia de Ask That God, escolhendo Lisboa como ponto de partida para esta viagem pela eletrónica contemporânea da indie. “Changes” marcou o início através de uma tempestade negra projetada nos ecrãs revelada por uma espécie de ovos cósmicos, e o hino “We Are The People” terminou o primeiro ato com a junção do público com a banda, o que trouxe os primeiros “saltar de cadeira” de forma natural.

Antes de soltarem “Way To Go”, os Empire of The Sun recordaram-nos da primeira passagem por Portugal, no Super Bock Super Rock 2010, em que tiveram de tocar no final do festival… depois de Prince. “Como vamos tocar depois de um génio como Prince e vocês abraçaram-nos de braços abertos?”, confessou o vocalista antes da apresentação da banda. “Television” entrou em cena com ecrãs hipnotizantes e desconcertantes com o objetivo de provocar o público a pôr em causa o que ouvimos na televisão, em que é que acreditamos e quem está a vencer.

Após novo momento de pausa, surge SupaChai – a mascote criada pelos Empire of the Sun como um conteúdo promocional e presente nas performances ao vivo -, que veio incendiar o público com o terceiro ato com temas focados no seu fundo verde da natureza, ato esse que terminou com “Swordfish Hotkiss Night”, uma elevada exuberância e a vivacidade de cores que culminou numa bomba caótica de sentimentos libertários.

Ask That God foi o ponto de partida para um fim transcendente, com fins de proporção épica e excentricidade cinematográfica no seu auge. Para o final estaria guardado para “Happy Like You / Wild World”, “Walking on a Dream” e “Standing on the Shore”. “Alive” foi a cereja no topo do bolo do selo de qualidade Empire Of The Sun com as promessas de ficarmos sempre e para sempre jovens pela nossa vida fora. A viagem deste concerto resume-se a uma peça teatral visualmente preparada ao detalhe com a música e a alegria excêntrica em pano de fundo.

Foto: Facebook dos Empire of the Sun

Portugal diminui dependência energética do estrangeiro, mas falta atrair mais indústria

Quando em 2021 Portugal abandonou a produção de eletricidade a partir do carvão, em Sines e no Pego, levantaram-se algumas vozes sobre uma eventual maior dependência da rede elétrica espanhola.

Ora, os últimos dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) mostram que, em 2024, o país alcançou um novo feito: o índice de dependência energética do exterior recuou para 64,1%, um novo mínimo histórico.

Em 2023 a dependência energética de Portugal já tinha registado uma redução para 66,7%, ficando apenas ligeiramente acima dos 65,8% atingidos em 2020 — ano da pandemia que fez cair de forma significativa o consumo de gasolina e gasóleo travando a importação de crude e de refinados.

Os dados revelam que é notória uma progressiva redução da dependência energética portuguesa, que coincide com a maior aposta na eletrificação de base renovável, ancorada sobretudo na energia hídrica, eólica e, mais recentemente, solar.

O valor registado em 2024 supera mesmo, com uma antecedência de seis anos, a meta do Plano Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC 2030), estipulada pelo Governo, que visava reduzir a dependência energética para 65% em 2030.  A redução das importações de gás natural em 2024 e aumento da quota de renováveis na eletricidade contribuíram de forma decisiva para o alívio da dependência energética.

Apesar de tudo o país continua ainda exposto a alguns fornecedores, nomeadamente Brasil, Nigéria, Argélia, Estados Unidos, Espanha, mas também Azerbaijão, Arábia Saudita e Noruega, de que Portugal ainda depende energeticamente, sobretudo devido ao fornecimento de crude.

Por outro lado, este valor histórico é também possível apenas devido a uma estagnação do consumo de energia, contrariando as previsões de evolução de acordo com o PNEC 2030. Este cenário reflete uma ineficácia na atração de projetos industriais com elevada necessidade de consumo de energia limpa e com interesse em se estabelecerem em Portugal.

Nas últimas décadas Portugal tem registado uma maior desindustrialização da sua economia em comparação com alguns países da Europa, perdendo competitividade e a capacidade de garantir uma oferta robusta de trabalho qualificado e que possa contribuir para uma estrutura média salarial mais atrativa.

Juntamente com a necessidade urgente de descarbonização para mitigar os efeitos das alterações climáticas, a transição energética pode representar uma oportunidade significativa para o País. As vantagens geográficas únicas de Portugal, incluindo amplas capacidade para a produção de energia renovável com boa relação custo-benefício e a preços de energia atrativos, colocam a região numa situação privilegiada para capturar o crescimento verde de indústria que requere energia limpa e barata.

Congelamento de verbas a universidade UCLA por executivo Trump ascende a 500 milhões de euros

O executivo de Donald Trump congelou 584 milhões de dólares (500 milhões de euros) em fundos de investigação para a Universidade da Califórnia — Los Angeles (UCLA), acusando esta de violações dos direitos civis e antissemitismo.

O valor dos cortes, os primeiros a visar uma universidade pública no segundo mandato de Trump, foi anunciado em comunicado pelo reitor de UCLA, Julio Frenk, e representa quase o dobro do noticiado na semana passada (339 milhões de dólares). “Se estes fundos permanecerem suspensos, será devastador para a UCLA e para os americanos”, disse Frenk, destacando a investigação inovadora realizada pela universidade. Os departamentos afetados, adiantou o reitor, dependem de financiamento da Fundação Nacional de Ciências, dos Institutos Nacionais de Saúde e do Departamento de Energia.

A administração Trump anunciou recentemente que a Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça concluiu que a UCLA violou a 14.ª Emenda da Constituição e a Lei dos Direitos Civis de 1964, “ao agir com indiferença deliberada na criação de um ambiente educativo hostil para os estudantes judeus e israelitas”. Devido a alegações semelhantes, o governo federal tem vindo a congelar ou a suspender o financiamento federal contra faculdades privadas.

No final de julho, a Universidade de Columbia concordou em pagar 200 milhões de dólares (172 milhões de euros) no âmbito de um acordo para resolver as investigações sobre as alegações do governo de que a universidade violou as leis federais anti-discriminação. O acordo também restaura mais de 400 milhões de dólares (344 milhões de euros) em bolsas de investigação. A administração Trump planeia agora usar o seu acordo com Columbia como modelo para outras universidades, de acordo com a AP.

A Fundação Nacional de Ciência (NSF, sigla em inglês) afirmou num comunicado na semana passada que informou a UCLA que suspendia o financiamento porque a universidade não está alinhada com as prioridades da agência. O governo comunicou à UCLA que encontrou vários “exemplos de incumprimento” e criticou a universidade por pedir aos candidatos para divulgarem a sua raça e por considerar nas admissões fatores como o rendimento familiar e a morada.

Estas chamadas “ações afirmativas” nas admissões universitárias foram proibidas na Califórnia em 1996 e anuladas pelo Supremo Tribunal em 2023. A carta refere que a universidade tomou medidas que equivalem a “uma tentativa transparente de se envolver em admissões com base na raça”, prejudicando candidatos brancos, judeus e asiático-americanos. Afirma ainda que a UCLA não promove um ambiente livre de antissemitismo e discrimina as mulheres ao permitir que mulheres transgénero compitam em equipas femininas.

No início da semana passada, a UCLA chegou a um acordo para pagar 6 milhões de dólares (5 milhões de euros) a três estudantes e um professor judeu que processaram a universidade, alegando que esta violou os seus direitos civis ao permitir que manifestantes pró-palestinianos em 2024 bloqueassem o seu acesso às aulas e a outras áreas do campus.

UCLA argumentou inicialmente que não tinha qualquer responsabilidade legal sobre a questão, uma vez que os manifestantes, e não a universidade, bloquearam o acesso de estudantes judeus a algumas áreas.

A universidade também trabalhou com as autoridades policiais para frustrar as tentativas de criação de novos acampamentos de protesto e afirmou estar comprometida com a segurança e a inclusão no campus e que continuará a implementar as recomendações.

Coimbra: Doppo inaugura nova gelataria no Bairro Norton de Matos

A Doppo, gelataria artesanal que se tornou um dos espaços emblemáticos da Baixa de Coimbra, abriu uma nova loja no Bairro Norton de Matos.

Fundada em junho de 2022, a Doppo revolucionou a forma como o gelado é percebido em Coimbra. Com uma oferta que privilegia ingredientes primários e frescos, o gelado artesanal da Doppo é produzido com equipamentos tecnologicamente avançados, que garantem a máxima qualidade e preservação dos sabores.

O mestre gelateiro e fundador, Fernando Castelo Branco, após décadas de experiência em engenharia e docência universitária, apostou numa visão clara: criar um gelado de autor, onde a inspiração e a sazonalidade dos produtos são fundamentais.

Gelataria Doppo, Bairro Norton de Matos - Coimbra

Gelataria Doppo, Bairro Norton de Matos – Coimbra

Do menu da Doppo, fazem parte sabores tradicionais como Baunilha, Chocolate Fondente, Tiramissù, Cheesecake e Caramelo Salgado que convivem com criações sazonais que refletem o melhor da fruta da época e a criatividade de Fernando.

Na Doppo não se encontram apenas gelados em copo ou cone, mas também gelados em pauzinho (picolés), bolos gelados, pavlovas e até gelados servidos dentro de brioche, à moda siciliana.

Além do gelado, a Doppo é já um ponto de referência para os verdadeiros amantes do café. Ao fim de 3 anos de vida, a Doppo decidiu passar a comprar café verde e a torrá-lo nas suas instalações, fazendo uma selecção criteriosa e assegurando um café de especialidade de grande qualidade, mantendo um extenso menu de bebidas de café.

Para os apreciadores de chá, a parceria com a Companhia Portugueza do Chá assegura uma oferta variada e de qualidade.

Depois do sucesso consolidado na Praça do Comércio, onde a Doppo ajudou a reativar a baixa de Coimbra, surge agora um novo desafio e uma nova oportunidade.

A Doppo do Bairro Norton de Matos, que passaremos a chamar de Doppo do Bairro, num espaço que nasce da colaboração estreita entre Fernando Castelo Branco e o arquiteto e designer de interiores Jacek Jan Jaskola.

Gelataria Doppo, Bairro Norton de Matos - Coimbra

Gelataria Doppo, Bairro Norton de Matos – Coimbra

DECORAÇÃO LA DOLCE VITA

O conceito da nova loja inspira-se na leveza e beleza do estilo de vida italiano — a famosa la dolce vita — mas com um forte enraizamento em materiais portugueses, numa perfeita fusão entre as duas culturas. O espaço recupera um belíssimo pavimento original em terrazzo e destaca elegantes estruturas metálicas nas janelas e portas, que foram o ponto de partida para um design pensado ao detalhe.

De Itália veio um lustre original de Murano, descoberto num antiquário em Bolonha, cidade onde Fernando aprendeu a fazer gelado artesanal, e o balcão de gelados foi escolhido diretamente na feira internacional da gelataria em Rimini.

O mobiliário e acabamentos valorizam o que há de melhor em Portugal, com tampos e prateleiras em mármore rosa de Vila Viçosa e um balcão revestido a azulejos artesanais, produzidos por encomenda, que conferem autenticidade e elegância ao ambiente.

Para complementar, a artista polaca Katarzyna Wójtowicz criou uma ilustração vibrante e cheia de cor para o teto, uma verdadeira explosão de verão e alegria.

O que, também, distingue esta nova Doppo é a maior oferta. O gelado artesanal continua a ser o foco, com o mesmo cuidado na produção e na seleção de sabores, acompanhado pelo café de especialidade que conquistou tantos seguidores. Mas a novidade é a introdução de uma seleção de aperitivos italianos.

Entre as opções disponíveis estarão clássicos intemporais como o Campari Spritz e o Negroni. Estes aperitivos representam a extensão natural do conceito Doppo, um convite à partilha e ao convívio, celebrando a vida com o requinte e a simplicidade da cultura italiana.

“A Doppo sempre foi um espaço pensado para celebrar a vida — um lugar onde se encontra prazer, partilha e qualidade. Agora, no Bairro Norton de Matos, acrescentamos uma nova dimensão a essa experiência, com aperitivos que convidam a momentos descontraídos entre amigos, num ambiente que combina o melhor da cultura italiana e portuguesa,” afirma Fernando Castelo Branco.

“Mais do que uma gelataria, a Doppo do Bairro quer ser um ponto de encontro para a comunidade, um local onde o design, o gelado e o convívio se cruzam numa celebração da dolce vita. Queremos que as pessoas possam vir aqui para um gelado, um café, um aperitivo, ou simplesmente para passar um momento agradável num ambiente pensado ao pormenor, com uma forte identidade cultural e estética”, continua.

Gelataria Doppo, Bairro Norton de Matos - Coimbra

Gelataria Doppo, Bairro Norton de Matos – Coimbra

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Câmara do Seixal realizou ação de inspeção a imóveis referenciados como “bases missionárias”

A Câmara do Seixal, no distrito de Setúbal, e a PSP realizaram hoje uma ação inspetiva a imóveis referenciados como sendo “bases missionárias” desenvolvidas por responsáveis de uma igreja evangélica, anunciou o município.

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Em comunicado, a autarquia indica que a ação foi feita em articulação com o Núcleo de Estrangeiros e Controlo da PSP em imóveis situados na Praceta Teresa Gomes, Torre da Marinha, para verificação do cumprimento das condições de utilização, habitabilidade, segurança, salubridade e arranjo estético, previstos no Regime Jurídico de Urbanização e Edificação. .

De acordo com a Câmara, a PSP verificou a situação dos cidadãos estrangeiros albergados no local e, com base nas evidências recolhidas, a autarquia vai dar seguimento ao processo contraordenacional.

Esta foi a primeira ação inspetiva conjunta no concelho a imóveis referenciados como estando a ser utilizados como habitação quando se encontram licenciados para comércio, serviços ou atividades industriais, depois de em março o Ministério Público do Seixal ter acusado dois responsáveis de uma igreja evangélica de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos, por terem alegadamente criado um esquema para lucrar com a permanência em Portugal de cidadãos brasileiros.

Na nota, o município garante que já estão agendadas ações de fiscalização e vistoria a outros imóveis espalhados pelo concelho.

“A nossa atuação visa sobretudo salvaguardar a segurança de todos, impondo a reposição da legalidade dos espaços o mais breve possível”, refere o vice-presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Tavares, citado no comunicado. .

Em maio, a Câmara do Seixal realizou uma inspeção a todos os imóveis referenciados como sendo “bases missionárias” desenvolvidas no concelho por responsáveis de uma igreja evangélica.

Já em junho, numa nota então divulgada, a Câmara indicou que, “face ao provado uso ilegal” de algumas frações, notificou os proprietários para o “restabelecimento da utilização formalmente atribuída aos imóveis, sob pena de serem desencadeados processos de contraordenação, com a aplicação de coimas que poderão variar entre os 100 mil euros (pessoas individuais) e os 250 mil euros (pessoas coletivas)”.

Na altura, o presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, adiantou à agência Lusa que o prazo dado para o fim da ocupação indevida dos imóveis era de 30 dias e que tinham sido já detetadas no concelho situações idênticas desenvolvidas por outras igrejas.

Em março, o Ministério Público (MP) do Seixal acusou dois responsáveis de uma igreja evangélica de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos, por terem alegadamente criado um esquema para lucrar com a permanência em Portugal de cidadãos brasileiros.

Os arguidos, acusados de 13 crimes de auxílio à imigração ilegal e outros 13 de falsificação de documentos, são o criador de uma igreja evangélica e a sua mulher, ministro de culto e tesoureira na instituição, respetivamente.

Segundo a Procuradoria da República da Comarca de Lisboa, “a coberto da atividade desta igreja, os arguidos criaram um esquema para obter proventos económicos com a facilitação da permanência e legalização de cidadãos estrangeiros, sobretudo brasileiros”.

De acordo com a acusação, o casal cobraria aos imigrantes pela disponibilização dos documentos necessários à sua legalização em Portugal, baseados em empregos forjados na igreja, bem como pelo arrendamento, no Seixal, de quartos em lojas transformadas em alojamentos “sem condições de habitabilidade”.

As moradas dos “espaços aparentemente licenciados para comércio” e transformados pelos arguidos em habitação foram transmitidas à Câmara Municipal do Seixal.

Ministra promete reforço de meios e melhoria das infraestruturas da PSP e GNR

A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, garantiu esta quarta-feira o compromisso do Governo com o reforço e valorização dos meios e infraestruturas das forças de segurança, considerando-o uma “prioridade clara” já em execução.

“É um compromisso assumido pelo Programa de Governo, e já debatido na Assembleia da República, e que se traduz num reforço muito firme das condições de trabalho e dos recursos necessários”, afirmou a ministra, à margem das comemorações do 158.º aniversário do Comando Metropolitano do Porto da PSP, em Vila do Conde.

Maria Lúcia Amaral destacou que a manutenção de postos, esquadras e veículos “é uma prioridade para o Governo assegurar”, sublinhando que já foram tomadas medidas concretas nesse sentido.

“Já no meu mandato, que se iniciou há muito pouco tempo, foram entregues dezenas de viaturas, quer à PSP, quer à GNR, no cumprimento desse princípio. E esse princípio vai ter continuidade”, garantiu.

A governante falava momentos depois do discurso do comandante metropolitano do Porto da PSP, Vítor Rodrigues, que alertou para a escassez de efetivos e para o envelhecimento do corpo policial na área metropolitana.

“O quadro do Comando Metropolitano do Porto encontra-se deficitário em todos os níveis da hierarquia”, afirmou o responsável, sublinhando “que a média de idades é atualmente de 47 anos”.

“Num serviço tão exigente, com enorme desgaste físico e psicológico, isso conduz a uma redução dos níveis de operacionalidade”, referiu o comandante, acrescentando que o reforço de efetivos é essencial para manter a qualidade do serviço prestado.

A segurança é um fator chave para se manter o dinamismo económico e social da área metropolitana do Porto. Sem um reforço do número de efetivos, será difícil mantermos a qualidade do serviço que prestamos à população”, afirmou.

Vítor Rodrigues apelou ainda à ministra para que avance com urgência com as obras no Quartel da Bela Vista, em Campanhã, apontando que a promessa de requalificação do espaço “existe há mais de 20 anos”.

Segundo o comandante, as atuais condições do quartel não são compatíveis com as exigências da missão policial, nem com o respeito devido aos profissionais da PSP.

A cerimónia em Vila do Conde contou com a presença de dirigentes da PSP, representantes de diversas entidades civis e militares, e incluiu homenagens e reconhecimentos a elementos da força de segurança pelo seu desempenho e carreira.

Gaza declara que ajuda humanitária aérea provocou morte de civis

Acompanhe o nosso liveblog sobre o conflito no Médio Oriente.

O governo da Faixa de Gaza declarou esta quarta-feira que os lançamentos aéreos de ajuda humanitária provocaram a morte de civis, sublinhando que as desvantagens são maiores do que os benefícios para a população, noticiou a agência EFE.

Caem [paletes de ajuda humanitária] sobre as casas e tendas de pessoas deslocadas, resultando na morte de civis, incluindo mulheres e crianças”, disse esta quarta-feira o Ministério do Interior de Gaza, em comunicado, dando como exemplo uma morte ocorrida esta quarta-feira, no norte do território.

De acordo com as autoridades, os lançamentos aéreos sobre Gaza provocam “destruição de lojas e graves danos nas casas e propriedades dos cidadãos”.

O “caos e a criminalidade” também aumentam, alegam as autoridades, porque provocam tumultos entre pessoas que procuram recolher os alimentos, incentivando roubos e assaltos.

O Ministério do Interior de Gaza defendeu ainda, no comunicado, que Israel está a aproveitar os lançamentos aéreos “como parte da sua política de fome planeada”, e apelou a todos os países participantes nas operações para que reconsiderem “esta medida legal” e tomem “a decisão de a interromper”.

Para as autoridades da Faixa de Gaza, a melhor forma de pôr fim à crise humanitária é “abrir as passagens terrestres e permitir o fluxo abundante de ajuda e alimentos diariamente e por períodos prolongados”.

A polícia de Gaza indicou ainda que o lançamento aéreo de ajuda humanitária é “quase insignificante quando comparada com a que transportam os camiões de ajuda que conseguem entrar pelas passagens terrestres”.

Israel retomou os lançamentos aéreos de ajuda em 26 de julho, em resposta à pressão internacional e às acusações das organizações humanitárias de que as restrições à entrada de camiões estão a “matar à fome” a população de Gaza.

O exército israelita disse esta quarta-feira, em comunicado, que 107 paletes de alimentos foram lançadas por via aérea em Gaza nas últimas horas, citando os Emirados Árabes Unidos, a Jordânia, a Alemanha, a Bélgica e a França como fontes desta ajuda.

As Nações Unidas (ONU) e outras organizações descreveram este método de distribuição de ajuda humanitária como “insuficiente e perigoso”.

A ofensiva contra Gaza começou depois dos ataques grupo islamita palestiniano Hamas, que controla o enclave, em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Os ataques já provocaram mais de 61 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Israel também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária no enclave, onde mais de 150 pessoas já morreram de desnutrição e fome, a maioria crianças.

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