Entidades internacionais denunciam entraves à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Israel responde


Mais de cem organizações não governamentais (ONGs) assinam um documento em que afirmam que Israel rejeitou só no mês de julho mais de 60 pedidos para a permissão de entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Segundo as entidades, “a decisão deixou milhões de dólares em alimentos, remédios, água e itens de abrigo presos em armazéns na Jordânia e no Egito, enquanto os palestinianos passam fome”.
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De acordo com a denúncia, a questão central é uma exigência por parte de Israel para que as ONGs internacionais apresentem os dados de doadores privados, listas completas de funcionários palestinianos e outras informações para verificação de segurança por parte das autoridades israelitas.
A Renascença entrou em contacto com o COGAT, o braço do exército de Israel responsável pelos assuntos civis nos territórios palestinianos, de modo a obter a posição israelita diante das acusações.
Em resposta, Israel informa que “o sistema de defesa do país formulou um novo mecanismo na Faixa e Gaza de forma a garantir que a ajuda humanitária chegue diretamente à população e não ao Hamas”.
Em relação ao envio de listas de funcionários pelas ONGs, Israel afirma que o objetivo é proteger a integridade do sistema de distribuição de ajuda humanitária e, ao mesmo tempo, evitar a infiltração de elementos terroristas.
Segundo Israel, “o processo é claro e transparente e foi apresentado a todas as organizações com antecedência”.
Por fim, Israel afirma que, ao contrário das mais de cem organizações que fazem a denúncia, cerca de 20 entidades internacionais completaram o processo de registo e estão a levar diariamente cerca de 300 camiões de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.