Com geradores a falharem, serviços (internet e chamadas) móveis são apanhados no apagão. Operadores desligam 5G


À medida que os geradores que fornecem eletricidade às baterias que alimentam as antenas e pontos centrais das redes de telecomunicações falham, também estas vão estando mais indisponíveis. A instabilidade tem sido sentida ao longo de todo o dia.
Os recetores instalados em casa dos clientes que são alimentados a eletricidade não funcionam desde o início do apagão. À medida que os portugueses chegam a casa deparam-se com essa realidade.
Mas ainda podiam recorrer à rede móvel, quer para aceder à internet quer para fazer chamadas. No entanto, a rede que suporta esses serviços começa também a apagar à medida que os geradores que alimentam as baterias deixem de ter combustível. As baterias têm carga para algumas horas, mas depois têm de ser alimentadas pelos geradores.
Os operadores estão a trabalhar no sentido de reconfigurarem a rede para garantirem mais autonomia. O Observador sabe que desligaram a rede 5G, que consome mais energia, mantendo a rede 4G operacional.
A Meo, por exemplo, indica que limitou a utilização de dados móveis e apelou aos clientes que “façam um uso responsável das comunicações móveis até que a situação seja totalmente normalizada”.
No início do incidente as operadoras indicaram logo que o prolongamento da situação iria deteriorar a capacidade das redes.
“Caso o período de reposição da energia se prolongue excessivamente, é expectável que ocorra deterioração da capacidade das nossas redes”, indicava então a Vodafone, acompanhada no mesmo alerta pela Nos. “Dependendo da duração da falha de energia, este impacto poderá ser generalizado a todos os serviços, em todo o país”.
As três operadores indicam ter acionado o plano de contingência.